segunda-feira, abril 13, 2015

LUKÁCS, LACAN, BECKETT, KIDMAN, SUBOTNICK, D´ALINCOURT & DOROTHY CASTRO.


EXISTENCIALISMO OU MARXISMO? – O livro Existencialismo ou marxismo (LECH, 1979), do filósofo, crítico literário e teórico marxista húngaro Georg Lukács (1885-1971), trata sobre a crise da filosofia burguesa, a fenomenologia e o existencialismo, o impasse da moral existencialista, a teoria leninista do conhecimento e os problemas da filosofia moderna, materialismo e dialética, significação dialética da aproximação na teoria do conhecimento, totalidade e causalidade, o sujeito do conhecimento e ação prática, a atualidade ideológica do materialismo filosófico, entre outros assuntos. Da obra destaco o trecho: [...] No domínio da teoria do conhecimento, é a pesquisa da objetividade que predomina; no plano da moral, tenta-se salvar a liberdade e a personalidade; do ponto de vista da filosofia da história, enfim, a necessidade de perspectivas novas se faz sentir no combate contra o niilismo. [...] A filosofia constitui, entretanto, uma manifestação ideológica particular, cuja evolução não é sempre exatamente paralela à das outras manifestações ideológicas, das ciências exatas ou da literatura, por exemplo. Essa particularidade da filosofia reside no fato que tem por objeto as questões últimas da existência e conhecimento; isto é, a concepção do próprio mundo, sob suas formas abstratas e gerais [...]. Veja mais aqui.

Imagem: Nu, do pintor brasileiro Aurélio D'Alincourt (1919-1990)

Ouvindo o álbum Silver Apples of the Moon / The Wild Bull (Nonesuch Records, 1968), do compositor estadunidense de música eletrônica minimalista Morton Subotnick.

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA PSICANÁLISE – No livro O seminário – livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (Zahar, 1973), o psicanalista e semanticista francês Jacques Lacan (1901-1981) trata da temática por meio de uma abordagem acerca da excomunhão, o inconsciente e a repetição, o inconsciente freudiano, do sujeito da certeza, da rede dos significantes, Tique e Automaton, do olhar como objeto, a esquize do olho e do olhar, a anamorfose, a linha e a luz, o que é um quadro, a transferência e a pulsão, a presença do analista, análise e verdade ou o fechamento do inconsciente, a sexualidade e o significante, desmontagem da pulsão, a pulsão parcial e seu circuito, do amor à libido, o campo do outro e retorno sobre a transferência, a alienação, do sujeito suposto saber e da díade primeira e do bem, da interpretação a transferência, entre outros assuntos. Veja mais aqui e aqui.

ESPERANDO GODOT – A peça teatral de dois atos Waiting for Godot (Esperando Godot, 1952), foi a primeira peça escrita pelo dramaturgo e escritor irlandês Samuel Beckett (1906-1989), que se tornou um dos principais textos do teatro do absurdo envolvendo os personagens Vladimir e Estragon na parte Estrada, árvore, à noite, que esperam um sujeito denominado Godot, e, também, Pozzo e Lucky – o primeiro fica cego e o segundo surdo -, que contracenam nos dois atos da peça, quando um garoto avisa que Godot não vem. Do texto destaco o trecho: (Vladimir e Estragon seguram nas pontas da corda e a puxam. Ela se rompe. Eles quase caem). VLADIMIR Não vale nada. (Silêncio). ESTRAGON Você disse que temos que voltar amanhã? VLADIMIR Sim. ESTRAGON Então podemos trazer um bom pedaço de corda. VLADIMIR Sim. (Silêncio). ESTRAGON Didi? VLADIMIR Sim. ESTRAGON Eu não posso mais continuar assim. VLADIMIR Isso é o que você pensa. ESTRAGON E se nos separássemos? Talvez fosse melhor para nós dois. VLADIMIR Nos enforcaremos amanhã. (Pausa.) A não ser que Godot venha. ESTRAGON E se ele vier? VLADIMIR Então estaremos salvos. (Vladimir tira o seu chapéu -o de Lucky - e espia dentro dele, o apalpa, o chacoalha, bate no topo e o coloca novamente). ESTRAGON Bem, então vamos? Bote as calças. ESTRAGON O quê? VLADIMIR Bote as calças. ESTRAGON Você quer que eu troque as calças? VLADIMIR BOTE as calças. ESTRAGON (percebendo que suas calças estão caídas) Ah, sim. (Estragon ergue as calças). ESTRAGON E então? Vamos? VLADIMIR Sim, vamos. Eles não se movem. (Cortina). Veja mais aqui.

POESIAS PONTILHADAS: VERSO SIMPLÓRIO & POETA PROSCRITO – A escritora Dorothy Castro edita três ótimos blogs na rede: o Poesias Pontilhadas, Nossos eus sexuais e Amor nãotem idade. Degustando de uma visita realizada a estes espaços da escritora, destaco dois de seus poemas. Verso simplório é o primeiro deles: Quando o silêncio dorme na tapera, / Que encolhidinha e triste ainda espera... / O sertanejo que nunca mais voltou.... / A porta então se fecha sem tramela, / Chora a tristeza porque dentro dela, / Só a saudade entrou e ali ficou! O segundo deles, o Poeta Proscrito: Te enlaço aqui, / no ruivo dos cabelos... / E a minha flor, / se abrindo em tua mão... / E eu toda nua finjo / a mocidade.../ E te inoculo em tuas / veias grossas,/ O meu veneno/ que não mata nada.../ Sou tua musa, / vem amor me usa... / Seja um poeta / proscrito.../ E no infinito/ dessas cavernas.../ Te quero duro,/ muito maduro.../ Entre as minhas / pernas!... Com isso, manifesto meus aplausos à poeta. Veja mais aqui.


