O
ÁUTÓGRAFO DE JOÃO CABRAL
– No livro Museu de Tudo, o poeta e
diplomata pernambucano, João Cabral de Melo Neto (1920-1999), deixa pra gente o
seu autógrafo: Calma ao copiar
estes versos / antigos: a mão já não treme /nem se inquieta; não é mais a asa /
no voo interrogante do poema./ A mão já não devora / tanto papel; nem se
refreia / na letra miúda e desenhada / com que canalizar sua explosão. / O
tempo do poema não há mais; / há seu espaço, esta pedra / indestrutível,
imóvel, mesma: / e ao alcance da memória / até o desespero, o tédio. (João
Cabral de Melo Neto, O autógrafo. In: Museu de tudo. Rio de Janeiro: José
Olympio, 1975). Veja mais aqui.
Imagem: Nu, óleo sobre tela, 1925, do pintor do modernismo português Eduardo Viana (1881-1967)
Ouvindo o Full Show, ao vivo no Brasil, em 2014, da legendária cantora norte-americana Joan Baez.
TODO DIA É DIA DA MULHER: RIGOBERTA MENCHÚ – A indígena guatemalteca do grupo Quiché-Maia, Rigoberta Menchú Tum, participou da Guerra Civil da Guatemala, ocorrida entre os anos de 1962-1996, pela qual foi exilada no México, em 1981 – ano em que se pai foi assassinado. Em 1991, ela participou da elaboração da Declaração dos Direitos dos Povos Indígenas. Em seguida, foi contemplada com o Prêmio Nobel da Paz, 1992, por sua campanha pelos direitos humanos,pela desmilitarização e justiça social, respeito pela natureza, igualdade para as mulheres e reconciliação étnico-cultural no respeito aos povos indígenas. Foi vencedora do Prêmio Príncipe das Astúrias de Cooperação Internacional e tornou-se Embaixadora da Boa Vontade, da Unesco. Sua vida e luta estão na sua autobiografia Me llamo Rigoberta Menchú y así me nació la conciencia, escrito por Elisabeth Burgos com entrevistas da militante. Veja mais aqui.
OS
MANDARINS DE BEAUVOIR - O
livro Os mandarins, da escritora Simone
de Beauvoir é um romance-ensaio do movimento existencialista, onde ela descreve
o ambiente na França entre os anos 1944-1948, com as repercussões da guerra, da
ocupação e da Resistência, a simultaneidade da corrupção moral e da vigorosa
agitação intelectual, tonando-se um documento histórico que mereceu o prêmio
Goncourt, em 1954. No final do livro está expresso pela autora: “Estou aqui.
Eles vivem, falam comigo, estou viva. De novo, saltei na vida de pés juntos. As
palavras me entram nos ouvidos, ganham pouco a pouco uma significação. [...] Será que eu não tenho uma ideia para o nome?
Nenhum daqueles em que pensaram até agora agrada. Procuro um nome. Digo a mim
mesma que, uma vez que eles foram fortes o bastante para arrancar-me à morte,
talvez saibam ajudar-me a viver de novo. Com certeza saberão. Ou a gente
soçobra na indiferença, ou a terra se repovoa. Não soçobrei. Já que meu coração
continua batendo, será preciso que bata por alguma coisa, por alguém. Já que
não sou surda, ouvirei chamarem-me de novo. Quem sabe? Talvez um dia eu seja
novamente feliz. Quem sabe? (Simone de Beauvoir, Os mandarins. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1983). Veja mais aqui.
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Stéphane Mallarmé, John Updike, César
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conhecimento de Humberto Maturana & Francisco Varela, A terra oca de
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