OS BITUS NAS PARADAS & TÃO C’A PESTE! - No
começo os Bitus, formado pela dupla de punheteiros, Bitu & Elvysprei, não
davam em nada. Com a adesão pauleira de DuCoyce, novo nome: Sibito’s. Maior
zoadeiro. E com a doideira de Leorel, enfim, Rebito’s. Fazer o quê? Não sabiam.
O microfone do gorducho Elvyspray era um cototo roliço de pau (sem contar a
crise de identidade dele: um costeletudo cintura-de-ovo com trejeitos de Ney
Matogrosso, avalie); a guitarra de Bitu era um cabo de vassoura empenado e enrolado
por todo tipo de arames e fios; a bateria do Du Coice, uma tuia de lata velha,
bacias e bombos imprestáveis; os teclados de Leorel, frascos e pitocos
friccionados por toda espécie de ferraço. O som só no bocal. Isso mesmo: berros,
urros, peidos, arrotos, sovacadas, estalos de dedo, ocarina de mão, palmas e
atritos, imitações de instrumentos e outras onomatopeias indistinguíveis, afora
o maior baticum teibei. Assim meteram bronca, uma promessa nas paradas de
sucesso. Mais fosse: pelas tabelas, nada de emplacar. Até que com o alarido, uma
frochosa perfumada e reboladeira aos falsetes deu a solução: Que porra é essa,
meu? Hem? Vocês estão doidos é? Qualé! Papo vai, chaveco vem: ajeitaram
namorico e o quarteto lavou a jega! Não ficou só nisso: outras três frochosas engrossaram
o backing vocal. Doravante denominados
Rebitu’s & outros Priquitos, de
boca em ouvido, uivam, berram, simulam maior ladainha. E para si prometiam
exitosas propagações na popularidade entre as celebridades anônimas. Tudo
armado para bombar, eis que um intruso invisível apareceu e a plateia
gigantesca arrumada sumiu. Cadê todo mundo? Tá se cuidando, meu! E agora? Vamos
se juntar na garagem. Desdentão, se esgoelam às escondidas noite e dia para
desassossego dos vizinhos e próximos. Qual a desses doidos, hem? Quem sabe! © Luiz
Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais abaixo e aqui.
DITOS
& DESDITOS: Minha
doutrina é esta: se nós vemos
coisas erradas ou crueldades, as quais temos o poder de evitar e nada fazemos, nós somos
coniventes. Pensamento da escritora inglesa Anna Sewell (1820-1878), autora de
grandes bestselleers e que era apaixonada por cavalos e ficou inválida por toda
vida, por conta de uma doença crônica dos ossos e músculos. Na sua principal
obra Black Beauty (Beleza negra: a
autobiografia de um cavalo – Ridel, 2004), ela traduz os sentimentos e
conta a história deste cavalo: Nós os chamamos de
animais burros, e eles são, pois não podem nos dizer como se sentem, mas não
sofrem menos porque não têm palavras. Ela veementemente
criticava o uso da gamarra, correia dos arreios que impediam o animal de
levantar a cabeça, por ser um acessório que os fazia sofrer. Ironicamente,
os cavalos das carruagens que acompanharam o funeral dela usavam gamarras, mas
a sua mãe exigiu que fossem retiradas, em homenagem à sua filha, que deu voz a
este animal que tanto a encantou. Outra entre suas pérolas expressa: Não existe religião sem amor, e as pessoas podem falar o quanto
quiserem sobre sua religião, mas se isso não as ensina a serem boas e gentis
com homens e animais, é tudo uma farsa.
DOS
DESAFIOS DO PRESENTE - Hoje
enfrentamos um desafio que exige uma mudança no nosso pensamento, para que a
humanidade pare de ameaçar o seu suporte de vida. Somos chamados a ajudar a
Terra, a curar as suas feridas e, no processo, curar as nossas - a abraçar, de
verdade toda a criação em toda a sua diversidade, beleza e maravilha.
Reconhecer que o desenvolvimento sustentável, a democracia e a paz só resultam
juntos. Foi fácil
me perseguirem sem que as pessoas se sentissem envergonhadas. Foi fácil me
vilipendiar, mostrar-me como alguém que não seguia a tradição da ‘boa mulher
africana’; como uma mulher elitista de fina educação que tentava mostrar às
inocentes mulheres africanas um modo de conduta não aceitável para os homens
africanos. O nosso povo foi historicamente persuadido a acreditar que, por ser
pobre, também não tinha conhecimento e capacidade para enfrentar os seus
próprios problemas. Expressões da professora, ativista
ambientalista e feminista queniana Wangari
Maathai (1940–2011), criadora do Green Belt Movement (Movimento Cinturão
Verde) e Nobel da Paz de 2014. Sobre questões ambientais ela expressa: São essas pequenas coisas que os cidadão
fazem a diferença. Minha pequena coisa é plantar árvores. Quando se começa a
trabalhar seriamente em temas ambientais, a arena passa a ser os direitos
humanos, os direitos das mulheres, os direitos ambientalistas, os direitos das
crianças, isto é, os direitos de todo mundo. Uma vez que se começa a realizar
essas associações, já não se pode continuar simplesmente plantando árvores.
