TRÊS POEMETOS DE AMAR OUTRA VEZ: I - PÁLIN! - Mais uma vez ela
ferve. E de vez bem me serve com agonia e gula. Cangula, o rubor da sua língua
arreia a mingua do meu falo galante. E vem ofegante com seus doces lábios. E
com fúria tão hábil ela dá na roxura com toda quentura dos seus seios de serva.
E cai sem reserva nem mede desvario, deságua o rio do seu sexo lascivo. E me
faz cativo do seu regaço quando então arregaço na sua vinha. É quando se aninha
com suas pernas ágeis mais irresponsáveis que me desacata. E me desataca, puxa
e se espreme e me empurra que urra e geme bastante possessa como uma ré
confessa pra lá de vadia. Mais me contagia, nunca vi coisa dessa, meu falo é a
peça inquebrantável. Ah, malvada amável que mais me apetece porque com ela
acontece de me fazer o seu dono, a me dar por abono tudo que me apraz. E cada
vez mais sua carnadura animal é-me dado em ternura que me faz imortal. II – LÁ –Na sua boca, o que me dera, me dará. Vem dela
na minha vela o embalo, larali, laralá. Meu falo espera tudo nela, revela a
vida, saravá. Atravesso à vera, mendigo dela, meu beijo verá. III – GINOFAGIA Água na boca, Falo molhado. Ficou louca?
Ah, coito arretado! © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das
21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais.
Confira a programação desta terça aqui. Logo
mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá Especial
do Frevo, com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa. E com as seguintes atrações na
programação ao som das Vassourinhas: Capiba, Claudionor
Germano, Alceu Valença, Elba Ramalho , Banda de pau e corda, Amelinha, Clara
Nunes, Moraes Moreira, Clara Redig, Almir Rouche, Coral Mocambo, Frevos de rua,
Bloco da saudade & muito
mais! Veja mais aqui.
SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá Especial
de Ano Novo
Quando? Hoje, terça, 10 de fevereiro, a
partir das 21hs (horário de Brasília)
Onde? No MCLAM - blog do Programa Domingo
Romântico
Imagem: Ruth, do pintor italiano Francesco
Hayez (1791-1882)
Ouvindo o álbum Multishow ao vivo (Sony Music, 2009), de Vanessa da Mata.
UNICAMENTE POR CAUSA DA
DESORDEM CRESCENTE – O
dramaturgo e poeta alemão Bertolt Brecht
(1898-1956), foi vítima de duas grandes guerras, exilando-se em diversos países,
impedido de entrar no seu país e, por isso, teve de mudar de nacionalidade,
dedicou-se aos estudos voltados para as determinantes sociais das relações
inter-humanas. Eis um poema em que ele se posiciona a respeito: Unicamente por
causa da desordem crescente / Nas nossas cidades com suas lutas de classes / Alguns
de nós nestes anos decidimos / Não mais falar nos grandes portos, da neve nos
telhados, / das muralhas, Do perfume das maçãs maduras na despensa, nas
impressões da carne, / De tudo o que faz o homem redondo e humano, mas / Falar
só da desordem / E portanto ser parciais, secos, enfronhados nos negócios / Da
política, e no rádio e "indigno" vocabulário / De economia dialética,
/ Para que esta terrível pesada promiscuidade / Das quedas na neve (elas não
são só frias, nos bem o sabemos), / Da exploração, da tentação da carne e da
justiça de classes, / Não nos leve a aceitação deste mundo tão diverso / Nem ao
prazer das contradições de uma vida tão sangrenta./ Vocês entendem. Veja mais poesias e o teatro de Brecht aqui e aqui.
DOCTOR ZHIVAGO – Era eu menino quando ouvia mesmos
pais com certe constância fazer menção ao Doutor Jivago. Só muitos anos depois
é que fui saber que era uma referência ao filme dirigido por David Lean, de 1965,
estrelado por Omar Sharif e Julie Christie, que ganhou muitos prêmios como o
Oscar e Globo de Ouro (1966), o Bafta, David di Donatello e o Grammy (1967),
principalmente na categoria de melhor Trilha Sonora que foi composta por
Maurice Jarre em 1965, proporcionando o sucesso da música popularíssima Lara´s Theme (Tema de Lara). Minha mãe mesmo insistia em conversa com amigas se
elas haviam assistido ao tal filme. Tanto que, um dia lá da minha adolescência,
futucando na biblioteca do meu pai, dei de cara com um volume com este título.
