sábado, maio 30, 2015

BAKUNIN, PO CHU YI, MURILO LA GRECA, BERTHA LUTZ, BELLINATI, MELINDA, SONIA MELLO, MATA HARI & PSICODRAMA.


VAMOS APRUMAR A CONVERSA: HOJE É DIA DA CANTORA SONIA MELLO – A cantora pernambucana radicada no Rio de Janeiro, Sonia Mello, foi uma interprete de sucesso das canções de Roberto & Erasmo Carlos. Hoje ela trabalha o seu cd Desejo, no qual tem uma canção inédita da dupla, e seguindo a sua carreira musical lançando novos nomes da música brasileira e outros sucessos que ocorreram na época da Jovem Guarda. Como todo dia é dia da mulher, hoje, especialmente, é dia de Sonia Mello para quem daqui dou salvas de palmas desejando sucesso & felicidade. Parabéns, Sônia, feliz aniversário! E veja mais aqui, aqui e aqui.

Imagens do artista plástico e professor pernambucano Murilo La Greca (1899-1985).

Curtindo The Guitar Works of Garoto (GSP, 1991) do violonista, compositor e arranjador brasileiro Paulo Bellinati, executando obra do também compositor e violonista brasileiro Garoto – Anibal Augusto Sardinha (1915-1955).

DEUS E O ESTADO – A obra Deus e o Estado (1871), do escritor, ativista anarquista e teórico libertário russo Mikhail Bakunin (1814-1876), aborda questões atinentes à temática da autoridade a partir da ideia de Deus e do Estado, liberdade coletiva e do homem, as faculdades morais e materiais humanas, a religião, a fé, dominação e escravidão, Marxismo e autoritarismo. Da obra destaco o trecho inicial: Três elementos ou três princípios fundamentais constituem, na história, as condições essenciais de todo desenvolvimento humano, coletivo ou individual: 1º) a animalidade humana; 2º) o pensamento; 3º) a revolta. À primeira corresponde propriamente a economia social e privada; à segunda, a ciência; à terceira, a liberdade. Os idealistas de todas as escolas, aristocratas e burgueses, teólogos e metafísicos, políticos e moralistas, religiosos, filósofos ou poetas, sem esquecer os economistas liberais, adoradores desmedidos do ideal, como se sabe, ofendem-se muito quando se lhes diz que o homem, com sua inteligência magnífica, suas idéias sublimes e suas aspirações infinitas, nada mais é, como tudo o que existe neste inundo, que um produto da vil matéria. Poderíamos responder-lhes que a matéria da qual falam os materialistas, matéria espontaneamente, eternamente móvel, ativa, produtiva, a matéria química ou organicamente determinada e manifesta pelas propriedades ou pelas forças mecânicas, físicas, animais e inteligentes, que lhe são forçosamente inerentes, esta matéria nada tem de comum com a vil matéria dos idealistas. Esta última, produto de falsa abstração, é efetivamente uma coisa estúpida, inanimada, imóvel, incapaz de dar vida ao mínimo produto, um caput mortuum, uma infame imaginação oposta a esta bela imaginação que eles chamam Deus; em relação ao Ser supremo, a matéria, a matéria deles, despojada por eles mesmos de tudo o que constitui sua natureza real, representa necessariamente o supremo nada. Eles retiraram da matéria a inteligência, a vida, todas as qualidades determinantes, as relações ativas ou as forças, o próprio movimento, sem o qual a matéria sequer teria peso, nada lhe deixando da impenetrabilidade e da imobilidade absoluta no espaço; eles atribuíram todas estas forças, propriedades ou manifestações naturais ao ser imaginário criado por sua fantasia abstrativa; em seguida, invertendo os papéis, denominaram este produto de sua imaginação, este fantasma, este Deus que é o nada, "Ser supremo"; e, por conseqüência necessária, declararam que o Ser real, a matéria, o mundo, era o nada. Depois disso eles vêm nos dizer gravemente que esta matéria é incapaz de produzir qualquer coisa que seja, até mesmo colocar-se em movimento por si mesma, e que por conseqüência deve ter sido criada por seu Deus. [...] Veja mais aqui e aqui.

