ANA MARIA JOSÉ
LINS - Ana Lins descendia de holandeses de Porto
Calvo, Alagoas, e participou ativamente das lutas republicanas de 1817 e 1874.
Segundo Schumaher (2004), Schumaher e Brazil (2000) e Silva e Bomfim (2007), a revolução de 1817, de fato repercutiu
fragorosamente em Alagoas, tendo algumas localidades aderido ao movimento, como
Penedo e São Miguel dos Campos. Em São Miguel dos Campos o movimento tomou grandes
proporções, tendo à frente a valente Ana Lins e seu marido, Manoel Vieira
Dantas. O engenho Sinimbu, de propriedade do casal, tornou-se um grande centro
de combate. Ana foi uma ativa colaboradora do movimento rebelde, atuando na
propaganda das idéias revolucionárias, indo de engenho a engenho, vencendo
léguas sem desânimo, para convencer a todos, com seu próprio exemplo de
coragem, a se engajarem na luta. Segundo Costa (sd), ela fez jurar bandeira,
sob promessa de liberdade, os escravos de sua fazenda e dos engenhos
circunvizinhos. A reação daqueles que se mantinham fiéis ao rei, porém, já
estava sendo preparada e, sob o comando do ouvidor Batalha, as tropas
puseram-se em marcha a fim de sufocar a sublevação republicana em território alagoano.
Já na revolução de 1824 também foi liderada por Pernambuco, e tinha por
objetivo a criação de um governo republicano e a implantação de um Estado independente
do monarquia portuguesa, que vinha espoliando as riquezas nordestinas. Batizada
com nome de Confederação do Equador, a revolta eclodiu no Recife, alastrou-se
pelo Nordeste, e teve grandes repercussões na capitania das Alagoas. São Miguel
dos Campos e Anadia aderiram rapidamente ao movimento, com esta última
constituindo-se em centro irradiador da Confederação em Alagoas. As tropas
imperiais, entretanto, prepararam sua reação e atacaram Palmeira dos Índios,
Anadia e São Miguel dos Campos, tentando evitar que a influência revolucionária
se deslocasse para a cidade de Alagoas, então capital. A chefia do movimento de
apoio aos republicanos na província coube a Manoel Vieira Dantas, sua esposa, a
revolucionária Ana Lins, e seus filhos. Vieira Dantas concentrou-se em São
Miguel, onde combateu arduamente, sendo porém preso juntamente com seu filho.
Mas a prisão do marido não arrefeceu o ânimo de Ana. Em seu engenho, o Sinimbu,
liderou a mais feroz reação, congregando os últimos fiéis da resistência. Na
casa grande do engenho, conforme Costa (sd), deu-se trincheira republicana, os
últimos rebeldes combateram até a munição se esgotar. Entrincheirada na casa grande do Engenho Sinimbu, travou a
última batalha da Confederação do Equador,
enfrentabdo à bala as tropas imperiais até que a falta de munição levou-a a se
render. Ela e o seu filho, futuro Visconde de Sinimbu, foram levados para a
Cadeia Pública de Alagoas. A senhora de engenho, que dirigiu pessoalmente este combate desigual,
mesmo obrigada a assistir o incêndio devorar seus canaviais, destruir as casas dos
moradores locais e ameaçar todo seu patrimônio, ainda assim não perdeu a garra.
Quando as tropas legais entraram na casa grande, já não havia homens no local,
pois Ana garantira a fuga de seus aliados, ainda que ao preço de ser detida. Mais
tarde, depois de libertada e anistiados os rebeldes, a senhora do engenho
Sinimbu assumiu o encargo de restaurar sua propriedade arrasada. Corajosa,
enfrentou muitas dificuldades, porém, quando seu marido retornou, encontrou o
engenho restaurado e imponente como antes. E momento algum o desânimo brotou na
alma dessa heroína alagoana. Apesar da derrota da Confederação, algumas das ambições
revolucionárias se realizaram, como a expulsão dos comerciantes portugueses,
que, pressionados pela população, embarcaram num veleiro em Jaraguá.
