OUTRAS LEITURAS NOITE
ADENTRO – UMA: PRA QUÊ
BIBLIOTECAS – Esta semana eu me deparei com um monturo de livros que foram
jogados por uma escola. Soube, inclusive, que, ao dar a ordem, a diretora do
estabelecimento educacional esbravejou: Pra quê biblioteca... Uso, por
resposta, o que disse o escritor e jurista norueguês Jon Bing (1944-2014):
Perguntar por que precisamos de bibliotecas, quando há
tanta informação disponível em outros lugares, é tão sensato quanto perguntar
se os roteiros são necessários agora que existem tantas estradas... Tem gente
pra tudo nesse Brasilzão véio, arrevirado e de porteira escancarada. Deus me
livre! (Veja mais aqui e aqui). DUAS: DOS MOMENTOS
DIFÍCEIS DA VIDA – Depois uma dessa, para lá de marasmódico, pensei comigo: Na
vida tem cada coisa. Chega deprimir. Lembrei-me logo da Elena
Ferrante: Há momentos em que recorremos a palavras insensatas e fazemos exigências
absurdas para esconder sentimentos lineares... Não há gestos, palavras,
suspiros, que não contenham a soma de todos os crimes que os seres humanos
cometeram e cometem... Sabe-se lá, Deus, onde vai parar os
desatinos da nossa espécie, coisa de doer no coração mesmo. (Veja mais dela aqui
e aqui).
TRÊS: DAS DORES ESPREMIDAS NA PIA...
– Realmente, a gente passa por cada uma, chega mesmo a ter que sofrer noitedia
sem saber o que fazer. Foi preciso que eu lesse da Elsa Morante: O sacrifício é a única verdadeira perversão humana... Quem foge por
amor não encontra paz na solidão... A primeira eu posso concordar em
gênero, grau e número; quando a segunda, sei não, tem convivências tão difíceis
no cotidiano que a fuga, às vezes, é o melhor remédio. Tenho uma tuia de
exemplos que deram certo, inclusive eu. (Veja mais dela aqui e aqui). E vamos
aprumar a conversa!
DITOS & DESDITOS – Ninguém
em nossa sociedade carrega um fardo tão pesado quanto as mães que tentam
sobreviver sozinhas... Tem palavras piores que palavrões,
tem palavras que machucam... Nunca vi tantos destroços
pacíficos em minha vida.... É isso que eu quero ser quando crescer, apenas um
destroço pacífico de mãos dadas com outros destroços pacíficos. Pensamento da
da escritora estadunidense Tillie Olsen
(1912-2007). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: O
coração é um músculo oco e vai bater bilhões de vezes durante nossas vidas.
Sobre o tamanho de um punho, tem quatro câmaras: dois átrios e dois
ventrículos. Como esse músculo pode abrigar algo tão abrangente quanto o amor
está além de mim. Este coração é o que ama? Ou você ama com sua alma, que é
infinito? Eu não sei. Tudo o que sei é que sinto esse amor em todas as
moléculas no meu corpo, toda respiração que tomo, todo o infinito na minha alma. Pensamento
da cartunista e escritor britânica Kate Evans.
ROSA AMARELA - [...]
a possibilidade utópica de um espaço para o amor dessas
duas meninas, mesmo quando não há espaço a não ser no fundo de seus próprios
corações.
[...] a tristeza daqueles que amam seu
próprio sexo e, portanto, não podem viver suas vidas na forma de um casamento
convencional é redobrada pelo desgosto dos pais - para quem o casamento
representa o único pináculo da realização feminina - e o opróbrio e desprezo de
todos os outros. [...].
Trechos extraídos da obra Yellow
Rose (Expanded, 1928), da escritora japonesa Nobuko
Yoshiya (1896-1973).
OS MENINOS DA RUA PAULO - [...]