REFLEXOS OUVINDO INSETOS – Na obra O velho vendedor de carvão, do poeta chinês da dinastia Tang, Po Chu Yi (772-846) – também nomeado como Bai Juyi - que foi várias vezes desterrado de sua terra, autor de poemas didáticos e de protesto, encontrei o poema Reflexos: Envelheço. Estas límpidas águas refletiram já um outro rosto  Ninguém me pode devolver esse fulgor  passado. Para quê turvá-las? Também os poemas Vida em retiro: último outono & Ouvindo insetos, traduzidos por Maurício Arruda Mendonça: vida em retiro: último outono - lugar ermo: nenhuma pegada / de poucos me despeço: na entrada / dedos do poente : medito a sós / o coração rebrota : degustando a paz / jardim pleno: sem varrer: outono / na mão sopeso : galho de glicínias /em retiro : tantas folhas secas /piso minhas lembranças: ecos amarelos. [...] ouvindo insetos - escuto no escuro / ocultos entre rochas / insetos entretecem seu sussurro / envolto em névoa e sombra / promete pura chuva / deseja o céu / outono / o coração desfolha / ardendo / esse silêncio intenso / devo dormir / sem sono / sussurros se insinuam / perto / mais perto / eu permaneço / erva ceifada antes do tempo. Por fim esse belo poema sem título: Não penses nas coisas que se foram e passaram; não penses no que há de suceder; pensar no futuro é impaciência vã. É melhor que de dia sentes como um paletó na cadeira; que de noite deites como uma pedra no leito. Quando vem o jantar abre a boca; fecha os olhos quando vem o sono e o sonho. Veja mais aqui.

FUNÇÃO EDUCATIVA DOS MUSEUS – A obra A função educativa dos museus (Museu Nacional, 2008), organizado por Guilherme Gantois de Miranda, Maria José da Costa Santos, Silvia Ninita de Moura Estevão e Vítor Manoel Marques da Fonseca, destaca o trabalho da bióloga e advogada brasileira Bertha Lutz (1894-1976), especialista em anfíbios e pesquisadora do Museu Nacional, foi uma das figuras mais representativos da Educação e do Feminismo do século XX. Mulher polivalente, Bertha Lutz participa em vários campos do conhecimento com a sua excepcional formação cientista e fluência em várias línguas, depois de um período de estudos na França retorna ao Brasil para fundar a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher, no Rio de Janeiro, atuando como tradutora do Instituto Oswaldo Cruz e no trabalho de pesquisa do seu pai, Adolpho Lutz na Medicina Tropical e Zoologia Médica, sendo, ainda, a principal autora da obra Lutz's Rapids Frog, ao descrever o Paratelmatobius lutzii (Lutz and Carvalho, 1958), além de fundar a Federação Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Veja mais aqui.

TEATRO ESPONTÂNEO E PSICODRAMA – O livro Teatro espontâneo e psicodrama (Ágora, 1998), de Moysés Aguiar, trata de temas como o campo do teatro espontâneo, o papel do diretor, os atores: protagonista, aquecimento: a caminho da criação, dramaturgia: a produção do texto, encenação e comunicação cênica, a construção da teoria, círculos de giz, marco teórico, conceito de co-transferência, processamento em psicodrama, entre outros assuntos. Da obra destaco os trechos: [...] O teatro espontâneo introduz no pensamento psicológico uma forma nova de encarar o comportamento humano. Em primeiro lugar, porque se propõe a investiga-lo por meio da criação artística. A representação da vida no palco, atuada pelos próprios autores do relato, permite revelar os aspectos mais importantes do aqui-e-agora concreto de pessoas concretas. A singularidade dos ângulos pelos quais a vida é observada é um dos elementos mais valiosos que compõe a abordagem artística. Como ciência, estabelece um novo objeto, diferente dos que ocupam, respectivamente, tanto a psicologia como a sociologia. Na tentativa de compreender o homem, privilegia a intersecção entre o individual e o coletivo. Nem o psiquismo individual nem os macrofenomenos sociais lhe interessam como campo de pesquisa (embora não seja todo em negar a importância das investigações que se fazem nessas áreas fronteiriças). O que instiga sua atenção é o relacionamento concreto entre pessoas concretas e a inserção desse particular no geral, considerado em amplitude tanto mais amplas quanto possível. O terapeuta é, nesse caso, um misto de artista e cientista. [...] Veja mais aqui, aqui e aqui.

