
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do compositor, música e
mult-instrumentista japonês Kitaro: Live in America, Live na Enchanted Evening, Daylught
Moonlight Live & Oasis & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao
blog & nos 35 Anos de Arte
Cidadã. Para
conferir é só ligar o som e curtir. Veja mais aqui e aqui.
PENSAMENTO DO DIA – [...] E
quando todos tenham passado novamente através de mim, porque embora eu não me
lembre, eles já passaram uma vez; e além de outras considerações, quando todos tenham
passado de novo através de mim, será uma imensa satisfação, porque eu lhes
poderei dizer a todos que são o primeiro, que aquelas coisas que faço com eles
não as fiz nunca com ninguém [...]. Pensamento extraído da obra Tiresia (Silva, 1968), do filósofo
italiano Mario Perniola (1941-2018), que noutra obra, Do sentir
(Presença, 1993), expressa: [...] Não nos devemos deixar arrebatar pelo impulso exterior e
devemos refletir com tempo e deixar que o repouso acalme completamente a
emoção! [...]. Veja mais aqui.
SONHO & SEMELHANTE – [...] O sonho
é o despertar do interminável [...]. O
sonho toca a região onde reina a pura semelhança. Tudo nele é semelhante, cada
figura nele é uma outra, é semelhante a outra, e ainda a uma outra, e esta a
uma outra. Procura-se o modelo original, quer-se ser remetido a um ponto de
partida, a uma revelação inicial, mas nada disso existe: o sonho é o semelhante
que remete eternamente ao semelhante. […] Viver um acontecimento em imagem não é ter desse evento uma imagem nem
tampouco dar-lhe a gratuidade do imaginário. O acontecimento, nesse caso, tem
lugar verdadeiramente e, no entanto, terá ele lugar “verdadeiramente”? O que
acontece nos arrebata, como nos arrebataria a imagem, ou seja, nos despoja, de
si e de nós, mantém-nos de fora, faz desse fora uma presença em que o “Eu” não “se”
reconhece. [...] Essa duplicidade não
é tal que se possa pacificá-la por meio de um ou isto ou aquilo, capaz de
autorizar uma escolha e de apagar da escolha a ambiguidade que a torna
possível. Essa duplicidade remete ela própria a um duplo sentido sempre mais inicial.
[...] Aqui, o sentido não escapa para um
outro sentido, mas para o outro de todo sentido e, por causa da ambiguidade,
nada tem sentido, mas tudo parece ter infinitamente sentido: o sentido não é nada
além de uma aparência, a aparência faz com que o sentido se torne infinitamente
rico. [...]. Trechos extraídos da obra L’espace littéraire (Galimard, 1955), do escritor, ensaísta e crítico de literatura
Maurice Blanchot (1907-2003). Veja mais aqui e aqui.
AÇÃO DIRETA – Do ponto de vista
daquele que se julga capaz de discernir uma rota constante para o progresso
humano, e segue por ela, e desenha tal rota no mapa de sua mente, certamente
resolverá indicá-la aos outros; fazê-los ver as coisas como ele vê;
convencê-los com argumentos claros e simples que expressem seus pensamentos --
diante disso é um sinal de pesar e de confusão de espírito o fato da frase
«Ação Direta» adquirir de repente na mente das pessoas em geral um significado
circunscrito, que não tem, e que certamente nunca teve, nem mesmo no pensamento
de seus adeptos. Porém, essa é mais uma ironia que o Progresso lança naqueles
que se julgam capazes de fixar metas e lutar por alcançá-las. Inúmeras vezes,
nomes, frases, lemas, divisas, palavras de ordem, são viradas ao avesso,
colocadas de cabeça para baixo. [...] Logo após a
chegada dos Quakers em Massachusetts, os Puritanos os acusaram de “aborrecer
todo mundo com seus discursos”. Os Quakers não aceitavam jurar submissão a
governo algum e nem admitiam que sua igreja pagasse impostos. (Fazendo essas
coisas eles eram praticantes da ação direta, coisa que poderíamos chamar de
ação direta negativa.) Assim, os Puritanos, sendo ativistas políticos,
aprovavam leis para excluir, deportar, multar, encarcerar, mutilar, e
finalmente, até mesmo para enforcar os Quakers. Todavia, os Quakers continuaram
praticando suas idéias (que era ação direta positiva); há registros na história
que depois de enforcarem quatro Quakers e de arrastarem Margaret Brewster presa
ao para-choques de um carro pelas ruas de Boston, “os Puritanos desistiram de
tentar silenciar os missionários; a persistência e não-violência quacre acabou
prevalecendo”. [...] pessoas que perderam o hábito de lutar por si
mesmas enquanto indivíduos, pessoas que se submetem a toda injustiça esperando
que uma maioria seja formada, são metamorfoseadas em humanos de alto poder explosivo
por um mero processo de empacotamento! Eu concordo totalmente que as fontes da
vida, e toda a riqueza natural da terra, e as ferramentas necessários à
produção cooperativa, tem que estar livremente acessíveis a todos. [...]. Trechos extraídos de The Voltairine De Cleyre Reader (AK Press, 2004), da escritora e ativista anarquista estadunidense Voltairine de Cleyre (1866-1912). Veja
mais aqui.
A SINCERA - Você quer comprar? / Coração à venda. / Você quer comprar, / Sem ter que
brigar? / Deus o fez de aço; / E você que o renda; / Deus o fez de aço / Para
um só abraço! / Eu decido o preço; / Você quer saber? / Eu decido o preço; / Não
fique surpreso. / Você tem o seu? / Dê! ganhe meu ser. / Você tem o seu, / Pra
pagar o meu? / Se seu não é mais, / Só tenho um desejo; / Se seu não é mais, / Pra
mim não há paz. / O meu seguirá, / Cerrado sem pejo; / O meu seguirá, / E Deus
o terá! / Pois para a paixão, / A vida é tão rara; / Pois para a paixão, / Não
há duração. / A alma só corre / Como a água clara; / A alma só corre, / Só ama!
e morre. Poema da poeta maldita francesa Marceline
Desbordes-Valmore (1786-1859). Veja mais aqui.
A ARTE DE NICOLE KIDMAN
A arte da sempre linda e extremamente talentosa
atriz australiana Nicole Kidman. Veja mais aqui, aqui e aqui.
O Centro
Cultural Vital Corrêa de Araujo informa:
Fábio de
Carvalho & banda em show & muito mais na Agenda aqui.
&
Imagem: arte da artista visual canadense Elly Smallwood.
&
&
A bolsa da vera bandoleira, Civilização e barbárie de Jean-François Mattei,
a poesia de Marceline
Desbordes-Valmore, a ação direta de Valtairine de Cleyre, a Venus Aphrodite Callipyge & a música
do OuroBa aqui.
APOIO CULTURAL: SEMAFIL
Semafil Livros nas faculdades Estácio de Carapicuíba e Anhanguera de São
Paulo. Organização do Silvinha Historiador, em São Paulo.