LENDAS DO NORDESTE – No blog Brincarte do Nitolino tenho divulgado
lendas oriundas do imaginário do Nordeste brasileiro, como também indígenas e
das mais diversas regiões do país e do exterior. LEMBRETE: Hoje para as crianças de todas as idades é dia de
reprise do programa Brincarte do
Nitolino, nos horários das 10hs e das 15hs, no projeto MCLAM, com
apresentação da Ísis Corrêa Naves. Para conferir clique aqui, aqui ou aqui.
Imagem Reclining Nude On A Draped Sofa, do Sergei Semenovich Egornov (1860 – 1920)
Ouvindo o álbum The Grand Scheme of Things (1993) do guitarrista inglês de rock progressivo Steve Howe.
AQUELE QUE NASCEU DA TRIBO
SAKYAS E ALCANÇOU A PERFEIÇÃO
- Com o nome primitivo de Siddhartha Sakya-muni Gautama que quer dizer Gautama
que pertence à tribo dos Sakyas e alcançou a meta da perfeição, o Buda
(563aC-483aC) nasceu de antigo príncipe hindu. Aos dezenove anos ele casou-se
com sua bela prima Yasodhara e quando ela deu à luz o seu primeiro filho, ele
disse: - É mais um vínculo poderoso que terei de romper. E assim o fez: no
amanhecer, ele chegou à margem de um rio, cortou os cabelos longos, despiu as
vestes principescas e tirou as joias, entregand0-as, juntamente com seu cavalo
e espada, ao servo Chana, a quem deu ordem de regressar ao palácio e comunicar
ao Rajá e a sua esposa a resolução que tomara. Então, depois de vestir uma
blusa de camponês, partiu a procurar a verdade junto aos sacerdotes sábios que
viviam nas furnas das montanhas. E uma noite em que repousava sob a árvore bô,
debatendo-se contra a dúvida e a solidão, uma grande paz desceu sobre ele. E
quando se levantou de manhã, já não era Gautama, o Cético, mas Buda, o
Iluminado. Por fim, compreendera o mistério do sofrimento humano, suas causas e
sua cura. Ele passou a ensinar a alegria, não da posse, mas da renúncia: a base
do segredo da vida. E começou a propor: Fez o bem por amor ao próprio bem; por
amor da tua paz de espirito; para te tornares um Siddharta, um homem cuja
vontade atingiu o seu objetivo. E dizia: Nada sei do mistério de Deus, mas
conheço alguma coisa das misérias do homem. E arquitetou um sistema de devoção
e devotamento, erigido sobre o triangulo moral formado pela moderação, a
paciência e o amor. Todo o resto de sua longa vida, Gautama vagueou de cidade
em cidade, acampando nos bosques vizinhos, nos jardins ou à margem de algum
rio. E muitos foram os discípulos a quem entregou a sua legitima herança. Um
dia, finalmente, quando já passava dos oitenta anos, acolheu-se à cabana de um
ferreiro para o almoço depois voltou ao bosque e estendeu-se num leito de
folhas, mortalmente enfermo. Os discípulos se reuniram ansiosos em torno do
mestre. E Gautama ergueu os olhos para eles: Não pensais que, por ter-se ido o
vosso mestre, a Palavra morreu. Veja mais aqui e aqui.
O CASO ANNA O – Trata-se de um dos mitos fundadores da
psicanálise, relatado nas experiências de Josef Breuer nos Estudos sobre a
histeria, envolvendo uma moça inteligente, enérgica e obstinada vienense que
contava com vinte e um anos de idade na época da sua doença, dando o nome de
talking cure ao tratamento que era feito pela fala e empregou o termo chinery
sweeping para designar uma forma de rememoração por limpeza de chaminé, um processo
catártico. Na verdade trata-se de Bertha
Pappenheim (1859-1936), uma jovem criada por uma mãe rígida e conformista e
que depois do tratamento voltou-se para atividades humanitárias, tornando-se
líder de movimento feminista, assistente social e escritora judia austro-alemã.
