quarta-feira, janeiro 28, 2015

ANJA SNELLMAN, JUDY CHICAGO, FRANCESCA WOODMAN & C. J. CHERRYH

 


FRANCESCA, AVIS RARA - Ela nasceu em Denver e cresceu em Boulder, pais artistas – ele fotógrafo-pintor, ela ceramista, a arte por religião. Foi para a escola pública e interrompeu os estudos para seguir com a família para a Itália. A partir de então os verões em Antella. Aos treze anos, no ensino médio do internato de Massachusettes, a câmera à tiracolo, presente do pai e o seu autorretrato desfocado desafiando o usual: os cabelos cobriam-lhe o rosto e ao seu redor fragmentos – uma atmosfera mística, uma porta, uma cadeira vazia, o jogo de luz e a escuridão. Mudou-se para Providence estudando na Rhode Island School of Design, morando num estúdio industrial. Era leal e intensa, já protestava contra os limites opressivos de sua vida. A estudante se formou e foi morar em Roma. Como uma egocêntrica teimosa se insinuava extremamente motivada pela abertura da nudez: encostada à parede na Space2, entre duas janelas de um prédio abandonado, aprisionada em sua desintegração na sala vazia: Quem sou eu? O retorno e On Being an Angel – Providence, e ela flutuava e expondo o peito e os ombros nus, olhando pra mim, uma frustração agressiva como se fosse uma condenada que perdera o céu para sempre. Dizia o indizível ao desenvolver diazótipos em papel e teve então um relacionamento romântico fracassado, mantinha-se ativa com seu incrível carisma: uma mariposa a voar ao redor da chama de uma vela. E lá estava ela entrelaçada com as raízes de uma árvore na frente de lápides, seu corpo nu imerso na água fazia contraste com as sombras, suas pernas serpenteavam porque ela era Eva que se fez Daphne para ser Ophelia perseguindo o fruto proibido entre a vida e a morte. Depois saltava no ar com suas asas feitas de lençóis brancos suspensos, tentava levantar voo surrealista por uma Roma barroca para encontrar-se a si própria. Ou mesmo puxando os cabelos para desafiar a gravidade, uma torre que se fez do seu longo vestido preto, encostada à parede de um salão vazio para sua força engrandecedora. Quando não os braços levantados, o rosto virado e suspensa no batente de uma porta para sua crucificação e o limiar entre a vida e a morte, o que era e não. Ela olhava timidamente para baixo, com seus braços envolvidos pelos punhos de bétula e vestida com casca de árvore, expondo a sua alma. Na primavera era a vez do Blueprint for a Temple e ela protegia o rosto envolta por um pano e as mãos cruzadas, tornava-se uma cariátide viva. Trouxe-me o volume do Some Disordered Interior Geometries, inspirado na Nadja de Breton: Essas coisas chegaram da minha avó... me fazem pensar onde me encaixo na estranha geometria do tempo... A frase entre as gravuras e ela nua da cintura para baixo com roupas espalhadas ao redor. Logo o Portrait of a Reputation, que começava vestida com uma única luva e se desnudava contornando uma das mãos aos seios. Depois apenas as impressões de suas mãos na parede, a solidão... É questão de conveniência, estou sempre disponível... As tendências depressivas, malsucedidos, a profundeza emotiva, mais de 800 fotografias, muito vídeos, um olhar atento e aquela jovem prodígio prolífico, estava imersa pela arte com sua sofisticada compreensão e maturidade artística: o seu corpo nu e a realidade circundante. Eram os capítulos da autodestruição definitiva, a vítima trágica da transição entre a infância e o adulto, a aura enigmática: Portraits, Friends, Equations. Os 8 cadernos e sua própria hestória. O talento fatal e a mítica atravessaram seus próprios infernos: sobreviveu a uma tentativa de suicídio e voltou a morar com os pais. Terapias e o amor fracassava, depressão e a recusa de um projeto. Naquele janeiro, era inverno, atirou-se pela janela de um edifício do Lower East Side, Nova York. Seu corpo atingiu o concreto a ponto de desfigurar sua face. Tinha apenas 22 anos, começava a sua lenda e culto. Veja mais abaixo e mais aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Estou na foto? Estou entrando ou saindo dela? Eu poderia ser um fantasma, um animal ou um corpo morto, não apenas essa garota parada na esquina... Você não pode me ver de onde eu me olho... As coisas reais não me assustam, apenas as que estão em minha mente, sim...  As palavras influenciam-me muito mais do que a política, mas gosto especialmente de frases literárias alusivas e indiretas + metáforas... Gostaria que as palavras fossem para as minhas fotografias o que as fotografias são para o texto de 'Nadia' de Andre Breton. Ele seleciona as alusões e os detalhes enigmáticos de alguns instantâneos bastante comuns e não misteriosos e os elabora em uma história que eu gostaria que minhas fotografias condensassem a experiência. Uso nus em parte num sentido irônico, como os nus da pintura clássica que quero que minhas fotos tenham. uma certa qualidade atemporal, pessoal, mas alegórica, como acontece, digamos, nas pinturas históricas de Ingres, mas gosto do aspecto áspero que a fotografia dá ao nu. Gosto de observar o imediatismo de uma fotografia lutando com 'imagens atemporais' do jeito que faz. digamos, uma fotografia pictorialista... Finalmente consegui tentar me livrar de mim mesmo, da maneira mais organizada e concisa possível. Prefiro morrer jovem deixando várias realizações, algum trabalho, minha amizade com você e alguns outros artefatos intactos, em vez de apagar desordenadamente todas essas coisas delicadas... Essa ação que previ, não tem nada a ver com melodrama. É que a vida que vivo agora é uma série de exceções. Não fui (sou?) único, mas especial. É por isso que eu era um artista... Palavras da fotógrafa estadunidense Francesca Woodman (1958-1981), que ainda escreveu o poema: Sinto como se estivesse flutuando em plasma \ Preciso de um professor ou amante \ Preciso de alguém que arrisque se envolver comigo. \ Sou tão vaidosa e sou tão masoquista. \ Como eles podem coexistir?... Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.