A REVOLUÇÃO
PERNAMBUCANA DE 1817 – Os
movimentos revolucionários ocorridos em 1817, em Pernambuco, aconteceram,
segundo Franco (1967), enquanto ocorriam ocupações de tropas luso-brasileiras
no Uruguai envolvidos em diversos conflitos no Rio Grande do Sul. Em
Pernambuco, porém, conforme o citado autor, ocorria uma revolução que
significava um protesto desde o século anterior do norte contra a hegemonia do
sul. Além do mais, tais movimentos, segundo diversos historiadores, foram
influenciados pelos ideais republicanos irradiados da França e dos Estados
Unidos, bem como dos acontecimentos brasileiros ocorridos desde a Inconfidência
Mineira e Carioca e, também, mesmo com origem na Guerra dos Mascates, em
Olinda. Tais movimentos eram identificados como uma ação de padres e maçons, segundo
Tavares (1969) e outros autores brasileiros, o movimento foi bem recebido entre
os padres do Seminário de Olinda, alcançando também guarida entre oficias
brasileiros do Regimento de Artilharia do Recife e, ainda, entre os adeptos da
Maçonaria. Inclusive, registra o autor que grande parte das lideranças civis,
clericais e militares se encontravam no seio da entidade maçônica que era
capitaneada por Domingos Teotônio e que se tornará o líder da Revolução,
acompanhado de mais 60 padres e 10 frades todos maçons, liderados pelo padre
João Ribeiro Pessoa, alma da revolução e mestre, junto com o padre Miguelinho,
do Convento de Olinda, incluindo-se, ainda, o Frei Caneca que atuará como
secretário de um corpo militar revolucionário e irá liderar 7 anos mais tarde
outra revolução republicana - a Confederação do Equador. A respeito disso
registra Vilar (2004, p. 29) que: Dos seminários, as idéias liberais já se
estendiam às inúmeras lojas maçônicas de Olinda, do Recife, da Paraíba, do Rio
Grande do Norte, de Alagoas e do Ceará, bem como aos intelectuais das Academias
Literárias, às aulas supostamente de desenho e de geometria que se davam às
escondidas nas paróquias, e, em pouco tempo, estavam sendo levadas pelos padres
que iam para o interior, em viagem ou em desobrigas, e as transmitiam
secretamente pelo caminho, de boca em boca, e já eram aceitas pela maioria do
povo e por uma boa quantidade de fazendeiros, de proprietários e de militares
brasileiros. Durante esses acontecimentos no Brasil, Tavares (1969) também
chama atenção para o fato de que a razão disso se dava porque, na Europa, a
Maçonaria congregava secretamente homens crentes em Deus de diversas confissões
religiosas no combate ao Absolutismo, implantando, portanto, os ideais de
Liberdade, Igualdade e Fraternidade no mundo, mediante o confronto entre dois
regimes que se delineavam, que eram o Monárquico e o Republicano, onde maçons
desejavam independência para que os povos fossem dirigidos por uma Constituição
ou Carta Magna. Também observa Tavares (1969) que havia no Brasil duas
correntes diferentes de opinião, embora ambas tinham como finalidade a
emancipação política. Uma parte desejava a independência como um fim em si; a
outra, mais radical, pretendia que essa separação se fizesse com a abolição da
monarquia e a proclamação de uma república. Os primeiros não queriam se
desiludir das esperanças que a vinda da corte havia suscitado, ao passo que os
republicanos não perdiam o ensejo de aproveitar todos os erros e abusos do
governo para demonstrar como a realeza se divorciava, cada vez mais, dos
interesses do povo brasileiro. Foi a partir disso que se deu a revolução pernambucana
que, segundo Evaldo Cabral Mello (2004, p. 31), se dera pelos seguintes
motivos: A corte explorava impiedosamente a prosperidade inédita que a grande
lavoura e o comércio pernambucanos conheceram nos últimos anos do século XVIII
e primeiros do XIX, graças ao surto algodoeiro que atraiu ao Recife o aluvião
de navios estrangeiros a que se referia o autor anônimo da “Idéia geral de
Pernambuco em 1817. (...) Na sua condição de paraíso do Império Português, o
Rio atraiu o ódio de todas as províncias. (...) Daí que as reivindicações
políticas fossem ali mais amplas, tendendo à adoção de instituições
representativas, como provará o fato de que, suficiente para contentar o sul, a
elevação do Brasil a Reino em 1815 não obstara a Revolução de 1817. Ressalta,
com isso, o autor, que às vésperas do movimento de 1817, a carga fiscal de
Pernambuco era pesada, gerando uma revolta anticolonial, estourando numa
insurreição que escapou ao controle da maçonaria portuguesa e fluminense. Como
