quinta-feira, março 07, 2013

CHICO BUARQUE, REBECCA WEST, LINDA WOOLVERTON, ERIKA ENDER & LITERÓTICA


TRÂMITE DA SOLIDÃO - MINHA VOZ: Minha voz é a coragem de amar no ultraje dos desencontros. E eu sou navio com rota esquecida e naufrágios muitos. Quando minha voz é torrente de dor no exagero sombrio de uma canção, não é nada, é tempestade que passou e deixou danos. Quando minha voz é a coragem de amar, não é a sombra de um vendaval, é a sujeição de um eterno pavio que aceso nunca apagará. BODAS DE SANGUE: Eu me disse sim, me disse assim, me disse sim mais de mil vezes no meu sacrário que não se pode ultrajar. Noutra hora, ainda os demônios da noite no tempo e todos os dias no pêndulo e as batidas do meu coração, a repugnância pela maledicência e o meu cordão umbilical no ninho das enfermidades da boceta de Pandora. Oh não! Estou pro que der e sucederá. E tantas vezes fui ao encontro do amor, padecendo à custa de avassaladora paixão. Tantas vezes desfalcado pelo amor, vento algum recusará que me faz falta e até maltrata o bem-querer e o querer-bem. Tantas vezes fui ao encontro do amor e por isso sete vezes perdoei para poder fugir duma prisão pelo sortilégio do amor, setenta vezes ousei amar e busquei uma meizinha do estrume de Jauaraicica para me curar de paixão profunda e proibida, setecentas vezes amei com um pensamento vivo de que tudo transcende este universo absoluto, sete mil vezes amarei para que exista a paz de Isaías em nosso estado e lugar. O amor me deu e só o amor levará tudo na vontade de viver errante por todos os continentes, na minha eterna gratidão à habitação dos vivos e dos mortos. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Você não pode seguir a estrada de outra pessoa. É o seu sonho; é a sua vida. Você não precisa ouvir de outras pessoas o que fazer de si mesmo. Você decide... O amor pode ser lindo, estranho, poderoso. Pode ser cego para o que o resto do mundo vê, percebendo algo completamente diferente. Pode até ser transformador... Pensamento da escritora e roteirista estadunidense Linda Woolverton.

 

ALGUÉM FALOU: Uma mulher pode ser capaz de se tornar tudo o que ela sonha, sem competir com os homens, e até dar mais do que qualquer um imagina... Ela pode ser firme e manter o doce, ela pode ser grande e manter a menina, ela pode ser uma dama e ser travessa na cama... Pensamento da cantora e compositora panamenha Erika Ender.

 

A CANA PENSANTE - [...] Essas ações selecionadas adquiriram uma complacência mortal e ingrata, que as fez considerar essas oportunidades como suas realizações e menosprezar as realizações de todos os outros, a menos que fossem igualmente confundidas com oportunidades; e que fizeram pior do que isso, abolindo todos os padrões de suas mentes, exceto o que eles mesmos eram e faziam. [...] Um era gentil, de uma generosidade que dificilmente poderia ser esgotada, para velhas governantas e jardineiros, que podiam ser confiados para agradecer com a devida abjeção; um desempenhava funções públicas, pelas quais era pago integralmente por deferência; uma era casta, recusando-se a fugir do marido com outros homens que, na maioria das vezes, não pediam e que, de qualquer forma, não tinham nada melhor a oferecer do que a própria casa. Não conhecendo dificuldades, a pessoa não tinha coragem; conhecendo nenhum critério além das próprias realizações, não tinha gosto. [...] Ela estava realmente sofrendo com aquela depressão, que estranhamente assume a forma de um sentimento de culpa, que vem daqueles que se encontram sozinhos na sobriedade entre os alcoolizados [...]. Trechos extraídos da obra The Thinking Reed (Penguin, 1985), da escritora inglesa Rebecca West (pseudônimo de Cecily - Isabel Fairfield = 1892-1983), que na obra The Fountain Overflows (Virago Press, 2011) expressou: [...] Você deve sempre acreditar que a vida é tão extraordinária quanto a música diz que é. [...] e é atribuída a ela a frase: Se existe um Deus, não acho que Ele exigiria que alguém se curvasse ou se levantasse diante Dele. Muitas vezes tenho a suspeita de que Deus ainda está tentando resolver as coisas e ainda não terminou. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


SONETO

 

Por que me descobriste no abandono

Com que tortura me arrancaste um beijo 

Por que me incendiaste de desejo

Quando eu estava bem, morta de sono

 

Com que mentira abriste meu segredo

De que romance antigo me roubaste

Com que raio de luz me iluminaste

Quando eu estava bem, morta de medo

 

Por que não me deixaste adormecida

E me indicaste o mar com que navio

E me deixaste só, com que saída

 

Por que desceste ao meu porão sombrio

Com que direito me ensinaste a vida

Quando eu estava bem, morta de frio.

 

A POESIA DE CHICO BUARQUE – Para tratar acerca dessa temática num trabalho acadêmico convem situar a poesia dos anos 60/70 no Brasil, a vanguarda e a repressão política, a temática poética, os olhares e as vozes de Chico Buarque, a vanguarda e o engajamento, o olhar do autor na perspectiva social. Veja detalhes aquiaqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Abril Cultural, 1981.
CHEDIAK, A. Chico Buarque. Songbook, São Paulo: Lumiar, 1999.
COHEN, J. Estrutura da linguagem poética. São Paulo: Cultrix, 1966
ECO, U. Apocalípticos e Integrados. São Paulo: Perspectiva, 1993.
FOLHA DE SÃO PAULO. Movimento concretista dividiu a intelectualidade brasileira. Disponível no site Jornal de Poesia, capitado em 24 de setembro de 2005.
FORTUNA, F. O que ficou da poesia marginal. UFRJ,  setembro de 2005.
HEGEL. “Caráter geral da poesia lírica”. In: Estética: Poesia. Vol. VII. Lisboa: Guimarães Editores, 1980, p. 221-223 (fragmentos).
HOLANDA, S. B. O historiador escreve sobre seu filho Chico Buarque. Jornal Folha de São, sábado, 19 de outubro de 1991.
JOBIM, T. Carta ao Chico. In: Buarque, Chico. Chico Buarque, letra e música: incluindo Carta ao Chico de Tom Jobim e Gol de Letras de Humberto Werneck.  Rio de Janeiro: Ateliê, 1988.
MARQUES, F. As ilusões perdidas. Dossiê Cult. Revista Cult, Ano II, 69 (60-63), 2003.
MARTINS, L. B. Chico Buarque 60. Jornal do Brasil, Caderno B,  28.12.2005.
MELLO, H. F. Alegorias do vazio. Revista Cult, Ano II, 69 (48-53), 2003.
MELLO, M. V. de. Desenvolvimento e cultura. O problema do estetismo no Brasil. São Paulo, Nacional,1963.
NASSIF, L. Chico Buarque: a honestidade e o caráter na música brasileira. Samba Choro, 2005.
ORTIZ, R. A moderna tradição brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1994.
PAZ, O. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
POUND, E. A arte da poesia. São Paulo: Cultrix, 1976.
SOARES, A. Gêneros Literários. São Paulo: Ática, 2001.
TINHORÃO, J. R. Chico Buarque. Jornal do Brasil, Caderno B, página 5, edição de 12 de novembro de 1977.
VENTURA, Z. 1968: o ano que não terminou. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988.
ZAPPA, R. Chico Buarque: para todos. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 1999.


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LITERÓTICA: CRÔNICA DE AMOR POR ELA

 

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