ARETUSA - Imagem: esculturas de Aretusa, de Francisco Leopoldo da
Silva e Ángel López Miñano (Abarán) – Aretusa é uma ninfa na mitologia grega,
que fazia parte do cortejo de Artémis e, como sua deusa, era avessa ao amor,
representando a virtude. Sua imagem é retratada com um rosto de pureza, vestes
de vestal templária, com o corpo todo coberto, cabelos presos e olhar ingênuo.
Certo dia, ao vê-la banhar-se em um rio límpido, Alfeu, o deus do rio se
apaixona perdidamente por ela. Vê-se, portanto, que ambos, Aretusa e Alfeu, são
figuras centrais de uma lenda grega, segundo a qual o jovem caçador se enamorou
da ninfa. Esquivando-se ao seu amor humano, a ninfa fugiu para a ilha de
Ortígia, na costa da Sicília, e ele, por sua vez, se converteu num rio da
Arcádia, indo desaguar no Peloponeso. Transformado em rio, ele perseguiu a sua
amada por baixo do mar e, alcançando-a em Ortígia, ele e ela enlaçados, se
uniram para sempre numa fonte de então por diante chamada de Aretusa. A lenda
parece ter sido criada para justificar o fato de que grande parte do curso do
grande rio grego Alfeu é subterrâneo. Há também uma fonte de Aretusa em
Singapura, na Sicília. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Celebration (1979), da soprano leggero
estadunidente Reri Grist, a primeira
afro-americana a estrear em casas de óperas da Europa. Veja mais aqui.
EPÍGRAFE – Alium silere quod voles, primus sile,
frase do
tragediógrafo e filósofo estoico latino Lúcio
Aneu Sêneca (4ac-65), na tragédia Fedra, que significa: Cala-te tu primeiro, se queres
que os outros se calem. Veja mais aqui.
O AMOR ENTRE OS ANIMAIS – Em um estudo realizado por Carlos
Castilhos (Bloch, 1967), constatou-se que os animais amam bem mais que os
homens, com um amor instintivo sem restrições mentais, sem complexos ou
censuras. Nos animais o ato sexual é precedido de uma conquista amorosa, cujas
formas mais comuns são a dança, o canto, o colorido e o cheiro. Na dança, o
caso mais curioso é o dos tangarás, aves nas quais os machos realizam
movimentos da mais alta perfeição coreográfica. Ao mesmo tempo em que dançam,
os tangarás emitem sons de grande harmonia e beleza. Depois que a fêmea escolhe
o macho, este a acompanhará em outra dança, em terra ou sobre os galhos de uma
árvore, amando-se logo depois. A serpente também dança: quando o casal, depois
de um namoro de quinze minutos, enlaça os corpos e executa um bailado, com as
cabeças em movimentos sincronizados, característicos de grande excitação. O colorido
das penas é a grande arma do pavão, do faisão, do peru ou do galo para
conquistar as fêmeas. Estes são todos polígamos, possuindo várias fêmeas e
brigam violentamente por elas. Dá-se ao contrário com algumas espécies de aves
pernaltas da China e da Índia, onde as fêmeas que lutam pelos machos,
procurando mostrar-se atraentes. Elas são levianas e irresponsáveis, porque
saem com qualquer um e têm horror à família, desprezando os filhotes. Num grande
número de mamíferos superiores a aproximação sexual é feita pelo cheiro, como
os odores produzidos pela secreção de almíscar, que é um excitante, como é o
caso dos cães, gatos, veados e muitos outros animais que não resistem ao
almíscar exalado pelas fêmeas. Os gafanhotos, quando estão enamorados, gritam
até obter uma resposta e as tartarugas não têm pressa, pois a corte amorosa
delas dura quase de uma estação a outra. Os lagartos praticam um amor violento,
vez que vários machos disputam a mesma fêmea e os derrotados perdem a
capacidade de distinção entre machos e fêmeas. Os prelúdios amorosos mais
rápidos são os dos colibris e das moscas. As focas fêmeas dançam em redor do
macho, tentando seduzi-lo. Entre as lesmas e caracóis, os seres nascem machos e
se tornam fêmeas quando estão mais velhos. Entre as amebas, moluscos e insetos,
