segunda-feira, setembro 28, 2015

ÉSQUILO, GIANNETTI, MALLE, JARA, BARDOT, CAPP, CABANEL, JOÃO COSTA, PSICOLOGIA ESCOLAR & CALEIDOSCÓPIO!

VAMOS APRUMAR A CONVERSA? CALEIDOSCÓPIO - Todo dia faço uma boa caminhada. Saio de casa, pernas no mundo. Assim que ponho os pés na rua, os pensamentos se agitam e saio à cata daquele que me leve para boas lembranças. Vasculho o quengo carregado, tem muita coisa. Aliás, tem de tudo. Tem até um bocado que sempre me assalta e que gostaria nunca tê-los de volta e, não sei que cargas d'água insistem em reaparecer, mantendo-se recluso e pronto para me repassar na cara. Sempre descartado, insiste em reaparecer. Por isso saio catando, escolhendo. Logo me dedico a pensar nos anseios de calmaria e de acesso à conquista daquilo que almejo. A cada passo visualizo momentos de glória e satisfação, buscando a realização plena dos meus desejos. Penso, então, no pódio, coroado de reconhecimento e aplausos. Enquanto isso, aceno pra conhecidos, cumprimento passantes, sorrio pra vida. De antemão, precavido que é inevitável o surgimento de condições aversivas. Afinal, a cidade virou uma selva com tudo de imprevisível. Tento mantê-la agradável pra mim: curto a brisa do mar longínquo, busco a harmonia com o universo. Constato o colorido, alguns descorados e bufentos prédios, escombros e suntuosidades, desníveis e contradições. À medida que me afasto do lar, mais me fecho dentro de mim. Não há rostos amigáveis nem feições simpáticas. E ao me aproximar da travessia do primeiro semáforo, um ronco de navio me rouba o prazer. Assusto-me. Quem ousaria roubar meu gozo? Pudera, acabei de adentrar numa avenida que por repulsa à sua denominação devido acontecimento histórico descabido, passo a tratá-la por inominável. Isso é lá nome que se dê a uma rua? É quando constato que tem muita coisa com nome indevido. Muita mesmo que o tempo desmascara. Paro diante da faixa de pedestre e procuro identificar o insolente que me aplacou a consumação da querência. De que adianta? Não há como demonstrar minha indignação e já me vejo pensando em um transatlântico deslizando no asfalto descendo a ladeira para encontrar o mar e seguir a viagem. Essa miragem ocupa minha mente até me dar conta da maior bobeira de trazer uma ideia inútil e quimérica. A gente pensa cada coisa! Retomo ao agora e revolvo as ideias em busca de uma que me traga de volta o prazer de viver. Eis que uma sirene me atordoa, escamoteia minha intenção. A cidade está violenta. Uma frenagem mais ríspida atormenta mais ainda minha calma, persigo intranquilo e procurando bom porto. Andar está ficando difícil. Apresso os passos e eis que um transeunte quase me leva o ombro, fico desconfortável na caminhada. Como as pessoas são maleducadas! Deu vontade de emendar os umbigos. Ora, desnecessário. O buzinaço é a prova eloquente de que nada está em ordem, tudo desordenado e que nada está ao nosso favor. Aliás, nunca está. O trânsito é a prova cabal de que estamos em processo no meio de um conflito interminável. É guerra. Minhas ideias não conseguem se organizar, não há como ter apreço numa turbulenta passagem entre um quarteirão e outro. Ouso então olhar do lado para ver se identifico algo que me chame pela atenção, inútil. Só rostos graves, gestos descorteses, pressa, gritos, ruídos, roncos de motores, estardalhaço do movimento. Tudo passa de forma despótica: se correr o bicho pega, se parar o bicho come. Ou vai, ou racha. Não se pode perder tempo para parar, o resto é mandar ver. Quem se importa, é melhor agir antes de pensar, não marcar bobeira, senão o arrependimento, já sabe. De cara as escolhas: por ali ou acolá? Adiante. Por onde? Direita ou esquerda? Não, pelo meio. Ih, volte, contorne, o lamaçal na calçada vai sujar o calçado. As pedrinhas da buracada vão levá-lo ao tombo, cuidado, pode arranhar a venta no chão. O cão ladra, perigo! É propriedade particular, não ouse aproximação. É proibido passar por ali, só para fregueses em atendimento. Respeite o cordão de isolamento. Se chamar, ignore; se cismar, corra. Confesso que não sei lidar com tudo isso, afinal ecoa tudo dentro de mim que não consigo firmar um pensamento lógico sequer. Tudo repassa no meio da barulhada: infância, momentos desagradáveis, decepções, o que deixei de fazer e o que devia ter feito, o que fiz e queria voltar atrás, em replay, flash back, mas com novo desfecho, corrigindo tudo, passando a borracha no que ficou fechado de errado, consertando tudo para finais felizes, pudera. Final feliz? Piada. Nisso, não há exceção è regra, não há retorno. Foi, tá feito. Para desfazer dá trabalho. Mas tem que ser refeito, faz-se necessário. Como? Dá-se um jeito. O que importa é refazer, recomeçar. Está difícil. Hummmm. Eita, já cheguei em casa, findei a caminhada. Nossa, agora que percebi: a guerra não está lá fora, está mesmo dentro de mim. Vamos aprumar a conversa e veja mais aqui.

