VAMOS
APRUMAR A CONVERSA: HOJE É DIA DA CANTORA SONIA MELLO – A cantora pernambucana radicada no Rio
de Janeiro, Sonia Mello, foi uma
interprete de sucesso das canções de Roberto & Erasmo Carlos. Hoje ela
trabalha o seu cd Desejo, no qual tem uma canção inédita da dupla, e seguindo a
sua carreira musical lançando novos nomes da música brasileira e outros
sucessos que ocorreram na época da Jovem Guarda. Como todo dia é dia da mulher,
hoje, especialmente, é dia de Sonia Mello para quem daqui dou salvas de palmas
desejando sucesso & felicidade. Parabéns, Sônia, feliz aniversário! E veja
mais aqui, aqui e aqui.
Imagens do artista plástico e professor pernambucano Murilo La Greca (1899-1985).
Curtindo The Guitar Works of Garoto (GSP, 1991) do violonista, compositor e arranjador brasileiro Paulo Bellinati, executando obra do também compositor e violonista brasileiro Garoto – Anibal Augusto Sardinha (1915-1955).
DEUS
E O ESTADO – A obra Deus e o Estado (1871), do escritor,
ativista anarquista e teórico libertário russo Mikhail Bakunin (1814-1876), aborda questões atinentes à temática
da autoridade a partir da ideia de Deus e do Estado, liberdade coletiva e do
homem, as faculdades morais e materiais humanas, a religião, a fé, dominação e
escravidão, Marxismo e autoritarismo. Da obra destaco o trecho inicial: Três
elementos ou três princípios fundamentais constituem, na história, as condições
essenciais de todo desenvolvimento humano, coletivo ou individual: 1º) a animalidade humana; 2º) o pensamento; 3º) a revolta. À primeira corresponde
propriamente a economia social e
privada; à segunda, a ciência;
à terceira, a liberdade. Os
idealistas de todas as escolas, aristocratas e burgueses, teólogos e
metafísicos, políticos e moralistas, religiosos, filósofos ou poetas, sem
esquecer os economistas liberais, adoradores desmedidos do ideal, como se sabe,
ofendem-se muito quando se lhes diz que o homem, com sua inteligência
magnífica, suas idéias sublimes e suas aspirações infinitas, nada mais é, como
tudo o que existe neste inundo, que um produto da vil matéria. Poderíamos responder-lhes que a matéria da qual
falam os materialistas, matéria espontaneamente, eternamente móvel, ativa,
produtiva, a matéria química ou organicamente determinada e manifesta pelas
propriedades ou pelas forças mecânicas, físicas, animais e inteligentes, que
lhe são forçosamente inerentes, esta matéria nada tem de comum com a vil matéria dos idealistas. Esta
última, produto de falsa abstração, é efetivamente uma coisa estúpida,
inanimada, imóvel, incapaz de dar vida ao mínimo produto, um caput mortuum, uma infame imaginação oposta a esta bela imaginação que eles chamam Deus; em relação ao Ser supremo, a
matéria, a matéria deles, despojada por eles mesmos de tudo o que constitui sua
natureza real, representa necessariamente o supremo nada. Eles retiraram da
matéria a inteligência, a vida, todas as qualidades determinantes, as relações
ativas ou as forças, o próprio movimento, sem o qual a matéria sequer teria
peso, nada lhe deixando da impenetrabilidade e da imobilidade absoluta no
espaço; eles atribuíram todas estas forças, propriedades ou manifestações naturais
ao ser imaginário criado por sua fantasia abstrativa; em seguida, invertendo os
papéis, denominaram este produto de sua imaginação, este fantasma, este Deus
que é o nada, "Ser supremo"; e, por conseqüência necessária,
declararam que o Ser real, a matéria, o mundo, era o nada. Depois disso eles
vêm nos dizer gravemente que esta matéria é incapaz de produzir qualquer coisa
que seja, até mesmo colocar-se em movimento por si mesma, e que por
conseqüência deve ter sido criada por seu Deus. [...] Veja mais aqui e aqui.