resultado, a maçonaria pernambucana fugiu da tutela do Grande Oriente Lusitano,
tornando-se lojas brasileiras excluindo portugueses. Além do mais, defende o
autor que mais do que a república, a independência foi o verdadeiro motor da
revolução de 1817. E isto se desencadeia em Pernambuco, conforme Albuquerque
(1986) por causa da infeliz ordem do dia inspirada pelo Governador que vinha ao
mesmo instante em que o príncipe regente assumia o trono de Portugal, com o
nome de D.João VI, devido ao falecimento da rainha D. Maria I, ocorrido em 1816
e, desse fato, os radicais procuravam tirar partido para aumentar a antipatia
existente entre os brasileiros e os portugueses. Neste sentido, aborda,
portanto, Tavares (1969) que em princípios de 1817, a situação na capitania
pernambucana se tornou tão complicada que o Governador não pôde mais recuar da
atitude que havia assumido e, de acordo com os chefes da ala portuguesa, mandou
prender tanto alguns paisanos exaltados como os oficiais brasileiros que haviam
se comprometido pelas suas idéias contrárias ao governo. Com esta medida,
explodiu a revolta que já era iminente, e que foi agravada pela prepotência das
autoridades em relação aos brasileiros. Nesta época, informa o autor
mencionado, Pernambuco dispunha de duas unidades do que hoje seria o Exército,
compreendendo uma de Infantaria e outra de Artilharia. Nesta última teria
inicio a revolução que possuía dezoito corpos de Milícias, sendo 11 no interior
e além oito fortes litorâneos. Com isso, dá-se o estopim da revolução com um
incidente numa festa comemorativa da expulsão dos holandeses em que um alferes
do Regimento dos Henriques surrou um português que havia injuriado os
brasileiros. A oficialidade portuguesa dominante achando tratar-se de um
incidente grave envolvendo aspectos políticos e sociais, tratou de punir os
militares brasileiros envolvidos. Assim, o comandante do Corpo de Artilharia
que era um brigadeiro português, tenta efetuar a prisão dos três oficias
brasileiros de sua unidade, inclusive o líder capitão Teotônio que foi assassinado
pelo capitão José de Barros Lima, mais conhecido como O Leão Coroado, que o
atravessou com sua espada, auxiliado por um familiar. Com isso, o capitão
Teotônio começou a agir com vistas a implantar um governo republicano em
Pernambuco. Foi a partir disso, conforme registrado por Tavares (1969), que o
Governador procurou proteção no Forte do Brum. E para efetuar algumas das
prisões ordenadas, assinala o autor mencionado, que o brigadeiro Barbosa de
Castro reuniu a oficialidade sob o seu comando e começou a insultá-los na
presença de seus subordinados, taxando-os de traidores. Inflamado por esse
desacato, o capitão Barros Lima desembainha a espada e arremete contra o
general, matando-o quase que imediatamente. Aquela trágica cena foi o sinal de
levante. O Governador quis reagir, mandando prender os criminosos, mas o
movimento cresceu com espantosa rapidez. Além do mais merece destaque a
informação de Tavares (1969) acerca do fato de que a parte brasileira da
guarnição que até agora havia se mantido longe da conspiração, enfim juntou-se
aos oficiais revoltosos e o povo, ignorando as conseqüências,
confraternizando-se com a tropa. O imprudente Governador, responsável indireto
por aquele desfecho, reuniu, então, algumas forças que ainda se mantinham fiéis
a ele e refugiou-se na fortaleza do Brum, ação que resultou inútil, pois na
noite de 7 de março de 1817 era obrigado a se render. Em seguida, seguiu para o
Rio de Janeiro onde foi preso incomunicável numa praça de guerra. Neste
contexto, observa Thomás (1964, 254) que: Em Pernambuco, onde mais acesa ia a
animosidade nativista, os liberais planejaram uma revolta com o fim de
proclamar a república. Negociante, natural da Bahia e educado na Inglaterra,
chamado Domingos José Martins, pregava, no Recife, as idéias liberais mais
exageradas e mostrava-se muito partidário dos oficiais pernambucanos, com os
quais se banqueteava, excitando-os a um levante. Nada, porém de definitivo
havia determinado, quando um incidente vulgar e sem importância provocou
desordens graves na província. Certo português fora espancado por um soldado
preto do regimento dos Henriques, em seguida à troca de palavras injuriosas;
logo, o mesquinho acontecimento assumiu proporções de grave crime político nas
rodas militares. O capitão-general Caetano Pinto de Miranda Montenegro, de