Foi bom? Nemecsek fixou seus olhos azuis em Gereb e
respondeu: Sim, e acrescentou baixinho: Muito melhor do que ficar na margem,
rindo de mim. Prefiro ficar na água até o pescoço até o Ano Novo do que
estar de mãos dadas com os inimigos dos meus amigos. Não me importo de ter
mergulhado na água. Outro dia eu caí lá sozinho. Eu também vi você com
esses estranhos na ilha. Mas vocês podem me convidar pelo tempo que quiserem,
podem me lisonjear e me encher de presentes - mas não quero nada com vocês. E se você me der outro
mergulho, se você me jogar na água cem vezes, ou mesmo mil vezes, eu virei aqui
amanhã e depois de amanhã do mesmo jeito. Vou encontrar um esconderijo onde você não vai me pegar. Não tenho medo de nenhum
de vocês. E se você vier até Paul Street, para tirar nosso terreno,
estaremos no local! E não se esqueça disso também! Vou lhe mostrar que, com
dez de nós contra os seus dez, você ouvirá um tipo de conversa diferente do que
estou lhe dando agora. Foi fácil tirar o melhor de mim! Quem é mais forte sempre
vence! Os meninos Pasztor
roubaram minhas bolinhas no Jardim do Museu porque eram mais fortes. Agora eu tenho um pato
porque você é mais forte! Fácil o suficiente quando dez estão contra um! Mas eu não me importo! Você pode até me bater,
se isso te fizer bem. Eu poderia ter me salvado do mergulho, mas não iria me
juntar a você. Prefiro ser afogado ou ter meu cérebro nocauteado do que
ser um traidor... tipo... alguém parado ali... ali... [...]. Trechos extraídos da obra The Paul Street Boys (Corvina, 1994), do
escritor e dramaturgo húngaro Ferenc Molnár (1878-1952), autor da
célebre frase: Escrever é como
prostituição. Primeiro você faz por amor, depois para alguns amigos próximos e
depois por dinheiro...
ESTOQUE DE ABRIL - A catalpa verde ficou \ toda branca; a
cerejeira floresce mais uma vez. \ Em um ano inteiro eu não aprendi \ Uma coisa
abençoada pela qual eles te pagam. \ As flores nevam em meu cabelo; \ As
árvores e eu logo estaremos nus. \ As árvores têm mais do que eu de sobra. \ As
garotas elegantes e caras que eu ensino, \ Mais jovens e mais rosadas a cada
ano, \ Bloom gradualmente fora de alcance. \ A pereira deixa cair as pétalas \ Como
caspa sobre uma mesa. \ As meninas cresceram tão jovens agora \ que tenho que
me cutucar para olhar. \ Este ano eles sorriem e me lembram como \ Meus dentes
estão caindo com meu cabelo. \ Em trinta anos, posso não ficar \ mais jovem,
mais astuto ou sem dívidas.\ A décima vez, há apenas um ano, \ fiz uma pequena
lista \ De todas as coisas que eu deveria saber, \ Então disse a meus pais,
analista, \ E a todos que confiaram em mim \ Eu seria substancial, atualmente. \
Eu não li um livro sobre \ um livro ou memorizei um enredo. \ Ou encontrei uma
mente da qual não duvidava. \ Eu aprendi um encontro. \ E depois esqueci. \ E,
um a um, os estudiosos sólidos \ obtêm os diplomas, os empregos, os dólares. \ E
sorriem acima de seus colarinhos engomados. \ Ensinei em minhas aulas as noções
de Whitehead; \ Uma garota adorável, uma canção de Mahler. \ Na falta de um
livro-fonte ou promoções, \ mostrei a uma criança as cores da \ mariposa A luna
e como amar.\ Eu me ensinei a nomear meu nome, \ Para latir de volta, soltar
amor e choro; \ Para aliviar minha mulher assim ela veio, \ Para aliviar um
velho que estava morrendo. \ Não aprendi quantas vezes \ posso vencer, posso
amar, mas escolho morrer. \ Eu não aprendi que existe uma mentira. \ O amor
será mais loiro, mais magro, mais jovem; \ Que meu olho equivocado \ Ama apenas
pela fome de meu corpo; \Que tenho forças verdadeiras para sentir, \ Ou que o
mundo encantador é real. \ Enquanto os eruditos falam com autoridade \ E usam
suas úlceras nas mangas, \ Meus olhos de óculos verão \ Essas árvores
adquirirem e gastarem suas folhas. \ Há um valor por trás \ do ouro e da prata
em meus dentes.\ Ainda que as árvores fiquem nuas e as moças se casem, \ Devemos
arcar com nossas dispendiosas temporadas; \ Há uma gentileza que sobrevive \ Que
vai falar e tem suas razões. \ Existe uma beleza, \ preserva-nos, não para
especialistas. Poema do escritor estadunidense William De Witt
Snodgrass (1926-2009), que também usou do pseudônimo de S. S. Gordons.