MATA HARI – A dançarina exótica e símbolo da ousadia feminina holandesa Mata Hari (1876-1917) foi acusada de espionagem e condenada à morte por fuzilamento durante a I Guerra Mundial. Sua vida foi levada pela primeira ao cinema, no longa metragem Mata Hari: The Dancer Red, pelas mãos do diretor austríaco Friedrich Feher (1889-1950), em 1927, estrelado pela atriz tcheca Magda Sonja (1886-1974). Em 1931, novo filme contando seus últimos dias de vida, levou a atriz sueca Greta Garbo (1905-1990) a interpretá-la, com direção de George Fitzmaurice (1885-1940). Em 1985, foi a vez da atriz, modelo e diretora holandesa Sylvia Kristel (1952-2012) viver o personagem da dançarina, com direção de Curtis Harrington. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA
A arte da desenhista estadunidense Melinda Gebbie, autora do livro Fresca Zizis (1977) e parceria de Alan Moore nos quadrinhos Cobweb e da publicação erótica Lost Girls.


Veja mais sobre:
História Universal da Temerança, La Divina Increnca de Juó Bananére, Savarasti, Ator e estranhamento de Eraldo Pera Rizzo, a música de Mônica Feijó, a poesia de Colombina, a pintura de Alfred Pellan & Kellie Day aqui.

E mais:
Vamos aprumar a conversa, a poesia de Mario Quintana, a música de Iancu Dumitrescu, o ativismo anarquista de Maria Lacerda de Moura, Toda América de Ronald de Carvalho, Aventuras galantes de Rabelais, Pele de lobo de Artur Azevedo, o cinema de Mario Monicelli & Faith Minton, a pintura de Alfred Pellan & Pierre-Paul Prud'Hon aqui.
Do individualismo ao umbigocentrismo, o pensamento de Gianni Vattimo, A mulher no Diário de um sedutor de Kierkegaard, O poema do haxixe de Baudelaire, Tribo Ik, Antípodas Tropicais de Adriano Nunes aqui.
As delícias do pomar dela, Abre-te Sésamo: Monstesquieu, Declaração de amor de Michael Moore, Imprensa Brasileira & Big Shit Bôbras: o Big Bode aqui.
Princípios de retórica aqui.
A educação na sociologia de Max Weber aqui.
Quem desiste jamais saberá o gosto de qualquer vitória, A ciência da linguagem de Roman Jakobson, Caminhos de Swan de Marcel Proust, a música de Secos & Molhados & Luiza Possi, a pintura de Henry Asencio, a fotografia de Thomas Karsten, a arte de Regina José Galindo & Tortura é crime aqui.
Tudo em mim, mestiço sou, O povo brasileiro de Darcy Ribeiro, A história da vida de Helen Keller, O anarquismo de Emma Goldman. a música de Guilhermina Suggia, Viviane Madu & Os Fofos Encenam, a escultura de Luiz Morrone, a fotografia de Pisco Del Gaiso & a pintura de Martin Eder aqui.
Educação, professor-aluno, gestão escolar & neuroeducação, Livro dos sonhos de Jorge Luis Borges, Neurociência & Educação, Ciência psicológica de Michael Gazzaniga, a música de Ayako Yonetan, a fotografia de Anton Giulio Bragaglia, a pintura de Jean Metzinger & Anthony Gadd aqui.
Cantarau Tataritaritatá, a literatura de John dos Passos, O teatro pobre de Jerzy Grotowski, a música de Carlos Careqa, Estética teatral de José Oliveira Barata, a coreografia de Xavier Le Roy, a arte de Alex Mortensen & Vesselin Vassilev aqui.
Manchetes do dia: ataca o noticiário matinal, Folclore pernambucano de Pereira da Costa, Filosofia da Linguagem, Vinte vezes Cassiano Nunes, a música de Fabian Almazan, a coreografia de Doris Uhlich, a pintura de Nicolai Fechin & a arte de Roberto Prusso aqui.
Fecamepa – quando o Brasil dá uma demonstração de que deve mesmo ser levado a sério aqui.
Cordel Tataritaritatá & livros infantis aqui.
Lasciva da Ginofagia aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
História da mulher: da antiguidade ao século XXI aqui.
Palestras: Psicologia, Direito & Educação aqui.
A croniqueta de antemão aqui.
Fecamepa aqui e aqui.
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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by Ísis Nefelibata
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na Terra:
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HIRONDINA JOSHUA, NNEDI OKORAFOR, ELLIOT ARONSON & MARACATU

  Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Refúgio (2000), Duas Madrugadas (2005), Eyin Okan (2011), Andata e Ritorno (2014), Retalho...