VAMOS VIVER QUE O NEGÓCIO
NÃO ESTÁ PARA BRINCADEIRA - UMA: DANDO MURRO NA PAREDE – Labutou a vida inteira, não saiu do canto.
Tentou de tudo e todo jeito, malogros do muito. Assim e assado, caprichava na
dose, sapecava temperos variados, nada de cair no agrado. Forçava a barra,
recomeço a cada fracasso. Juntou décadas, notoriedade em baixa. Fez concessões
sem bater o olho, aliou-se com gato e cachorro, deu pulo de todo jeito, emendou
a noite pelo dia, semanas em claro, suador pegando fogo, agora sim, o êxito
prometia: é agora ou nunca! Quando tudo estava se encaminhando para o pontapé
da celebridade, um inimigo invisível deu as caras e entocou todo mundo. Cadê a
plateia, meu? Oxe, todo mundo de quarentena preventiva, ora! E agora? Vá de Nadia Boulanguer: Vencer não é nada, se não se teve muito trabalho; fracassar não é nada
se se fez o melhor possível. Guardou os muafos e ficou repassando caraminholas
no quengo, ficou na mesma de antes até a tragédia passar. Amanhã será outro
dia. Vamos nessa. DUAS: NÃO SE RENDA,
PERSISTA! - A primeira queda, inaugura a raladura: Se ajeite, foi só um
sopapo. Dias de depressão, recruta na viagem. Levanta o moral, vambora. A segunda,
tombou de tirar fino para todo lado: Foi por pouco, aprume a conversa! Não desista.
A terceira, desabou. Vixe! Parece mais o fim do mundo, ora! É não. Ajeita a
embecada e recomeça na estaca zero, afinal o Sol nasce paratodos! Vá na ideia Moacyr Scliar: É bom ter sonhos. É bom acreditar neles. E é melhor ainda
transformá-los em realidade. Aprendeu? Vamos nessa! TRÊS: PELEJAR É PRECISO! – Para quem insistiu que só e ainda não
deu: vá na outra e tudo bem. Fazer o quê, zis opções pras escolhas. Tudo passa
e às vezes se repete, nem sempre. Dá-se um jeito. Siga em frente, assim que se
anda. Não olhe para trás, pode ser um abismo logo na frente. Fique atenta e
faça direito. Ninguém está livre de escorregões e vicissitudes. Dedique-se como
Modest Mussorgsky: Minha música deve
ser uma reprodução artística da fala humana em todas as suas melhores
tonalidades. Ou seja, os sons da fala humana, como as manifestações externas de
pensamento e sentimento, sem exagero ou violência, devem tornar-se música
verdadeira e precisa. Leve a sério, mas nem tão a sério, viu? Sorria
que é melhor e mande ver: a vida é pra viver. © Luiz Alberto Machado.
Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.
DITOS & DESDITOS: Um
romance é como um arco de violino, a caixa que produz os sons é a alma do
leitor. Pensamento do escritor francês Stendhal
– pseudônimo de Marie-Henry Beyle (1783-1842), que utilizou de muitos outros pseudônimos,
sendo este o de reconhecimento póstumo. Órfão desde a infância, além de soldado
monarquista, ele foi jornalista e vice-cônsul. O seu nome passou a denominar uma
doença psicossomática causadora de aceleração do ritmo cardíaco, vertigens,
desmaios, confusões e alucinações, com a exposição de obras de arte. A síndrome
de Stendhal ou de Firenze, por ter sido ele acometido por perturbação diante de
obras de arte na Basílica de Santa Croce, em 1817, na Itália, durante deleite
com os famosos afrescos de Giotto no teto. Assim ele se expressou: Eu caí numa espécie de êxtase, ao pensar na
ideia de estar em Florença, próximo aos grandes homens cujos túmulos eu tinha
visto. Absorto na contemplação da beleza sublime… Cheguei ao ponto em que uma
pessoa enfrenta sensações celestiais… Tudo falava tão vividamente à minha alma…
Ah, se eu tão-somente pudesse esquecer. Eu senti palpitações no coração, o que
em Berlim chamam de 'nervos'. A vida foi sugada de mim. Eu caminhava com medo
de cair”. Veja mais aqui.