caráter brando, pacífico e até tímido, cujo governo, próspero para a província
fora sempre eqüitativo, embora fraco, baixou uma ordem do dia para recomendar
aos oficiais não tratarem nem terem amizade com homens empestados que
pretendiam enganá-los com falsas sugestões. A palavra empestado era imprudente
e foi muito criticada nos jantares entre nativistas, onde não se comiam
iguarias européias, e onde se fazia o elogio inflamado das idéias
revolucionárias. A irritação da milícia tornou-se tão aguda que o governador, a
5 de março de 1817, reuniu em conselho os oficiais portugueses que estavam no
Recife e, com eles, decidiu que, no dia seguinte e à mesma hora, seriam presos
7 militares e paisanos mais comprometidos. Essa resolução executou-se
facilmente para Domingos José Martins e mais dois ou três indigitados; mas o
brigadeiro Manuel Joaquim Barbosa de Castro, comandante da artilharia,
querendo, além de prender, censurar o procedimento daqueles oficiais suspeitos
de seu regimento, foi morto a estocadas pelo capitão José de Barros Lima, por
alcunha o Leão Coroado, sem que nenhum dos oficiais presentes se movesse para
defender o comandante; o tenente José Mariano de Albuquerque Cavalcante, genro
do agressor, ajudou-o a tirar a vida ao chefe (6 de março de 1817). Depois
deste assassínio, rompeu a revolta; um ajudante-de-ordens, mandado pelo
capitão-general para sufocar o levante, morreu a tiros dos soldados do mesmo
regimento de atilharia. O povo uniu-se às tropas. Os portugueses foram
maltratados; abriram-se as portas das prisões. Martins e outros presos
políticos recobraram a liberdade. O capitão-general Montenegro, obrigado a
abandonar o palácio, encerrou-se na fortaleza do Brun, onde teve a fraqueza de
assinar, no dia seguinte, 7 de março, a vergonhosa capitulação. Entregava a
fortaleza, retirando-se para o Rio com as pessoas que o quisessem acompanhar. A
partir daí, observa-se conforme anotado Muniz Tavares (1969), os revolucionários
organizaram, imediatamente, uma Junta de Governo, auxiliada por um Conselho de
Notáveis. Teotônio Jorge, Domingos Martins e o padre João Ribeiro tornaram-se
os chefes da revolução. Uma vez que se tornaram senhores de Pernambuco,
trataram de propagar o movimento, expedindo emissários para diversas
capitanias. Para o norte, logo a Paraíba e o Rio Grande aderiram, enquanto que,
para o sul, a adesão recebida foi a de Alagoas. Também foram enviados
emissários ao Ceará, à Bahia e aos Estados Unidos, este último com dinheiro
para comprar armas e munições e contratar oficiais franceses e obter apoio
daquela República. E em conformidade com os registros deste autor, a partir de
3 de abril, os comandantes de unidades revolucionárias foram apresentados à bandeira
e tope nacional da nova república, que é a atual bandeira de Pernambuco. Com
este ato juraram solenemente defendê-los até a morte. A reação do governo não
se fez esperar. E sobre este fato, Thomás (1964, p. 256) assinala que: O
governo provisório apoderou-se dos estabelecimentos públicos e do erário, onde
encontrou 600 contos de réis, aumentou o soldo das tropas e fez promoções de
dois ou três postos dos oficiais, substituiu o tratamento de senhor e outros
pelo de vós; embargou toda a propriedade dos súditos portugueses, aboliu a
maior parte dos impostos e procurou aumentar o tesouro com a cobrança das
dívidas da extinta Companhia de Pernambuco (...). Adotou nova bandeira, divida
horizontalmente em duas partes iguais, azul em cima com o arco-íris e o sol
rodeado de três estrelas, branca embaixo, com uma cruz vermelha. A cruz
mostrava que o Brasil era consagrado àquele precioso memorial da redenção
humana. A 3 de abril de 1817, quinta-feira santa, esta bandeira foi benta com a
maior solenidade pelo deão da Sé de Olinda, no campo do Erário, lugar ocupado
hoje pelo palácio do governo. As 3 estrelas simbolizavam as 3 províncias
aderentes ao movimento: Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte. Emissários
enviados à Paraíba e ao Rio Grande do Norte conseguiram logo a adesão, por não
haver ninguém capaz de alguma resistência. O subdiácono José Martiniano de
Alencar pregou no Crato para mover o povo em favor da insurreição, foi logo
preso e remetido para Fortaleza; o padre José Inácio Ribeiro de Abreu e Lima,
alcunhado Padre Roma, passou por Alagoas, velejou para Salvador, a fim de, aí,
propagar a insurreição: aportou em Itapuã, caindo às mãos da polícia do Conde
