quarta-feira, fevereiro 18, 2015

BRETON, KAZANTZÁKIS, MARLOS NOBRE, WERTMÜLLER, TANUSSI, TONI MORRISON & MILOS FORMAN!


NADJA – O escritor francês André Breton (1886-1966) que em 1924 lançou o Manifesto do Surrealismo pregando a liberdade total da imaginação como base para a liberdade total do ser humano. Líder do movimento surrealista, ele pretendeu que se gire em torno de três ideias básicas: o amor, a liberdade e a poesia. É no livro Nadja (1928) que ele apresenta mencionado que: Se, ao longo deste livro, o simples ato de escrever, para não mencionar o de publicar qualquer espécie de livro,já era classificado na categoria das vaidades, que seria de pensar da complacência do autor em querer, tantos anos depois, melhorar pelo menos um pouco a sua forma! Contudo convém distinguir, para o bem ou para o mal neste caso, entre o que se refere ao registro afetivo e se prende exclusivamente a ele - o que é, sem dúvida, o essencial -, e o que representa, no dia-a-dia, tão impessoal quanto possível, a inter-relação dos mínimos acontecimentos numa forma determinada (Feuille de charmille, de Lequier, sempre voltamos a ti!). Se é inevitável que a tentativa de retocar à distância a expressão de um estado emocional sem que se possa revivê-lo no presente, resulte em dissonância e frustração (Já o vimos bastante em Valéry, quando um insaciável anseio de rigor o levou a rever seus "versos antigos"), talvez não seja interdito querer obter um pouco mais de adequação de termos e também de fluidez. [...] Subjetividade e objetividade travam, ao longo de uma vida humana, uma série de combates, nos quais a primeira costuma sair-se inteiramente mal. Ao cabo de trinta e cinco anos (a fuligem não é brincadeira), os leves cuidados com que resolvo cercar a segunda testemunham apenas certa preocupação quanto à melhor forma de expressar, que só a esta dizem respeito, de vez que o maior valor da outra - que continua a me importar muito mais - reside precisamente na carta de amor crivada de erros e nos "livros eróticos sem ortografia".Veja mais aqui.

Imagem: Danae with Shower of Gold, do pintor sueco Adolf Ulrik Wertmüller (1751-1811)

Ouvindo Yanomami, op 47 (1980), do compositor erudito Marlos Nobre com o Coro Cervantes de Londres, condução de Carlos Fernandes Aransay, violão Fabio Zanon e o tenor Julian Stocker.

DA ODISSEIA E DA ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO – O escritor grego Nikos Kazantzákis (1883-1957) é autor de umas das mais obras que se encontram no panteão da literatura universal. Tive a oportunidade de ler seus livros Zorba, o grego, Cristo recrucificado e A última tentação de Cristo, este último que virou filme homônimo dirigido pelo cineasta Martin Scorcese, em 1988. Numa antologia da poesia moderna da Grécia, o escritor José Paulo Paes alguns fragmentos do poema Da Odisseia, dos quais destaco o IX: “Minha mente, eu a deixo livre para anelar em segredo, desejar o que não tem mais, querer aquilo que perdeu; digo-te que seguro as rédeas, firme, com as duas mãos, mas meu cavalo solto sem temor nas pastagens do sonho. Eu te agradeço, Deus[...] o insaciável coração que me deste: ele festeja tudo sobre a terra e não se apega a nada”. Veja mais aqui.

DO APRENDIZADO DO AR – O poeta, critico literário e letrista carioca Tanussi Cardoso já foi destacado Poeta do Mês no meu Guia de Poesia, ocasião que me concedeu uma entrevista quando do lançamento da antologia Rios. Entre os seus muitos poemas, destaco Do aprendizado do ar: imaginemos o ar solto na atmosfera / o ar inexistente à luz dos olhos / imaginemos o ar sem senti-lo / sem o sufocante cheiro de abelhas e zinabre / o ar sem cortes e fronteiras / o ar sem o céu / o ar de esquecimentos / imaginemos fotografá-lo / fantasma sem textura / moldura inerte / quadro de sugestões e aparências / imaginemos o ar / paisagem branca sem o poema / vácuo impregnado de Deus / o ar que só os cegos vêem / o ar silêncio de Bach / imaginemos o amor / assim como o ar. Veja mais dele aqui.

JAZZ – O livro Jazz (Companhia das Letras, 2009), da escritora estadunidense e ganhadora do Prêmio Nobel de Literatura de 1993, Toni Morrison narra uma história instigante. Para se ter ideia, ela começa o livro assim: Xi, eu conheço essa mulher. Ela morava com um bando de pássaros na avenida Lenox. Conheço o marido dela também. Ele ficou caído por uma garota de dezoito anos, um daqueles amores de espantar, lá do fundo, que fez ele ficar tão triste e feliz que matou a moça para o sentimento continuar. Quando a mulher, o nome dela é Violet, foi ao velório para ver a moça e cortar a cara dela, foi jogada no chão e para fora da igreja. Ela correu, então, no meio de toda aquela neve, e quando voltou para o apartamento tirou todos os passarinhos de dentro das gaiolas e botou na janela para eles congelarem ou voarem para longe, inclusive o papagaio que dizia “eu te amo”. Vale a pena ler. Confira mais aqui.


SOMBRAS DE GOYA – Dos maravilhosos filmes que assisti do premiadíssimo cineasta tcheco Milos Forman, entre eles Um estranho no Ninho (1975), Hair (1979), Amadeus (1984), entre outros tantos, um deles me chamou mais ainda a atenção: Goya´s Ghost (Sombras de Goya, 2006), no qual destaco a atuação da belíssima atriz Natalie Portman, já destacada aqui pela sua sempre marcante atuação em diversos filmes. Veja detalhes desse filme aqui.
 


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