 Imagem: The Birth of Venus (1863), do pintor francês Alexandre Cabanel (1823-188). Veja mais aqui e aqui.


Curtindo o álbum Victor Jara habla y canta (1996), do poeta, cantor, compositor, professor, diretor de teatro e ativista chileno Victor Jara (1932-1973).

A ESCOLA COMO ESPAÇO DE PRAZER – O livro A escola como espaço de prazer (Summus, 2000), de Icleia Rodrigues de Lima e Gomes, aborda temas como a nudez nocional da fase teórica, o quebra-cabeça da fase prática, do campo e da coleta de dados, dos dados e da análise, o espaço, o ritmo e as formas do rito escolar, as percussões sagradas e os deuses iluminadores da escola, o ritual da alumiação: a aula, as sacralidades clandestinas, ato de contrição: a atenção, ato de expansão: a festa escondida do corpo, as muitas caras de Dionisio, as vozes que o corpo cala, um falar sobre estar junto, anatomia e fisiologia da sala de aula, formas e cores, ruídos e odores da socialidade, o toque das coisas e dos corpos, o toque familiar, o toque sensual, o toque sexual, os toques e os limites escolares, o toque professoral, os sentidos de prazer e o cotidiano da escola, a fala do professor: o prazer da atenção, a fala do aluno: o prazer de estar junto, o convívio entre os colegas: atração e repulsão, entre outros assuntos. Da obra destaco os trechos a seguir: [...] Vários alunos vêm me revelar que o prazer vivenciado no espaço da sala de aula se deve, mais que a sua relação com os professores, ao convívio que têm uns com os outros como colegas. Registrava aqui, que os alunos, na ocupação do espaço da sala, tendem a desfazer as conformações de filas e a se colocarem próximos uns dos outros, em duplas, trios ou em pequenos grupos. Nas suas falas, esses adolescentes me fazem perceber melhor como se formam esses ajuntamentos. É comum um rapaz afirmar que tem mais intimidade e que conversa mais com as moças. Também é comum ouvir as moças dizerem de contato mais prazeroso com os rapazes. Segundo a maioria dos entrevistados, a permanência entre colegas na sala de aula cria um clima propicio para a aproximação física e para a criação de intimidade. Existem as atitudes de namoro, as trocas de olhares, os toques, a malícia [...] Essas atitudes de namoro – esses toques reais e simbólicos dos corpos uns dos outros – muitas vezes acontecem sem que o professor ou os outros colegas possam perceber. A ambiência da sala de aula não se caracteriza apenas por um clima de sedução e malicia entre moças e rapazes. Há no espaço clima produzido por uma multiplicidade de experiências havidas entre uns e outros. [...] Observo em quase todas as salas consideradas, atitudes de distanciamento, de evitação e até mesmo de repulsa por parte de integrantes desses agrupamentos nas suas relações com os outros ou com o grupo maior da sala. A animosidade pode se dar de modo tal a deixar antipatizado todo um grupo que se coloque na frente da sala [...] Segundo essas vozes, a sala de aula é lugar de uma guerrinha entre uns e outros, de ojeriza velada, de discriminação do mais pobre que veste camisa chinfrim. É um lugar de deixar de lado a menina quietona ou a assanhada. É também lugar de maledicência em relação aos falsos, invejosos, bagunceitos, impertinentes. Enfim, é o espaço em que o desprazer da convivência entre colegas é feito de pequenos e grandes rancores e intolerâncias. Entretanto, quando os alunos falam de suas experiências de maior desprazer na sala de aula, quase nunca se referem às relações que têm com os colegas. Referem-se a professores e lições. [...] A quse maioria absoluta dos alunos entrevistados, ao tentar explicar sobre o desprazer que experimenta no espaço da sala, fala de circunstâncias bem claras. É quando entre um professor chato, com suas aulas chatas e dá vontade de sair da classe. Ficar na classe, então, é calar a boca, decorar, escutar o professor falando, falando, falando. É quando é preciso ficar quieto, faz calor, o corpo está cansado e enjoado de ficar sentado. É no momento da quinta aula – vai quase todo mundo embora – e a quietude da sola mostra um tédio de aula que não passa. Levando em conta essas explicações dos adolescentes, a sala de aula é também um lugar de desprazer, um continuado sacrifício imposto ao corpo e aos sentidos, além daquele que penaliza o espírito. Apesar ou além desse duplo desprazer revelado pelos alunos, a sala de aula é um espaço de prazer. [...] Quando falam de suas experiências de maior prazer eles não apontam os professores ou lições. Apontam os colegas. [...]. Veja mais aqui e aqui.