dos Arcos, governador da província. Teve apenas o tempo de jogar seus papéis ao
mar e, assim, não revelaria os nomes dos baianos que o esperavam. Citado a um
tribunal militar, tudo confessou e, três dias mais tarde, a 29 de março, foi
fuzilado no campo da Pólvora ou de Santana, depois de receber o conforto da
religião. Com isso, acrescenta Tavares (1969) que nas outras capitanias as
coisas não foram bem receptivas, como no Ceará, onde o padre Alencar era preso;
e na Bahia, onde o padre Roma recebeu a pena de morte sendo fuzilado em 29 de
março de 1817. Isto porque o então Governador da Bahia, conde dos Arcos, antes
vice-rei quando a corte chegou ao Rio, em 1808, operou energicamente contra a
insurreição, fazendo cair sobre Pernambuco forças de terra e mar. As forças de
terra, sob o comando do marechal Cogominho, chegaram vitoriosas a Pernambuco,
cuja capital já se achava bloqueada por uma esquadrilha, cortando a rota de
fuga. Em breve, Recife capitula e as últimas legiões republicanas fogem para o
interior da capitania. E em 23 de abril uma esquadra do governo com 4 barcos
bloqueiam o porto do Recife e foram lançadas proclamações anti-revolucionárias
em Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte. Neste, o povo aos brados de viva a
El-Rei, varou a espada um oficial revolucionário numa espécie de resposta ao
ato do Leão Coroado. Também na Paraíba a contra revolução foi vitoriosa. E a
partir disso, o Conde de Arcos lançou tropas da Bahia pelo litoral e teve
início a debacle revolucionaria, quando em 13 e 14 de maio do mesmo ano, no
Engenho do Trapiche, os revolucionários, em grande inferioridade numérica, se
retiram e abandonaram sua Artilharia em presença das forças comandada pelo
Conde de Arcos. Enquanto o sonho de liberdade estava em alta, observa Mello
(2004, p. 43) que: (...) na carta do padre João Ribeiro ao governo provisório
da Paraiba, de 31 de março de 1817, o sacerdote era categórico: Pernambuco
(incluindo Alagoas, então comarca pernambucana) Paraiba, Rio Grande e Ceará
devem formar uma só república, pois estas províncias estão tão compenetradas e
ligadas em identidade de interesses e relações, que não se podem separar. No
Recife, entretanto, conforme Tavares (1969), os revolucionários se renderam à
força naval, sendo depois abandonada e ocupada pela força naval, tendo inicio a
repressão dura e violenta contra os revolucionários, simpatizantes e suspeitos.
Na defensiva, Domingos Teotônio Jorge, segundo Tavares (1969), ainda tentou
recompor suas forças debandadas, mas já era impossível, pois a revolução estava
completamente perdida. Começaram, então, as perseguições, a impiedade que
comoveram a própria alma de muitos dos algozes. Os revolucionários fugitivos
foram capturados e submetidos à justiça de comissões militares, seguindo-se
outro julgamento na alçada civil, que se mostrou ainda mais inclemente. Em
várias partes, ergueu-se o patíbulo e as execuções horrorizaram a tal ponto as
populações que os próprios executores de tais excessos estremeceram de espanto,
e apelaram para a piedade do Rei. É quando, em 6 de fevereiro de 1818, D.João
VI é coroado e concede anistia geral a todos aqueles que ainda não haviam sido
executados. Em Alagoas o processo da revolução se dera de forma tal que,
conforme Brandão (1909, Méro (1995)) e Accioly (1992), prosseguiu com o
antagonismo profundo entre portugueses e brasileiros na aspiração de
independência da colônia, havendo, pois, de mais sintomático o contra-golpe com
as medidas do Conde de Arcos ao ouvidor Batalha que proporcionaram seqüestros,
prisões e mortes. A esse respeito, expressa Lindoso (2000, p.3) que foram
registrados diversos acontecimentos, tais como: (...) O emissário republicano
padre Roma atravessou as terras do sul da comarca de Pernambuco, onde iria
surgir em Alagoas, espalhando panfletos republicanos, fazendo proclamações e
espalhando os decretos assinados pela Junta Governativa do Recife. Era
comandante das armas na cidade de Alagoas, Victoriano Borges da Fonseca, com
quem confabulou, partindo em seguida numa jangada para a Bahia, onde foi preso
e depois executado por ordem do Conde de Arcos. As tropas legais sediadas na
cidade de Alagoas eram cerca de 30 soldados. Pois contando com esse pequeno
contingente militar Victoriano Borges da Fonseca aderiu ao governo
revolucionário do Recife, anistiou presos e destruiu publicamente os símbolos
da realeza. (...) Não soube aproveitar as simpatias pelo levante republicano