REFLEXOS
OUVINDO INSETOS – Na
obra O velho vendedor de carvão, do
poeta chinês da dinastia Tang, Po Chu Yi
(772-846) – também nomeado como Bai Juyi - que foi várias vezes desterrado de
sua terra, autor de poemas didáticos e de protesto, encontrei o poema Reflexos:
Envelheço. Estas límpidas águas
refletiram já um outro rosto Ninguém me
pode devolver esse fulgor passado. Para
quê turvá-las? Também os poemas Vida em retiro: último outono & Ouvindo
insetos, traduzidos por Maurício
Arruda Mendonça: vida em retiro: último
outono - lugar ermo: nenhuma
pegada / de poucos me despeço: na entrada / dedos do poente : medito a sós / o
coração rebrota : degustando a paz / jardim pleno: sem varrer: outono / na mão
sopeso : galho de glicínias /em retiro : tantas folhas secas /piso minhas
lembranças: ecos amarelos. [...] ouvindo insetos - escuto no escuro / ocultos entre rochas / insetos entretecem seu
sussurro / envolto em névoa e sombra / promete pura chuva / deseja o céu /
outono / o coração desfolha / ardendo / esse silêncio intenso / devo dormir /
sem sono / sussurros se insinuam / perto / mais perto / eu permaneço / erva
ceifada antes do tempo. Por fim esse belo poema sem título: Não
penses nas coisas que se foram e passaram; não penses no que há de suceder;
pensar no futuro é impaciência vã. É melhor que de dia sentes como um paletó na
cadeira; que de noite deites como uma pedra no leito. Quando vem o jantar abre
a boca; fecha os olhos quando vem o sono e o sonho. Veja mais aqui.
FUNÇÃO
EDUCATIVA DOS MUSEUS – A
obra A função educativa dos museus
(Museu Nacional, 2008), organizado por Guilherme Gantois de Miranda, Maria José da
Costa Santos, Silvia Ninita de Moura Estevão e Vítor Manoel Marques da Fonseca,
destaca o trabalho da
bióloga e advogada brasileira Bertha
Lutz (1894-1976), especialista em anfíbios e pesquisadora do Museu
Nacional, foi uma das figuras mais representativos da Educação e do Feminismo
do século XX. Mulher polivalente, Bertha Lutz participa em vários campos do
conhecimento com a sua excepcional formação cientista e fluência em várias
línguas, depois de um período de estudos na França retorna ao Brasil para
fundar a Liga para Emancipação Intelectual da Mulher, no Rio de Janeiro,
atuando como tradutora do Instituto Oswaldo Cruz e no trabalho de pesquisa do
seu pai, Adolpho Lutz na Medicina Tropical e Zoologia Médica, sendo, ainda, a
principal autora da obra Lutz's Rapids Frog, ao descrever o
Paratelmatobius lutzii (Lutz and Carvalho, 1958), além de fundar a Federação
Brasileira pelo Progresso Feminino (FBPF). Veja mais aqui.
TEATRO
ESPONTÂNEO E PSICODRAMA
– O livro Teatro espontâneo e psicodrama
(Ágora, 1998), de Moysés Aguiar, trata de temas como o campo do teatro
espontâneo, o papel do diretor, os atores: protagonista, aquecimento: a caminho
da criação, dramaturgia: a produção do texto, encenação e comunicação cênica, a
construção da teoria, círculos de giz, marco teórico, conceito de
co-transferência, processamento em psicodrama, entre outros assuntos. Da obra
destaco os trechos: [...] O teatro
espontâneo introduz no pensamento psicológico uma forma nova de encarar o
comportamento humano. Em primeiro lugar, porque se propõe a investiga-lo por
meio da criação artística. A representação da vida no palco, atuada pelos
próprios autores do relato, permite revelar os aspectos mais importantes do
aqui-e-agora concreto de pessoas concretas. A singularidade dos ângulos pelos
quais a vida é observada é um dos elementos mais valiosos que compõe a
abordagem artística. Como ciência, estabelece um novo objeto, diferente dos que
ocupam, respectivamente, tanto a psicologia como a sociologia. Na tentativa de
compreender o homem, privilegia a intersecção entre o individual e o coletivo.
Nem o psiquismo individual nem os macrofenomenos sociais lhe interessam como
campo de pesquisa (embora não seja todo em negar a importância das
investigações que se fazem nessas áreas fronteiriças). O que instiga sua
atenção é o relacionamento concreto entre pessoas concretas e a inserção desse
particular no geral, considerado em amplitude tanto mais amplas quanto
possível. O terapeuta é, nesse caso, um misto de artista e cientista. [...]
