LA REBELIÓN DE
LAS MASAS –
Este livro foi um presente do meu amigo espanhol radicado em Pernambuco, José
Duran y Duran. Trata-se da obra La
rebelión de las masas (A rebelião das massas – Espasa-Calpe, 1964), do
filósofo e ativista político espanhol José
Ortega y Gasset (1883-1955), autor da célebre frase: "Debaixo de toda vida contemporânea
se encontra latente uma injustiça”. O
livro trata de temas como o fato das aglomerações, a ascensão do nível
histórico, a altura dos tempos, o crescimento da vida, um dado estatístico, começa
a dissecação do homem-massa, vida nobre e vida vulgar ou esforço e inércia, porque
as massas intervêm em tudo e porque só intervêm violentamente, primitivismo e
técnica, primitivismo e história, a época do “mocinho satisfeito”, a barbárie
do “especialismo”, o maior perigo: o Estado, quem manda no mundo: desemboca-se
na verdadeira questão, quanto ao pacifismo, dinâmica do tempo, as vitrinas
mandam, juventude, masculino e feminino, entre outros importantes assuntos. Da
obra destaco o trecho: Há um fato que,
para bem ou para mal, é o mais importante na vida pública européia da hora
presente. Este fato é o advento das massas ao pleno poderio social. Como as
massas, por definição, não devem nem podem dirigir sua própria existência, e
menos reger a sociedade, quer dizer-se que a Europa sofre agora a mais grave
crise que a povos, nações, culturas, cabe padecer. Esta crise sobreveio mais de
uma vez na história. Sua fisionomia e suas conseqüências são conhecidas. Também
se conhece seu nome. Chama-se a rebelião das massas. Para a inteligência do
formidável fato convém que se evite dar, desde já, às palavras “rebelião”,
“massas”, “poderio social”, etc. um significado exclusivo ou primariamente
político. A vida pública não é só política, mas, ao mesmo tempo e ainda antes,
intelectual, moral, econômica, religiosa; compreende todos os usos coletivos e
inclui o modo de vestir e o modo de gozar. Talvez a melhor maneira de
aproximar-se a este fenômeno histórico consista em referir-nos a uma
experiência visual, sublinhando uma feição de nossa época que é visível com os
olhos da cara. Simplicíssima de
enunciar, ainda que não de analisar, eu a denomino o fato da aglomeração, do
“cheio”. As cidades estão cheias de gente. As casas cheias de inquilinos. Os
hotéis cheios de hóspedes. Os trens, cheios de viajantes. Os cafés, cheios de
consumidores. Os passeios, cheios de transeuntes. As salas dos médicos famosos,
cheias de enfermos. Os espetáculos, desde que não sejam muito extemporâneos,
cheios de espectadores. As praias, cheias de banhistas. O que antes não era
problema, começa a sê-lo quase de contínuo: encontrar lugar. Nada mais. Há fato
mais simples, mais notório, mais constante, na vida atual? Vamos agora
puncionar o corpo trivial desta observação, e nos surpreenderá ver como dele
brota um repuxo inesperado, onde a branca luz do dia, deste dia, do presente,
se decompõe em todo o seu rico cromatismo interior. Que é o que vemos e ao
vê-lo nos surpreende tanto? Vemos a multidão, como tal, possuidora dos locais e
utensílios criados pela civilização. Apenas refletimos um pouco, nos
surpreendemos de nossa surpresa. Mas quê, não é o ideal? O teatro tem suas
localidades para que se ocupem; portanto, para que a sala esteja cheia. E do
mesmo modo os assentos o vagão ferroviário e seus quartos o hotel. Sim; não há
dúvida. Mas o fato é que antes nenhum destes estabelecimentos e veículos costumavam
estar cheios, e agora transbordam, fica fora gente afanosa de usufruí-los. Embora
o fato seja lógico, natural, não se pode desconhecer que antes não acontecia e
agora sim; portanto, que houve uma mudança, uma inovação, a qual justifica,
pelo menos no primeiro momento, nossa surpresa. Surpreender-se, estranhar, é
começar a entender. E o esporte e o luxo específico do intelectual. Por isso
sua atitude gremial consiste em olhar o mundo com os olhos dilatados pela
estranheza. Tudo no mundo é estranho e é maravilhoso para umas pupilas bem
abertas. Isso, maravilhar-se, é a delícia vedada ao futebolista e que, ao
contrário, leva o intelectual pelo mundo em perpétua embriaguez de visionário.