que eram públicas em São Miguel dos Campos e em Penedo. Em vez disto,
contentou-se com seu poder limitado à cidade das Alagoas, à margem da lagoa
Manguaba. Pensava vencer uma revolução anti-realista com 30 soldados, alguns
rumores e as simpatias que os discursos do padre Roma espalharam. (...) Em
Alagoas o comandante de armas e seus 30 soldados; no Penedo: Ignácio Francisco
da Fonseca Calaça Galvão, Manoel José de Santana, José Gregório da Cruz, Miguel
Veloso da Silveira Nóbrega de Vasconcelos, Antonio Silva, alguns militares e
outros civis; em São Miguel dos Campos a figura indômita do capitão Manuel
Vieira Dantas. (...) Em Alagoas começou a debandada. Só quem resistia era
Manuel Vieira Dantas, talvez a figura mais perfeita de um caudilho alagoano. Fatos
estes que levou Silva (2000) a identificar o movimento de participação alagoana
na rebelião, resultando numa série de prisões, conforme também registrado por Lindoso
(2000), do coronel Ignácio Francisco, o major Miguel Velloso, o capitão-mor José
Gregório, Manuel Lucas - da vila do Penedo; Manuel Luis Chagas – de Coruripe;
Antonio Firmino Brasileiro Carioca – da vila de Maceió; e o capitão-mor Nicolas
Paes Sarmento – da vila de Porto de Pedras. Além destes, o coronel Fonseca
Galvão, Maria Galvão, Miguel Velloso, do capitão Gregório da Cruz, de Manoel
João da Silva e muitos outros que foram presos e sofreram nos cárceres da
Bahia. E, segundo a autora, o capitão Silva Moraes e o soldado Manoel Lucas,
por exemplo, foram esquartejados na Barra de Jequiá pelas atitudes que tomaram
em defesa da Revolução de 6 de março. E acrescenta que: “A atitude heróica de Manoel Vieira Dantas, em São Miguel dos Campos,
lutando até o fim, também não pode ser esquecido”. Entre os executados
merece destaque a figura do jequiaense Antonio Leão que, segundo Espíndola
(2001), foi preso e esquartejado na barra de Jequiá, como patriota, por um
individuo que ali morava e era construtor, de nome José Pedro. E que por esse
crime bárbaro e cruel ficou tão mal visto e habituado, que afinal em 1826 foi
processado, preso e remetido com as suas culpas de outros crimes para as
cadeias da relação da Bahia, onde acabou seus dias sob o punhal de um seu
companheiro de prisão. Sobre o mártir jequiaense Antonio Leão, diz Lindoso
(2000. p. 3): (...) o grande mártir alagoano da Revolução Pernambucana de 1817
seria Antonio Leão, de Barra do Jequiá. Foi preso, fuzilado e esquartejado
pelos soldados do marechal Cogominho. A memória do seu martírio tem um sentido:
o de ser um exemplo de coragem na defesa das idéias republicanas em nossa
terra, e de ser o proto-mártir das liberdades e do civismo republicanos em
Alagoas. Pagou com a vida sua condição de república. Alagoas fica a lhe dever
uma estátua em praça pública (...) A história da República em Alagoas não deve
ser apenas a dos vencedores Deodoro e Floriano, mas também dos mártires da
Revolução Republicana de 1817, dos que sofreram nas prisões baianas. E dos que
foram fuzilados e esquartejados como o proto-martir de nossas idéias republicanas,
o jequianse Antonio Leão. Já Castro (1991, p. 47) fala a respeito deste herói
jequiaense: (...) mártires e heróis teve, com muita grandiosidade e ufania. A
revolução de 1817, na qual batalhara denodadamente, houve o sacrifício de
Antonio de Leão, imolado na ara sacrosssanta da pátria, cujo esquartejamento
tingira de sangue as espumas intranqüilas das vagas do Jequiá. (...) herói da
terra caeté fora sacrificado. O sangue miguelense enrubescera as areias brancas
da praia de Jequiá. Fora o trágico tributo de sangue que o infeliz
revolucionário Antonio de Leão pagara à Coroa pela patriótica lusofobia. A luta
do mata marinheiro lhe acendera o facho da ridente esperança que reverberava a
liberdade da gleba querida. Bastara ligeira penada do inexorável Conde dos
Arcos para que o insensível ouvidor Batalha executasse a dura sentença que, a
par de outras, lhe granjeara a comenda da Ordem de Cristo e a promoção a
Desembargador da Relação na Bahia. O derradeiro grito de rebelião e de
independência fora abafado na garganta do valoroso republicano Antonio de Leão,
o destemido sonhador de uma pátria melhor sob a lâmina afiada do machado que o
esquartejara. (...) Era Antonio de Leão modesto armador, que fabricava pequenas
embarcações num estaleiro, na praia de Jequiá, naquela praia de areias brancas
onde os urubus lhe devoraram os membros já podres, espalhados ali e acolá.
