DO VIVER & OUTRAS
COISAS MAIS – UMA: DO FEITO & POR FAZER
– A história é controversa, mas merece ser contada: a da trabalhadora naval
estadunindense Naomi Parker (1921-2018)
na foto com a frase: We Can Do It! O que em bom e velho
português significa dizer: Nós podemos fazer isso! Ou: Somos capazes – como sugere o
cartaz propagandisico criado por J. Howard Miller, em 1943, com a finalidade de
levantar o moral dos trabalhadores de uma indústria, durante o esforço de
guerra, no qual a figura retratada passou a ser identificada como Rosie the
Riveter – “Rosie, a Rebitadeira -, um icônico personagem representativo das
trabalhadoras e era baseado numa fotografia em preto e branco tirado por uma
operária, a Naomi Parker, então com 20 anos de idade, em 1942, que trabalhava
na Base Aeronaval de Alameda, na Califórnia. Em 2010 a imagem foi reformulada
por artistas para celebrar Julia Gillard, a primeira mulher a se tornar
primeira-ministra da Austrália. No entanto, há uma versão que se credita que a
modelo do cartaz fosse Geraldine Doyle, o que perdurou até 2015, quando o
professor da Univesiudade Seton Hall e especialista em propaganda da Segunda
Grande Guerra, James J. Kimble, concluiu sua investigação de mais de 3 anos,
creditando a Naomi que operava a máquina-ferramenta e vestia o macacão azul,
com a bandana vermelha de bolinmhas na cabeça. A história em si é mera
ilustração para o propósito, afinal se somos capazes por que não fazer, nós
podemos! Então façamos antes que seja tarde e ponto final! EFLÚVIO DA INFÂNCIA –
Anteontem, no meio das minha cotidianas leituras, me deparei com a biografia da
entomologista, botânica e zoóloga britânica Miriam Rothschild
(1908- 2005), que durante a década de 1930 estudou o molusco Nucula e seus parasitas trematódeos,
tornando-se uma autoridade líder em pulgas, a ponto de publicar um livro sobre
parasitismo, New Naturalist, que foi
um grande sucesso. Depois ela passou a estudar outros insetos entre os da ordem
Lepidoptera,
chegando às borboletas para produção de antibióticos, durante um surto de
antraz, elaborando um manuscrito a respeito que só foram publicados após sua
morte. Foi exatamente nestes manuscritos que flagrei a frase: As borboletas acrescentam outra dimensão ao jardim, pois
são como flores de sonho - sonhos de infância - que se soltaram de seus caules
e escaparam para a luz do sol. E lá fui eu sentindo o eflúvio das lembranças do tempo
que desembestado eu corria atrás delas, menino que eu era da beira do rio. DAS
COISAS NESTES TEMPOS DE OBSOLESCÊNCIA & DOS DESCARTÁVEIS – Fã eu sempre fui
da atria e ativista humanitária britânica Audrey
Hepburn (1929-1993). Vi e revi muitos dos
seus filmes, mas o ficou de mesmo foi a frase dela: Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas,
resgatadas e redimidas: jamais jogue alguém fora... Lembre-se que se algum dia você precisar de
ajuda, você encontrará uma mão no final do seu braço. À medida que você
envelhecer, você descobrirá que tem duas mãos - uma para ajudar a si mesmo, e
outra pra ajudar aos outros... (Veja mais dela aqui).
DITOS & DESDITOS - Podemos dar nossos corpos
um ao outro com facilidade; o fundamental é poder dar a vida. Para que haja
amor do começo ao fim, duas pessoas precisam entrar no espelho e sair apenas
uma alma. Você não precisa se demorar muito em uma pessoa porque as pessoas são
como poços. Você pode se afogar nele. Quem ama de verdade ama sem esperar nada
em troca. O ciúme que é a outra face do amor. O ciúme, que é prazer e
bem-aventurança, os sorrisos, as promessas e as esperanças que nos fizeram tão
felizes que voltam e voltam como facas pontiagudas e bisturis afiados que
mergulham em nossas profundezas. A lembrança seria tanto uma adaga na barriga
quanto um jardim de ouro puro em sua vida. Pensamento do escritor
turco Ahmet Hamdi Tanpınar (1901- 1962).
ALGUÉM FALOU: Eu subi as escadas para o mundo, pois nasci em um porão. Nunca
vá para a cama com raiva, fique acordado e lute. Diga o que quiser, é melhor
ser deixado do que nunca ter sido amado. Não há no céu fúria comparável ao amor transformado em ódio nem há no
inferno ferocidade como a de uma mulher desprezada. As mulheres são como truques de prestidigitação, Que,
para admirar, não devemos entender... Pensamento do poeta e dramaturgo britânico William Congreve (1670-1729).
DA ASTRONOMIA DE ANTES & DEPOIS – [...] O que foi feito é pouco
- apenas um começo; no entanto, é muito em comparação com o total vazio de um
século passado. E nosso conhecimento, somos facilmente persuadidos,
parecerá, por sua vez, a mais pura ignorância para aqueles que vierem depois de
nós. [...]. Trecho extraído da obra A Popular History of Astronomy During the
Nineteenth Century ( Createspace Independent, 2013), da astrônoma e
escritora irlandesa Agnes Mary Clerke
(1842-1907).
UMA CONDESSA ABAIXO DA ESCADA - [...] A solidão havia ensinado a Harriet que sempre havia
alguém que entendia - era tão frequente que eles estivessem mortos e, em um
livro [...] Quando estiver triste, minha estrelinha, saia de casa. É sempre melhor sob o
céu aberto. [...]
Ela era tão inteligente que podia pensar
em beleza. Inteligência... eles não falam muito sobre isso, os
poetas, mas quando uma mulher é inteligente e apaixonada e boa.. [...] As sombras são lugares frescos e pacíficos para aqueles cujas mentes
estão repletas de tesouros. [...] Como
você ousa supor que eu não sei quem você é ou o que você é? Que eu não entendo o que
vejo? Você me toma por algum
tipo de estudante obcecado? É indescritível! Você poderia pesar tanto quanto um hipopótamo, raspar a
cabeça e usar uma peruca e isso não faria diferença para mim. Eu nunca disse que você
era bonita. Eu nunca pensei nisso. Eu disse que você era
você. [...]. Trechos
extraídos da obra A
Countess Below Stairs (Puffin, 2007),
da escritora austro-britânica Eva Ibboston (1925-2010).
UM GALHO NU - Um galho nu com bagas vermelho-sangue \ e um como flores frondosas, \ linda
em todos os sentidos \ para aquele que julga com amor. \ Aquele deu um sinal,
ho, \ lá docemente ela se deita e floresce. \ O outro deu o sangue de seu
coração \ quando as folhas e o vento do outono escapam. \ Aquele brilha e
irradia, ho, \ o outro arde e amadurece \ e finalmente dar o sangue de seu
coração; \ onde pesado com bagas ho bognar. \ Eu te dei aquele com flores. \ Eu
dou a você de bom grado. \ Você vai ver quem é o mais rico \ um pouco mais
adiante no caminho. Poema do poeta e educador norueguês Olav Aukrust (1883-1929). Veja mais aqui.