PAIXÃO (Imagem: Tangled together, by Carolyn Weltman) – I – Ah se eu pudesse chegar de manhã nos seus olhos de céu e
alcançasse a esperança eterna que reluz embutida no seu jeito feliz de se amar
e encontrasse o sorriso completo de ser maravilha no capricho altaneiro que se
delineia na anatomia sedutora e sensacional de sua expressão e abraçasse seu
corpo repleto de saudade antiga que fustiga por dentro nossos sonhos mais
derradeiros e beijasse seus lábios sedentos na entrega anímica do desejo
primeiro que incendeia nossos nervos e prepara para a entrega total de nossas
querências e sentisse o seu coração bulindo medonho ao contato do cheiro mais
íntimo despertando furores de lençóis e mistérios noturnos de nossas ardências
eternas e desabotoasse a blusa descortinando o segredo de maravilhosos seios
prontos tão bons de chupar com a sede de ontem jamais saciada e visse o caminho
abaixo do umbigo no detalhe da saia justinha escondendo a fonte do ventre a se
delinear nas belas coxas, maravilhosas pernas nos pés da perfeição e arrepiasse
com a minha mão buliçosa em ação alisando o joelho sedoso e seguindo pelo dorso
da coxa buscando encontrar a botija dos tesouros mais valiosos de sua elegância
corporal e chegasse na fonte minando o desejo para matar minha sede de lamber
sua América adorada de tesão vital de frescor desigual de realização total e a
deixasse tremendo ao meu íntimo contato a fazer-me de fato mais viril e
crescido mais aceso e rijo pronto para arrebentá-la de gozo mais sideral de
todos os orgasmos entrecortados e senti-la indefesa ao meu domínio insano de
apoderar-me de todos os confins gerais de seus limites e ficasse inquieta e
louca enquanto arrastava-me aos seus lábios trêmulos com beijos bombásticos a
descobrir-me menino traquino cheio de ereção e passeasse sua língua voraz pelos
contornos do meu rosto assanhando meus ouvidos com grunhidos famintos e
descesse o pescoço alcançando-me o tronco de impávida paixão e alisasse meu
ventre com seu toque sutil e contornasse o meu sexo, engolisse minha glande,
degustasse meu tesão frenético de cajado ereto com seu bafo morno de deusa
felatriz e realizasse os seus caprichos mais nobres na minha entrega absoluta e
puxasse repentinamente os meus braços para a majestade de seu corpo desnudo e
acetinado onde cravo meu sexo no encontro das coxas arrebentando o segredo do
gozo até inteiramente penetrada na sua entranha dançando o ritmo do cio e
procedendo ao orgasmo total das almas incendiadas de amor e paixão aaaaaaahh
aaaah aaaaaaaaaaaaaaaah aaaaaaaaaaaaaaaah amor. II - Quando entre as fronhas da noite azul o seu beijo se fizer
presente nos meus lábios, eu vou descobrir nas nuvens dos lençóis que encobrem
seu corpo a sedução medonha de vê-la nua e inteira para me servir do desejo
aceso que rouba a calma espragatada no colchão da cama sem saída & pronta
para ser servida pela ganância de foder sua alma o corpo & tudo que me
apetece deusa maiúscula e quando as cobertas estiverem desnudas & você
iluminada de tudo que me assanha vou mergulhar na sua natureza etérea &
provar de todos os gostos que me agitam a saliva na sua carne saborosa com
todos os seus atributos expostos à minha gula de garanhão faminto e vou
indecente me empanturrar de toda oferenda esguia & safada do seu jeito
matreiro que explode em suas curvas mais acentuadas até chupar-lhe os ductos dos
seios mais adoráveis enquanto seu olho manhoso revira afogado & sua língua
atrevida provocando a lamber seus próprios lábios com a delícia gostosa do
coito abrasado e vou pegá-la de quatro aprumando meu membro teso empunhando a
lança pronta para enfiar-lhe inteira goela adentro em direção de suas
profundidades até vê-la gemendo esfregando nossas carnes & roçá-la gritando
maluca transida de prazer sussurrando a doçura de ser possuída & vou agitá-la alisando-lhe a púbis & suas
pernas estiradas ao meu ombro & meu sexo no seu no contorno das ancas da
festa das carícias cantando "parceiro das delícias" de geraldinho
azevedo com meu dedo na boca crás! & vou comê-la como quem se delicia do
prato mais favorito & e vou remexer seus quadris & dançar a dança mais
louca da trepada mágica dos gozos mais obscenos que alcançam o infinito dos
orgasmos mais mútuos & deixá-la agoniada no frenesi de todas as paixões
alucinadas que queimam por dentro o prazer de ser explorada em todos os seus
domínios até vê-la carinha de anjo feliz satisfeita com a minha posse
irrefreada e quando satisfeita se virar cansada, enlanguescida, exaurida vou
deixar meu membro descansar no rego da sua bunda permitindo que ao amanhecer
possa recitar poemas devassos carregados de luxúria e paixão. III – Quero buscar nos seus lábios o
sabor de todos os gostos de suas querências para neles depositar a loucura de
todos os meus quereres e quero buscar nos seus olhos a esperança da vida mais
linda e mais prazerosa que um homem jamais possa encontrar no paraíso de sua
ardência e quero encontrar na sua boca as ânsias sedentas e mais loucas de toda
volúpia de sua voz e de seu ser no transe obscuro do gozo medonho e quero sugar
dos seus seios toda a entrega mágica do segredo de mãe e mulher e nele alcançar
a altitude de nossos mormaçados desejos e quero beber do seu sexo toda descarga
de sua maravilhosa manifestação e encontrando a vida que meu corpo preenche que
minha alma apetece que meu sexo enrijece que meu querer treme e meu gozo
realiza e quero lamber suas coxas por todo o caminho para a felicidade eterna
dos caminhos azuis e devaneios presentes e quero morder sua carne para que eu
deixe minha fome exaltada de você em todas as minhas alucinadas vontades de
possuir seu bem mais precioso e quero acariciar seu coração com o total das
minhas insanas vontades de amar a me completar como gente, a me realizar como
amante, a fazer de você a mais cobiçada mulher. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais aqui.
