AVE SÓLIDA DE VCA – Em minhas mãos um livro em cujas páginas deparei: O lance de búzio sempre abolirá o acaso
o poeta traz céu fechado com tres dísticos versus oito monósticos, mais cinco
poemas de abril, cinco poemas de 2010, quatro canções cadentes ou império de areia,
dois poemas de março, poema novo (Num
pátio alvacento em que brancos restos de luar derramam-se vento sul pousa...)
leveza convulsa, alicerces da luz, visão alta, sacro esquecer, cálculo de
borboleta, os olhos da luz, RM (Quando
ícone morre \ ou se despedaça \ a iconoclastia avança \ um milimetro cresce a
jaça), O poeta (O que move o poeta no
intante da poesia ele não sabe...). No Visível invisível com citações de
Cioran, Baudelaire, Blanchot e Astrogildo Pereira, O poeta combate o anjo (como
Rilke) com versos de poemas Enquanto Edgard agonizava a indiferença da
enfermaria me consolova o olhar etéreo Edgard via poesia, Noturno, Cova de
Aurora, Decleração imperemptória (do poeta impefeito), A morte do trema, Alvo
imperecível, A estirpe morrer (A morte também apodreve como a vida...), Vágaro,
Ambígio passo histórico (Deteve a espada de Belisário vândalo passo de godos),
Brinde ao amor, Canto do Desencanto, Devaneio do éter, Tarefa, Vazio azul
(Dilema ao leitor: o azul é vazio ou o vazio é azul...), como rumos mortos, o
todo da alma do mundo, viabilize o invisível, 20 de maio de 1915, Dedicanto, mais
citações de Fernando Pessoa, Valéry, Blanchot, Sartre, Heráclito e a última
estrofe do lírico-épico poema Sísifo, de Marcus Accioly, onde o poeta assume
ser o mito. No Intermezzo Lírico, com citações de Lezama Lima, Cioran,
epígrafes de Lezama Lima, Folhas caídas, Percurso do verão no rosto e a morte
do coração, As veias noturnas do desejo, A alma na sala, Libro, Erótica e
serpente, enterro do amor, Para ela curvam-se arco-íris, amor terrestre, afora
reunir no volume epígrafes do Manifesto do Realismo Épico de Marcos Accioly,
epígrafes de Octavio Paz, traz um texto e um adendo de Cláudio Veras. Assim
traz de cara: Quando eu estiver à morte \
não deixem \ que estranhos se apossem \ do meu último sorpo... E o poeta
lança sua ave para lá de sólida no reino da Poesia Absoluta. Veja mais aqui,
aqui e aqui.
DITOS & DESDITOS - O
segredo do sucesso é a concentração... Prove tudo um pouco, olhe para tudo um
pouco, mas viva por uma coisa... Porque agora não temos Deus. Tivemos dois: o
velho deus que nossos pais transmitiram para nós, que nós odiamos, e nunca
gostei. O novo que fizemos por nós mesmos, que amamos. Mas agora ele se afastou
de nós, e vemos o que ele era feito - a sombra do nosso mais alto ideal,
coroado e ofendido. Agora não temos Deus. Pensamento da escritora e
ativista sul-africana Olive Schreiner
(1855-1920). Veja mais aqui e aqui.
ALGUÉM FALOU: A verdade te libertará. Mas
primeiro, ela vai te enfurecer. Sem saltos de imaginação, ou sonhos, nós
perdemos a excitação das possibilidades. Sonhar, afinal de contas, é uma forma
de planejar... Pensamento escritora, jornalista e ativista
estadunidense Glória Steinem. Veja mais aqui e aqui.
RAINHA COCA – [...] A
identidade só é produtiva quando não se pensa nela. Não há nada mais estéril
para uma pessoa ou um país do que afirmar-se sem parar, porque sempre se afirma
negando o outro. [...]. Trecho
extraído da obra Queen
Cocaine (City Lights, 2005), da
escrutora espanhola Nuria Amat. Veja
mais aqui.
