HOLISM
AND EVOLUTION – O livro Holism and Evolution (1926), do
estadista, advogado e visionário sul-africano Jan Christiaan Smuts (1870-1950), descoberto pelo psicólogo
austríaco Alfred Adler (1870-1937), tornou-se o precursor do paradigma
Holístico por lançar as bases de uma epistemologia do futuro, ao defender um
principio organizador da totalidade e sustentar a existência de uma tendência
holística integradora e fundamental no Universo. Na obra ele conceitua o
Holismo como “A tendência na natureza para formar conjuntos que são maiores do
que a soma de suas partes através da evolução criativa", abordando sobre a
reforma dos conceitos fundamentais de tempo, espaço, matéria e o celular e o
organismo, mecanicismo, darwinismo, a personalidade como um todo, funções e
ideais de personalidade, o Holistic Universe, a genealogia da fundação
holística: as misturas puramente físicas, compostos químicos, organismos, espíritos,
ou órgãos psíquicos; o campo holístico e o agente criativo, o corpo holístico,
a personologia e o estudo de biografias de personalidades, a vida
ultracientífica, assinalando que: “O crescimento e totalidades auto-desenvolvidas
dentro do todo, é um processo e propósito do universo holístico lento, mas
infalível”. Veja mais aqui, aqui e aqui.
Imagem: Venus and Cupid (1533), do artista plástico maneirista italiano Jacopo Pontormo (1494-1557)
Curtindo o premiadíssimo álbum Time Out of Mind (Columbia Records, 1997), do músico, poeta, artista plástico e compositor de música Folk estadunidense Bob Dylan.
VAMOS APRUMAR A CONVERSA? PROGRAMA BRINCARTE DO NITOLINO – Neste domingo, a partir das 10hs, acontecerá mais uma edição do programa Brincarte do Nitolino pras crianças de todas as idades, no blog MCLAM do programa Domingo Romântico. Na programação comandada pela Ísis Corrêa Naves muitas atrações: Sandra Fayad, Projeto Tamar, Os Trapalhões, Leonardo Andreh, Trem da Alegria, Meimei Corrêa, Tartaruguinha, Newton Heliton, Verney Filho, The Whizpos, Nita, Mulekada & muita música, muita poesia, histórias e brincadeiras pra garotada. Para conferir ao vivo e oline clique aqui ou aqui.
SELECTED
POEMS – No livro Selected poems (1965) do poeta russo e
ganhador do Prêmio Nobel de 1987, Joseph
Brodsky (1940-1996), destaco o poema O país dos lagos: Neste tempo, no país dos arrancadores de dentes / cujas filhas, de
Londres, fazem vir suas roupas, / puxando em suas tenazes fechadas até a /
bandeira um dente de sabedoria anônima; / eu, escondendo ruinas piores que o
Partenon / em minha boca, espião, quinta coluna, agente / de uma civilização
apodrecida; no civil / professor de retorica, eu vivia / no colegio às margens
do Grande Lago de água doce / onde todas as terças-feiras, ao suplicio do
aborrecimento / eu submetia os indígenas, os adolescentes simplórios. / Naquele
tempo, tudo o que eu escrevia / em reticencias sempre se resumia / sem me
desabotoar, eu caia em minha cama / e se eu descobria, no teto dentro da noite
/ uma estrela, fiel às leis da combustão, / ela rolava de minha face ao
travesseiro / mais rápida que o voto que eu formulava. Merece também
destaque o seu O fim de uma Belle Époque: Porque
a arte poética se exprime pelas palavras / eu, um dos embaixadores enfadonhos,
calvos e surdos / desta potência secundária, a esta aliada; / para não
violentar meu próprio cérebro, / eu seguro minhas roupas, corro à banca de
jornal / para procurar o jornal da noite. / O vento caça folhas. De velhas
lâmpadas o brilho / surdo transforma estas tristes regiões / pelo jogo das
placas, em triunfos dos reflexos / e dá a impressão de abundância. / Aqui,
mesmo o ladrão de laranjas a arranca do minério. / E depois o sentimento de seu
olhar, / é um sentimento que esqueci. / Neste triste país, tudo é feito para o
inverno: / sonhos, muros de prisão, casacos, vestidos de noiva / no branco do
Ano Novo, a agulha dos segundos / a blusa de pardal, a lama do minério
lixiviado / costumes puritanos, roupa branca e no braço do músico / o violino
transforma-se num aquecedor de madeira. / País estereotipado: quando se diz o
volume / global da fundição e do chumbo que ele produz / sacode-me em seguida
sua cabeça aturdida / lembra-se do antigo poder / das baionetas e das chibatas