Inicialmente diretora de um orfanato judaico em Frankfurt, mais tarde viajou
aos Bálcãs, ao Oriente Próximo e à Rússia, para realizar pesquisas sobre o
tráfico de mulher brancas. Em 1904, fundou o Judischer Fraudebund – a Liga das
Mulheres Judias – e, três anos depois, um estabelecimento de ensino filiado a
essa organização. Muito apegada ao judaísmo, desenvolveu estudos sobre a
situação das mulheres judias e dos criminosos judeus. Quando Hitler assumiu o
poder, ela se pronunciou contra a emigração para a Palestina. Após a II Guerra
Mundial, tornou-se uma figura lendária na história das mulheres e do feminismo
através de sua ação social, a ponto de o governo alemão haver honrado sua
memória com um selo que trazia a sua efigie. Já no fim da vida, havendo-se
tornado devota e autoritária como fora sua mãe, reeditou antigas obras de
religião e redigiu a história de uma de suas ancestrais. Esse caso foi relatado
no livro Estudos sobre a histeria
(Volume II - 1893-1895), de Josef Breuer e Sigmundo Freud, e no filme Freud, além da alma (1962), dirigido por
John Huston e trilha sonora de Jerry Goldsmith. Veja mais aqui.
A FENOMENOLOGIA – Influenciado por Brentano, a tradição
grega e escolástica, Descartes, Leibniz, o empirismo inglês e o kantismo, o
filósofo alemão Edmund Husserl
(1850-1938), desenvolveu o pensamento fenomenológico, conceituado como o
processo que consiste em por entre parênteses, em epokhê, a existência dos
conteúdos da consciência, ou das vivências, e também do eu, enquanto sujeito
psicofísico ou suporte existencial da consciência, assim reduzida ao eu puro,
ou transcendental. A redução eidética, por sua vez, reduz as vivencias à sua
essência (êidos), objetos ideais que não se acham na mente, hipótese
psicológica, nem no mundo platônico das ideias, hipótese metafisica, nem na
inteligência divina, hipótese teológica. Tais objetos de ideais, são
significações, alheias ao tempo e ao espaço, de validade permanente. Veja mais
aqui.
A UMA SENHORA – Em uma coletânea de Sonetos
Brasileiros (Briguiet & Cie, 1913), está registrado entre as obras do poeta
brasileiro da Arcádia Romana, Basílio da
Gama (1741-1795), o soneto A uma senhora: Na idade em que eu brincando entre os pastores / Andava pela mão e mal
andava, / Uma ninfa comigo então brincava / Da mesma idade e bela como as
flores. / Eu com vê-la sentia mil ardores. / Ella punha-se a olhar e não
falava; / Qualquer de nós podia ver que amava, / Mas quem sabia então que eram
amores ? / Mudar de sitio à ninfa já convinha, / Foi-se a outra ribeira; e eu
naquela / Fiquei sentindo a dor que n'alma tinha. / Eu cada vez mais firme, ela
mais bela; / Não se lembra ela já de que foi minha, / Eu ainda me lembro que
sou dela !... Veja mais aqui e aqui.
CYRANO DE BERGERAC – A comédia heroica em cinco atos Cyrano de Bergerac, do poeta e
dramaturgo francês Edmond Rostand
(1868-1918), baseada na vida do escritor e mosqueteiro francês Hector Savinien
de Cyrano de Bergerac (1619-1655), que era possuidor de um grande nariz e
famoso por ser um herói romântico na senda de Dom Quixote, combatendo a
covardia, a estupidez e a mentira. A sua vida tinha por meta a defesa dos
fracos e oprimidos, bem como dos amantes infelizes e dos amigos humilhados.
Acontece que ele era apaixonado pela sua prima, a bela Roxana, moça inteligente
mas um pouco pedante, que gosta de coisas ditas de maneira arrebata e sutil,
com elegância e originalidade. Além de Cyrano, por ela suspirava o jovem
Cristiano de Neuville, porem pouco brilhante ao lidar com as palavras. Cyrano
não tem a menor esperança de um dia conquistar a formosa prima, que não o vê
senão como um bom amigo e terrivelmente feio. Já que não pode ser feliz com a
amada, ele resolve fazê-la feliz com outro, por saber que a moça não é
indiferente ao rapaz: ela apenas espera dele uma demonstração de brilhantismo
verbal para cair em seus braços. A peça foi transformada para o cinema pelo
cineasta Jean-Paul Rappeneau, em 1990, com roteiro do diretor e de Jean-Claude
Carrière e música de Jean-Claude Petit. Destaque no filme para a atriz francesa
Anne Brochet. Veja mais aqui e aqui.