Descendia o patriota da família Rabelo Leite, de Penedo. Seu pai, Francisco
Rabelo Leite, casado com Joaquina de Nazaré Leão, vivera em São Miguel dos
Campos. Também Pedrosa (2000, p.9) fala a respeito de ilustre nome
revolucionário de Jequiá da Praia: Alagoanos mártires como Antonio Leão, ou
perseguidos da sorte política como a família miguelense de Manuel Vieira
Dantas, mostraram que Alagoas vivenciou as idéias da independência, enquanto
sua gente fazia decrescer o prestígio de Portugal e da monarquia como regime de
governo. Antonio Leão, portanto, é o primeiro ilustre jequiaense registrado na
história. Segundo Castro (1991)
uma outra heroína teve destaque em São Miguel dos Campos: a escrava Rosa do
Gentio da Costa. Rosa foi encontrada entre os soldados insurgentes, presos após
o fracasso da revolução. Apesar de torturada, esta negra da “nação Uça”, como
confessara, forte, dentes perfeitos, cerca de 17 anos, negara-se a dizer o nome
de seu senhor, certamente um ardoroso republicano como ela, que vestira a farda
militar idealizando a libertação da terra brasileira. Um edital de arrematação,
publicado em setembro de 1817, fazia sua descrição física e a avaliava, visando
identificar-lhe o dono.Não se sabe com certeza qual foi o seu destino. Presume-se
que morreu como os outros revolucionários nos calabouços da Bahia ou chicoteada
num pelourinho, em nome da justiça reinol, sob as ordens do cruel ouvidor
Batalha, fiel ao terrível conde dos Arcos. Observando
o cenário da época, Albuquerque (1986, p. 395) identifica que: Em termos de
perspectiva da dominação portuguesa, a elevação do Brasil a Reino Unido era uma
solução para impedir movimentos de independência como ocorriam na América
espanhola. (...) Além disso, a instalação de uma Monarquia Absolutista na
América agradava a ideologia reacionária que dominava o Congresso, na medida em
que contrabalançaria o modelo republicano dos Estados Unidos e o dos projetos
revolucionários hispano-americano. Fundamentalmente, o ato de transformação do
Brasil em Reino era o reconhecimento da sua dominância como centro econômico,
político e ideológico do Império português e a solução mais adequada, dentro de
uma perspectiva colonialista, para assegurar a permanência da dominação portuguesa
no espaço mais vital à sua reprodução. Tal observação leva a entender a razão
das renovações de práticas repressivas contra comunidades primitivas indígenas,
compulsoriamente obrigadas ao trabalho escravo temporário, o esmagamento de
levantes de escravos e de camponeses como ocorreu na Bahia e em Pernambuco,
respectivamente. O mesmo cerceamento também atingiu setores sociais mais
identificados com o bloco de classes hegemônico e, segundo o autor mencionado,
a censura restringia o acesso às obras revolucionárias, a liberdade religiosa
era um privilégio de estrangeiros, os organismos policiais perseguiam
organizações como as que se filiavam à Maçonaria, e a repressão ao movimento
revolucionário de Pernambuco de 1817, realizaram-se sem nenhuma interpretação
modificadora da codificação jurídica punitiva que atingia os dissidentes
políticos. Na esteira dos debates, se observam várias controvérsias levantadas
que se tornam, pois, frutos de discussões para melhor ilustrar a realidade da
época e, ao mesmo tempo, para melhor entender a Revolução Pernambucana de 1817,
como nas considerações de Franco (1967, p. 56) observando que: As causas da
revolução pernambucana podem ser definidas como um protesto do norte contra a
hegemonia do sul, iniciada no século anterior, quando da transferência da
capital do vice-reinado da Bahia para o Rio de Janeiro, então consolidada como
sede da monarquia luso-brasileira. E acrescenta ele que: A causa principal vem
da política colonial portuguesa, que não primava nem pela eficiência na
administração, nem pelo respeito à justiça. Dessas raízes brotaram as primeiras
reações nativistas no Maranhão, em Minas Gerais e em Pernambuco contra o monopólio
lusitano e a opressão colonial. Tem-se, pois, por entendimento com base nos
autores até então estudados, que a luta ocorrida na Revolução Pernambucana de
1917 perdurou por alguns meses quando as forças governistas derrotaram os
revoltosos e atuaram com repressão violenta por ordem do reinado para que a
punição fosse exemplar e capaz de desestimular movimentos similares. É neste
sentido que Thomas (1964, p. 257) avalia todo movimento revolucionário: O
estudo dos fatos mostra o seguinte: 1. o governo provisório foi bastante
moderado e desinteressado; mas por falta de prática e habilidade, caiu em
muitos erros e sofreu cruéis desenganos; 2. a massa do povo, até em Pernambuco, não
aderiu de coração ao movimento; embora contasse adeptos na Bahia e até no Rio.