Numa edição que traz a tradução realizada por Moacir N. Vasconcelos com introdução, notas, critica e bibliografia de José Honório Rodrigues, a Livraria Martins publicou na década de 40 o volume contendo a obra “Memorável Viagem Marítima e Terrestre ao Brasil”, do alemão Joan Nieuhof a serviço da Companhia das Índias Ocidentais, um dos grandes testemunhos históricos acerca da invasão holandesa ao Brasil do séc. XVII. Nieuhof permaneu de 1640 a 1649 na colônia e apresentou uma das descrições mais fidedignas e autênticas da revolta luso-brasileira contra os holandeses. Parte do texto se compõe da transcrição de negociações entre o governo holandês do Recife com o governo português da Bahia. Por isso é um dos livros holandeses essenciais sobre esta revolta. A obra contém de tudo: Geografia, História Natural, Etnografia e a história do declínio do domínio holandês no Brasil. BREVE HISTÓRICO: A Holanda invadiu Pernambuco em 1630, exatamente em 14 de fevereiro. Vinha em busca do açúcar depois da criação da Companhia das Indias Ocidentais. Derrotada na Bahia, desembarca em Pernambuco e começa aí a grande reação portuguesa. A sociedade pernambucana dividia-se em escravos e senhor. No meio, os judeus: comerciante artesão. Eles tiveram papel, na medida em que se aliavam aos invasores ou aos portugueses, facilitando ou dificultando as coisas para uns e outros. Era natural que os judeus, oprimidos pelos grandes latifundiários, preferissem os holandeses, que lhes prometiam mais espaço econômico e político. Calabar havia passado para os holandeses. Em 1641,66 cristãos portugueses enviaram ao governo holandês de Recife um relatório acusando os judeus de açambarcarem todo o comercio do Brasil e pedindo que fossem obrigados a usar chapéus vermelhos ou distintos amarelos no peito, como em outros países. Alguns judeus foram acusados pelos portugueses, julgados pelos holandeses e morrerem na força. Outros se salvaram um resgate. Seu líder era o rabino Isac Abob da Fonseca, personagens de grande prestigio na Europa. Expulso, ele partiu no navio Catarina, em 12 de setembro de 1654, acompanhado de vários membros da antiga comunidade. Fonseca e mais 23 judeus foram para o norte da América (atuais EUA) e ali ajudaram a fundar a cidade de Nova York. Fugindo dos holandeses, Matias de Albuquerque funda o Arraial do bom Jesus, que seria um núcleo de guerrilhas contra o invasor. Ali surgem os guerrilheiros Francisco Rebelo (Rebelinho), Filipe Camarão, Henrique Dias e Vidal de Negreiros que comandam ações espetaculares contra os holandeses, finalmente, derrotando-os. Os índios (Camarão), negros (Henrique Dias) e brancos (Vidal de Negreiros) defenderam a "pátria". Nas batalhas de Guararapes os holandeses são finalmente batidos e só lhes resta abandonar o Brasil. Filipe Camarão, o índio Poti, morre defendendo as propriedades portuguesas. Veja mais aqui.