Veja mais aqui, aqui e aqui.
MATA
HARI – A dançarina
exótica e símbolo da ousadia feminina holandesa Mata Hari (1876-1917) foi acusada de espionagem e condenada à morte
por fuzilamento durante a I Guerra Mundial. Sua vida foi levada pela primeira
ao cinema, no longa metragem Mata Hari: The
Dancer Red, pelas
mãos do diretor austríaco Friedrich Feher (1889-1950), em 1927, estrelado pela
atriz tcheca Magda Sonja (1886-1974). Em 1931, novo filme contando seus últimos
dias de vida, levou a atriz sueca Greta Garbo (1905-1990) a interpretá-la, com
direção de George Fitzmaurice (1885-1940). Em 1985, foi a vez da atriz, modelo
e diretora holandesa Sylvia Kristel (1952-2012) viver o personagem da
dançarina, com direção de Curtis Harrington. Veja mais aqui.
IMAGEM DO DIA
A arte da desenhista estadunidense Melinda Gebbie, autora do livro Fresca Zizis (1977) e parceria de Alan
Moore nos quadrinhos Cobweb e da
publicação erótica Lost Girls.
Veja mais sobre:
História Universal da Temerança, La Divina Increnca de Juó Bananére, Savarasti, Ator e
estranhamento de Eraldo Pera Rizzo, a música de Mônica Feijó, a poesia de Colombina, a pintura de Alfred
Pellan & Kellie Day aqui.
E mais:
Vamos
aprumar a conversa, a poesia de Mario Quintana, a música de Iancu Dumitrescu, o ativismo
anarquista de Maria Lacerda de Moura, Toda América de Ronald
de Carvalho, Aventuras galantes de Rabelais, Pele de
lobo de Artur Azevedo, o cinema de Mario
Monicelli & Faith Minton, a pintura
de Alfred Pellan & Pierre-Paul Prud'Hon aqui.
Do individualismo ao umbigocentrismo, o pensamento de Gianni Vattimo, A
mulher no Diário de um sedutor de Kierkegaard, O poema do haxixe de Baudelaire,
Tribo Ik, Antípodas Tropicais de Adriano Nunes aqui.
As delícias do pomar dela, Abre-te Sésamo: Monstesquieu, Declaração de amor de Michael
Moore, Imprensa Brasileira & Big Shit Bôbras: o Big Bode aqui.
Princípios de retórica aqui.
A educação na sociologia de Max Weber aqui.
Quem desiste jamais saberá o gosto de
qualquer vitória, A
ciência da linguagem de Roman Jakobson, Caminhos de Swan de Marcel Proust, a
música de Secos & Molhados & Luiza Possi, a pintura
de Henry Asencio, a fotografia de Thomas Karsten, a arte de Regina José Galindo
& Tortura é crime aqui.
Tudo em mim, mestiço sou, O povo brasileiro de Darcy Ribeiro, A história da vida de Helen Keller, O
anarquismo de Emma Goldman. a música de Guilhermina Suggia, Viviane Madu &
Os Fofos Encenam, a escultura de Luiz Morrone, a fotografia de Pisco Del Gaiso & a pintura de Martin Eder aqui.
Educação, professor-aluno, gestão escolar
& neuroeducação,
Livro dos sonhos de Jorge Luis Borges, Neurociência & Educação, Ciência
psicológica de Michael Gazzaniga, a música de Ayako Yonetan, a fotografia de Anton Giulio Bragaglia, a
pintura de Jean Metzinger & Anthony Gadd aqui.
Cantarau Tataritaritatá, a literatura de John dos Passos, O
teatro pobre de Jerzy Grotowski, a música de Carlos Careqa,
Estética teatral de José Oliveira Barata, a coreografia
de Xavier Le Roy, a
arte de Alex Mortensen
& Vesselin Vassilev aqui.
Manchetes do dia: ataca o noticiário
matinal, Folclore pernambucano de Pereira da Costa, Filosofia
da Linguagem, Vinte vezes Cassiano Nunes, a música de Fabian Almazan, a coreografia de Doris
Uhlich, a pintura de Nicolai
Fechin & a arte de Roberto Prusso aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Art by Ísis
Nefelibata
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra:
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.