
VEJA MAIS CRÔNICA DE AMOR POR ELA:
PICADINHO
Imagem: Eve, do pintor do maneirismo
italiano Girolamo Francesco Maria Mazzola (1503-1540), mas conhecido como Parmigiano. Veja mais aqui.
Curtindo o álbum Kiri sings Gershwin
(EMI, 1987), com músicas do compositor estadunidense George Gershwin (1898-1938), na interpretação da soprano Kiri
Te Kanawa. Veja mais aqui e aqui.
EPÍGRAFE
– O homem é um deus quando sonha e não passa de um mendigo
quando pensa, recolhida
do livro Reflexões (Relume-Dumará, 1994), do poeta lírico e romancista
alemão Friedrich Hölderlin (1770-1843).
Veja mais aqui.
A
PÓS-MODERNIDADE - No
livro O mal-estar da pós-modernidade
(Zahar, 1998), do sociólogo
polonês Zygmunt Bauman, encontro
que; [...] A multiplicidade de
estilos e gêneros já não é uma projeção da seta do tempo sobre o espaço da
coabitação. Os estilos não se dividem em progressistas e retrógrados, de
aspecto avançado e antiquado. As novas invenções artísticas não se destinam a
afugentar as existentes e tomar-lhes o lugar, mas se juntar às outras,
procurando algum espaço para se mover por elas próprias no palco artístico
notoriamente superlotado. Num cenário em que a sincronia toma o lugar da
diacronia, a co-presença toma o lugar da sucessão e o presente perpetuo toma o
lugar da história, (já não trata mais) de missões, de advocacia, de
profetização, de uma e única verdade firmada para estrangular as
pseudoverdades. Todos os estilos, antigos e novos, devem provar seu direito a
sobreviver. [...] Quando a competição
domina, há pouco espaço para [...] a
confraria de ideias, escolas disciplinadas e disciplinadoras [...] Há pouco espaço, portanto, para normas e
cânones coletivamente negociados e coletivamente proclamados. Toda obra de arte
recua diante do quadrado e não pensa em criar família [...]. Veja mais
aqui, aqui, aqui e aqui.
MENINO
PRECOCE – O livro Garoto linda dura (Autor, 1966), do
escritor, radialista, jornalista e compositor Sérgio Porto (Stanislaw Ponte Preta, 1923-1968), reúne crônicas do
autor, entre as quais destaco Menino precoce: Diz que era um menino de uma precocidade extraordinária e vai daí a
gente percebe logo que o menino era um chato, pois não existia nada mais chato
que menino precoce e velho assanhado. Todos devemos viver as épocas condizentes
com as nossas idades; do contrário, enchemos o próximo. Mas deixemos de
filosofias sutis e narremos: diz que o menino era tão precoce que nasceu
falando. Quando o pai soube disso não acreditou. O pai não tinha ido à
maternidade, no dia em que o filho nasceu, não só porque não precisava, como
também porque tinha que apanhar uma erva com o Zé Luís Magalhães Lins, para
pagar a délivrance que era quase o preço de um duplex, pois a mulher cismou de
ir para casa de saúde do Guilherme Romano. Mas isto também não vem ao caso. O
que importa é que o menino já nasceu falando. Quando o pai soube da novidade,
correu à maternidade para ouvir o que tinha o menino a dizer. Chegou perto da
incubadeira e o garoto logo se identificou com um “oba”. O cara ficou
assombrado e mais assombrado ficou quando o nenenzinho disse: - Papai vai
morrer às 2 horas! – dito o que, passou a chupar o bico da mamadeira e mais não
disse nem lhe foi perguntado. O cara voltou para casa inteiramente abilolado.
Sem conter o nervosismo, não contou pra ninguém a previsão do menininho
precoce, mas ficou remoendo aquilo. Dez e meia, 11, meio-dia... e o cara
começou a suar frio. Uma da tarde, o cara já estava praticamente arrasado e
quando passou da hora prevista um minuto ele começou a se sentir mais aliviado.
E estava dando o seu primeiro suspiro, quando ouviu um barulho na casa do
vizinho. Uma gritaria, uma choradeira. Correu para ver o que era: o dono da
casa tinha acabado de falecer. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
MÚSICA
DE MANIVELA & CANTO DO REGRESSO À PÁTRIA – O livro Pau Brasil
(1925), do escritor, ensaísta e dramaturgo do Modernismo brasileiro, Oswald
de Andrade (1890-1954), reúne poemas do autor, entre os quais, destaco
inicialmente Música de manivela:
Sente-se diante da vitrola / e esqueça-se
das vicissitudes da vida / na dura labuta de todos os duas / não deve ninguém
que se preze / descuidar dos prazeres da alma / discos a todos os preços. Tanto
o Canto do regresso à pátria: Minha terra
tem palmares / onde gorjeia o mar / Os passarinhos daqui / Não cantam como os de lá / Minha terra tem mais
rosas / E quase que mais amores / Minha terra tem mais ouro / Minha terra tem
mais terra / Ouro terra amor e rosas / Eu quero tudo de lá / Não permita Deus
que eu morra / Sem que volte para lá / Não permita Deus que eu morra / Sem que
volte pra São Paulo / Sem que veja a Rua 15 / E o progresso de São Paulo.
Veja mais aqui, aqui e aqui.
A
CASA DE ANAÏS NIN – A
peça teatral A casa de Anaïs Nin
(Casa de Prostituição de Anaïs Nin), de Francisco Azevedo, conta a história da paixão
que envolveu os escritores Anaïs Nin
e Henry Miller. Tive a oportunidade de assistir a peça no Teatro Alfa Real, em
São Paulo, no ano de 1998, com direção de Ticiana Studart e atuação
inesquecível da atriz Lucélia Santos.
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CARNE
TRÊMULA – O filme Carne trêmula
(1997), dirigido pelo cineasta, ator e roteirista espanhol Pedro Almodóvar, conta a história uma prostituta que tem um filho
em um ônibus, quando tentava chegar na maternidade, e ali mesmo lhe dá o nome
de Victor. Após vinte anos, esse menino se torna um homem, que está começando
sua vida adulta e tenta se encontrar com uma desconhecida, que uma semana antes
teve relações sexuais com ele dentro de um banheiro. Quando telefona, ela não
tem ideia de quem ele é e mesmo dizendo, ela pede que ele não ligue mais.
Apesar deste corte, ele não desanima e consegue ir até o prédio dela. Pensando
ser outra pessoa, ela abre a porta através do porteiro eletrônico, mas quando o
vê fica bastante irritada, pois para ela foi uma transa, quando estava
"doida", mas para ele foi a primeira vez. Ela decide expulsá-lo,
ameaçando-o com uma arma. Os dois brigam e acontece um tiro acidental, que não
fere ninguém, mas chama a atenção de uma vizinha, que alerta a polícia. Ao ver
os dois policiais, ele se apavora e chega a ameaça-la colocando o revólver em
sua cabeça. Eles se envolvem numa briga, a arma dispara, mas desta vez a bala
atinge um deles que fica paralítico. A história se desenrola com destaque para
a atriz espanhola Penélope Cruz Sanchez.
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IMAGEM DO DIA
Todo dia é dia da soprano sul-coreana Sumi Jo.
DEDICATÓRIA
A edição de hoje é dedicada à maravilhosa
pessoa, poeta e blogueira Luciah Lopez.
Veja aqui, aqui e aqui.
DIA
INTERNACIONAL DO OBRIGADO
TODO
DIA É DIA DA MULHER
Veja as homenageadas aqui.