 

ALGUÉM FALOU: Uma vez que eu soube que queria ser uma artista, eu me tornei uma. Eu não entendia que querer nem sempre leva à ação. Muitas das mulheres foram criadas sem a sensação de que elas poderiam moldar e moldar suas próprias vidas, e então, querer ser uma artista (mas sem a habilidade de realizar seus desejos) era, para algumas delas, apenas uma fantasia ociosa, como querer ir à lua. Como os homens têm uma história, é difícil para eles imaginarem como é crescer sem uma, ou o senso de expansão pessoal que vem da descoberta de que nós, mulheres, temos uma herança valiosa. Junto com o orgulho, muitas vezes vem a raiva – raiva de ter sido privado de um conhecimento tão significativo. As divindades femininas foram gradualmente ofuscadas ou incorporadas aos atributos de vários deuses masculinos, depois eclipsadas pela ascensão da única divindade masculina que domina a tradição judaico-cristã. Pensamento da educadora, escritora e artista feminista estadunidense Judy Chicago (Judith Sylvia Cohen), que no seu livro Judy Chicago, Beyond the Flower: The Autobiography of a Feminist Artist (Penguin, 1997) expressou: […] Historicamente, as mulheres foram excluídas do processo de criação das definições do que é considerado arte ou autorizadas a participar somente se aceitarmos e trabalharmos dentro das designações tradicionais existentes. Se as mulheres não têm um papel real como mulheres no processo de definição da arte, então somos essencialmente impedidas de ajudar a moldar símbolos culturais. [...] Fui criada em uma casa moldada pelo que pode ser chamado de valores éticos judaicos, particularmente o conceito de tikun, a cura ou reparação do mundo. Fui ensinado a acreditar que trabalhar para alcançar essa transformação é o que a vida é e que as posses materiais são totalmente sem importância. Ainda me lembro do meu pai apontando para todos os livros e registros em nossa casa e dizendo ¨Veja estes, estas são as únicas riquezas que contam [...] e também autora do poema: E então tudo o que nos dividiu se fundirá \ E então a compaixão se casará com o poder \ E então a suavidade chegará a um mundo que é duro e cruel \ E então tanto homens quanto mulheres serão gentis \ E então tanto mulheres quanto homens serão fortes \ E então nenhuma pessoa estará sujeita à vontade de outra \ E então todos serão ricos, livres e variados \ E então a ganância de alguns dará lugar às necessidades de muitos \ E então todos compartilharão igualmente a abundância da Terra \ E então todos cuidarão dos doentes, dos fracos e dos velhos \ E então todos nutrirão os jovens \ E então todos apreciarão as criaturas da vida \ E então todos viverão em harmonia uns com os outros e com a Terra \ E então todos serão chamados de Éden novamente.

 

DEFENSOR - [...] Não é aconselhável espalhar isso de forma tão espessa sobre toda essa situação. [...] A ignorância matou o gato; a curiosidade foi incriminada! [...]. Trechos da obra Defender (DAW, 2002), da escritora estadunidense C. J. Cherryh (Carolyn Janice Cherry), que em outra obra sua, Invader (Daw, 1996), expressa que: [...] Mas seu senso político manteve uma coceira persistente que dizia: A, Dada a ignorância na mistura, a estupidez era pelo menos tão comum na política quanto as manobras astutas; B, A crise sempre atrai insetos; e, C, Inevitavelmente, a parte que tentava resolver um assunto tinha que lidar com a parte mais disposta a explorá-lo. [...]. Já noutra obra, Forge of Heaven (Eos, 2005), ela expressa que: […] Os problemas não vinham apenas em grupos de três: eles reuniam passageiros à medida que avançavam e colidiam violentamente com os transeuntes. [...], afora defender que: Nada é impossível, exceto nunca tentar. Meus mundos são complexos e muitas vezes sugerem mais de uma história. Eu tenho mais medo de pessoas estúpidas. Pessoas estúpidas farão qualquer coisa. Pessoas verdadeiramente inteligentes farão apenas o que for lógico para elas. Veja mais aqui.