dos cossacos. / Mas as águias, imantadas, pousam sobre o minério / e mesmo as
cadeiras de palha estão presas aqui / por cavilhas e parafusos. / Da liberdade,
somente o peixe no mar sabe o preço. / Mas seu silencio nos obriga a inventar /
nossas etiquetas e nossa própria contabilidade. / O mundo parece um catalogo de
preços correntes / criança da morte, o tempo, das coisas e dos corpos /
alimenta-se e encontra nos legumes crus / todas as suas propriedades. O galo
escuta o carrilhão do relógio. / Ai de mim, viver no tempo das realizações é
difícil / para uma alma elevada. Levantando o vestido da beleza / encontras o
que procuravas, mas não um milagre novo / não é que se repete estritamente
aqui. / Os axiomas de Lobacheski, mas um mundo esquartejado / deve se estreitar
em algum lugar e aqui / a perspectiva acabou. / Os agentes do poder talvez
roubaram / o mapa da Europa; as outras cinco ou seis partes do mundo / estão
muito distanciadas; ou seria uma fada / que me aguarda,mas daqui, eu não posso
me evadir. / Na ausência de um criado, eu mesmo me sirvo do vinho de missa /
para beber e coço a cabeça de meu gato. / Apontar o canhão para minha têmpora,
como o dedo sobre o erro / ou ainda, novo Cristo, andar sobre os mares... / os
olhos embriagados, embaçados, como não distinguir / trem e barco? Que importa,
será poupado da vergonha / e não mais que a barca sobre a água / a roda, sobre
o carril, não deixarás vestígio. / À rubrica judiciária, o que se escreve nos
jornais? / A sentença foi executada. Lendo estas palavras, / através de seus
óculos de armação de aço, / o cidadão verá um homem deitado / perto de um muro
de tijolos, com o rosto contra o chão. / Ele não dorme, pois os sonhos têm
direito / de desprezarem as cabeças esburacadas. / Luzes da época enraízam-se /
num tempo onde não se sabe mais distinguir / a queda de um herói da de um bebê.
/ O monstro de olhos brancos não quer olhar / além da morte. É uma pena, a mesa
está pronta. / E os pires numerosos / mas nenhum compadre para fazê-la virar /
para te invocar, Rurik, e para te interrogar. / A visão da época, é a do
impasse / não cabe ao espirito trepar nas arvores / mas aos escarros escorrerem
pelo muro, / não é o Príncipe que é preciso evocar, / é o dinossauro. / Para um
último verso, não arrancarei / do pássaro, sua pena. Uma cabeça inocente / não
tem nada a fazer a não ser esperar o machado / e a coroa de louro. Por fim
destaco Sobre a morte de Jukov: Eu vejo
as colunas dos descendentes transidos / o caixão sobre a carreta, a garupa dos
cavalos. / O vento não traz até onde estou / clarins russos, o soluço. / O
cadáver veste um grande uniforme: / Jukox, o fogoso, parte para a morte. /
Guerreiro, diante de ti caiam as muralhas, mesmo / quando o gládio inimigo
valia mais que o teu. / Tuas marchas faziam evocar Aníbal / nas estepes do
Volga. / Mas tal qual Belisário, tal qual Pompeu / terminaste os teus dias em
desgraça, esquecido. / Por sua ordem o sangue do soldado, correu / em terras
estrangeiras. Ele o chorou? / Ele lembrou-se de seus homens morrendo / no leito
branco, reservado aos civis? / A derrota está completa: o que lhes dirá / se
ele vier, no Hades, a encontra-los? Veja mais aqui.
ELES
NÃO USAM BLACK-TIE – A
peça teatro em três atos e seis quadros Eles
não usam black-tie (1958 – Civilização Brasileira, 1978), do ator, diretor,
dramaturgo e poeta italiano naturalizado brasileiro, Gianfracesco Guarnieri (1934-2006) trata da greve e da vida
operaria, com preocupações e reflexões universais do ser humano e de cunho
sociopolítico, trazendo os camponeses e gente simples para a cena. Da obra
destaco: Ato I (Barraco de Romana. Mesa
ao centro. Um pequeno fogareiro, cômoda, caixotes servem de bancos. Há apenas
uma cadeira. Dois colcjões onde dormem Chiquinho e Tião) Quadro I – Maria
(falando baixo, entre risos) – Pronto, lá se foi o sapato... enterrei o pé na
lama... Tião: Olha só como tá meu lindo! (Passa a mão pela roupa, risonho. Para
fora) Ei, Juvencio! Tocando na chuva estraga a viola! (Pausa. O violão
afasta-se) É um maluco... tocando na chuva. Maria: fala baixo, tu acorda o
pessoa! Tião: Acorda, não. Maria: É melhor a gente ir andando... é só um
pedacinho. Tião: pra fica enterrada na lama? Não senhora, vamo espera estiá.