A TERRA - Essa foi uma primavera de tempestades. Eles rondaram a noite; \ Relâmpago
de baixo nível cintilou no leste\ Contínuo. A branca flor de pêra brilhava\ Imóvel
nos flashes; os pássaros estavam parados;\ Escuridão e silêncio amarrados ao
suspense,\ Dividido pelo brilho premonitório\ Da tempestade furtiva, um gigante
que girou uma espada\ No horizonte baixo, e com piso\ O tremor da terra sempre \
ameaçou sua aproximação, \ Mas para atrasar seu terror manteve-se distante, \ E
manteve a terra esperando como uma besta\ Curvou-se para receber um golpe. Mas
quando ele caminhou\ Descendo de seu trono de colinas sobre a planície,\ E
quebrou sua raiva em mil cacos\ Sobre os campos prostrados, então saltou a
terra\ Orgulhoso em aceitar seu desafio; bebeu sua chuva;\ Sob seu vento
repentino, as árvores dela se agitaram;\ Abriu seu seio secreto para suas
flechas;\ As grandes gotas respingaram; então acima da casa\ Trovão estourou, e
o pequeno lambril balançou\ E o jardim verde no raio estava. Poema da escritora
britânica Vita Sackville-West (1892-1962), conhecida como The Honorable
Lady Nicolson, figurando como o principal modelo do romance 'Orlando' de
Virginia Woolf, de 1928.
CAETÉS
Cau-ete, mata primitiva. Tribo indígena oriunda do tronco tupi que vivia no território tribal compreendido entre a ilha de Itamaracá, Igarassu, Pernambuco, até a foz do rio São Francisco, na divisa dos estados Alagoas e Sergipe.
Na Carta de Pero Vaz de Caminha esta tribo é apresentada como de feição parda, algo avermelhadada, de bons rostos e bons narizes, em geral são bem feitos, andam nus, sem cobertura alguma, não fazendo menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. Estudos demonstram que eles eram exímios pescadores e caçadores, construtores de embarcações e que cultivavam milho, feijão, fumo e mandioca.
A tribo caeté entre em confronto com os portugueses tão logo foram sendo escravizados para desenvolvimento da cana-de-açúcar. Entrando em confronto com os propósitos lusitanos, tornaram-se inimigos destes. Mantinham comércio com holandeses e franceses.
Esta tribo indígena é acusada pela história oficial como aquela que. por ocorrência do naufrágio do navio Nossa Senhora da Ajuda, em 1556, nos nos baixios de d. Rodrigo,hoje Barra de São Miguel, em Alagoas, que levava o bispo do Brasil, D. Pero Fernandes Sardinha, quando este e seus 98 tripulantes caem nas mãos e se tornam vítimas dos índios antropófagos. Tal incidente provocou a fúria da Igreja e da Inquisição, a ponto de promover juntamente com forças lusas uma repressão para dizimá-la completamente da face da terra.
Hoje vários estudos colocam em dúvida o incidente antropofágico que resultou na alcunha de que todo alagoano é um papa-bispo, direcionando que a verdadeira morte do primeiro bispo do Brasil ocorreu por vingança do Governador Geral, Duarte da Costa e seu filho Alvaro da Costa que poderiam ter tramado tal crime e incriminando os caetés. Veja mais aqui, aqui e aqui.
BIBLIORAFIA RECOMENDADA
ABREU, João Capistrano. Capítulos de história colonial: 1500 – 1900. Brasília: EUnB, 1982.
ALBUQUERQUE, Isabel Loureiro de. Notas sobre a História de Alagoas. Maceió, SERGASA, 1989.
ALBUQUERQUE, Manoel Mauricio. Pequena História da Formação Social Brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
ALTAVILA, Jayme de. História da Civilização das Alagoas. Maceió, Biblioteca Pública Estadual, 1967.
______. Bibliografia de autores alagoanos. Maceió: Catavento/Fundação Municipal de Ação Cultural, 2001.
BARBALHO, Nelson. Cronologia Pernambucana- Subsídios para a História do Agreste e do Sertão. Recife: FIAM, 1982.
BRANDÃO, Moreno. Alagoas e seu desenvolvimento histórico. Ver. Do IHGAL. Maceió, v. VII, p. 48-60, jan-mar, 1916
_______. População de Alagoas. Ver. Do IHGAL. Maceió, v. XIX, p-2-60, 1937.
_______. História de Alagoas. Penedo: J. Amorim, 1909.
BUENO, Eduardo. A coroa, a cruz e a espada: lei, ordem e corrupção no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
______. Brasil: terra à vista! Porto Alegre: LP&M, 2003.
______. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
CARDIM, Fernão. Tratados da Terra e da Gente do Brasil. Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Protugueses, 1997.
CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2003.
FONSECA, Pedro Paulino. Fundação das Alagoas. Revista do Arquivo Público de Alagoas, n. 1, p. I-286, 1962.
HOLANDA, Sérgio Buarque. Raízes do Brasil.São Paulo: Companhia das Letras, 1995.
_______. Visão do Paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil. São Paulo, Brasiliense, 1994.
_______. História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difel, 1968.
LINDOSO, Dirceu. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Catavento, 2000.
______. Interpretação da província: um estudo da cultura alagoana. Maceió: Edufal, 2005.
MACHADO, Luiz Alberto. Alvoradinha: calango verde do mato bom. Maceió: Nacente, 2001.
_____. Fecamepa: da invasão à República. Maceió, mimeo, 2005.
MONTEIRO, John. Tapuias, brasilianos e tapuitingas. História Viva: temas brasileiros. Edição especial temática nº6, p.80-85, 2006.
MUGGIATTI, Roberto (Coord.). A construção do Brasil. Nossa história, 2006.
PINTO, Geosélia da Silva. História de Alagoas. Maceió, EDUFAL, 1979.
PRADO, Junior Caio. Formação do Brasil Conteporâneo- Colônia. São Paulo: Brasiliense, 1965.
______. História e desenvolvimento: a contribuição da historiografia para a teoria e prática do desenvolvimento brasileiro. São Paulo: Brasiliense, 1989.
______. Evolução política do Brasil: colonia e império. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
QUADROS, Jânio. O pré-descobrimento, portugueses, índios e africanos. São Paulo: J. Quadros, 1967.
ROCHA, José Maria Tenório. Historiografia de Alagoas: primeira leitura. Maceió: UFAL, 1993.
ROCHA-TRINDADE, Maria Beatriz; CAEIRO, Domingos. Portugal – Brasil: migrações e migrantes. Lisboa: Inapa, 2000.
SALVADOR, Fr. Vicente do. História do Brasil – 1500/1627. São Paulo, Melhoramentos, 1931.
SARAIVA, José Hermano. História de Portugal. Lisboa: Alfa, 1993.
______. História concisa de Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-América, 2001.
SILVA, Otavia Barbosa. Alagoas. Brasília: MEC, s/d.
SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. Rio de Janeiro: CBPE/INEP/MEC, 1960.
SOUZA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Nacional/EDUSP, 1971.
SOUTHEY, Robert. História do Brasil. São Paulo: Obelisco, 1965.
STADEN, Hans. Duas Viagens ao Brasil. São Paulo: EDUSP, 1974.
TENÓRIO, Douglas Apratto. (Org.). Alagoas 500 anos. O Jornal, fascículo de 08/02.2000.
THOMÁS, Cláudio. História do Brasil. São Paulo: FTD, 1964.
VARNHAGEN, Francisco A. História Geral do Brasil. São Paulo, 1928.
Veja
mais sobre:
Derluza,
saúde na justiça, Federico
García Lorca, Marquês de Sade, Robert Burns, Jean-Luc Godard, Reay Tannahill, Fernanda Chaves Canaud, Virgílio, Jules Ralph Feiffer, Sebastian
Llobet Ribas & Chilica Contadora de
Histórias aqui.
E mais:
Tom
Jobim, Virginia Woolf, William Somerset Maughan, Adelaide Cabete, Pompeu
Girolamo Batoni, Renata Bonfiglio Fan, Vivendo & Aprendendo a Jogar &
Servidão humana aqui.
Crônica
de amor por ela & Todo dia é dia da mulher aqui.
Contratos
Administrativos aqui.
Big Shit
Bôbras: a chegada, primeira emboança aqui.
Octavio Paz, Gestão Ambiental do Trabalho,
Psicodrama & Role-Playing aqui.
Fecamepa:
antecedentes & consequências aqui.
Sócrates
& a sofística no pensamento grego aqui.
A
justiça & a injustiça aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Todo dia é dia da mulher aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
Livros Infantis do Nitolino aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora comemorando a festa no Tataritaritatá!!!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.