DADO ACASO - Imagem: arte da artista plástica &
visual Cyane Pacheco. - Para
poeta meia palavra resolve: cântico do silêncio. Noite minha, mascara onde
debruço o rosto ante lua de próstata impura, onde nem uma folha de estrela na
relva do céu acena: quando cismo sobre mim, me entusiasmo sem fim. Quem urde o
acaso e a leveza: mentiras inteiras valem mais que meias verdade, a óssea
certeza do amanhã já não existe. Sombras voarão para o pássaro: poemas de fim
de tarde, cais onde naufragam crenças agonizam a dizer: a torcer o pescoço da
eloquência vivem os neopoetas. A ninguém interessa a metáfora retórica, a dizer
nada com palavras elevadas, a dizer pouco com altas palavras, a dizer seda com
a teia da alma, a dizer sede do desejo e água, leiam-me máscaras estranhas do
ao rosto, tudo que o rosto não busque: conflito do desejo com a realidade que o
efêmero permanece como palavra; eu escravizo e no ludo nojo jogo, juro que um
grito ecoe. Quem a alma jogo com os dados do corpo na mesa deserta – e brinca –
do papel. A quem cabe o êxtase dos horizontes, da noturna fonte bem o dia,
manhãs esculpindo os olhos dos homens. (Letra-colagem para música sobre poemas
de Vital Corrêa de Araújo). © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a música do músico e ator alemão Herbert Grönemeyer: Mensch live auf schalke, Von Gestern Bis
Mensch Live & Live; da cantora, compositora e multi-instrumentista
estadunidense Beth Hart: Live NJ,
Immortal & The Best; & muito mais nos mais
de 2 milhões de acessos ao blog & nos 35 Anos de Arte Cidadã. Para conferir é só
ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – Vem alguém à minha propriedade e fala:
"Aqui é muito pobre. Só tem algumas pedras, algumas árvores e algumas cabras". Ele não viu a minha propriedade. Aquilo era só o território. O principal estava invisível. O que faz minha propriedade é aquilo que não se vê e que liga as pedras, as árvores e as cabras e me liga a tudo. Pensamento do escritor, ilustrador e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944), Veja mais aqui e aqui.
"Aqui é muito pobre. Só tem algumas pedras, algumas árvores e algumas cabras". Ele não viu a minha propriedade. Aquilo era só o território. O principal estava invisível. O que faz minha propriedade é aquilo que não se vê e que liga as pedras, as árvores e as cabras e me liga a tudo. Pensamento do escritor, ilustrador e piloto francês Antoine de Saint-Exupéry (1900 – 1944), Veja mais aqui e aqui.
A COMPREENSÃO & COMPREENDER - [...] a
compreensão é sempre um risco e não permite a simples aplicação de um saber
geral de regras para o entendimento de enunciados ou textos dados. Além do mais,
quando alcançada, a compreensão significa uma interiorização que penetra como
um novo experimento no todo de nossa própria experiência espiritual.
Compreender é uma aventura e é, como toda aventura, perigoso. [...]. Trecho extraído de A razão na época da ciência (Tempo
Brasileiro, 1983), do filósofo alemão Hans-Georg Gadamer (1900-2002).
Veja mais aqui.
A VIDA & A MORTE - [...] Todas as nossas palavras estão mortas. A magia está morta. Deus está
morto. Os mortos se empilham em torno de nós. Logo vão sufocar os rios, encher
os mares, inundar os vales e as planícies. Talvez só no deserto o homem consiga
respirar sem se asfixiar com o fedor da morte. Varèse, você me colocou num
dilema. [...]. Trecho extraído da obra Pesadelo
refrigerado (Francis, 2006), escritor norte-americano Henry Miller
(1891-1980). Veja mais aqui e aqui.
A ALEGRIA DOS PEIXES - Chuang
Tzu e Hui Tzu / Atravessavam o rio Hao, / Pelo açude. / Disse Chuang: / "Veja
como os peixes / Pulam e correm tão livremente: / Isto é a sua
felicidade". / Respondeu Hui: / "Desde que você não é um peixe, / Como
sabe o que torna os peixes felizes?" / Chuang respondeu: / "Desde que
você não é eu, / Como é possível que saiba que eu não sei / O que torna os
peixes felizes?" / Hui argumentou: / "Se eu, não sendo você, / Não
posso saber o que você sabe, / Daí se conclui que você, / Não sendo peixe, / Não
pode saber o que eles sabem". / Disse Chuang: / "Um momento: / Vamos
retornar / À pergunta primitiva. / O que você me perguntou foi / ‘Como você
sabe / O que torna os peixes felizes?’ / Dos termos da pergunta, / Você sabe,
evidentemente, que eu sei / O que torna os peixes felizes.” / "Conheço as
alegrias dos peixes no rio / Através de minha própria alegria, à medida / Que vou caminhando à beira do mesmo
rio". Poema do filósofo taoísta chinês do séc. IVaC., Chuang-Tzu.
A ARTE DE JENNY SAVILLE
A arte da pintora britânica Jenny Saville.
&
O
discurso do doutor marca bosta, a escultura de Richard Senoner
& a música de Janis Ian aqui.