FONTE:
NIEUHOF, Joan. Memorável viagem marítima e terrestre ao Brasil. São Paulo: Livraria Martins, s/d.
JOSÉ HONÓRIO RODRIGUES – O professor, historiador e ensaísta carioca José Honório Rodrigues (1913-1987), foi membro da Academia Brasileira de Letras, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, da Academia Portuguesa da História, da American Historical Association (EUA), da Royal Academy of History (Inglaterra) e da Sociedade Histórica de Utrech (Países Baixos). É autor, entre outras obras, da Pesquisa Histórica no Brasil abordando a pesquisa histórica, a bibliografoa, o fato histórico, a seleção dos fatos, o julgamento, a evolução da pesquisa pública, os instrumentos do trabalho histórico, fonts da historia moderna e contemporânea, os arquivos e bibliotecas e o Instituto Nacional de Pesquisa Histórica. Outra obra de seu relevante trbalho é a Teoria da Historia do Brasil que compreende uma introdução metodológica que aborda os problemas da historia e as tarefas do historiador, o desenvolvimento da ideia de historia, a filosofia, a priodização, diveros generos de história, a metodologia historica, as fontes, disciplinas auxiliares, a critica historica, autenticidade e forjação, critica da atribuição, critica de textos e a edição de documentos historicos, a critica interna e a compreensão da sintes historica. Além disso, na obra ainda é encontrado como apendice metodo, teoria, historiografia e pesquisa, disciplinas universitarias, o ensino superior e a reforma universitária, Johan Huiziga, Max Weber, Francisco Adolfo Varnhagen, João Capistrano de Abreu, B. F. De Ramiz Galvão, Alexandre Herculano e a carta falsa de Jacinto Guimarães.
FONTES:
RODRIGUES, José Honorio. Teoria da História do Brasil. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1969.
______. A pesquisa histórica no Brasil. São Paulo: Companhia Editora Naciuonal, 1969.
O historiador, jornalista, advogado, escritor e militante político gaúcho Décio Freitas (1922-2004), foi um proeminente pesquisador da causa negra no Brasil, notadamente pela publicação do seu livro Palmares - A Guerra dos Escravos, exumando Zumbi dos Palmares e toda a questão atinente aos Quilombos dos Palmares, quando em suas viagens clandestinas ao Nordeste, refez as pegadas de todos os acontecimentos, concluindo suas pesquisas em Portugal e Holanda. No livro ele aborda questões como os homens livres e escravos, Angola Janga, guerra e rebelião, a guerra do mato, Ganga-Zumba, Zumbi, cruzada contra Palmares e os que preferiram morrer. Este é o resultado de uma pesquisa que se tornou pública em 1971, lançado antes no Uruguai, com o título de La Guerrilla Negra (Nuestra America), tornando-se importante obra para compreender a realidade brasileira desde os tempos da colonização e escravização. Veja mais aqui.
FONTE:
FREITAS, Décio. Palmares: a guerra dos escravos. Rio de Janeiro: Graal, 1982.
FONTE:
VIEIRA, Maria do Pilar et al. A pesquisa em história. São Paulo: Ática, 1998.
FONTE:
GLÊNISSON, Jean. Iniciação aos estudos históricos. Rio de Janeiro/São Paulo: Diofel,1977.
FONTE:
CARDOSO, Ciro Flamarion/ BRIGNOLI, Héctor Pérez. Os métodos da história. Rio de Janeiro: Graal, 2002.
