quinta-feira, março 07, 2013

AVE SÓLIDA DE VCA, NURIA AMAT, VITA SACKVILLE-WEST, SCHREINER, STEINEM & CAETÉS

 


AVE SÓLIDA DE VCA – Em minhas mãos um livro em cujas páginas deparei: O lance de búzio sempre abolirá o acaso o poeta traz céu fechado com tres dísticos versus oito monósticos, mais cinco poemas de abril, cinco poemas de 2010, quatro canções cadentes ou império de areia, dois poemas de março, poema novo (Num pátio alvacento em que brancos restos de luar derramam-se vento sul pousa...) leveza convulsa, alicerces da luz, visão alta, sacro esquecer, cálculo de borboleta, os olhos da luz, RM (Quando ícone morre \ ou se despedaça \ a iconoclastia avança \ um milimetro cresce a jaça), O poeta (O que move o poeta no intante da poesia ele não sabe...). No Visível invisível com citações de Cioran, Baudelaire, Blanchot e Astrogildo Pereira, O poeta combate o anjo (como Rilke) com versos de poemas Enquanto Edgard agonizava a indiferença da enfermaria me consolova o olhar etéreo Edgard via poesia, Noturno, Cova de Aurora, Decleração imperemptória (do poeta impefeito), A morte do trema, Alvo imperecível, A estirpe morrer (A morte também apodreve como a vida...), Vágaro, Ambígio passo histórico (Deteve a espada de Belisário vândalo passo de godos), Brinde ao amor, Canto do Desencanto, Devaneio do éter, Tarefa, Vazio azul (Dilema ao leitor: o azul é vazio ou o vazio é azul...), como rumos mortos, o todo da alma do mundo, viabilize o invisível, 20 de maio de 1915, Dedicanto, mais citações de Fernando Pessoa, Valéry, Blanchot, Sartre, Heráclito e a última estrofe do lírico-épico poema Sísifo, de Marcus Accioly, onde o poeta assume ser o mito. No Intermezzo Lírico, com citações de Lezama Lima, Cioran, epígrafes de Lezama Lima, Folhas caídas, Percurso do verão no rosto e a morte do coração, As veias noturnas do desejo, A alma na sala, Libro, Erótica e serpente, enterro do amor, Para ela curvam-se arco-íris, amor terrestre, afora reunir no volume epígrafes do Manifesto do Realismo Épico de Marcos Accioly, epígrafes de Octavio Paz, traz um texto e um adendo de Cláudio Veras. Assim traz de cara: Quando eu estiver à morte \ não deixem \ que estranhos se apossem \ do meu último sorpo... E o poeta lança sua ave para lá de sólida no reino da Poesia Absoluta. Veja mais aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - O segredo do sucesso é a concentração... Prove tudo um pouco, olhe para tudo um pouco, mas viva por uma coisa... Porque agora não temos Deus. Tivemos dois: o velho deus que nossos pais transmitiram para nós, que nós odiamos, e nunca gostei. O novo que fizemos por nós mesmos, que amamos. Mas agora ele se afastou de nós, e vemos o que ele era feito - a sombra do nosso mais alto ideal, coroado e ofendido. Agora não temos Deus. Pensamento da escritora e ativista sul-africana Olive Schreiner (1855-1920). Veja mais aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: A verdade te libertará. Mas primeiro, ela vai te enfurecer. Sem saltos de imaginação, ou sonhos, nós perdemos a excitação das possibilidades. Sonhar, afinal de contas, é uma forma de planejar... Pensamento escritora, jornalista e ativista estadunidense Glória Steinem. Veja mais aqui e aqui.

 

RAINHA COCA – [...] A identidade só é produtiva quando não se pensa nela. Não há nada mais estéril para uma pessoa ou um país do que afirmar-se sem parar, porque sempre se afirma negando o outro. [...]. Trecho extraído da obra Queen Cocaine (City Lights, 2005), da escrutora espanhola Nuria Amat. Veja mais aqui.

 

A TERRA - Essa foi uma primavera de tempestades. Eles rondaram a noite; \ Relâmpago de baixo nível cintilou no leste\ Contínuo. A branca flor de pêra brilhava\ Imóvel nos flashes; os pássaros estavam parados;\ Escuridão e silêncio amarrados ao suspense,\ Dividido pelo brilho premonitório\ Da tempestade furtiva, um gigante que girou uma espada\ No horizonte baixo, e com piso\ O tremor da terra sempre \ ameaçou sua aproximação, \ Mas para atrasar seu terror manteve-se distante, \ E manteve a terra esperando como uma besta\ Curvou-se para receber um golpe. Mas quando ele caminhou\ Descendo de seu trono de colinas sobre a planície,\ E quebrou sua raiva em mil cacos\ Sobre os campos prostrados, então saltou a terra\ Orgulhoso em aceitar seu desafio; bebeu sua chuva;\ Sob seu vento repentino, as árvores dela se agitaram;\ Abriu seu seio secreto para suas flechas;\ As grandes gotas respingaram; então acima da casa\ Trovão estourou, e o pequeno lambril balançou\ E o jardim verde no raio estava. Poema da escritora britânica Vita Sackville-West (1892-1962), conhecida como The Honorable Lady Nicolson, figurando como o principal modelo do romance 'Orlando' de Virginia Woolf, de 1928.

