Imagem: D´Ou
Vennons-Nous? Qui-Sommes-Nous? Ou allons-Nous? (De Onde Viemos? Que Somos? Para Onde Vamos? - O ciclo da vida e a
trajetória humana), Óleo sobre tela, Taiti - 1897, do pintor do
pós-impressionismo francês Paul Gauguin
(1848-1903). Veja mais aqui.
Ouvindo:
L´Acte
préalable (Preparation to the final Mystery), do compositor russo Alexander
Scriabin (1872--1915), com
a Deutsches Symphonie-Orchester Berlin & St Peterburg Chamber Choir
PARA QUÊ AS RIQUEZAS? – Respondendo a essa indagação, o físico
alemão Albert Einstein (1879-1955) assevera: “Todas as riquezas do mundo, ainda mesmo nas mãos de
um homem inteiramente devotado à ideia do progresso, jamais trarão o menor
desenvolvimento moral para a humanidade. Somente seres humanos excepcionais e
irrepreensíveis suscitam idéias generosas e ações elevadas. Mas o dinheiro
polui tudo e degrada sem piedade a pessoa humana. Não posso comparar a
generosidade de um Moisés, de um Jesus ou de um Gandhi com a generosidade de
uma Fundação Carnegie qualquer”. (Albert Einstein, Como vejo o mundo). Veja mais aqui, aqui e
aqui.
A PAZ DE KRISHNAMURTI – Como hoje é o Dia Internacional da Paz,
nada melhor que as palavras de reflexão do filosofo, escritor e educador
indiano Jiddu Krishnamurti (1895-1986): [...] necessitamos de paz. A paz e a liberdade são uma necessidade absoluta,
porque nada pode florescer, funcionar plena e completamente, a não ser na paz,
e a paz não é possível sem a liberdade. Há milhões de anos que vivemos em
conflito, não só interiormente, mas também exteriormente. Nos últimos cinco mil
e quinhentos anos travaram-se catorze mil e tantas guerras – quase três guerras
em cada ano, durante a história escrita do homem – e aceitamos tal maneira de
viver, aceitamos a guerra como norma da vida. Mas, nada pode funcionar ou florescer
no ódio, na confusão, no conflito. Como entes humanos, temos de encontrar uma
diferente maneira de viver – de viver neste mundo sem conflito interior. Então,
esse sentimento interior de paz poderá expressar-se, em ação, na sociedade.
Cumpre, portanto, a cada um averiguar por si próprio se, vivendo em relação com
o mundo, como ente humano, é capaz de encontrar aquela paz – não uma paz
imaginária, mítica ou mística, fantástica; se é capaz de viver sem nenhuma
espécie de conflito interior e de ser totalmente livre, não imaginariamente
livre, num certo mundo místico, porem realmente livre, interiormente – pois
então esse estado se expressará exteriormente, em todas as suas relações. Eis
as duas questões principais. Cumpre-nos descobrir se o homem – vós e eu- tem
possibilidade de viver e atuar neste mundo de maneira diferente, sem conflito
de espécie alguma, tornando-se, assim, capaz de criar uma estrutura social não
baseada na violência. Neste país pregou-se a não violência durante trinta,
quarenta anos, ou mais, e todos vós aceitastes esse ideal da não violência, e
incessantemente repetíveis essas frase. Durante milhares de anos vos disseram
que não deveis matar. De repente, da noite para o dia, tudo isso desapareceu.
Isso é um fato, e não uma opinião minha. E é bem estranhável que não hajam
aparecido indivíduos capazes de dizer: Não quero matar – e dispostos a
enfrentar as consequências. Tudo isso – isto é, viver verbalmente, aceitar
facilmente ideais e com igual facilidade abandoná-los – denota uma mente sem
nenhuma seriedade, nenhuma gravidade, uma mente leviana e não uma mente
interessada a sério nos problemas mundiais. Um dos principais problemas do
mundo é a guerra – não importa se ofensiva ou defensiva. Enquanto existirem
Estados soberanos, nacionalidades separadas, governos separados, com seus
exércitos, fronteiras, nacionalismos, tem de haver guerra. Serão sempre
inevitáveis as guerras, enquanto o homem estiver vivendo entre as fronteiras de
uma ideologia. Enquanto o homem existir dentro dos limites do nacionalismo,
dentro dos limites religiosos ou dos limites dos dogmas – cristão, hinduísta,
budista ou maometano – haverá guerras. Porque esses dogmas, essas
nacionalidades, essas religiões separam os homens. E, escutando o que está
dizendo, naturalmente direis: Que posso eu, como ente humano, fazer quando
minha pátria me chama às armas? Tendes de ir para a luta, inevitavelmente. Isso
faz parte desta estrutura social, econômica e política. Mas, dessa maneira não
se resolve problema algum. Como já disse, houve nos últimos cinco mil e tantos
anos quase três guerras em cada ano. Urge, pois, encontrarmos uma diferente
maneira de viver – não no céu, porém sobre a terra – uma diferente norma de
comportamento, um valor diferente. E isso não será possível se não compreender
o problema da paz, que é também o problema da liberdade. Por conseguinte, a
primeira necessidade é de descobrirmos se é possível a cada um de nós, nas suas
relações – no lar, no trabalho, em todos os setores da vida – acabar com o
conflito. Isso não significa isolar-se, tornar-se monge, refugiar-se num certo
recesso da imaginação, da fantasia; significa, sim, viver neste mundo com
compreensão do conflito. Porque, enquanto houver conflito de alguma espécie,
nossa mente, nosso coração, nosso cérebro, não poderão funcionar com o máximo
de eficiência. Só podem funcionar a pleno quando não há atrito, quando há
clareza. E só há clareza quando a mente, que é o todo – o organismo físico, as
células cerebrais – quando essa totalidade que se chama mente se encontra num
estado de não conflito, funcionando sem atrito algum; só então pode haver paz.
(Jiddu Krishnamurti, A mutação da mente).
DIA INTERNACIONAL DA PAZ
REFERÊNCIAS
EINSTEIN, Albert. Como vejo o mundo. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1981.
KRISHNAMURTI, Jiddu. Viagem por um mar
desconhecido. Rio de Janeiro: Três, 1973.
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