A ILUSÃO DA ALMA – No romance A ilusão da alma: biografia de uma ideia fixa (Companhia das Letras, 2010), do escritor e economista Eduardo Giannetti, encontro o trecho que destaco a seguir: [...] Quando Ralph Waldo Emerson começou a sofrer de Alzheimer e a perder a memória, um amigo perguntou a ele como se sentia. “Muito bem”, retrucou o filósofo, “perdi minhas faculdades mentais, mas estou perfeitamente bem”. Nunca fui adepto do transcendentalismo emersoniano nem conhecia a anedota naquela época, mas foi mais ou menos assim que respondi a mim mesmo ao me questionar, no dia seguinte ao retorno a Belo Horizonte, sobre o susto carioca. Eu estava perfeitamente bem, tudo voltara ao normal, ainda que tivesse temporariamente perdido a lucidez. A ilusão conveniente é sorvida de um só gole; a verdade amarga, a conta-gotas. Seria o caso de consultar um médico? Cheguei a flertar com a possibilidade, mas a inercia da rotina acoplada à preguiça decidiram que não. Escavei timidamente as possíveis causas do surto e decidi deixar como estava. O autodiagnostico de um estresse pontual ou simples estafa – era fim de ano, minha vida pessoal andava meio torta, vinha dormindo pouco e bebendo muito, precisava ler e publicar mais, fazia um calor insano naquela noite, não foi tão grave assim -, tudo isso de embrulhada me pareceu mais que suficiente para legitimar a inércia e preencher o vácuo de uma necessária explicação. Ademais, creio que herdei do meu pai – não me pergunte como – a curiosíssima noção de que ficar doente e ter de recorrer a um médico ou terapeuta, em qualquer circunstância, era sinal de fraqueza; uma espécie de afetação ou capitulação moral a que apenas os frouxos estavam sujeitos. Adoecer lá em casa, caxumba, diarreia ou resfriado, era como ir mal na escola ou dormir até mais tarde – motivo de culpa e vergonha. Ir ao medico ou à farmácia, só em último caso. O simples olhar do meu pai dizia tudo. (Hoje me dou conta de que a altivez e a couraça estoica dessa recusa, encobriam, no fundo, boa dose de medo e covardia diante da dor eventual de se ver forçado a encarar certas realidades da vida.) Tudo somado, um imobilismo de ocasião venceu a prudência e o bom senso. Não havia de ser nada. Resolvi tocar o barco e pôr um ponto-final no assunto [...]. Veja mais aqui e aqui.