O advogado, geógrafo e historiador pernambucano Manuel Correia de Andrade (1922-2007) teve uma representativa atuação no campo histórico e geográfico do Brasil. Entre suas obras se destaca “A guerra dos cabanos”, uma obra dividida em 9 partes, a primeira abordando os antecedentes da guerra dos cabanos, envolvendo as idéias liberais em Pernambuco, a repressão ao liberalismo por D Pedro I e as conseqüências da abdicação. Na parte seguinte vem a Abrilada, abordando a situação da província e as medidas preventivas contra os colunas, a Abrilada, a revolta de Santo Antão e as medidas administrativas tomadas em repressão. Depois vem a Guerra dos Cabanos em 1832 e 1823, com a situação das províncias de Pernambuco e Alagoas no inicio da luta, o governo de Manuel Zeferino dos Santos e a ofensiva do coronel Santiago, a unificação do comando e a atuação do coronel José Joaquim Coelho e o governo de Francisco de Paula Almeida e Albuquerque na anistia. Logo após vem uma abordagem acerca de Manuel Carvalho Pais de Andrade e a representação dos Cabanos, com o levante de 15 de janeiro e a posse de Manuel de Carvalho, as primeiras medidas de Miguel de Carvalho, as expedições presidenciais, a exploração das matas e o enfraquecimento dos Cabanos, a notícia da morte de D. Pedro I e a agitação na política pernambucana. Depois vem as Carneiradas com a revolva de Lagoa dos Gatos, a Segunda e a Terceira Carneirada. Adiante, a pacificação dos cabanos, o bispo e a trajetória política de Vicente de Paula após a pacificação. Por fim, o sentido da guerra dos cabanos e os documentos reunidos na obra.
FONTE:
ANDRADE, Manuel Correia. A guerra dos cabanos. Rio de Janeiro: Conquista, 1965.
CARLOS ALBERTO FELICIANO é mestre e doutorando em Geografia Humana pela Universidade da São Paulo – USP e professor universitário. É pesquisador do Laboratório de Geografia Agrária da USP, atua como analista de desenvolvimento agrário da Fundação Instituto de Terras do Estado de São Paulo na área de mediação de conflitos fundiários na região do Pontal do Paranapanema, interior de São Paulo. É autor do livro “Movimento camponês rebelde” abordando a geografia dos assentamentos rurais do Brasil bem como procedendo uma apresentação dos planos políticos gorvernamentais de reforma agrária, desde a década de 1980, diante da Constituição Federal de 1988, o discurso e a política do possível, tentativa de despolitização da luta camponesa, o espaço legal: o poder de quem cria e de quem manda cumprir as leis, o rito sumário envolvendo o ITRP e quando os camponeses deixam se mostrar, o espaço institucional como o Projeto Cédula da Terra – Banco da Terra, o Projeto Casulo, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, o espaço imaginativo e a luta pela construção da parcela camponesa no território capitalista. Em seguida ele aborda a questão das ocupações e do movimento camponês em São Paulo, onde trata acerca da luta e resistência nas ocupações, acampamentos e assentamentos, organização e estratégia da luta camponesa, assentamento rural e a geografia da unidade camponesa, o movimento moderno, a formação do MST, fazenda Pirituba, fazenda Conquista, Barretos, ocupações e acampamentos na região de Ribeirão Preto, acampamento Sepé Tiaraju, o núcleo colonial Monção em Iaras, a fundação e a atuação, o Movimento dos Agricultores Sem-Terra – MAST, a atuação do sindicalismo rural na luta camponesa, o movimento de libertação dos Sem-Terra – MLST e sua atuação em SP, movimento camponês independente, os camponeses sem-terra de Itapura, os assentados de Paulicéia, de Rincão e a geografia do movimento camponês. Vê-se, portanto, que o tema da reforma agrária é uma questão bastante controversa e o debate em torno dela incomoda muitos e há muito tempo no Brasil. Ao abordar essas questões, Movimento camponês rebelde traz uma discussão sobre os planos de reforma agrária adotados pelos governos federais de 1985 até nossos dias e expõe o modo de atuação dos mais importantes movimentos camponeses presentes no país, como o MST e o Mast, que carregam consigo características baseadas na diversificação política, na autonomia, na liberdade e, acima de tudo, na rebeldia. Repleto de tabelas e mapas temáticos, trata-se de um livro atual e revelador.
FONTE:
FELICIANO, Carlos Alberto. Movimento camponês rebelde. São Paulo: Contexto, 2006.