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PSICANÁLISE DO CAFUNÉ
[...] No Brasil colonial um costume curioso, sob o
pretexto de matar os piolhos nas cabeleiras longas ou emaranhadas, deixavam que
suas cabeças fossem lentamente acariciadas por escravos negros. O cerimonial
tem um nome: chama-se cafuné. [...] De
qualquer modo, o importante é que aqui o gesto deixa de ser um simples gesto
utilitário para se transformar em um cerimonial demorado e complicado, uma
lenta carícia da mão hábil entre os cabelos soltos, uma festa da preguiça nas
horas quentes do dia, que não é mais uma medida de higiene ou de limpeza da
cabeça, mas a procura de um prazer; e que este prazer é um prazer ancorado nos
costumes de certo tipo de sociedade: a sociedade escravagista, que se reveste
assim de um caráter sociológico. É preciso, portanto, mostrar sucessivamente
como um gesto utilitário pôde transformar-se em um gesto de prazer e, então,
procurar no cafuné uma metamorfose da Libido; ver, em seguida, a razão pela
qual essa metamorfose se transformou em uma espécie de instituição social, um
costume coletivo, em vez de permanecer como um hábito próprio de alguns
indivíduos e, assim, completar a interpretação psicanalítica por uma explicação
sociológica. [...] compreender a significação
do cafuné. Tomemos, primeiramente, o caso dos meninos que gostam que lhe cocem
a cabeça. E façamos uma distinção entre o caso dos meninos e o das meninas. Veremos,
em primeiro lugar, que os meninos ávidos do prazer proporcionado pelas mãos
femininas que lhes embaraçam os cabelos são geralmente crianças tranquilas,
tímidas, concentradas, introvertidas em suma, essas das quais se diz que não
largam a saia de suas mães. Os extrovertidos, ao contrário, mesmo quando têm
parasitas, não suportam que alguém os cate e ficam impacientes para escapulir
dos joelhos sobre os quais repousaram suas cabeças, preferindo os brinquedos de
fora, as batalhas da rua com outros garotos de sua idade. [...] Quanto às meninas, observamos algo mais
curioso ainda: as mesmas crianças que tremem ao chegar o momento destinado aos
cuidados dos cabelos, que choram enquanto sua mãe lhes desembaraça os cabelos,
adoram olhar sua cabeleira solta diante do espelho e, enquanto se contemplam,
passam o pente suavemente entre as madeixas úmidas e as tranças desfeitas. Basta
comparar alguns desses fatos para apreender o sentido oculto do cafuné [...]
PSICANÁLISE DO CAFUNÉ - Trechos extraídos da obra Psicanálise do cafuné: estudos de sociologia
estética brasileira (Guaira - Coleção Caderno Azul, 1941), do sociólogo e antropólogo
francês Roger Bastide (1898-1974), sintetizando
as relações entre a sociologia e a psicanálise e sua complementaridade, os elos
entre o biológico e a libido, o psíquico e o social, a interpenetração e a
reciprocidade do social e da libido, chamando a atenção para a etnologia
notadamente com relação ao racismo. Veja mais aqui e aqui.
A ARTE DE FERNANDA CARVALHO LEITE
Há muito tempo, quando estudava Biologia, algo me marcou muito. A gente
sempre acreditou que a evolução se dava pela competição – uma mentalidade
darwiniana. Mas há outras correntes que colocam o valor da cooperação como um
grande fator evolutivo. Se a gente for por essa linha de se ajudar, de
colaborar, cresce muito mais tanto como humanidade quanto na posição da mulher
na sociedade, no mercado, na vida amorosa.
FERNANDA CARVALHO LEITE - A arte da premiada atriz e bailarina Fernanda Carvalho Leite, que atua no
teatro, cinema, TV, dublagens, publicidade, eventos, espetáculos e
performances. Ela estudou em Nova Iorque na The Lee Strasberg Theatre Institute
e possui um extenso currículo de atividades, participando em festivais pelo
Brasil e em diversos países, como Argentina, Uruguai, Chile, Alemanha e Estados
Unidos. Veja mais aqui.
PERNAMBUCO ART&CULTURAS
Dou nó
em pingo d’água, beliscão em nuvem e gosto de subir de tamancos em pé de
bananeira.
A poesia
absoluta de Vital Corrêa de Araújo aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui,
aqui, aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
A arte
de João Gonçalves aqui
Teatro
de Pernambuco aqui.
A IV
Feira de Música aqui.
Sarau
Amigos da Arte & Guerrilha Cultural – Armazém do Campo aqui.
O cordel
de Ricardo Cordel aqui.
Mata de
Pernambuco aqui.
&
OFICINAS ABI – 2º SEMESTRE 2020