quarta-feira, abril 08, 2015

HUSSERL, BUDA, ANNA O, BASÍLIO DA GAMA, HOWE, CYRANO & EGORNOV.


LENDAS DO NORDESTE – No blog Brincarte do Nitolino tenho divulgado lendas oriundas do imaginário do Nordeste brasileiro, como também indígenas e das mais diversas regiões do país e do exterior. LEMBRETE: Hoje para as crianças de todas as idades é dia de reprise do programa Brincarte do Nitolino, nos horários das 10hs e das 15hs, no projeto MCLAM, com apresentação da Ísis Corrêa Naves. Para conferir clique aqui, aqui ou aqui.

Imagem Reclining Nude On A Draped Sofa, do Sergei Semenovich Egornov (1860 – 1920)

Ouvindo o álbum The Grand Scheme of Things (1993) do guitarrista inglês de rock progressivo Steve Howe.

AQUELE QUE NASCEU DA TRIBO SAKYAS E ALCANÇOU A PERFEIÇÃO - Com o nome primitivo de Siddhartha Sakya-muni Gautama que quer dizer Gautama que pertence à tribo dos Sakyas e alcançou a meta da perfeição, o Buda (563aC-483aC) nasceu de antigo príncipe hindu. Aos dezenove anos ele casou-se com sua bela prima Yasodhara e quando ela deu à luz o seu primeiro filho, ele disse: - É mais um vínculo poderoso que terei de romper. E assim o fez: no amanhecer, ele chegou à margem de um rio, cortou os cabelos longos, despiu as vestes principescas e tirou as joias, entregand0-as, juntamente com seu cavalo e espada, ao servo Chana, a quem deu ordem de regressar ao palácio e comunicar ao Rajá e a sua esposa a resolução que tomara. Então, depois de vestir uma blusa de camponês, partiu a procurar a verdade junto aos sacerdotes sábios que viviam nas furnas das montanhas. E uma noite em que repousava sob a árvore bô, debatendo-se contra a dúvida e a solidão, uma grande paz desceu sobre ele. E quando se levantou de manhã, já não era Gautama, o Cético, mas Buda, o Iluminado. Por fim, compreendera o mistério do sofrimento humano, suas causas e sua cura. Ele passou a ensinar a alegria, não da posse, mas da renúncia: a base do segredo da vida. E começou a propor: Fez o bem por amor ao próprio bem; por amor da tua paz de espirito; para te tornares um Siddharta, um homem cuja vontade atingiu o seu objetivo. E dizia: Nada sei do mistério de Deus, mas conheço alguma coisa das misérias do homem. E arquitetou um sistema de devoção e devotamento, erigido sobre o triangulo moral formado pela moderação, a paciência e o amor. Todo o resto de sua longa vida, Gautama vagueou de cidade em cidade, acampando nos bosques vizinhos, nos jardins ou à margem de algum rio. E muitos foram os discípulos a quem entregou a sua legitima herança. Um dia, finalmente, quando já passava dos oitenta anos, acolheu-se à cabana de um ferreiro para o almoço depois voltou ao bosque e estendeu-se num leito de folhas, mortalmente enfermo. Os discípulos se reuniram ansiosos em torno do mestre. E Gautama ergueu os olhos para eles: Não pensais que, por ter-se ido o vosso mestre, a Palavra morreu. Veja mais aqui e aqui.

