ENTRE TOPADAS E DOIDICES A GENTE VAI MANDANDO VER – UMA: COMO É QUE SÃO
AS COISAS NA VIDA - Estava pensando na vida, ao me dar conta
que rolava a Bachianinha nº 5, do Villa-Lobos.
Parei de divagar e me liguei na música. Ah, eu matava a saudade da inesquecível
soprano Bidú Sayão, que, por sinal,
teve uma história muito interessante. Certa vez li um relato dela dizendo: Eu não tinha voz alguma quando comecei. Os
professores me disseram que eu era muito nova ainda, que minha família ia
gastar dinheiro à toa. Mas eu insisti, chorei muito, garanti que não me
importava com bailes, namorados, festas. E comecei a cantar. Pois é. E tornou-se
a inesquecível e célebre cantora lírica, aplausos. Uma lição inestimável:
talento só não basta, precisa de renúncias e muita coragem. Conheço muita gente
talentosa que jamais acreditou em si própria, ou desistiu, ou ficou pelo
caminho. DUAS: CORRE MUITO SANGUE EM
MINHAS VEIAS – Nunca consegui a imparcialidade exigida pela academia e ciências,
nunca soube alguém imparcial a tal ponto de frieza. Disciplina, tirocínio e senso
de justiça, isso sim, a busca por certa isenção, sem interferir no resultado. Ah,
isso sim. Logo eu que, lá pelos meus 10 ou 11 anos de idade, ganhei do meu pai
uma coleção do Graciliano Ramos e,
ao ler cada volume, copiei de um deles a seguinte frase: Comovo-me em excesso, por natureza e por ofício. Acho medonho alguém
viver sem paixões. Afinal, nem só de carne e osso, muito sangue corre em
minhas veias. É isso aí. TRÊS: MAIS
OUTRA PARA FECHAR A CONTA – Mas esse mundão é muito cheio de nove horas. Quando
passo a limpo as leituras da história da humanidade, muita doidice é
registrada, afora um tanto de desatinos chega dá pra pensar o tamanho da
estupidez. Nessa eu vou de Akira Kurosawa: Neste mundo louco, só os
loucos são sãos. E num é que é mesmo, ora! Vamos aprumar a conversa gente! ©
Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.
DITOS
& DESDITOS: [...] Não
ousou olhar para cima para ver se tinha rosto. Não tinha aprendido nas aulas da
igreja que a visão do rosto de Deus era reservada para o Juízo Final? E nem
mesmo a forte possibilidade de uma piada cuja vítima fosse a raça humana, em que
Deus era tal qual a pintura de uma mulher, apagava a certeza de que, no Juízo
Final, todos nós estaríamos mortos. [...]. Trecho extraído da obra Pequenas realidades (Darkside, 2019), da
escritora estadunidense Tabitha King,
carregada de sutilezas, bizarrices e ferocidade, com uma trama que envolve
relações familiares problemáticas e o mundo estranho e obsessivo das
miniaturas, uma história grotesca e disfuncional.
COMO É QUE É, HEM? – O homem
moderno é estranho à sua própria natureza. A carga organótica dos tecidos
celulares do sangue determina o grau de suscetibilidade para infecção ou
disposição para doenças. Na verdade fiz uma única descoberta: a função das
convulsões orgásticas do plasma... E foi muito mais difícil que a observação, comparativamente
simples, dos bions ou o fato igualmente e simples e evidente de que a biopatia
do câncer, baseia-se no encolhimento e na decomposição geral do organismo vivo.
O homem não encouraçado mantem contato com a natureza dentro e fora de si. A
verdade é perigosa quando diz respeito a você. Se lhe for dada a escolha entre
uma biblioteca e uma luta, sem dúvida você irá à luta. Só se fantasia o que não
se pode ter na realidade. Pensamento do médico, psicanalista e
cientista natural Wilhelm Reich (1897-1957). Veja mais aqui.
ANAHÍ BERNERI
Sim, gosto de trabalhar no corpo, feminino e masculino, e
se você vê uma presença maior do feminino, é porque sou mulher e me sinto mais
à vontade trabalhando nas histórias femininas. Também porque acho que estão
faltando! Faltam personagens femininas no cinema e em qualquer lugar.
ANAHÍ BERNERI – A arte da cineasta e roteirista argentina Anahí Berneri, que teve suas obras
exibidas em vários festivais de cinema do planeta. Entre suas obras
encontram-se A year without love
(2005), Encarnación (2007), It’s yout fault (2010), Aire libre (2014) e Alanis (2017). Veja mais aqui.
A ESCULTURA DE EDMONIA LEWIS
Até os
doze anos de idade, eu levava essa vida errante, pescando e nadando... e
fazendo mocassins. Fui então enviada para a escola por três anos, mas fui
declarada selvagem - eles não podiam fazer nada comigo.
EDMONIA LEWIS – A arte da escultura
estadunidense Edmonia
Lewis (Fogo Selvagem - 1844-1907), a primeira afrodescendente
a conquistar fama internacional e reconhecimento como escultora e artista. Quando
estudava na universidade, ela foi agredida por desconhecidos, espancada e abandonada
na estrada, sendo posteriormente acusada de envenenar duas colegas, além de ser
acusada de roubar material da faculdade, sendo inocentada pelo tribunal, sendo,
em seguida, proibida de se matricular, perseguida pelo isolamento e
preconceito. Daí mudou-se para Roma, defendendo a causa da abolição da escravatura
em um círculo de artistas expatriados. Veja mais aqui.
PERNAMBUCO ART&CULTURAS
LADJANE BANDEIRA
A arte
da escritora e artista plástica Ladjane
Bandeira (1927-1999).
Estrela
em trânsito, da poeta Bartyra Soares aqui.
A poesia
de Generino Batista aqui.
O
violeiro, cordel de Luiz Viola aqui.
As práticas
pedagógicas de Arantes Gomes do Nascimento aqui.
A música
de Fulô Rasteira aqui.
A arte
de Rivail Azevedo aqui.
&
OFICINAS ABI – 2º SEMESTRE 2020