MAIS UMA & OUTRAS TANTAS COISAS – Imagem:
arte da pintora portuguesa Maria Helena
Vieira da Silva (1908-1992). - Meus sonhos são muitos e graças, nós na
garganta de emoção, por serem reais demais no que sou de factível, se aquilo
que quero e teimo noitedia até sempre, além dos limites de toda extensão de ir
e vir no tempo e lugares. Mais seria não fossem desafios aos montes que me
realizam ao superá-los, a cada momento em que inscrevo a ousadia de viver de
segundo em minuto, para que eu seja mais do que pleno entre as escolhas de
errar e acertar. Aprendo e reaprendo, sou inteiro porque meus dedos clamam o
toque ao desvelo supremo dos instantes fecundos, em que sou mais que a mim
próprio na troca de afetos arrancando estribilhos e refrões da mais singela
comunhão por canções de amar. Porque meus braços esperam a chegada com entregas
maiúsculas adornando as alteadas celebrações comburidas às paixões dos devaneios
que mais nos exaltam a vida a nos fazer maiores do que somos. Porque meus ouvidos
escutam as suaves palavras do encanto de todos os sorrisos pacíficos e
acolhedores na claridade estonteante das sensações mais extravasadas, para me
envolver além da música das esferas no sentimento do universo. Porque meus lábios
sussurram bandeiras trêmulas reluzentes saudando a vida sagrada inteira ao
dispor na sonata cósmica, a nos dizer de luz e paz pra sermos o amor mais que a
existência. Porque meu peito berra aceso viço lauto de amar ardente e
simplesmente todos os seres do visinvisível daqui, dali e dacolá como se nada
mais fosse a mais verdadeira forma de amor, do que as mãos dadas e braços dados
pelo ideal de viver por toda a expressão da Natureza. Porque minha voz exala a
ternura do ventre implorando o gozo no desprendimento da alma que sou por todo
canto e lugar do Sol reluzindo no horizonte por manhãs e tardes infindas de
harmonia. Porque meus olhos enxergam além do que vejo e ao se fecharem me dão o
porto de esperança lá longe e tão perto do que ter para ser-me assim mais que
chegado a hora certa e exata. Assim meus sonhos são em mim mesmo o que sou, desperto
de satisfações para levar a todos e todas, a minha mais simples alegria de
viver graças aos céus e a Terra e a tudo que existe expresso ou oculto. Por isso
sou mais que grato todo dia e o dia todo, amém e amem. © Luiz Alberto
Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do violonista, arranjador e
compositor Rafael Pansica: Engasgado, Bebê & Montreux de Hermeto Pascoal; da
cantora, compositora e multi-instrumentista Katerina Polemi: A Crossroad of Jazz, Bossa Nova and Greek Music, Auntumn
Leaves & Live; & muito mais nos mais de 2 milhões de acessos ao blog
& nos 35 Anos de Arte
Cidadã. Para
conferir é só ligar o som e
curtir. Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA – [...] Valores irrealizáveis são emocionalmente
prejudicados e diminuídos, enquanto valores negativos situados em impotências
incuráveis de natureza física, psicológica, mental ou social, são
subconscientemente elevados a posições mais elevadas da hierarquia dos valores
às quais tais valores não pertencem. Mais precisamente, eles são ilusoriamente sentidos
no lugar do valor positivo irrealizável
[...]. Trecho extraído da obra The first
comprehensive guide based on the complete works (Marquette University Press,
2012), do filósofo e professor estadunidense Manfred Frings (1925-2008).
PRECONCEITO & FILOSOFIA - [...] Assim como os nomes das cores não se referem
a meras propriedades de coisas corpóreas – não obstante o fato de que a
presença das cores na nossa experiência cotidiana natural de observar o mundo
nos aparece apenas enquanto elas funcionam como meio para distinguir diferentes
entidades corpóreas – os nomes dos valores tampouco se referem a meras
propriedades das coisas que nós chamamos de bens […] É apenas a partir
da abolição total do antigo preconceito segundo o qual o espírito é exaurido na
oposição entre “razão” e “sensibilidade”, ou de que qualquer coisa deve estar
subordinada a uma ou a outra que se torna possível uma ética material a priori.
Esse dualismo infundamentado, cujas implicações levaram a negligenciar e a
interpretar erroneamente as propriedades peculiares de uma classe inteira de
atos, deve ser completamente banido da filosofia. [...]. Trechos extraídos da obra Der formalismus in der ethik und die materiale wertethik: neuer versuch
der grundlegung eines ethischen personalismus (Obras completas - A. Francke
Verlag, 1980), do filósofo alemão Max
Ferdinand Scheller (1874-1928).
