quinta-feira, março 07, 2013

ADA JAFRI, FLORENCE BARCLAY, JOÃO CABRAL, VIAN, DELIBES & LITERÓTICA

Kaleidoscope Pattern Of Naked Woman is a photograph by Panoramic Images which was uploaded on April 23rd, 2019.

 

TRÍPTICO POEMERÓTICO: NELA - É nela morros e ventos que sou ferro fervente no calor do algodão. É nela poses e versos que soa maior o tom apaixonado do amor. É nela dias e noites que sou vivo mais que amanhã. MARACATUZANDO NELA - Nas pernas dela tenho o mundo e as coxas me ensinam o caminho. Seus quadris me levam pelos segundos ensinando horas e milênios. Quase adormeço no aconchego dos seus seios e neles renasço despudoramente vivo. Colho dos seus lábios a cobiça do beijo alentando o meu coração. Nos seus olhos os pontos cardeais inventam o giro das coisas para seguir. E no seu ventre ensaio aconchego e recolho a maravilha do chamego de me sentir na imensidão cósmica. NO CÉU DA SUA BOCA... - As estrelas do céu da sua boca brilham no meu sexo alado. E louca vou tê-la beiçuda na glande aos beijos convexos. E mais se expande toda bocuda, serpenteando ágil linguaruda no que sou de lançado por seu escarcéu lavado porque mais abocanha com o sobejo da manha, num chupado vaivém para ir mais além devorando inteiro com muitas demãos, sou mais que sultão e mais que quejando, por todos os janeiros e ela felando gostoso, a me encher de mimo pro gozo inflamado quase erupção maciça e à sua mercê sou seu refém e mandrião para lá de amar e amado em carne viva. Veja mais aqui.

 


DITOS & DESDITOSSe nos lembrarmos melhor dos bons momentos, para que servem os maus?... Deixar a literatura nas mãos dos imbecis é como deixar a ciência nas mãos dos militares... Pensamento do polímata francês Boris Vian (1920-1959). Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU - Os homens se fazem. As montanhas já estão feitas. O homem moderno vive alheio aos sentimentos inscritos profundamente em nossa biologia e que sustentam o prazer de sair para o campo. A fama não tem um lugar onde se segurar que seja realmente positivo... Pensamento do escritor e jornalista espanhol Miguel Delibes (1920-2010).

 

O ROSÁRIO - [...] Ela já havia sido descrita, por alguém que via abaixo da superfície, como uma mulher perfeitamente bonita em uma concha absolutamente simples. [...] De repente, percebi que, pela primeira vez em toda a minha vida, eu era essencial para alguém. Eu não conseguia entrar em uma sala sem perceber que ele percebeu instantaneamente minha presença; Eu não podia sair de uma sala sem saber que ele sentiria e lamentaria minha ausência. [...]. Trechos extraídos da obra The Rosary (CreateSpace, 2012) ), da escritora inglesa Florence Barclay (1862-1921).

 

TRÊS POEMAS - I - Onde estava a espera daqueles que apagaram todas as lâmpadas ? Esta é a era das moedas. Com quem faremos? Sem desgosto, sem desgosto, sem desgosto. Onde estava o sonho e o pensamento? Se você fizer isso, o tempo será corte. Houve uma busca, houve um sol, onde estava a cabeça dos vivos, mas havia apenas uma melodia , .nem o coração apareceu nem a voz II - APENAS SEU NOME MORTO JÁ VEIO AOS LÁBIOS - Às vezes, apenas os nomes de seus mortos vinham aos lábios, então apenas  as acusações vinham à cabeça . Você vai decorar a cidade, você deseja, não é possível. Vamos vir de manhã. Vamos vir à noite . Vamos mudar de rumo? Se o medo do fim vier no coração será arruinada. III – TEMPO REPENTINO DE QUEIMAÇÃO DO CORAÇÃO - De repente, o tempo fica doloroso, \ a oração não é fácil, a fala fica difícil, \ os olhos te olham e não te veem, \ todas as relações de amor ficam tão \ pobres. \ Se a verdade é tão cruel, então conte \ mentira \ una-nos os ventos se tornaram uma parede em nosso caminho. Agora a corrente era do chão ao céu. Poemas da escritora paquistanesa Ada Jafri (1924-2015).

 




Só vai na horizontal

Nos mapas em que o mutilaram;
Em tudo é vertical:
Dos sobrados e bueiros da Mata

Até o mandacaru
Que dá a vitalícia banana
A todos que do sul
Olham-no do alto da mandância.
Aquela horizontal
É enganosa, está só nos mapas:
Não diz de sua história
E muito menos de sua casta.
(João Cabral de Melo NetoPernambuco em mapa. In: Museu de tudo. Rio de Janeiro: José Olympio, 1975).

João Cabral de Melo Neto nasceu no dia 9 de janeiro de 1920, em Recife, e faleceu no dia 9 de outubro de 1999, no Rio de Janeiro. Poeta pernambucano foi, também, diplomata brasileiro. Em 1942 lançou seu primeiro livro, Pedra do Sono. O engenheiro, em 1945. O Cão sem plumas, em 1950. O rio, em 1953, quando recebe o Prêmio José de Anchieta do IV Centenário de São Paulo. A sua obra poética reunida em Poemas Reunidos, em 1954. Duas águas, em 1956, reunindo os livros Morte e Vida Severina, Paisagens com figuras e Uma faca só lâmina. Quaderna e, depois, Dois parlamentos, são lançados em 1960. Já em 1961 publica Terceira feira e o Serial. Suas Poesias Completas saem em 1968, quando é eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1975 lança Museu de Tudo. Em 1979, A escola das facas. Em 1980 sai a sua antologia Poesia Crítica. Em 1982 publica Auto do frade. Em 1985 lança Agrestes. Em 1987, Crime na Calle Relator, poemas narrativos. Em 1988, sua antologia Poemas pernambucanos. E em 1990, Sevilha andando. Veja mais João Cabral aqui, aqui, aqui, aqui aqui, aqui e aqui


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