ELIANA & SOLIDÃO - Na antologia Poetas de Palmares (Fundarpe/FCCHBF, 1987), organizada pelo poeta Juareiz Correya, encontro os poemas do poeta, redator-chefe do jornal A Notícia e da revista Palmira, João Costa, que é autor do livro de poesia Confidências de outono. Dele trago primeiro o soneto Eliana: Riso de fada, um porte de princesa, / doce na fala, meiga nas ações, / Eliana tem na sua singeleza / o mesmo brilho das constelações. / Por isso mesmo, deu-lhe a natureza / uma voz enfeitada de canções, / para matar as noites da tristeza / e dar dias de sol aos corações. / Esbelta, quando passa, tudo para... / que flor humana isenta dos abrolhos, / urdida só para os mais belos fins! / Eliana é tudo; além do mais, é rara, / porque conduz no lírio dos seus olhos / o perfume de todos os jardins. E também o soneto Solidão: Vivo só. No meu ser sempre a sangrar / a chaga enorme da desolação. / Expulso, às vezes, minha dor num bar, / porque o vinho entorpece a solidão. / Só; perdi a noção de caminhar, / e se estreita o meu senso de afeição, / enquanto se avoluma, sem parar, / o meu mar de tumulto e de aflição. / Quando a morte apagar meu ser bisonho, / e o corpo, só, tiver no duro chão, / todas as células inermes, / eu terei realizado o maior sonho: / para matar a minha solidão, / a companhia tumular dos vermes. Veja mais aqui e aqui.

OS PERSAS – A tragédia Os persas (472aC), do poeta grego Ésquilo (525-455aC), faz da tetralogia do autor que ganhou o Festival Ateniense das Grandes Dionísias, com o tema que se baseia em fatos contemporâneos e que ocorrem em Susa, capital da Pérsia, por alturas da Batalha de Salamina, analisado pelo lado do inimigo dos gregos, os derrotados persas, com a trama em torno dos comportamentos dos seus nobres, de Xerxes que foi derrotado por sua mãe Arossa e o fantasma do pai Dario. Da obra destaco o trecho inicial do Coro: (A cena passa-se em Susa. O teatro deve representar o palácio dos reis da Pérsia. Ver-se-á, ao lado, o túmulo de Dario) CORO - Somos, entre os persas, chamados os Fiéis. Guardiães deste rico e soberbo palácio, aqui estamos, enquanto eles marcham contra a Grécia. Foi à nossa experiência, que o filho de Dario, Xerxes, nosso rei e senhor, confiou os cuidados do império. Porém, triste pressentimento. Nossa alma inquieta-se, no íntimo, pelo regresso do rei e seu brilhante exército. A Ásia viu levar todas as suas forças, e acusa um jovem príncipe. Não chega à capital da Pérsia nenhum correio ou mensageiro. De Susa a Ecbatana, dos antigos baluartes de Ásia, infantes, cavaleiros, gente do mar, que enorme massa de exércitos, deixaram todos a pátria. Assim partiram Amistres, Artafernes, Megabises, Astaspes, príncipes dos persas, reis submissos do grande rei, comandantes de numerosas hostes, hábeis no manejo do arco e dos cavalos, temíveis no aspecto, terríveis nos combates, de insuperável coragem. Assim partiram Artembares, bravo capitão de cavalaria; Masistres, Imeu, o hábil arqueiro, Farandaces e Sostanes, que tão bem doma os corcéis. Das fecundas margens do Nilo vieram Susiscanes, Pegastagon, que o Egito viu nascer; Arsames, que governa a sagrada cidade de Menfis, e Ariomardo, senhor da antiga Tebas. Dos pântanos egípcios chegaram inúmeros, excelentes remadores. No séquito do rei marchavam os efeminados lídios e todos os povos do continente, submetidos ao sátrapa Metrágato, ao virtuoso Arceu. A opulenta Sardes viu sair do seu seio milhares de homens em carros de duplo e triplo jugo, cujo aspecto basta para fazer estremecer. Habitantes do monte sagrado de Tmolus, Mardon e Taribis, infatigáveis guerreiros, e seus núsios armados dardos, jactavam-se de que em breve a Grécia escrava se curvaria ao seu jugo. A rica Babilônia enviou tropas de toda a espécie: marujos, arqueiros, orgulhos de sua perícia. À ordem ameaçadora de seu rei, todas as nações da Ásia se armaram e o seguiram. Assim vimos partir a juventude florescente dos persas. A terra que a nutriu a lamenta e chora. Mães e esposas contam, a tremer, os dias de tão longa ausência. O exército real, que arrasa todos os baluartes, já passou para o vizinho continente. Sobre seus navios, ligados por cabos, atravessou o estreito de Heles, ficha de Atmas; indissolúvel ponte se estendeu sobre a face dos mares, que ela subjugara. Digno rebento de augusta estirpe, mortal igual aos deuses, o belicoso soberano da fecunda Ásia, pleno de confiança no valor de seus intrépidos súditos, à Europa conduziu, por terra e mar esse imenso exército. Qual dragão homicida, lança olhares flamejantes. Armado de um milhão de braços, seguido de mil navios, impelindo seu carro assírio, leva contra um povo famoso por sua lança, guerreiros temíveis por suas flechas. Quem poderia enfrentar essa vaga enorme de soldados? Nenhum dique deteria a indomável torrente. Nada resistiria à bravura do persa. Mas quem, dentre os homens, evitará a insidiosa armadilha da sorte? Quem dela escapará com pé ligeiro, fácil impulso? Acariciante e lisonjeira, a princípio, ela atrai os homens a uma rede da qual nenhum mortal pode desvencilhar. Há muito se manifestou a vontade do céu, que anima os persas ao assalto das torres, à tumultuosa confusão dos corcéis, à destruição das cidades. Contemplando a vasta planície dos mares escumantes ao sopro dos ventos... confiaram povos a frágeis cabos, débeis engenhos. O temor dilacera, ao imaginá-lo, minha alma angustiada. Ó infortunado exército dos persas. Que jamais a imensa cidade de Susa, sem defensores, aprenda a proferir tais palavras. Ó infortunado exército dos persas. Que jamais os muros de Ássia necessitem responder ao grito de uma turba de mulheres, que em prantos, a rasgarem os seus véus. Todos, infantes, cavaleiros, como um enxame de abelhas, nas pegadas de seu príncipe, galgaram os promontórios de ambos os continentes, unidos por uma ponte. Na ausência do esposo, o pranto umedece os leitos nupciais. Desoladas esposas. Com amorosa saudade seguistes o impiedoso companheiro, que para correr às armas, vos deixou solitárias. Quanto a nós, persas fiéis, firmes neste palácio antigo, redobremos de necessária prudência e sensatez. E meditemos. Que foi feito de Xerxes, nosso rei, filho de Dario, pai tão bem amado? Caberá a vitória à flecha disparada pelo forte arco persa? Ou vencerá o brandir da acerrada lança helena? Já se adiante, porém, a mãe de Xerxes, astro semelhante ao olhar dos deuses. Adoremo-la, todos, à uma, rendamos homenagem à rainha. (O Coro se prosterna. Entra a rainha em seu carro, seguida de numeroso séquito). Veja mais aqui, aqui e aqui.