O levante fora obra de fraca minoria, mormente no Rio Grande, na Paraíba e em
Alagoas; 3. ainda que estivesse planejada, a insurreição não estava madura.
(...) A revolução de Pernambuco era obra de poucos. O povo do interior não
aderiu ao movimento. Além disso, o governo provisório por falta de pessoas
idôneas, nada soube organizar, ao passo que o Conde dos Arcos, então governador
da Bahia, apenas informado desta insurreição, tomou medidas enérgicas em defesa
da monarquia. Expediu o Conde dos Arcos tropas por terra às ordens de Joaquim
Cogominho de Lacerda e uma flotilha confiada ao Capitão Rufino Peres. Ao mesmo
tempo, navios do Rio de Janeiro traziam outras forças legais ao mando de
Rodrigo Ferreira Lobo, além de comboio de 10 velas com tropas auxiliares.
Rodrigo Ferreira Lobo tomou a direção suprema de todas as forças marítimas.
Bloquearam imediatamente o Recife; e, efetuando vários desembarques na costa,
restauraram sem dificuldade o governo legal nas diversas vilas de Pernambuco.
Pacificou-se a Paraíba; o Rio Grande e Alagoas já haviam aclamado a autoridade
do rei. Achando-se em apuros, o governo ilegal do Recife pediu capitulação
honrosa, que lhe teria sido concedida, se não fossem as ameaças incendiárias do
ditador Domingos Antonio, falando em arrasar e queimar o Recife, matar os
prisioneiros e praticar outros excessos. Desta forma, entende-se a partir de Albuquerque
(1986) que a versão idealista que ainda atribui, ou pessoalmente a D. João VI
ou, de forma mais ampla, ao Estado português, a iniciativa de formular o futuro
surgimento do Estado Nacional Brasileiro, ignora que as transformações não se
realizavam sem modificações profundas. Elas, em verdade, representavam recursos
de remanejamento de um sistema autoritário para torná-lo mais eficiente, como
ocorrera, anteriormente, com o chamado Despotismo Iluminista. Na raiz de todas
as iniciativas da chamada etapa de autonomia, defende o autor em questão, que
estava exatamente a preservação do controle colonial português no Brasil,
localizado numa fase histórica dominada pelos compromissos da restauração na
Europa e pelos movimentos nacionalistas libertários na América espanhola. Tal
observação leva Mello (2004, p. 149) a entender que: A pretexto de atenuar a
desigualdade geográfica e populacional, a divisão do território brasileiro não
passava de um artifício do despotismo visando habilitar o Imperador a
mutilá-las, liquidando qualquer contestação local, argumento que sensibilizava
o nervo exposto da separação de Alagoas como punição por 17. Pelo visto e como
conclusão desta etapa dos acontecimentos, uma das conseqüências, portanto, da
repressão ao movimento derrotado, levaram à declaração da emancipação política
de Alagoas, pelos serviços de fidelidade ao rei. Ou seja, Alagoas torna-se
emancipada politicamente quando se tornou independente de Pernambuco, por seu papel
na revolução de 1817. Veja mais aqui.
REFERÊNCIAS
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VILAR, Gilberto. Frei Caneca: gesta da liberdade. Rio de
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Veja mais sobre:
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