Curioso, retirei da estante e comecei a ler. Foi aí que me dei conta de que se
tratava do livro homonino de autoria do poeta russo Boris Pasternak (1890-1960) que ganhou em 1958 o Prêmio Nobel de
Literatura, exatamente por causa dessa obra, mas foi impedido de recebê-lo por
questões políticas. Inclusive o livro foi proibido no seu país, sendo editado
na Itália e, posteriormente, tornou-se um grande sucesso mundial. Tudo isso me
faz aqui destacar um trecho do livro: “[...] Aos amigos envelhecidos à
janela, parecia que a liberdade interior da alma havia chegado, que exatamente
naquela tarde o futuro acomodara-se palpavelmente, lá embaixo nas ruas e que
eles próprios haviam entrado naquele futuro e que, dali em diante, pertenceriam
a ele. Uma tranquilidade feliz e serena para aquela santa cidade, para toda a
terra, para todos os personagens desta história que sobreviveram até aquela
noite e para seus filhos, penetrava neles e os envolvia com a música silenciosa
da felicidade, que se espalhava ao longe em redor deles. E o livro que tinham
em suas mãos, como se soubesse de tudo, concedia aos seus sentimentos apoio e
confirmação”. Quando
cheguei no final do livro, me deparei com poemas do personagem Iúri Jivago,
destacando este Aurora: “Estavas por
inteiro em meu destino. / Depois veio com a guerra o malefício, / e mais de ti
não soube, oh desengano!, / sequer uma palavra, uma notícia. / Passou-se muito
tempo, / mas agora a tua voz abriu minha ferida. / Leio tua palavra noite
afora, / e venho de um desmaio para a vida. / Quero buscar no vigor matutino a
multidão: com ela confundir-me. / Estou pronto a disseminar ruínas, pôr de
joelhos a todos, inermes. / Desço apressadamente as escadas e vejo ao meu redor
ruas abertas, / e tanta neve cobrindo as calçadas, / como a primeira vez, nuas,
desertas. / Se muitos bebem chá em salas claras, / outros seguem os bondes,
apressados. / Dentro de alguns minutos, sem demora, mal se conhece o rosto da
cidade. / E tece o vento norte nos portais uma teia de flocos condensada. / E,
para não chegar tarde demais, / muitos deixam o chá pela metade. / Tamanho
sofrimento me comove, / como se tanta dor em mim coubera, / pois também me
dissolvo como a neve e movo as sobrancelhas com a aurora. / Gente sem nome está
junto de mim, / são árvores, meninos, sedentários./ Sou vencido por todos, pois assim me reconheço
pronto na vitória”. Veja mais aqui.
LELECO, A LAGARTIXA QUE PERDEU A CAUDA
– Sempre gostei de ler, desde menino. Ainda hoje me vejo às voltas com livros,
inclusive, literatura infantil – ou como insistem muitos, literatura feita para
crianças. Adoro ler livros infantis, me vejo criança de novo. E entre os livros
que adoro reler está o Leleco, a
lagartixa que perdeu a cauda, da escritoramiga, terapeuta e professora pública Abigail de Souza. Veja detalhes aqui.
JAMÓN, JAMÓN – Sou bastante apreciador da arte
cinematográfica, uma predileção que me faz constantemente apreciando e revendo
filmes inesquecíveis. Entre eles, destaco hoje Jamón, Jamón (1992), do cineasta e roteirista espanhol Bigas Luna (1946-2013), vencedor do
Leão de Prata no Festival de Veneza (1993). Destaco, entre outras coisas
maravilhosas dessa película, a atriz espanhola Penélope Cruz Sanchez, por sua divinal atuação, inesquecível e
meritória pra gente saudar que todo dia é dia da mulher. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
Folia Caeté na Folia Tataritaritatá, Ascenso Ferreira, Chiquinha Gonzaga, Nelson Ferreira,
Adolphe William Bouguereau, José Ramos Tinhorão, Agostino Carracci, Frevo,
Maracatu, Teatro & Carnaval, Dias de Momo As Puaras, Peró
Batista Andrade, Baco & Ariadne aqui.
E mais:
Fevereiro, carnaval & frevo, Galo da Madrugada, Roberto DaMatta, Mauro Mota,
Capiba, Orquestra Contemporânea de Olinda, Mário Souto Maior, Valdemar de
Oliveira, Zsa Zsa Gabor, Helena Isabel Correia Ribeiro, Rollandry Silvério
& Márcio Melo aqui.
A troça do Fabo aqui.
William Burroughs, Henfil, Ernest
Chausson, Liliana Cavani, Hans Rudolf Giger, Charlotte Rampling, Religi]ão
& Saúde Mental, A multa do fim do mundo & Auber Fioravante Junior aqui.
Quanto te vi, Christopher Marlowe, Duofel, Haim G.
Ginott, Mary Leakey, François Truffaut, Dona Zica, Natalie Portman, Ewa Kienko
Gawlik, Pais & filhos aqui.
A psicologia de Alfred Adler
& Abaixo a injustiça aqui.
Origem das espécies de Darwim & Chega
de injustiça aqui.
Três poemetos de amor pra ela aqui.
Slavoj Žižek & Direito do Consumidor aqui.
E a dança revelou o amor aqui.
Três poemas & a dança revelou o
amor... aqui.
Quando ela dança tangará no céu azul do
amor aqui.
A dançarina aqui.
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Paz na
Terra:
Recital
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