Maria: D. Romana não vai acha ruim? Tião (acendendo o lampião): Não sei porquê!
Maria: Vamo embora, Tião. Tá tarde, mamãe não dorme enquanto eu não chego...
Tião: Qué te aquietá? (Pausa. Aponta a cadeira:) Senta aqui. Maria obedece.
Tião senta-se no chão junto dela. A viola continua. Pergunta. Maria (sorrindo):
Tu gosta de eu? Tião: Ó dengosa, eu sem tu não era nada... Maria: Bobagem,
namoro como tu era... Tião: Tudo passou! Maria: Pensa que eu não sei? Todas
elas miando: “Tiãozinho pra cá, Tiãozinho pra lá...” (Abraçando-o) Mas eu
roubei ocê pra mim! Tião: Todo eu! Maria (fazendo bico): Fingido! Tião:
Palavra, dengosa! Maria: Sei tudo tintim por tintim. Quando ocê namorava na
cidade era o garoto mais sapeca do Flamengo. Namorava uma filhinha-de-papai que
era vizinha dos seus padrinhos e por causa dela levou uma bronca deles. Viu
como sei tudo?.... Tião: Muito bem, o que mais? [...] Em 1981 foi realizada
uma versão homônima para o cinema, dirigido pelo cineasta e um dos expoentes do
Cinema Novo, Leon Hirszman (1937-1987).
Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
Hoje é dia da belíssima atriz
Helena Ranaldi – em cena na peça
teatral Amor Perverso (2014), de Inês
Stranger.
À procura da paternidade, A trombeta do anjo vingador de Dalton
Trevisan, Vivendo com as estrelas de Duília de Mello, Lenda & Arte de
Ernst Kris & Otto Kurz, a música de Cristina Braga & a
pintura de Ernest Descals aqui.
E mais:
Brincarte do Nitolino, a literatura de Hermilo Borba Filho,
Estética da criação verbal de Mikhail Bakhtin, Estado de sítio de Albert Camus,
a música de Luis Gonzaga & Guerra Peixe, a poesia de Stella Leonardos, o
cinema de Ettore Scola & Sophia Loren, a arte de Léon Bakst & a pintura
de Patrice Murciano aqui.
A música de Nando Lauria aqui.
Sonetos de Meditação de John Donne,
Justine de Marquês de Sade, Ética a Nicomaco de Aristóteles, Casa de bonecas de
Henrik Ibsen, a música de Antonio Carlos Nóbrega, O anjo exterminador de Luis
Buñuel, a pintura de Darel Valença Lins & Hieronymus Bosch, Ética & A
maneira de ser de Marilene Alagia Azevedo aqui.
O amor de Naipi & Tarobá, Arte e percepção visual de Rudolf
Arnheim, a literatura de Luiz Ruffato.Improvisação para o teatro de Viola Spolin,
a música de Vivaldi & Max Richter, a fotografia de Fernand Fonssagrives, a
pintura de Fernand Léger, a arte de Regina Kotaka & Eugénia Silva aqui.
Penedo, às margens do São Francisco, O princípio da hipocrisia de Georges Bataille, a literatura de Adonias Filho, História
da formação social do Brasil de Manoel Maurício de Albuquerque, a música de
Bach & Rachel Podger, a arte de Marcel Duchamp, a pintura de Jaroslav
Zamazal, a fotografia de Karin van der Broocke Zine Vanguard,& a arte de Kéfera Buchmann aqui.
Ela, marés de sizígia, Tratado da argumentação de Chaïm
Perelman & Lucie Olbrechts-Tyteca, a poesia de Yone Giannetti Fonseca,
Pensamento crítico de Walter Carnielli & Richard Epstein, Privatte Coletion
de James Halperin, a música de Guilherme Arantes, Derek Van
Barham & Vaudezilla, a pintura de Tom
Pks Malucelli & Luciah Lopez aqui.
As olimpíadas do Big Shit Bôbras – O Big
Bode, Os dragões do
éden de Carl Sagan, A arte de furtar de Affonso Ávila, a música de Peter
Machajdik, Microbiologia dos alimentos, Casa do Contador de História, a pintura
de Brian Keeler & Gray Artus aqui.
Só a poesia torna a vida suportável, Vanguarda nordestina de Anchieta
Fernandes, A arte poética de Walmir Ayala, Vanguarda e subdesenvolvimento de
Ferreira Gullar, a música de Ira Losco, o cinema de Anna
Muylaert, a arte de Michael Mapes, a pintura de Károly Lotz
& Jean Dubuffet aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by Ísis
Nefelibata
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.