 

DOIS POEMASCOMEÇO - Num apartamento vazio \ onde o antigo amante não mora mais \ os gatos ficam perto das paredes \ O novo amante está se mudando hoje \ a luz muda lentamente no teto\ O novo amante bebe água da torneira \ O novo amante abre a janela \ Sem cicatrizes, ainda \ Este é o nosso começo. ARQUIVADO - Anna Karenina e Lolita se encontram em segredo \ comparando suas experiências com homens \ que pedem à Sra. Dalloway para se juntar a elas\ Vamos beber cerveja preta \ com uma perna balançando em cima da outra \ em um café escuro\ Vamos compartilhar histórias, \ confiar uns nos outros com tal abandono \ que o remorso toma conta no dia seguinte, \ uma vontade de rastejar até a estante \ para esquecer o que nunca foi, \ frases que nunca foram ditas, \ apenas um sussurro tímido, um sonho delicado, \ um telefonema cortado. Poemas da escritora, jornalista e psicoterapeuta finlandesa Anja Snellman (Anja Kyllikki Snellman-Orma nascida Kauranen), autora de obra como Sonja O. kävi täällä (1981), Tushka (1983), Kultasuu (1985), Pimeää vão meidän silmillemme (1987), Kiinalainen kesä (1989), Kaipauksen e energian lapset (1991), Ihon Aika (1993), Pelon Maantiede (1995), Syysprinsi (1996), Lauri Árabe (1997), Lado (1998), Paratiisin kartta (1999), Aura (2000), entre outros.

 

SACADOUTRAS

 

A QUEM INTERESSA A TRAGÉDIA DA SECA? – No ano de 1900, Darcy Ribeiro registra uma notícia no seu Aos trancos e barrancos: como o Brasil deu no que deu, a respeito da grande seca que assola a região nordestina: “Grande seca – que se reitera em 1903 e 1904 – castiga o Nordeste, matando, imbecilizando e pondo na estrada multidões de retirantes que, de passagem, roubam cabras e ovelhas, invadem cidades rezando e esmolando. O governo cria frente de trabalho para socorrê-los”. Quem leu a obra de Raquel de Queiroz, O quinze, ficou sabendo o que se deu desses anos de seca, culminando com a grande seca de 1915. Sucessivos anos de seca levaram o jornalista e escritor Antonio Callado a denunciar que: “[...] Os “industriais da seca” se utilizam da calamidade para conseguir mais verbas, incentivos fiscais, concessões de crédito e perdão de dívidas valendo-se da propaganda de que o povo está morrendo de fome. Enquanto isso, o pouco dos recursos que realmente são empregados na construção de açudes e projetos de irrigação, torna-se inútil quando estes são construídos em propriedades privadas de grandes latifundiários que os usam para fortalecer seu poder ou então, quando por falta de planejamento adequado, se tornam imensas obras ineficazes”. A partir disso procurou-se levantar uma bibliografia acerca do tema, encontrando em Renato Duarte um farto material, incluindo Durval Albuquerque Junior, no seu artigo “Palavras que calcinam, palavras que dominam: a invenção da seca do Nordeste” que engrossa o caldo das denúncias acerca das ações dessa indústria nefasta que toma conta do desenvolvimento nordestino. Essa indústria, para Caroline Faria e Conceição Filgueira, é uma herança que aprisiona o Nordeste oriunda da sociedade patriarcal, escravocrata, monocultora, latifundiária e aristocrática do passado colonial, envolvendo fatores econômicos, sociais, raciais e diversas discriminações sérias das desigualdades entre as regiões. Acrescenta Roberto Alves Silva que o drama da calamidade pública ainda se repete nos períodos prolongados de estiagem e das chuvas irregulares: “Os meios de comunicação tratam de dar maior visibilidade aos problemas regionais e de recolocar para a população algumas soluções que poderiam mudar esse quadro. [...] As políticas emergenciais, no entanto, continuaram ocorrendo concomitantes às ações hídricas de combate à seca, sem promover modificações significativas nos determinantes estruturais das calamidades sociais nas secas; [...] Verifica-se que a proposta do “combate à seca e aos seus efeitos”, atualmente em crise, não participa ativamente da disputa tendo em vista que os seus fundamentos negam, explicitamente, os princípios da sustentabilidade”. Afinal, a quem interessa o drama de todo nordestino promovido pela indústria da seca? Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá. Veja mais aqui, aquiaqui.
REFERÊNCIAS:
ALBUQUERQUE JUNIOR, Durval M. Palavras que calcinam, palavras que dominam: a invenção da seca do Nordeste. Revista Brasileira de História. São Paulo, ANPUH/Marco Zero, vol. 15, nº 28, pp. 111-120; 1995.
CALLADO, Antonio. Os industriais da seca e os galileus de Pernambuco. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1960.
DUARTE, Renato. Bibliografia da seca do Nordeste. Banco do Nordeste/Universidade do Texas, 2002.
FARIA, Caroline. Industria da seca. InfoEscola/Fundaj, 1994.
FILGUEIRA, Maria Conceição. Eloy de Souza: uma interpretação sobre o Nordeste e os dilemas das secas. Natal : EDUFRN, 2011.
QUEIROZ, Raquel. O quinze. Rio de Janeiro: José Olympio, 1968.
RIBEIRO, Darcy. Aos trancos e barrancos: como o Brasil deu no que deu. Rio de Janeiro: Guanabara, 1985.
SILVA, Roberto Alves. Entre o combate à seca e a convivência com o semi-árido: transições paradigmáticas e sustentabilidade do de senvolvimento. Brasília: UnB, 2006. 