MANEIRAS TRÁGICAS DE MATAR
UMA MULHER – [...] tomo a decisão de advertir o
leitor de que, nas páginas seguintes, o ouvinte da tragédia levará vantagem
sobre o espectador: tudo passa pelas palavras, porque tudo se passa nas
palavras, principalmente a morte. Investigando as modalidades trágicas da morte
das mulheres, nada encontrei que seja visto ou que seja primeiro visto. Tudo
começou por ser dito, por ser ouvido, por ser imaginado – visão nascida das palavras
e presa a elas. Assim, ao empenhar-me em um longo exercício de leitura, tentei
captar, pura e simplesmente, aquilo que dava de imediato ao público antigo o
gozo intenso do prazer de ouvir. Palavras lidas para substituir ou mesmo para
reencontrar as palavras ouvidas, aquelas que a representação trágica oferecia à
escuta ativa do público ateniense. Palavras de duplo ou múltiplo sentido. Em
síntese, texto, nada mais que texto. [...] Trecho extraído da obra Maneiras
trágicas de matar uma mulher: imaginário da Grécia Antiga (Jorge Zahar, 1988), da historiadora francesa Nicole Loraux, que dividido em três partes,
na primeira trata sobre a Corda
e o Gládio, abordando o suicídio de mulher por uma morte
de homem, a morte desprovida de andreia, a incisão no corpo viril, o enforcamento ou sphagé, a esposa que se lança, o silêncio
e o segredo, no thálamos: morte e casamento, a glória das mulheres. Na
segunda parte, o sangue puro das virgens:
sacrifícios, execuções, liberdades virginais e a glória
das moças. Na terceira parte, lugares
do corpo, o ponto fraco das mulheres, enumeração do corpo
viril e alternativa de Polixena. Curioso o termo “aiora” que é observado pela
autora, como sendo: [...] À audição da palavra aiora (ou eora) liga-se à dupla imagem de um
corpo suspenso e do ligeiro movimento de balanço que lhe é impresso. Deve-se
lembrar que em Atenas aiora era o nome de uma festa em que as
representações do enforcamento se associavam à brincadeira do balanço; não se
trata aqui, todavia, da Aiora religiosa, e sim da visão
induzida pelo emprego trágico da palavra. Aiora
de Jocasta, aiórema de Helena: Édipo forçou a porta que Jocasta havia
fechado cuidadosamente depois de passar por ela, e todos veem agora a mulher
enforcada, “presa ao nó balouçante” (plektais
corais empeplegmenen); da mesma forma, para Helena, que não se enforcará, o
enforcamento se resumia no termo aiórema. Nesse ponto o leitor de tragédias
lembrar-se-á de haver encontrado esta palavra em outro contexto: o da morte por
lançamento. Nas Suplicantes de Eurípides, Evadne se prepara para
lançar-se ao fogo, junto à rocha elevada (aitheriapetra)
que domina a pira fúnebre de seu
marido Capaneu [...]. Veja
mais aqui.
A MÚSICA ETHEL SMYTH
A arte da compositora e sufragista britânica Ethel Smyth (1858-1944), que participou da Women’s Social and Political Union. Ela foi
a autora do March of the Women, tendo
sido presa em seguida por partir janelas para chamar a atenção da causa
sufragista feminina, sendo condenada a dois anos de cadeia. Ela também é
escritora, teve muitos casos amorosos ao longo da vida e desenvolveu relações
com Emmerline Pankhurst e Virginia Woolf.
&
SYLVIA PATRÍCIA
Curtindo a arte da premiada cantora, compositora e
violonista Sylvia Patrícia, que é de
família musical com tradição pernambucana, iniciando sua vida artística aos
seis anos de idade e tendo uma discografia com oito álbuns lançados, entre
eles, Andante (2010), No radio da minha cabeça (2006), Curvas e retas (1992) e
Sylvia (2016), entre outros. Atualmente
apresenta projeto de fusão da música brasileira com rumba catalana, junto a
músicos como Daniel Cros e Rafalito Salazar, do grupo de rumba catalana Ai Ai
Ai. Veja mais aqui.
A ARTE DE GINA PELLÓN
A arte da pintora cubana Gina Pellón (1926-2014)
&
GABRIELA NOGUÈS
DIAS
PERNAMBUCO ART&CULTURAS
ANNA PAES D’ALTRO
A obra A Garça Mal Ferida: A história de Anna Paes d'Altro no Brasil holandês
(Lê, 1995), de Luzilá Gonçalves Ferreira,
conta a história daquela que viveu no século XVII, cuja vida divide-se entre o
sentimento da terra e suas ligações de amor com os cavalheiros flamengos. O
incêndio de Olinda e a criação de Recife, a administração de Nassau com sua
grande tolerância religiosa frente a um catolicismo marcado pela inquisição são
o pano de fundo ao exercício de amor da heroína, na região que é denominada
como sem pecado ao sul do equador. Veja mais aqui.
A poesia de Cícero Melo aqui.
A arte de Thamy Pacheco (Gomes) aqui.
Cordel Tataritaritatá aqui.
&
OFICINAS ABI
– 2º SEMESTRE 2020
Veja detalhes das oficinas da ABI aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
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