Seu atributo são os olhos em pasmo. [...] A aglomeração, ou cheio, antes não era
freqüente. Por que o é agora? Os componentes dessas multidões não surgiram do
nada. Aproximadamente, o mesmo número de pessoas existia há quinze anos. Depois
da guerra pareceria natural que esse número fosse menor. Aqui topamos,
entretanto, com a primeira nota importante. Os indivíduos que integram estas
multidões preexistiam, mas não como multidão. Repartidos pelo mundo em pequenos
grupos, ou solitários, levavam uma vida, pelo visto, divergente, dissociada,
distante. Cada qual – indivíduo ou pequeno grupo – ocupava o lugar, talvez o
seu, no campo, na aldeia, na vila, no bairro da grande cidade. Agora, de
repente, aparecem sob a espécie de aglomeração, e nossos olhos vêm por toda a
parte multidões. Por toda a parte? Não, não; precisamente nos lugares melhores,
criação realmente refinada da cultura humana, reservados antes a grupos
menores, em definitiva, a minorias. A multidão, de repente, tornou-se visível,
e instalou-se nos lugares preferentes da sociedade. Antes, se existia, passava
inadvertida, ocupava o fundo do cenário social; agora adiantou-se até às
gambiarras, ela é o personagem principal. Já não há protagonistas: só há coro.
O conceito de multidão é quantitativo e visual. Traduzamo-lo, sem alterá-lo, à
terminologia sociológica. Então achamos a idéia de massa social. A sociedade é
sempre uma unidade dinâmica de dois fatores: minorias e massas. As minorias são
indivíduos ou grupos de indivíduos especialmente qualificados. A massa é o
conjunto de pessoas não especialmente qualificadas. Não se entenda, pois, por
massas só nem principalmente “as massas operárias”. Massa é “o homem médio”.
Deste modo se converte o que era meramente quantidade – a multidão – numa
determinação qualitativa: é a qualidade comum, é o mostrengo social, é o homem
enquanto não se diferencia de outros homens, mas que repete em si um tipo
genérico. Que ganhamos com esta conversão da quantidade para a qualidade? Muito
simples: por meio desta compreendemos a gênese daquela. E evidente, até
acaciano, que a formação normal de uma multidão implica a coincidência de
desejos, idéias, de modo de ser nos indivíduos que a integram. Dir-se-á que é o
que acontece com todo grupo social, por seleto que pretenda ser. Com efeito;
mas há uma diferença essencial. [...]. Veja mais aqui.
Imagem: Orgasmo, do designer gráfico e ilustrador Renato Alarcão.
Ouvindo o poema sinfônico Le Poeme De L'Extase, Op. 54 (1905-1908, Deutsche Grammophon), do compositor e pianista russo Alexander Scriabin (1872-1915), com a Boston Symphony Orchestra sob a regência de do maestro Claudio Abbado. Veja mais aqui.
EU VOLTAREI AO
SOL DA PRIMAVERA – O livro Eu voltarei ao
sol da primavera (Fundação Hermilo Borba Filho/SE-PE/Depto. Cultura, 1985),
do do poeta modernista Ascenso Ferreira
(1895-1956), organizado por Jessiva Sabino de Oliveira, reúne sonetos e outros
poemas do autor, entre os quais destaco Banquete de Beijos (I): Dos beijos ao banquete apaixonado / em
sonhos o amor levou-me um dia. / Ah! Foi tão doce o gozo que eu fruia! / Ah!
