quinta-feira, junho 04, 2020

ALICE WALKER, ELENA GARRO, EMIL OTTO HOPPÉ, ISOLDA NASCIMENTO & VIDAS NEGRAS IMPORTAM



DIÁRIO DE QUARENTENA – UMA: VIDAS NEGRAS IMPORTAM! - Toda a vida é sagrada. Viver é um direito de todo ser. A mim e ao outro, ou outrem, o mesmo direito, a mesma vida. Cada um a sua história: nascer para perpetuar a espécie, viver para inventar mundos e tempos, morrer para compor o inventário humano. Guardo comigo a reflexão da Paulina Chiziane: A vida é como a água, nunca esquece o seu caminho. A água vai para o céu, mas volta a cair na terra. Vai para o subterrâneo, mas volta à superfície. A vida é um eterno ir e voltar. O corpo é apenas uma carcaça onde a alma constrói a sua morada... Aqui o meu e o seu lugar, e o que sou de mim em todos nós, Txai no meu Canto Mapuche, na minha alma caeté! DUAS: O QUE SOU DE TODOS - Não há nada em mim que seja só meu. Foi preciso o amor dos meus pais para que eu existisse, assim como se faz necessária a convivência amorosa para que continue a existir com todos indiscriminadamente. Não há outra alternativa a não ser no amor. Aprendi com Giacomo Casanova: Só é necessário ter coragem e força, sem autoconfiança é inútil. Ódio, no decurso do tempo, mata o infeliz desgraçado que deleita em enfermá-lo no seu seio. Por isso, recito em todo espaço e lugar Vida Verde Viva: o direito de viver e deixar viver! TRÊS: SOMOS TODOS UM – Nasci aqui, mas poderia ter sido em qualquer outro lugar. Assim sou na Austrália, Groenlândia ou na Antarctica, em qualquer dos trópicos, em qualquer ilha remota do planeta, em qualquer rincão. Seja onde for é o meu lugar, nas águas, ventos ou chão. Persigo o que disse Franz Kafka: Não é necessário sair de casa. Permaneça em sua mesa e ouça. Não apenas ouça, mas espere. Não apenas espere, mas fique sozinho em silêncio. Então o mundo se apresentará desmascarado. Em êxtase, se dobrará sobre os seus pés. Quem possui a faculdade de ver a beleza, não envelhece. Com isso canto a minha Crença, assim sou porque somos todos UM! E vamos aprumar a conversa, gente! Até mais ver! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.

DITOS & DESDITOS: [...] Todo dia ela lê, ela estuda, ela pratica caligrafia, e tentar fazer a gente pensar. Na maioria dos dia eu tô muito cansada pra pensar. Mas Paciência é o outro nome dela. [...] É um milagre como os branco conseguem afligir tanto a gente. [...] Nós não somos brancos. Não somos europeus. Somos pretos que nem os africanos. E nós e os africanos estaremos trabalhando juntos por um objetivo comum: uma vida melhor para os negros do mundo todo. [...] Minha pele é escura. Meu nariz é apenas um nariz. Meu lábio é só um lábio. Meu corpo é só um corpo de mulher passando pelas mudança da idade. Nada especial aqui para alguém amar. Nada de cabelos enrolado cor de mel, nada de bunitinho. Nada novo ou jovem. Mas meu coração deve ser novo e jovem pois parece que ele floresce com a vida. [...]. Trechos da obra A cor púrpura (José Olympio, 2009), da premiada escritora e ativista estadunidense Alice Walker, que trata de questões de discriminação racial e sexual, contando a história de uma mulher negra que foi estuprada pela pai, espancada pelo marido, passando por problemas como pobreza, falta de educação, ausência do Estado e da lei. O volume, ao lado da obra O sol é para todos (José Olympio, 2006), da premiada escritora estadunidense HarperLee (1926-2016), compõem o projeto Vidas negras importam (Jose Olympio, 2019).

O TEATRO DE ELENA GARRO
Uma geração sucede a outra e cada uma repete os atos da anterior. Apenas um instante antes de morrer, ela descobre que era possível sonhar e pintar o mundo à sua maneira, e em seguida acorda e começa um desenho diferente. O amor não existe. Só existe um mundo que trabalha, que vai, que volta, que ganha dinheiro, que usa relógio, que conta os minutos e os centavos e acaba apodrecendo em um buraco, com uma pedra em cima que leva o nome do infeliz. Gostaria de não ter memória ou de me tornar um pó piedoso para escapar da condenação de me olhar. Aqui a ilusão se paga com a vida. Na profundidade da mentira sempre há algo perverso.
ELENA GARRO - A arte da premiada dramaturga, escritora, jornalista e roteirista Elena Garro (1916-1998), que participou do movimento do Realismo Mágico, tendo desenvolvido uma obra independente posteriormente. Veja mais aqui.

A ARTE DE EMIL OTTO HOPPÉ
A arte do fotógrafo e topógrafo alemão Emil Otto Hoppé (1878-1972). Veja mais aqui.

PERNAMBUCULTURARTES
A arte da fotógrafa Isolda Nascimento, que é bacharel em fotografia e atua nas áreas de moda e fotografia artística.
&
A obra da poeta Aglaura Catão aqui & aqui.
A música do SaGrama aqui.
A poesia de Rogério Generoso aqui.
A arte do artista visual Ghugha Távora aqui.
Articulação de Mulheres da Mata Sul aqui.
Mapa Cultural de Pernambuco aqui.
&
As tribos de Águas Belas aqui.