Veja mais sobre:
Parece que foi ontem ser pai no
aniversário da filha,
a literatura de Erza
Pound, Enterrem meu coração na curva de um rio de Dee Brown, a música de
Percorso Ensemble & pintura de Fernand Khnof aqui.
E mais:
Infância, Imagem e Literatura: uma
experiência psicossocial na comunidade do Jacaré – AL, a literatura de Ítalo Calvino, Mademoiselle Fifi de Guy
de Maupassant, Mandrágora de Nicolau Maquiavel, Serge Gainsbourg & Jane
Birkin, a música de Cole Porter, os Poemas de amor de Ivo Korytowski, a arte de
Maria de Medeiros, a pintura de Odilon Redon & a coreografia da Quasar Cia
de Dança aqui.
A honra dos sertões à
morte,
a literatura de Euclides da Cunha, O
julgamento de Frineia, Amarcord de Federico Fellini, a música de Amedée Ernest
Chausson, a pintura
de Antonio
Parreiras, a poesia de Ana Terra & Programa Tataritaritatá aqui.
A filosofia na alcova de Marquês de Sade,
a necessidade neurótica do amor de Karen Horney, O tambor de Günter Grass, a
música de Chico Buarque, o teatro de Maria Clara Machado, a pintura de Larry
Vincent Garrison, a arte de Angela Winkler, a poesia de Luiz Edmundo Alves
& o blog de Monica & Monique Justino aqui.
O caso Dora de Freud & Ida Bauer,
Contos do Panchatantra, O amante de Marguerite Duras, o teatro de Molière, a
música de Muddy Waters, o cinema de Jean-Jacques Annaud & Jane March, a
pintura de Maurice de Vlaminck & a Deusa Cibele aqui.
A menstruação mental do Robimagaiver puto
da vida, A realidade
e os sonhos de Muriel Spark, O mundo da vida cotidiana de Peter L. Berger &
Thomas Luckmann, A sociologia econômica de Mark Granovetter, a música de Han-Na
Chang, a arte de Marina Abramović, a fotografia de Greg Gorman & Alfred
Cheney aqui.
A correnteza do rio me ensinou a nadar, A flor azul de Penelope Fitzgerald, A
juventude e as tecnologias de Beatriz Polivanov e Vinicius Andrade Pereira,
Intereções e redes na sociedade de Denise Najmanovich & Elina Dabas, a
música de Karlheinz Stockhausen & Suzanne Stephens, a arte de Yayoi Kusama
& Robert
Rauschenberg, a coreografia
de Anita Berber, a arte de Otto Dix & Sue Halstenberg, Palmares & Rio
Una aqui.
O amor todo dia e o dia todo, O homem ativo & o intelectual de Antonio Gramsci, a
literatura de Samuel
Rawet, A dialética do concreto de Karel Kosik, a música de Madeleine Peyroux, a
fotografia de Rory Banwell, a arte de Luciah Lopez, a pintura de Serge Marshennikov & Amélia Toledo aqui.
Entre topadas e escorregões, eu insisto,
persisto, resisto e até persevero,
A poesia brasileira de Antonio Cândido, História de um louco amor de Horacio
Quiroga, O espelho da alma de Marilena Chauí, a música de Catherine Ribeiro, a
coreografia de Caralotta Ikeda, a pintura de Anders Zorn, a
fotografia de Spencer Tunick & Maureen Bisilliat aqui.
Poesia não deu, só noutra, o pensamento de Friedrich Nietzsche, a
literatura de Nadine Gordimer, A gaia ciência de José D 'Assunção Barros, a
música de Dulce Pontes, a fotografia de Kharlos Cesar, a arte de Giovanna
Casotto & Jeju Loveland aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.