Foi tão doce e tão alcandorado, / que me julguei, por certo, transportado / nas
asas do prazer e da alegria / às sublimes regiões onde apoesia / edificou seu
fúlgido reinado. / Na taça do prazer e da ternura, / taça dos lábios cheios de
doçura / de uma donzela, o símbolo do pejo / eu fruia do amor e da paixão / o
néctar, que suaviza o coração / - Supremo néctar que oferece o beijo. (II):
Tudo era puro, santo e sublimado, / em
tudo se notava essa magia / tão suave, que ao meu ver só existia / no céu
deista tão glorificado. / Muitos convivas via do meu lado / no meio da puraza
desta orgia / também sorvendo o néctar que eu sorvia, / - Néctar do amor, nos
beijos encarnado. / Sim, foi tão doce, tão divina e pura / deste meu sonho a
mágica ventura / que de outra igual jamais eu tive ensejo. / Sim; foi tão doce
a minha sensação, / que eu inda guardo a sã recordação / desse banquete mágico
de beijos. Também o seu Estrelas é meritório de destaque: Em mil constelações, estrelas luminosas /
espagerm-se no céu a brilhar, a brilhar... / Reflete-se em meu dorso o
portentoso mar, / que na praia desfaz-se em ondas espumosas. / Sentindo o
perpassar das brisas rumorosas / e as estrelas fitado, eu começo a exclamar: /
“Quem m´as dera a prender! Quem m´as dera pegar! / Ao menos conseguir uma entre
as mais formosas! / Ouvindo-me falar, diria alguém assim: / “P´ra que queres
pegar uma estrela formosa? Não vês que elas de nós estão léguas sem fim?” / Mas
eu responderia: “Eu quisera prendê-las / somente p´ra adornar a fronte luminosa
/ de uma Estrela terra, estrela entre as estrelas”. Veja mais aqui, aqui,
aqui e aqui.
O ORGASMO DE
ESPERANTINA
– Numa cidade da região Norte do Piauí, no Baixo Parnaíba, distante 180
quilômetros da capital, denominada Esperantina, que desde 1943 deixou de ser Boa Esperança, há uma comemoração para lá de ótima. A população esperantinense, segundo IBGE 2010, de 37.765 habitantes, comemora no
dia de hoje o seu Dia do Orgasmo, depois que uma lei municipal decretou: “Fome
Zero, Orgasmo Dez”. Imagino como será a comemoração! U-hu! O Piauí já é
quente, dá pra sentir o calor na bacorinha. O projeto do vereador proposto no
início dos anos 2000, virou polêmica na cidade, ganhando as páginas dos
principais jornais do Brasil. Instado pela imprensa nacional, o vereador
informou que o propósito de tal comemoração é levar a educação sexual a todos
os recantos da cidade. Como o poeta Manuel Bandeira queria ir pra Pasárgada, eu
que sou um poeta menor tão ínfimo bem miúdo, quero é ir pra Esperantina! Veja
mais aqui.