 



CAETÉS
Cau-ete, mata primitiva. Tribo indígena oriunda do tronco tupi que vivia no território tribal compreendido entre a ilha de Itamaracá, Igarassu, Pernambuco, até a foz do rio São Francisco, na divisa dos estados Alagoas e Sergipe.
Na Carta de Pero Vaz de Caminha esta tribo é apresentada como de feição parda, algo avermelhadada, de bons rostos e bons narizes, em geral são bem feitos, andam nus, sem cobertura alguma, não fazendo menor caso de cobrir ou mostrar suas vergonhas, e nisso são tão inocentes como quando mostram o rosto. Estudos demonstram que eles eram exímios pescadores e caçadores, construtores de embarcações e que cultivavam milho, feijão, fumo e mandioca.
A tribo caeté entre em confronto com os portugueses tão logo foram sendo escravizados para desenvolvimento da cana-de-açúcar. Entrando em confronto com os propósitos lusitanos, tornaram-se inimigos destes. Mantinham comércio com holandeses e franceses.
Esta tribo indígena é acusada pela história oficial como aquela que. por ocorrência do naufrágio do navio Nossa Senhora da Ajuda, em 1556, nos nos baixios de d. Rodrigo,hoje Barra de São Miguel, em Alagoas, que levava o bispo do Brasil, D. Pero Fernandes Sardinha, quando este e seus 98 tripulantes caem nas mãos e se tornam vítimas dos índios antropófagos. Tal incidente provocou a fúria da Igreja e da Inquisição, a ponto de promover juntamente com forças lusas uma repressão para dizimá-la completamente da face da terra.
Hoje vários estudos colocam em dúvida o incidente antropofágico que resultou na alcunha de que todo alagoano é um papa-bispo, direcionando que a verdadeira morte do primeiro bispo do Brasil ocorreu por vingança do Governador Geral, Duarte da Costa e seu filho Alvaro da Costa que poderiam ter tramado tal crime e incriminando os caetés. Veja mais aqui, aqui e aqui.

BIBLIORAFIA RECOMENDADA
ABREU, João Capistrano. Capítulos de história colonial: 1500 – 1900. Brasília: EUnB, 1982.
ALBUQUERQUE, Isabel Loureiro de. Notas sobre a História de Alagoas. Maceió, SERGASA, 1989.
ALBUQUERQUE, Manoel Mauricio. Pequena História da Formação Social Brasileira. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
ALTAVILA, Jayme de. História da Civilização das Alagoas. Maceió, Biblioteca Pública Estadual, 1967.
______. Bibliografia de autores alagoanos. Maceió: Catavento/Fundação Municipal de Ação Cultural, 2001.
BARBALHO, Nelson. Cronologia Pernambucana- Subsídios para a História do Agreste e do Sertão. Recife: FIAM, 1982.
BRANDÃO, Moreno. Alagoas e seu desenvolvimento histórico. Ver. Do IHGAL. Maceió, v. VII, p. 48-60, jan-mar, 1916
_______. População de Alagoas. Ver. Do IHGAL. Maceió, v. XIX, p-2-60, 1937.
_______. História de Alagoas. Penedo: J. Amorim, 1909.
BUENO, Eduardo. A coroa, a cruz e a espada: lei, ordem e corrupção no Brasil Colônia. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
______. Brasil: terra à vista! Porto Alegre: LP&M, 2003.
______. Capitães do Brasil: a saga dos primeiros colonizadores. Rio de Janeiro: Objetiva, 2006.
CARDIM, Fernão. Tratados da Terra e da Gente do Brasil. Lisboa, Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Protugueses, 1997.
CASTRO, Silvio. A carta de Pero Vaz de Caminha: o descobrimento do Brasil. Porto Alegre: L&PM, 2003.
FONSECA, Pedro Paulino. Fundação das Alagoas. Revista do Arquivo Público de Alagoas, n. 1, p. I-286, 1962.
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_______. História geral da civilização brasileira. São Paulo: Difel, 1968.
LINDOSO, Dirceu. Formação de Alagoas Boreal. Maceió: Catavento, 2000.
______. Interpretação da província: um estudo da cultura alagoana. Maceió: Edufal, 2005.
MACHADO, Luiz Alberto. Alvoradinha: calango verde do mato bom. Maceió: Nacente, 2001.
_____. Fecamepa: da invasão à República. Maceió, mimeo, 2005.
MONTEIRO, John. Tapuias, brasilianos e tapuitingas. História Viva: temas brasileiros. Edição especial temática nº6, p.80-85, 2006.
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______. Evolução política do Brasil: colonia e império. São Paulo: Brasiliense, 1991.
PROUS, André. O Brasil antes dos brasileiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
QUADROS, Jânio. O pré-descobrimento, portugueses, índios e africanos. São Paulo: J. Quadros, 1967.
ROCHA, José Maria Tenório. Historiografia de Alagoas: primeira leitura. Maceió: UFAL, 1993.
ROCHA-TRINDADE, Maria Beatriz; CAEIRO, Domingos. Portugal – Brasil: migrações e migrantes. Lisboa: Inapa, 2000.
SALVADOR, Fr. Vicente do. História do Brasil – 1500/1627. São Paulo, Melhoramentos, 1931.
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SODRÉ, Nelson Werneck. O que se deve ler para conhecer o Brasil. Rio de Janeiro: CBPE/INEP/MEC, 1960.
SOUZA, Gabriel Soares de. Tratado Descritivo do Brasil em 1587. São Paulo: Nacional/EDUSP, 1971.
SOUTHEY, Robert. História do Brasil. São Paulo: Obelisco, 1965.
STADEN, Hans. Duas Viagens ao Brasil. São Paulo: EDUSP, 1974.
TENÓRIO, Douglas Apratto. (Org.). Alagoas 500 anos. O Jornal, fascículo de 08/02.2000.
THOMÁS, Cláudio. História do Brasil. São Paulo: FTD, 1964.
VARNHAGEN, Francisco A. História Geral do Brasil. São Paulo, 1928.




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