o papel preponderante nas relações amorosas cabe à fêmea, em virtude de um
maior tamanho e agressividade. Entre os mamíferos são os machos que tomam a
iniciativa na conquista amorosa. Entre as libélulas o amor é a única razão para
viver: os casais voam para o alto até consumarem o ato do amor, que
imediatamente implica na morte dos dois amantes. Os machos que não puderam
encontrar a sua fêmea continuam dançando até a morte pelo esgotamento de todas
as energias. Os amores eternos são com as andorinhas, papagaios e periquitos. A
fidelidade é com as andorinhas. Os salmões viajam distâncias em busca do amor para
fecundarem suas fêmeas, pulando, inclusive, cachoeira acima, sem se importarem
com ferimentos ou morte; essa migração é determinada pela variação do índice de
salinidade das águas. Ocorre esse mesmo fenômeno com as tainhas, enquanto que nas
enguias o comportamento é diverso, pois os casais vão da água doce para a
salgada, na época da desova. As sardinhas mergulham profundamente procurando
uma corrente mais fria, enquanto o cavalo marinho o macho é quem dança ao redor
da fêmea, com a finalidade de melhorar a oxigenação, tornando-se ele
responsável pela criação dos filhotes que se encontram nos poros da pele do
macho onde são incubados. Os sapos são violentos: suas carícias costumam ferie
as fêmeas, quando não as matam. Entre os sapos-parteiros é o macho que guarda
os ovos fecundados e há uma espécie de sapo que guarda os ovos na boca, não
podendo comer até o nascimento dos sapinhos. As borboletas e os besouros se
casam para morrer: trata-se do amor caracterizado pelo sacrifício logo após a
reprodução. Outro exemplo é o caso do louva-a-deus que é um amor suicida, pois
é devorado pela fêmea ao mesmo tempo em que fecunda. Ele necessita salta sobre
o dorso da fêmea e se não for um amante hábil perde a cabeça nas patas
dianteiras da companheira, armadas por serras pontiagudas. Caso o macho não
seja decapitado e consiga a aproximação, a fêmea não se faz de rogada: volta a
cabeça e tranquilamente começa a devorar o companheiro. Caso o louva-a-deus
seja decapitado logo ao iniciar-se a corte, mesmo assim ele cumpre sua missão,
pois o sistema nervoso vegetativo continua em funcionamento até o final do ato.
Também entre os escorpiões a fêmea mata o macho após o encontro sexual, que é
realizado à noite, sob alguma pedra. Os contatos iniciais são pacíficos, quando
o macho segura a fêmea pelas patas dianteiras, levando-a até à pedra,
transformada em ninho de amor por quinze minutos, na duração do encontro. Depois
do amor, o ódio. É então que a fêmea, como que arrependida, volta-se contra o
companheiro e o devora. Semanas mais tarde ela será a carinhosa mãe de filhos
envenenados. Nas formigas a morte do macho ocorre depois do voo nupcial, quando
a fêmea que tem asas, ao contrário das operárias, atirar-se em voo rasante. O macho
está agarrado às suas costas, não consegue manter-se e cai, morrendo em consequência
da queda. Caso sobreviva, o macho ficará ainda algum tempo andando sem rumo,
para morrer em seguida, porque não alimentar-se por seus próprios meios. O encontro
sexual entre as formigas realiza-se durante várias horas, a grande altura,
pouco depois de uma chuva de verão, quando a atmosfera encontra-se
completamente limpa. No caso das abelhas, o macho, o zangão, não é morto pela
fêmea fértil, a rainha, mas pelas operárias que são estéreis. A rainha, que é
uma só para cada colmeia, é fecundada durante um voo nupcial, após ser
perseguida no ar por todos os machos, durante quase três horas, em dia de sol
claro. Os zangões menores que a rainha, uma abelha mais robusta, perseguem-na a
distância, sendo, por isso, dotados de olhos duas vezes maiores que os da fêmea.
Veja mais aqui.