A FUNÇÃO DO
ORGASMO – O
livro A função do orgasmo: problemas
econômico-sexuais da energia biológica (Brasiliense, 1975), do médico,
psicanalista e cientista natural Wilhelm
Reich (1897-1957), trata da descoberta do orgônio, a biologia e a sexologia
antes de Freud, Peer Gynt, lacunas na psicologia e na teoria do sexo, o prazer
e o instinto, sexualidade genital e não genital, fundação do seminário de
técnica psicanalítica de Viena, dificuldades psiquiátricas e psicanalíticas na
compreensão da enfermidade psíquica, o desenvolvimento da teoria do orgasmo,
suplemente a ideia freudiana da neurose de angustica, potência orgástica, a
extase sexual: fonte de energia das neuroses, análise do caráter, dificuldades
e contradições, a economia sexual da angústica neurótica, a couraça do caráter
e a estratificação dinâmica dos mecanismos de defesa, destruição, agressão,
sadismo, o caráter genital e o caráter neurótico, o principio de
auto-regulagem, revolução biológica abortada, a higiene mental e o problema da
cultura, origem social da repressão, o irracionalismo fascista, a irrupção no
campo biológico, a solução do problema do masoquismo, o funcionamento de uma
bexiga viva, a antítese funcional de sexualidade e angustia, energia
biopsiquica, a fórmula do orgasmo, a tensão, a carga, descarga, relaxação,
prazer (expansão) e angustia (contração), antítese principal da vida
vegetativa, o reflexo do orgasmo e a técnica da vegetoterapia de análise do
caráter, a atitude muscular e a expressão corporal, a tensão abdominal, o
reflexo do orgasmo, o estabelecimento da respiração natural, a mobilização da
pélvis morta, enfermidades psicossomáticas típicas e resultados da
simpaticotonia crônica, psicanalise e biogênese, a função bioelétrica do prazer
e da angustia, solução teórica do conflito entre mecanismo e vitalismo, a
energia biológica é energia do orgônio atmosférico (cósmico). Da obra destaco o
seguinte trecho: [...] Até 1923, ano em que nasceu a teoria do
orgasmo, apenas as potências ejaculativa e eretiva eram conhecidas da sexologia
e dos psicanalistas. Sem a inclusão dos componentes funcionais, econômicos e
experimentais, o conceito de potência sexual não teria existido. Potência
eretiva e ejaculativa eram apenas pré-condições indispensáveis da potência
orgástica. Potência orgástica é a capacidade
de abandonar-se, livre de quaisquer inibições, ao fluxo de energia biológica; a
capacidade de descarregar completamente a excitação sexual reprimida, por meio
de involuntárias e agradáveis convulsões do corpo.
Nem um único
neurótico é orgasticamente 'potente, e as estruturas de caráter da esmagadora
maioria dos homens e mulheres são neuróticas. No ato sexual livre de angústia,
de desprazer e de fantasias, a intensidade de prazer no orgasmo depende da
quantidade de tensão sexual concentrada nos genitais. Quanto maior e mais
abrupta é a "queda" da excitação, tanto mais intenso é o prazer. A
seguinte descrição do ato sexual orgasticamente satisfatório refere-se apenas
ao desenvolvimento de algumas fases e modos de comportamento típicos e
naturalmente determinados. Não levei em conta o prelúdio biológico, determinado
pelas necessidades individuais, e que não apresenta um caráter universal. Além
do mais devemos observar que os processos bioelétricos da função orgástica não
foram explorados e, portanto, esta descrição é incompleta. Fase de controle voluntário da excitação 1.
A ereção não é dolorosa como no caso do priapismo, espasmo da região pélvica ou
do duto espermático6. É agradável. O pênis não está superexcitado, como após um
período prolongado de abstinência ou em casos de ejaculação prematura. O
genital feminino torna-se hiperêmico e úmido de forma específica, pela profusa
secreção das glândulas genitais; isto é, no caso de funcionamento genital não
perturbado, a secreção tem propriedades químicas e físicas que faltam quando a
função genital está perturbada. Uma característica importante da potência orgástica
masculina é o desejo de penetrar. Podem ocorrer ereções sem esse desejo, como
em certos caracteres narcisistas eretivamente potentes, e na satiríase. 2. O
homem e a mulher mostram-se ternos um para com o outro; não há impulsos contraditórios.