Imagem: Nude woman, do artista visual húngaro Pal Fried (1893 – 1976).
REVERSE
THREAD – Curtindo o álbum Reverse Thread (E1 Music, 2010), da violinista de jazz Regina Carter. Veja mais aqui.
EPÍGRAFE - É preciso saber que o mundo é sem esperança e, contudo, decidir mudá-lo,
do escritor e roteirista estadunidense Francis Scott Fitzgerald
(1896-1940). Veja mais aqui e aqui.
GESTÃO EM SAÚDE – O
livro Gestão em saúde (Guanabara
Koogan, 2012), de Gonzalo Vecina Neto e Ana Maria Malik, trata sobre o processo
de assistência à saúde, a gestão na assistência à saúde, organização e
funcionamento dos serviços de saúde, serviços técnicos, serviços diagnósticos e
terapêuticos, o edifício do serviço de saúde, gestão da tecnologia de
informação, hospitalares, de risco e controle, conceito de segurança,
manutenção de edifícios e equipamentos, fronteiras da assistência à saúde,
entre outros assuntos. Veja mais aqui.
A RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E ALUNO – O
livro A relação entre professor e aluno: um olhar interdisciplinar sobre o
conteúdo e a dimensão humana (Wak, 2010), organizado Sergio Simka e Italo
Meneghetti, a busca pelo entendimento humano na relação entre professor e
aluno, novos percursos interativos no espaço acadêmico, deslocamentos lúdicos e
teóricos para outras realidades práticas, ensino e aprendizado como arte e
técnica do diálogo, inquietações para colóquios éticos na academia, formação do
professor para lecionar no Ensino Fundamental e Ensino Médio, reflexão das
relações professor e aluno e entre conteúdo e dimensão humana, tarefas atuais
da educação, o sentido do ensinar e do aprender, superação das limitações
tecnicista, a dor que cura, além do embrutecimento, entre outros assuntos. Veja
mais aqui.
NO BOSQUE DA NOITE – O livro
No bosque da noite (Códex, 2010), da escritora,
repórter, ilustradora e colunista de teatro estadunidense Djuna Barnes, conta a história de um amor homossexual de duas
mulheres que servem de mota para retratar a sociedade decadente da Europa dos
anos 1920, refletindo sobre o amor naseamdp=se na história e na religião. Da obra
destaco o trecho: [...] O homem, ela
disse, com as pálpebras palpitando, ao se condicionar ao medo, criou Deus; como
a pré-historia, condicionando-se à esperança, criou o homem – o resfriamento da
terra, a retração do oceano. E eu, que me ressinto da falta de forças, escolhi uma
menina que lembra um menino [...]. Veja mais aqui.
NA LONA – Entre os poemas da poeta
professora e editora da Revista A Cigarra, Jurema Barreto de Souza, destaco a sua
poesia Na lona: Quando ele me morde a
nuca / arrepio salto mortal / garras, kama sutra, tigre do Nepal. / Nesta hora
nem sei se há tigres / nem onde é o Nepal, tudo circo / domador e domada,
cinqüenta graus. / Toda rima é casual / contorcionista, de ponta cabeça / o
mundo parece que é normal. / Maçã do amor, lambuzada / a boca fresca de água
recente / indecente sorri do perigo / do grito, só mágicas, sem mitos. / Uma
bailarina suspensa / no arco invisível que salta / sobre o cavalo branco / em
círculos na serragem do tempo. / Trapezista confio na mão do artista / no
espaço vazio a cada momento / sou outra para que ele tenha / em mim todas as
mulheres. Veja mais aqui.
BLASTED – A peça teatral Blasted, da dramaturga inglesa Sarah Kane (1971-1999), conta a história
de um jornalista envolvido com um grupo de direita, sua namorada grávida e um
paramilitar enlouquecido de ódio, que fazem de um quarto de hotel, na
Inglaterra, o resumo dos horrores políticos e sociais contemporâneos. Veja mais
aqui e aqui.
SWEET SIXTEEN – O premiado
drama policial Sweet sixteen (Felizes
dezesseis, 2002), dirigido por Ken Loach,
trata sobre a realidade dos desfavorecidos com uma mistura sutil de
desesperança, humor e compaixão, contando a história de um adolescente
conturbado que sonha em começar de novo com sua mãe que está cumprindo pena
numa prisão e as tentativas dele arrecadar dinheiro para os dois vai esbarrar
numa realidade crua bastante desfavorável. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Premise to revive, by Wang
Huaxiang.
Veja mais Cecília
Meireles, Pablo Milanés, Bertha Lutz, Pedrinho Guareschi, Juliette Binoche, Jean-Luc Godard, Celina
Guimarães, Costinha, Myriem Roussel, Johan Christian Dahl &
muito mais aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Voo
sedutor, da artista
plástica do Surrealismo belga, Jane
Graverol (1905-1984);
CANTARAU:
VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital Musical Tataritaritatá