O CASO ANNA O – Trata-se de um dos mitos fundadores da psicanálise, relatado nas experiências de Josef Breuer nos Estudos sobre a histeria, envolvendo uma moça inteligente, enérgica e obstinada vienense que contava com vinte e um anos de idade na época da sua doença, dando o nome de talking cure ao tratamento que era feito pela fala e empregou o termo chinery sweeping para designar uma forma de rememoração por limpeza de chaminé, um processo catártico. Na verdade trata-se de Bertha Pappenheim (1859-1936), uma jovem criada por uma mãe rígida e conformista e que depois do tratamento voltou-se para atividades humanitárias, tornando-se líder de movimento feminista, assistente social e escritora judia austro-alemã. Inicialmente diretora de um orfanato judaico em Frankfurt, mais tarde viajou aos Bálcãs, ao Oriente Próximo e à Rússia, para realizar pesquisas sobre o tráfico de mulher brancas. Em 1904, fundou o Judischer Fraudebund – a Liga das Mulheres Judias – e, três anos depois, um estabelecimento de ensino filiado a essa organização. Muito apegada ao judaísmo, desenvolveu estudos sobre a situação das mulheres judias e dos criminosos judeus. Quando Hitler assumiu o poder, ela se pronunciou contra a emigração para a Palestina. Após a II Guerra Mundial, tornou-se uma figura lendária na história das mulheres e do feminismo através de sua ação social, a ponto de o governo alemão haver honrado sua memória com um selo que trazia a sua efigie. Já no fim da vida, havendo-se tornado devota e autoritária como fora sua mãe, reeditou antigas obras de religião e redigiu a história de uma de suas ancestrais. Esse caso foi relatado no livro Estudos sobre a histeria (Volume II - 1893-1895), de Josef Breuer e Sigmundo Freud, e no filme Freud, além da alma (1962), dirigido por John Huston e trilha sonora de Jerry Goldsmith. Veja mais aqui.


A FENOMENOLOGIA – Influenciado por Brentano, a tradição grega e escolástica, Descartes, Leibniz, o empirismo inglês e o kantismo, o filósofo alemão Edmund Husserl (1850-1938), desenvolveu o pensamento fenomenológico, conceituado como o processo que consiste em por entre parênteses, em epokhê, a existência dos conteúdos da consciência, ou das vivências, e também do eu, enquanto sujeito psicofísico ou suporte existencial da consciência, assim reduzida ao eu puro, ou transcendental. A redução eidética, por sua vez, reduz as vivencias à sua essência (êidos), objetos ideais que não se acham na mente, hipótese psicológica, nem no mundo platônico das ideias, hipótese metafisica, nem na inteligência divina, hipótese teológica. Tais objetos de ideais, são significações, alheias ao tempo e ao espaço, de validade permanente. Veja mais aqui.


A UMA SENHORA – Em uma coletânea de Sonetos Brasileiros (Briguiet & Cie, 1913), está registrado entre as obras do poeta brasileiro da Arcádia Romana, Basílio da Gama (1741-1795), o soneto A uma senhora: Na idade em que eu brincando entre os pastores / Andava pela mão e mal andava, / Uma ninfa comigo então brincava / Da mesma idade e bela como as flores. / Eu com vê-la sentia mil ardores. / Ella punha-se a olhar e não falava; / Qualquer de nós podia ver que amava, / Mas quem sabia então que eram amores ? / Mudar de sitio à ninfa já convinha, / Foi-se a outra ribeira; e eu naquela / Fiquei sentindo a dor que n'alma tinha. / Eu cada vez mais firme, ela mais bela; / Não se lembra ela já de que foi minha, / Eu ainda me lembro que sou dela !... Veja mais aqui e aqui.

CYRANO DE BERGERAC – A comédia heroica em cinco atos Cyrano de Bergerac, do poeta e dramaturgo francês Edmond Rostand (1868-1918), baseada na vida do escritor e mosqueteiro francês Hector Savinien de Cyrano de Bergerac (1619-1655), que era possuidor de um grande nariz e famoso por ser um herói romântico na senda de Dom Quixote, combatendo a covardia, a estupidez e a mentira. A sua vida tinha por meta a defesa dos fracos e oprimidos, bem como dos amantes infelizes e dos amigos humilhados. Acontece que ele era apaixonado pela sua prima, a bela Roxana, moça inteligente mas um pouco pedante, que gosta de coisas ditas de maneira arrebata e sutil, com elegância e originalidade. Além de Cyrano, por ela suspirava o jovem Cristiano de Neuville, porem pouco brilhante ao lidar com as palavras. Cyrano não tem a menor esperança de um dia conquistar a formosa prima, que não o vê senão como um bom amigo e terrivelmente feio. Já que não pode ser feliz com a amada, ele resolve fazê-la feliz com outro, por saber que a moça não é indiferente ao rapaz: ela apenas espera dele uma demonstração de brilhantismo verbal para cair em seus braços. A peça foi transformada para o cinema pelo cineasta Jean-Paul Rappeneau, em 1990, com roteiro do diretor e de Jean-Claude Carrière e música de Jean-Claude Petit. Destaque no filme para a atriz francesa Anne Brochet. Veja mais aqui e aqui.



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