A DOR PARAGUAIA - [...] Não há olhar sobre
o Paraguai, em efeito, que não ofereça essa estranha sensação de irrealidade.
Entre nossas coletividades americanas submetidas à dominação, apesar de sua
propagada condição de república, nenhuma se depara em suas vicissitudes e
traços de uma fábula desgraçada, cujas imagens mais incríveis são,
precisamente, os fatos de sua própria realidade que delira como um moribundo e
nos lança ao rosto rajadas de sua grande história. [...] Plenamente, intransigentemente, até suas últimas consequências, o mandato
de sua paixão moral. Soube que devia ensinar com palavra, com o exemplo. Não
somente com teoria de uma utópica liberação, mas com a estratégia do
desmascaramento ideológico em todos os planos, mediante o ato da palavra e a
palavra como ato; através de uma irrenunciável práxis denunciadora e
libertadora. [...]. Trecho do prefácio de El dolor paraguayo (Servilibro, 2010), do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos (1917-2005) que em
seu El texto ausente (Université de
Potiers, 1999), expressa que: [...] a palavra não se limita a nomear, se não a ser o que nomeia, sujeito e
objeto de uma experiência de criadora comunicação através das infinitas
relações entre a divindade e a palavra cheia de amor criador, entre as coisas e
os seres humanos [...].
PRESSÁGIO
- O amor, quando se revela, / Não se sabe
revelar. / Sabe bem olhar pra ela, / Mas não lhe sabe falar. / Quem quer dizer
o que sente / Não sabe o que há de dizer. / Fala: parece que mente… / Cala:
parece esquecer… / Ah, mas se ela adivinhasse, / Se pudesse ouvir o olhar, / E
se um olhar lhe bastasse / Pra saber que a estão a amar! / Mas quem sente
muito, cala; / Quem quer dizer quanto sente / Fica sem alma nem fala, / Fica
só, inteiramente! / Mas se isto puder contar-lhe / O que não lhe ouso contar, /
Já não terei que falar-lhe / Porque lhe estou a falar… Poema do
poeta e filósofo português Fernando Pessoa (1888-1935). Veja mais aqui e
aqui.
CANÇÃO DE TERRA: DECODIFICANDO O COTIDIANO
NOSSO, A POESIA DE LUIZ ALBERTO MACHADO
A poesia não tem código, mesmo nos Estatutos
dos Homens de Thiago de Méllo, o que menos pesa são os artigos. O código,
portanto, pela poesia é (sub)vertido; porém, a poesia decodifica a vida e o
cotidiano, aproximando os extremos ou separando o que se apresenta compacto. Na
poesia, o Ser solta sua capacidade de existir: tempo, espaço. Tempo e espaço na
“Canção” em que o poeta assimila a “Terra” e decodifica nosso cotidiano. Cotidiano
nosso, maior que o hoje. Juntam-se na cor da terra, letras, palavras, versos de
ontens e agoras, longes e pertos; de dentro de nós para fora e ao contrário na
poesia de Luiz Alberto Machado, no Canção de Terra: doer-se e traduzir-se com o
gosto do canavial nos dentes, que o coração inventa para exatamente mastigar o
cotidiano. O poeta Nito abre as porteiras e não confunde os bois; investiga os
batismos, mas a água é (im)pura; investiga os cemitérios porque os mortos são
história daqui. Deduz luz de todo o escuro e aplica no senso-comum,
interrogações do hábito de muitos provincianos: na terra dos poetas quem
exatamente tem olho é que é rei. Na poesia é preciso ver e para isso Nito é
feito de muitos olhos.
Depoimento
após releitura de Canção de Terra
(Bagaço, 1986), do poetamigo e historiador Vilmar
Antônio Carvalho, Palmares, 10/09/1990. Veja mais aqui e aqui.
O Encontro Pernambucano de Pesquisa em Educação (Epepe) entre os dias 26 a 28 de setembro de
2018, na UFRPE - Recife – PE & muito mais na Agenda aqui.
&
A arte da pintora portuguesa Maria Helena Vieira da Silva (1908-1992).
&
É só uma questão de tempo entre o ontem e o
amanhã, a literatura de Julio Cortázar,
a filosofia do direito de Hegel, a arte de Jenny Saville & Nick Gentry aqui.
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Semafil Comércio de
Livros Ltda nas faculdades Estácio de Carapicuíba e Anhanguera de São Paulo.
Organização do Silvinha Historiador, em São Paulo.