O BRILHO NO TEATRO, CINEMA E TELEVISÃO - A atriz, cantora e
ativista estadunidense Bernadette
Peters atuou por décadas
no teatro, no cinema e na televisão, realizando shows e gravações solo,
iniciando sua carreira ainda criança. Além de suas atividades artísticas, ela
teve a iniciativa de fundar uma organização beneficente animal, denominada Broadway
Barks. Veja mais aqui e aqui.
DORO EMBRONCADO COM A FILA DE BANCO - Gente, num é que o Doro catimbozou brabo! Oxente, nunca vi o cara tão injuriado praguejando contra o que é conhecido por fila de banco. Ele já secou os cambitos nas filas da Caixa Econômica Federal de passar horas e horas quarando lá. Também já se entronchou todo nas filas do Bradesco, zigeuzagueando e se pendurando ora numa perna, ora noutra, para ver se o espinhaço agüenta chegar no guichê do caixa em situação de pedinte, pelo menos, porque estropiado o cara já chega lá. Mas não é só nesses não, em todos os bancos tem aquela famigerada fila desgraçada, o maior desrespeito com o consumidor!
Dá pena passar pelos bancos em dia de pagamento de aposentados!
E o Doro, invocado que só, saiu gritando: - Eu me estrupio todo mai num paro de recramá desses banco! Foi aí que ele se virou para mim e perguntou bem sisudo:- O que a gente faizi para acabá com essa semvergonhice de fila de banco, hem? Aí eu disse para ele que, por exemplo, o Ministério Público da Bahia entrou com Ação Civil Pública contra o Bradesco alegando: “defesa dos interesses difusos e coletivos, propondo AÇÃO CIVIL PÚBLICA, com fundamento no art. 129, III, da Constituição Federal, art. 1.º, III, e 5.º, caput, da Lei Federal 7.347/85, e art. 81, parágrafo único, I, da Lei Federal 8.078/90, contra BANCO BRADESCO S/A”. Ele ficou zarolho, com uma cara de interrogação maior que a admiração pela informação dada. - Cuma é que é que é? -, perguntou-me atarantado o Doro. - É o seguinte – disse eu enquanto ele ficava com cada boticão de olho para minha banda -, com base no Código de Defesa do Consumidor, já apareceu decisão de Tribunais de Justiça pelo Brasil inteiro, de que as filas de banco não podem ultrapassar o tempo máximo de 20 minutos.- Cuma é que é mermo, hem? - Isso mesmo, ninguém pode passar mais de 20 minutos numa fila do que quer que seja, pois isto está previsto no Código de Defesa do Consumidor e em várias decisões dos tribunais brasileiros. - E o que falta para isso valer de verdade? -, perguntou-me com a maior cara de tacho. - Já é de verdade, é só usar! E também, cobrar dos vereadores que estipulem o tempo máximo do consumidor na fila do seu município. Só isso. E dane Procon em cima das filas! - U-huuuuuuuuu! Agora é que eu quero ver! Xá comigo! –, saiu gritando Doro na maior doidice! Vamos aprumar a conversa, tataritaritatá e vamos n´hexa! Veja mais dele aqui.
Também mais Holística, Pierre Bonnard, Claude-Achille Debussy, Laurindo Almeida, Carl Rogers & Emily Greene Balch aqui.
IMAGEM DO DIA
Veja mais Fonte, Paul Éluard, Carl Orff, Michel de Montaigne, Alan Wilson
Watts, Gabriel García Márquez, José
Paulo Paes, Fernando Bonassi, Ingmar Bergman, Maurice Béjart, Rachel Lucena, Birgitta Valberg
& Birgitta Pettersson aqui.
Também mais Holística, Pierre Bonnard, Claude-Achille Debussy, Laurindo Almeida, Carl Rogers & Emily Greene Balch aqui.
CRÔNICA
DE AMOR POR ELA
CULTO
A doçura dos seus
lábios alcança minha alma e me contempla com o mais extraordinário dos espetáculos:
o espargir de todas as constelações siderais, premiando o meu desejo.
É quando o mel de sua
língua deliciosa e atrevida diviniza a minha vida e o seu beijo faz de mim o
mais amado entre os mortais.
(LAM)