Foto: Nando Li.
NANDO LAURIA – Desde menino fui levado a
sempre buscar e me surpreender com novidades musicais, uma lição aprendida com
meu guru Afonso Paulo Lins. E isso era além do que se convenciona pelo
senso comum de oito a oitenta, vez que abrangia muito além desses limites: o
horizonte. Foi exatamente a partir disso que comecei a me antenar com o que se
fazia de música e literatura fora dos circuitos comerciais e, ainda por cima,
numa cidadezinha do interior de Pernambuco.
Já quase adolescente me tornei vizinho do Tininho
que, além de ser o meu professor de Matemática no Ginásio Municipal, era um
audiófilo de primeira. Para minha maior satisfação, era a casa de Tininho o ponto
de reencontro com o Afonso. Foi daí que começou: todos os sábados, seja na casa
de um ou de outro, ouvíamos as novidades que cada um tinha para mostrar:
discos, livros e muito bate papo.
Segui a trilha dos dois por uma estrada
renovada todos os sábados, regadas por muita literatura, boa música e bom papo
no meio dumas cervejinhas que se estendia desde manhazinha até tarde adentro.
Depois disso, consegui manter esses encontros
adolescentes lá em casa com os meus amigos Luciano Azevedo, Jaorish Telles e Tomé.
O mote era: novidades musicais todos os sábados.
Mesmo na minha vida andeja de sempre, morando
aqui e acolá, mantive esse hábito de sempre procurar por novidades.
Muito depois, numa dessas tarde de mil
novecentos e noventa e tanto, tive a grata satisfação de ser presenteado por
meu amigo Luciano Azevedo com dois DVDs do Pat Metheny. Que presentaço! Foi o
que me fez reouvir os CDs desse grande músico. Foi exatamente por causa desse
presente que apareceu o nome de Nando Lauria. Graças ao Luciano, pude desviar
minha atenção para o talento desse músico. Pronto, bastou a menção do meu amigo
e, curioso como sempre, passei a ouvir mais atentamente esse excelente talento.
Primeiro me chegou Episode, uma música digna de nota. Belíssima.
Na levada veio Thinking of Recife, quando fui levado a reviver minha infância e
adolescência, bordejando peralta na bicicleta do primo Wadson pelas areias Boa
Viagem, ou embalado e com olhos vidrados nos passeios com Tia Nadeje e Tio
Zezé, ou nos encontros fortuitos com a prima Jane, ou me perdendo noite alta
nas esquinas do Pina procurando por Tia Lourdes, ou mergulhando nas estantes da
Livro 7, de olhos pregados nas sessões de arte da AIP, até me perder no meio
das biritadas com Gulu e Fernando Bigodinho na Imbiribeira.
Quando ouvi Sonho (Dream), If I Fell
e Dreaming of you, fui obrigado a
admitir: esse Nando Lauria é bom demais.
Aí músicas como Back Home, Lyle Mays Saudade
(Longing), Que xote (What a rhythm),
Take Two e Shall We passaram a ser a trilha sonora preferida das audições.
Não me contive e vasculhei a discografia do
rapaz e colei o ouvido nos Passion, Points of View, Novo Brasil e Narada Decade.
Foi aí que soube se tratar do violonista e
compositor pernambucano que, ainda em Recife, estudou no conservatório de
música. Depois se graduou no Boston´s
Berklee College of Music, fez parte do Pat Metheny Group ao lado do
baixista argentino Pedro Aznar e do percussionista pernambucano NanáVasconcelos, além de participar do grupo Special EFX.
Mas uma coisa eu digo: melhor que ler
sobre Nando Lauria é ouvi-lo. E eu convido você a conhecer sua música no Itunes ou mesmo singrando
os muitos clipes dele no YouTube. Podem conferir e constatem. Parabéns, Nando
Lauria, aplausos de pé!
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