VIDA PRIVADA – O drama Vida privada (Vie privée, 1962), dirigindo pelo cineastra Louis Malle, conta a história de uma jovem de classe média alta que tem uma mãe viúva na Suíça e se paixona pelo marido de uma amiga, paixão esta não correspondida. Ela se muda para Paris para trabalhar como modelo e dançarina, e que se transforma numa grande estrela de cinema. As pressões e a fama, o assédio dos fãs e da imprensa afeta sua vida, obrigando-a ao retorno à Suíça para se recuperar, quando ressurge sua paixão antiga, agora divorciado. O caso de amor vai ter vários problemas em virtude de sua fama, com trágicas complicações. O destaque do filme é para a atriz e ativista francesa Brigitte Bardot, para quem o roteiro do filme foi dedicado, sendo considerado sua biografia. Veja mais aqui, aqui e aqui.

IMAGEM DO DIA
A arte do cartunista e escritor estadunidense Al Capp (1909-1979), autor das tiras satíricas de quadrinhos Ferdinando (Li’l Abner, no Brasil Família Buscapé).


Veja mais no MCLAM: Hoje é dia do programa Crônica de Amor, a partir das 21hs, no blog do Projeto MCLAM, com apresentação sempre especial e apaixonante de Meimei Corrêa. Na programação: Em seguida, o programa Mix MCLAM, com Verney Filho e na madrugada Hot Night, uma programação toda especial para os ouvintes amantes. Para conferir online acesse aqui.

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CHRISTINA VASSILEVA, KATHERINE JOHNSON, MARTÍN-BARÓ, JOÃO CABRAL & MATA SUL INDÍGENA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Mistérios do Rio Lento (The Voice of Lyrics, 1998), Santiago de Murcia: a portrait (Frame,...