São os seguintes os desvios patológicos desse comportamento: agressividade proveniente
de impulsos sádicos, como em alguns neuróticos compulsivos eretivamente
potentes, e inatividade do caráter passivo-feminino. A ternura também está
ausente no "coito onanista" com um objeto não amado. Normalmente a
atividade da mulher não difere de modo algum da do homem. A passividade da
mulher, embora comum, é patológica e resulta habitualmente de fantasias masoquistas
de violação. 3. A excitação agradável, que permaneceu mais ou menos no mesmo
nível durante a atividade do anteprazer, aumenta subitamente em ambos, no homem
e na mulher, com a penetração do pênis na vagina. O sentimento do homem de
"estar sendo absorvido" é o corresponde do sentimento da mulher de
"estar absorvendo" o pênis. 4. Aumenta o desejo do homem de penetrar
mais profundamente, mas não assume a forma sádica de "querer
transpassar" a mulher, como ocorre no caso dos caracteres neuróticos
compulsivos. Pela fricção mútua, gradual, rítmica, espontânea e sem esforço, a
excitação vai-se concentrando na superfície e na glande do pênis, e nas partes
posteriores da membrana mucosa da vagina. A sensação característica que precede
e acompanha a descarga do sêmen está ainda totalmente ausente (não nos casos de
ejaculação prematura). O corpo ainda está menos excitado que o genital. A
consciência está inteiramente dirigida para a assimilação das sensações
ondulantes de gozo. O ego participa ativamente, na medida em que tenta explorar
todas as possíveis fontes de prazer e atingir o mais alto grau de tensão antes
do momento do orgasmo. Intenções conscientes obviamente não têm lugar aqui.
Tudo
acontece espontaneamente com base nas experiências de anteprazer
individualmente diferentes, por uma mudança de posição, pela natureza da
fricção, pelo ritmo, etc. Segundo a maior parte dos homens e mulheres potentes,
quanto mais lentas e delicadas são as fricções, e mais estreitamente sincronizadas,
mais intensas são as sensações de prazer. Isso pressupõe um alto grau da
afinidade entre o homem e a mulher. Um correspondente patológico disso é o
desejo de fazer fricções violentas, especialmente pronunciado nos caracteres
sádicos compulsivos que sofrem de anestesia do pênis e da incapacidade de
descarregar o sêmen. Outro exemplo é a pressa nervosa dos que sofrem de
ejaculações prematuras. Os homens e mulheres orgasticamente potentes nunca riem
ou falam durante o ato sexual exceto, possivelmente, para trocar palavras de
carinho. Falar e rir indicam sérias perturbações da capacidade de entregar-se;
entregar-se pressupõe completa concentração na ondulante sensação de prazer. Os
homens que sentem o entregar-se como "feminino" são sempre orgasticamente
perturbados. 5. Nesta fase, a interrupção da fricção é em si mesma agradável
por causa das sensações especiais de prazer que acompanham essa pausa, e não
exigem esforço psíquico. Dessa forma, prolonga-se o ato. A excitação diminui um
pouco durante a pausa. Não desaparece inteiramente, entretanto, como nos casos
patológicos. A interrupção do ato sexual pela retração do pênis não é desagradável
na medida em que ocorra após uma pausa tranqüila. Ao continuar a fricção, a
excitação aumenta firmemente além do nível anteriormente atingido. Toma
gradualmente, mais e mais, posse do
corpo inteiro, enquanto o próprio genital mantém um nível mais ou menos
constante de excitação. Finalmente, como resultado de um novo aumento
habitualmente repentino de excitação genital, inicia-se a fase de contração
muscular involuntária. Fase de
contrações musculares involuntárias 6. Nesta fase, o controle voluntário
do desenvolvimento da excitação não é mais possível. Apresenta os seguintes
traços característicos: a) O aumento da excitação não pode mais ser controlado;
antes, a excitação domina a personalidade total e causa uma aceleração do pulso
e uma exalação profunda. b) A excitação física torna-se cada vez mais
concentrada no genital; ocorre uma suave sensação que se pode descrever melhor
como um eflúvio de excitação do genital para outras partes do corpo. c) Em
primeiro lugar, essa excitação causa contrações involuntárias de toda a
musculatura das regiões genital e pélvica. Essas contrações se experimentam sob
a forma de ondas: a elevação da onda coincide com a total penetração do pênis,
enquanto a descida da onda coincide com a retração do pênis. Mas logo que a
retração ultrapassa um certo limite, ocorrem imediatamente contrações espasmódicas,
que aceleram a ejaculação. Na mulher é a musculatura lisa da vagina que se
contrai. d) Neste estágio, a interrupção do ato é totalmente desagradável,
tanto para o homem como para a mulher. Havendo interrupção, as contrações
musculares que levam ao orgasmo na mulher e à ejaculação no homem são
espasmódicas em vez de rítmicas. As sensações causadas são sumamente desagradáveis
e, 'ocasionalmente, sentem-se dores nas regiões pélvica e sacra. Além do mais,
como resultado do espasmo, a ejaculação ocorre mais cedo que no caso do ritmo
imperturbado. A prolongação voluntária da primeira fase do ato sexual (1 a 5)
não é dolorosa quando levada até um certo ponto, e tem um efeito intensificador
do prazer.