PORTRAIT OF A LADY – O filme The Portrait of a Lady (Retrato de uma Senhora, 1996), dirigido por Jane Campion, com roteiro de Laura Jones e música de Wojciech Kilar, é uma adaptação do romance homônimo do escritor do realismo norte-americano Henry James (1843-1916), contando a história de uma viúva que herda uma fortuna escapando das tentativas de um pretendente que a persegue, enquanto ela é atraída por um colecionador de arte com que se casa e se descobre mais um objeto na coleção dele. A decepção é a descoberta da trama do marido com a amante para se apossarem da sua fortuna. Destaque para o maravilhoso trabalho da linda e premiada atriz e produtora de cinema australiana Nicole Kidman. Veja mais aqui.



IMAGEM DO DIA
Nude beauty, desenho de Fady Morris.


Veja mais sobre:
A educação nossa de cada dia, A ilusão da alma de Eduardo Giannetti, Cibercultura de André Lemos, a música de Francisco Braga & Rosana Lamosa, a pintura de Jean Delville & Lygia Coelho aqui.

E mais:
A literatura de Osman Lins, o teatro de Adolphe Appia, a poesia de Alberto de Oliveira, a arte de Paul Éluard, a música de Paulo César Pinheiro, o cinema de Pedro Almodóvar & Penélope Cruz, a pintura de José Malhoa, A travessia poética de Valéria Pisauro & Programa Tataritaritatá aqui.
Todo dia é dia da educação aqui.
Passando a limpo aqui.
Proezas do Biritoaldo: Quando as mazelas dão um nó, vôte! A bunda de fora parece mais tábua de tiro ao alvo aqui.
La divina increnca de Juó Bananére, O sexo na história de a Reay Tannahill, A personologia de Henry Murray, a pintura de Adélaide Labille-Guiard, a música de Zeca Baleiro & Borná de Xepa, Dale Messick & Brenda Starr, a arte de Brooke Shields & a poesia de Marcia Lailin aqui.
Infância, imagem & literatura, Hipermnestra, A origem das espécies de Charles Darwin, A educação de István Mészarós, O ateneu de Raul Pompeia, a música de Antonio Salieri & Montserrat Caballé, O batizado da vaca de Chico Anysio, o cinema de Pedro Almodóvar, a pintura de Robert Delaunay & a escultura de Pierre Le Gros aqui.
O beijo que se faz poema, a poesia de Hilda Hilst, a escultura de Auguste Rodin, a fotografia de Eisenstaedt, a pintura de Rubens Gerchman, Franz von Stuck & Ricardo Paula aqui.
O palhaço doido, A filosofia do não de Gaston Bachelard, a poesia de Vinicius de Moraes, As reflexões Jacques Necker, a música de Anton Weber & Christiane Oelze, a fotografia de Evelyn Bencicova, a pintura de Nelina Trubach-Moshnikova & a arte de Karin Vermeer aqui.
O pulo do amante, A natureza do espaço de Milton Santos, O poder da identidade de Manuel Castells, a música de Bach & Alina Ibragimova, a poesia de August Stramm, a fotografia de Man Ray, a pintura de Paula Garcia, a arte de RozArt & Rich Snobby aqui.
Tudo acontece no ermo das ruas, A solidariedade de Edgar Morin, a poesia de Emily Dickinson, O desenvolvimento sustentável de Guillermo Foladori, a Música Brasileira do século, o cinema de Ingmar Bergman, a pintura de János Vaszary & a ilustração de Félix Reiners aqui.
Minha alma tupi-guarani, minha sina caeté, A geração dos poetas de Roman Jakobson, Paregma & Paraliponema de Arthur Schopenhauer, a música de Laura Nyro, a poesia de Vicente de Carvalho, a arte de Deborah De Robertis, a fotografia de Erwin Blumenfeld & Liliana Porter aqui.
Sou um pedaço de nada arrodiado de violência por todos os lados, A violência no mundo de Jean Baudrillard, A violência urbana de Régis de Morais, Neurofilosofia & Neurociências, a música de Pedro Jóia, a poesia de Blanca Varela, a pintura de Flávio de Carvalho, Soninha Porto & Poemas à flor da pele aqui.
Corações solitários, Hipócrates, Isaac Newton & Catherine Barton Conduitt, O homem & pós-homem de Fernanda Bruno, a literatura de Carlos Castañeda, a poesia de William Wordsworth, a música de Elena Papandreou, O teatro do Bharata, a arte de Luis Fernando Veríssimo, a entrevista de Claudia Telles, a pintura de Cristina Salgado, o cinema de Júlio Bressane & Josie Antello aqui.
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