Imagem: Siréne espagnole (1912) do pintor neerlandês Kees van Dongen (1877-1968)

Ouvindo a ópera A flauta mágica, do compositor austríaco Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), com a Orquestra Sinfônica de Limeira sob a regência de Fernando Barreto, soprano Raíssa Amaral, direção musical de Angelo Fernandes e direção cênica de André Estevez. Veja mais aqui.


APRUMANDO A CONVERSA – Já dizia o escritor latino Sêneca (4aC/65dC): “A virtude não consiste em temer a vida, mas em fazer face às grandes adversidades e jamais voltar-lhe as costas”, trecho esse recolhido pelo filósofo e escritor francês Michel de Montaigne (1533-1592) nos seus Ensaios, acrescentando que: “Na verdade, é fácil menosprezar a morte; o mais bravo é o que saber ser infeliz”. E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!! Veja mais aquiaqui

O REDONDO UNIVERSO DO POETA E DA POESIA – Abordando sobre a poesia do poeta alemão Rainer Maria Rilke (1875-1926), o filósofo, crítico literário e epistemólogo francês Gaston Bachelard (1884-1962), na sua obra A poética do espaço (Abril, 1978), expressa que: [...] Às vezes existe uma forma que guia e que enfeixa os primeiros sonhos. Para um pintor, a árvore se compõe em sua redondeza. Mas o poeta retoma o sonho mais alto. Sabe que o que se isola se arredonda, toma a figura do ser que se concentra em si. Nos Poemas Franceses de Rilke, isso acontece. Em torno de uma árvore sozinha, meio de um mundo a cúpula do céu vai arredondar-se seguindo a regra da poesia cósmica. [...] É certo que o poeta só tem sob os olhos uma árvore da planície: ele não pensa em nenhuma árvore lendária que fosse só para ele todo o cosmos unindo a terra e o céu. Mas a imaginação de ser redondo segue sua lei; já que a nogueira é, como diz o poeta, orgulhosamente redonda, ele pode saborear a abobada dos céus. O mundo é redondo em torno do ser redondo. E de verso em verso, o poema vai crescendo, aumenta seu ser. A ávore está viva, pensando, voltada para Deus. [...] Aqui, o devir tem mil formas, mil folhas, mas o ser não suporta nenhuma dispersão: se eu jamais pudesse numa vasta coleção reunir todas as imagens do ser, todas as imagens múltiplas, cambiantes que, da mesma forma, ilustram a permanência do ser, a árvore rilkiana abriria um grande capítulo em meu álbum de metafísica concreta. Veja mais aqui, aquiaqui e aqui


A ENCANTADORA BELEZA LUSITANA DE MARIA – Desde que a vi como Anais Nin no Henry & June do Philip Kaufman, a Yvonne de La Tentation de Vénus de Istvan Szabo, a Marta no Huevos de oro de Bigas Luna, no Pulp Fiction de Quentin Tarantino, mais no Porto da Minha Infância, Paraíso Perdido, Retrato de Família, entre outros filmes em que ela desfilou a sua beleza encantadora, que me tornei fã da atriz, cineasta e cantora portuguesa Maria de Medeiros Esteves Victorino de Almeida, ou simplesmente, Maria de Medeiros. Nada mais justo que aqui homenageá-la na campanha Todo dia é dia da mulher. Veja mais aquiaqui.


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