Por outro lado, a interrupção ou mudança voluntária do seguimento da
excitação na segunda fase é dolorosa por causa da natureza involuntária dessa
fase. 7. Por meio de nova intensificação e do aumento de freqüência das
contrações musculares involuntárias, a excitação sobe rápida e intensamente em
direção ao clímax (III a C no diagrama); isso coincide, normalmente, com as
primeiras contrações musculares ejaculatórias no homem. 8. Neste ponto, a
consciência se torna mais ou menos nublada; seguindo-se a uma pequena pausa no
"auge" do clímax, as fricções aumentam espontaneamente e o desejo de
penetrar "completamente" se torna mais intenso com cada contração
muscular ejaculatória. As contrações musculares na mulher seguem o mesmo curso
que seguem no homem; há apenas uma diferença psíquica, isto é, a mulher sã quer
"receber completamente" durante, e logo após, o clímax. 9. A
excitação orgástica toma conta do corpo inteiro e produz fortes convulsões da
musculatura do corpo todo. Auto-observações de pessoas sãs de ambos os sexos, e
também a análise de certas perturbações do orgasmo, provam que o que chamamos
alívio da tensão e experimentamos como uma descarga motora (curva descendente
do orgasmo) é, essencialmente, o resultado da reversão da excitação do genital
ao corpo. Essa reversão é experimentada como uma súbita redução da tensão. Por
isso, o clímax representa o ponto decisivo no seguimento da excitação; isto é,
antes do clímax, a direção da excitação é para o genital; após o clímax, a
excitação reflui do genital.
Essa completa volta da excitação do genital para o corpo é que constitui a
satisfação. Isso significa duas coisas: refluir da excitação para o corpo
inteiro, e relaxação do aparelho genital. 10. Antes de ser alcançado o ponto
neutro, a excitação desaparece em curva suave e é imediatamente substituída por
uma agradável relaxação física e psíquica. Habitualmente há também grande
vontade de dormir. As relações sensuais se abrandam, mas permanece em relação
ao companheiro uma atitude "saciada" e terna, a que se junta o
sentimento de gratidão. Ao contrário, a pessoa orgasticamente impotente
experimenta um esgotamento plúmbeo, desgosto, repulsa, aborrecimento ou
indiferença e, ocasionalmente, aversão ao companheiro. Nos casos de satiríase e
ninfomania, a excitação sexual não desaparece. A insônia é uma das características
essenciais da falta de satisfação. Não se pode, entretanto, concluir
automaticamente que uma pessoa experimentou a satisfação quando cai no sono
imediatamente após o ato sexual. Se reexaminarmos as duas fases do ato sexual,
veremos que a primeira fase é essencialmente caracterizada pela experiência
sensorial de prazer, enquanto a segunda fase é caracterizada pela experiência
motora de prazer. [...] (Imagens: Orgasmic Soul nº 2, by Michael G Quain/Foto: La petit mort,
by Santillo). Veja
mais aqui.
ORGAZMO – A comédia
Orgazmo (1997), escrito e dirigido por Trey Park e produzido por Matt Stone que
mais tarde vão criar a série animada South Park, conta a história de um
missionário mórmon que encontra hostilidade para realizar seu trabalho
religioso, até encontrar um diretor pornô desprezível, finda contratado para estrelar
no papel principal de um super-herói pornográfico. Nessa hora entra em choque o
milionário salário e a sua fé religiosa, enquanto se vê famoso com sucesso
surpreendente. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Imagem: Orgasmo y Una Mujer Que Disfruta, do artista plástico argentino Pablo Garat.
