HOMEM SOU E NADA HUMANO ME É ESTRANHO
–Anexim atribuído ao dramaturgo e poeta romano Públio Terêncio Afer (195
a.C-159 a.C), originalmente: "Homo
sum, humani nihil a me alienum puto". A história dele é curiosa: teve
uma infância de escravo do senador Terentius Lucanus, tendo excelente educação.
Suas comédias tratam problemas morais, sempre com mentalidade de humanista. A
sua obra prima é a peça teatral Os Irmãos que compara os efeitos de duas
maneiras diferentes de educar os filhos: a severidade paternal e a compreensão
liberal. Outras frases atribuídas ao comediógrafo romano: “Nada é
tão difícil que, à força de tentativas, não tenha resolução”, ou “É sábio
experimentar todos os caminhos antes de chegar ás armas”. Melhor ainda: “Nada é tão fácil que, feito de má vontade,
não se torne difícil”. Veja mais Momentos de Reflexão.
O FAUSTO DE GOETHE – Oriundo de uma
lenda popular alemã a respeito de um pacto feito pelo alquimista e mágico Dr.
Johann Georg Faust (1460-1549) com o demônio, tornou-se a inspiração para
diversas peças teatrais, entre as quais, o poema trágico homônimo de Johann
Wolfgang Goethe (1749-1832), tornando-se umas das grandes obras primas da
literatura alemã. No texto encontramos um dos personagens, Mefistófeles
dizendo: “De sol e de mundos nada sei dizer, vejo
apenas como os homens se atormentam. O pequeno Deus do mundo continua na mesma
e está tão admirável assim como no primeiro dia. Um pouco melhor ele viveria, não
lhe tivesses dado o brilho da luz celeste; ele chama isto razão e lança mão
dela somente para ser mais animalesco do que cada animal”. Noutra ocasião
Fausto menciona que: “Temos necessidade
justamente daquilo que não sabemos e sabemos aquilo que não sabemos utilizar”.
Mais adiante faz menção: “Sou velho
demais para somente me divertir; moço demais, para ser sem desejos. Que pode o
mundo bem proporcionar-me? A existência é um fardo”. Em seguida ele
confessa que: “Eu nunca soube adaptar-me
à sociedade. Diante dos outros sinto-me tão pequeno que serei eternamente um
acanhado”. Por fim, arremata: “Quem
aspirar, lutando ao alvo / À redenção traremos”. Veja mais Goethe.
ÉTICA – A ética no Brasil é na base da
consanguinidade e do compadrio, como diz o Doro: “Pra família e pros amigos,
tudo! Pros inimigos, a lei!”. A propósito já dizia Sérgio Buarque de Holanda no
seu Raízes do Brasil: "O Estado não é uma ampliação do círculo
familiar e, ainda menos, uma integração de certos agrupamentos, de certas
vontades particularizadas, de que a família é o melhor exemplo. Não existe,
entre o circulo familiar e o Estado, uma gradação, mas antes uma
descontinuidade e até uma oposição". Será o Fecamepa? Veja mais Doro.
SAÚDE NO BRASIL – Enquanto a
Constituição Federal determina no art. 196 que “[...] A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante
políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de
outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para sua
promoção, proteção e recuperação”, Zé Corninho fica coarando meses para ser
atendido por um médico para lhe curar da hérnia que faz com seus colhões desçam
ao joelho, Vera Indignada chora a morte do sobrinho da prima por falta de
atendimento médico numa emergência, a avó de 93 anos de idade do Robimagaiver
em estado grave recebe alta porque o hospital está precisando do leito para
acomodar outro paciente endinheirado, a bisavó de Doro é dada por morta quando
ainda estava vivinha esquecida num canto duma UTI, afora desvio de medicamentos
da glaucoma, má gestão pública, malversação do erário pública, uma praga a
saúde no Brasil! Por isso, Ruben Araujo de Mattos diz: “[...] não é aceitável que os serviços de saúde
estejam organizados exclusivamente para responder às doenças de uma população,
embora eles devam responder a tais doenças. Os serviços devem estar organizados
para realizar uma apreensão ampliada das necessidades da população ao qual
atendem. [...] Um paciente não se
reduz a uma lesão que nesse momento lhe provoca sofrimento. Tampouco não se
reduz a um corpo com possíveis lesões ainda silenciosas, escondidas à espera de
um olhar astuto que as descubra. Tampouco se reduz a conjunto de situações de
risco. O profissional que busque orientar suas práticas pelo princípio da
integralidade busca sistematicamente escapar aos reducionismos. [...] Como também não se reduzem às necessidades
de informações e de intervenções potencialmente capazes de evitar um sofrimento
futuro. As necessidades não se reduzem àquelas apreensíveis por uma única disciplina
como a epidemiologia, ou como a clínica. Novamente, o princípio da integralidade
implica superar reducionismos. [...] As
respostas aos problemas de saúde devem abarcar as suas mais diversas dimensões.
Analogamente, devem oferecer respostas aos diversos grupos atingidos pelo
problema em foco. [...] Há
profissionais que, impossibilitados de tratar com sujeitos, tratam apenas das doenças.
Lidam com os sujeitos como se eles fossem apenas portadores de doenças, e não
como portadores de desejos, de aspirações, de sonhos. Há modos de organizar os serviços
que tomam certas percepções de necessidades (percepções necessariamente subjetivas)
como se fossem reais. Reificando suas próprias percepções, tornam-se insensíveis
aos desejos e aspirações de outros sujeitos, quer estejam eles como pacientes como
usuários, quer como profissionais. Há formuladores de política que concebem os sujeitos
que sofrerão as consequências das políticas que formulam como objetos, alvos
das intervenções. (Ruben
Araújo de Mattos, Os Sentidos da Integralidade: algumas reflexões acerca de valores que
merecem ser defendidos). Confira mais Saúde no Brasil.
MAIOR
ARRANCA-RABO! – Depois duns xingamentos regados a tabefes, empurrões e
deixa-disso, a dupla das desavenças Zé Peiúdo e Zé Bilôla dá de novamente se
agarrar num estrupício sob o teor da rixa. Um gritou pro outro: “Enquanto inzistir
genti da sua laia na face da terra o mundo nunca vai prestá!”. O riscado das
peixeiras chega espirrar fogo nas calçadas. Esses nunca se entenderam. Melhor
seria o que diz Débora Massmann: “[...] é
no espaço da controvérsia que a argumentação se consolida à medida que se
estabelece a interação entre os interlocutores, ou seja, à medida que se
considera o outro como um sujeito capaz de reagir e de interagir
discursivamente pelo exercício da negociação e do entendimento através do
debate”. (Débora Massmann, Argumentação em busca de um conceito). Ou mesmo
o que diz Boaventura de Souza Santos no seu “A crítica da razão indolente:
contra o desperdício da experiência”: "[...]
a incapacidade de estabelecer uma relação
com o outro a não ser transformando-o em objeto". Ah, danou-se! Será tudo
isso é coisa do Big Shit Bôbras?!?!?!?
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