Veja mais sobre:
Sou mato, sou mata, sou Mata Atlântica, A hora dos ruminantes de José J. Veiga,
a música de Peter Scartabello, o teatro popular de Augusto Boal, a pintura de Georges Rouault & Tom Fedro, a arte de Pristine Cartera & Patricia Galvão –
Pagu aqui.
E mais:
Todo homem que maltrata a mulher não
merece jamais qualquer perdão,
Aracelli de José Louzeiro. Violência doméstica e sexual de Lucidalva
do Nascimento, a música de Geraldo Azevedo & Neila Tavares, Violência
contra a Mulher, Gershwin & Geneviève Salamone, a arte de Yukari Terakado
& Nina Kuriloff, Marcha das Vadias & O desenlace
da paquera entre Melzinha & Brothão aqui.
Brincarte do Nitolino, As regras humanas de Peter Sloterdijk,
Viagem da noite de Louis-Ferdinand Céline, Aprendizagem do ator de Antonio
Januzelli – Janô, a arte de Barbara Parkins & Sharon Tate, a dança de
Isadora Duncan, a pintura de Georges Rouault & a música de Ivete Sangalo aqui.
Espera & Primeira Reunião, Glosas críticas de Karl Marx, Sóror
Saudade de Florbela Espanca, a música de Maki Ishii, o teatro pedagógico de
Arthur Kaufman, Musicoterapia de Rolando Benezon, o cinema de Silvio Soldini
& Licia
Maglietta, a pintura de Carl Larsson & o atletismo de João do
Pulo aqui.
A afetividade & a pedagogia do afeto & Sabedoria popular de Valério Arcary
aqui.
Ética & moral aqui.
Ascenso Ferreira: Oropa, França &
Bahia aqui.
A poesia de Mariza Lourenço aqui.
A saúde no Brasil & o Dia do Serviço
de Saúde aqui,
aqui,
aqui,
aqui.
aqui,
aqui,
aqui.
aqui
& aqui.
Diálogo entre ninguém e coisa alguma, a música de Cláudio
Santoro & Lilian Barreto, Natália de Jussara Salazar, a pintura de
Viktor Lyapkalo $ Aprumando a conversa aqui.
A menina morta, o pai assassino, Debaixo da ponte de Dalton Trevisan, a
música de Caetano Veloso & Ute Lemper, a escultura de Jeff Koons, a arte de
Jemima Kirke & Dani Acioli, Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é aqui.
A avareza perde valia quando a vida vai
pro saco, Saúde no
Brasil, a arte de Vik Muniz, a música de Júnior Almeida & Nada satisfaz e a
querer sempre mais e mais aqui.
Entre o científico-racional e o
estético-emocional,
Física do estado sólido de Gert Eilenberger, a
música de Chico Mário, a arte de Wesley Duke Lee, a pintura de Delphin Enjolras
& a fotografia de Otto Stupakoff aqui.
Quem vai pra chuva é pra se molhar, Da competição à cooperação de Pierre
Weil, a música de José Miguel Wisnik, a arte de Jasper Johns & George
Segal, Na lei da competição só se colabora pra vencer, o resto é conversa pra
boi dormir aqui.
Sobrevivente de dezembro a dezembro, a literatura de Elfriede Jelinek, a
música de Björk, o cinema de Michael Haneke & Isabelle Huppert, a arte de
Odawa Sagami & Márcia Porto, Quem sabe tudo dará certo até certo
ponto ou não aqui.
Fecamepa –
quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
Cordel
Tataritaritatá &
livros infantis aqui.
História da mulher: da antiguidade ao
século XXI aqui.
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Educação aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by
Ísis Nefelibata
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
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Musical Tataritaritatá - Fanpage.
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BRINCARTE DO NITOLINO
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