NADJA – O escritor francês André Breton (1886-1966) que em 1924 lançou o Manifesto do
Surrealismo pregando a liberdade total da imaginação como base para a liberdade
total do ser humano. Líder do movimento surrealista, ele pretendeu que se gire
em torno de três ideias básicas: o amor, a liberdade e a poesia. É no livro Nadja (1928) que ele apresenta
mencionado que: Se, ao longo deste livro, o simples ato
de escrever, para não mencionar o de publicar qualquer espécie de livro,já era
classificado na categoria das vaidades,
que seria de pensar da complacência do autor em querer, tantos anos
depois, melhorar pelo menos um pouco a sua forma! Contudo convém distinguir,
para o bem ou para o mal neste caso, entre o que se refere ao registro afetivo
e se prende exclusivamente a ele - o que é, sem dúvida, o essencial -, e o que
representa, no dia-a-dia, tão impessoal quanto possível, a inter-relação dos
mínimos acontecimentos numa forma determinada (Feuille de charmille, de
Lequier, sempre voltamos a ti!). Se é inevitável que a tentativa de retocar à
distância a expressão de um estado emocional sem que se possa revivê-lo no
presente, resulte em dissonância e frustração (Já o vimos bastante em Valéry,
quando um insaciável anseio de rigor o levou a rever seus "versos
antigos"), talvez não seja interdito querer obter um pouco mais de
adequação de termos e também de fluidez. [...] Subjetividade
e objetividade travam, ao longo de uma vida humana, uma série de combates, nos
quais a primeira costuma sair-se inteiramente mal. Ao cabo de trinta e cinco
anos (a fuligem não é brincadeira), os leves cuidados com que resolvo cercar a
segunda testemunham apenas certa preocupação quanto à melhor forma de
expressar, que só a esta dizem respeito, de vez que o maior valor da outra -
que continua a me importar muito mais - reside precisamente na carta de amor
crivada de erros e nos "livros eróticos sem ortografia".Veja mais aqui.
Imagem: Danae with Shower of Gold, do pintor sueco Adolf Ulrik Wertmüller (1751-1811)
Ouvindo Yanomami, op 47 (1980), do compositor erudito Marlos Nobre com o Coro Cervantes de Londres, condução de Carlos Fernandes Aransay, violão Fabio Zanon e o tenor Julian Stocker.
DA ODISSEIA E DA ÚLTIMA TENTAÇÃO DE CRISTO – O
escritor grego Nikos Kazantzákis
(1883-1957) é autor de umas das mais obras que se encontram no panteão da
literatura universal. Tive a oportunidade de ler seus livros Zorba, o grego, Cristo recrucificado e A
última tentação de Cristo, este último que virou filme homônimo dirigido pelo
cineasta Martin Scorcese, em 1988. Numa antologia da poesia moderna da Grécia,
o escritor José Paulo Paes alguns fragmentos do poema Da Odisseia, dos quais destaco o IX: “Minha mente, eu a deixo livre para anelar em segredo, desejar o que não
tem mais, querer aquilo que perdeu; digo-te que seguro as rédeas, firme, com as
duas mãos, mas meu cavalo solto sem temor nas pastagens do sonho. Eu te
agradeço, Deus[...] o insaciável
coração que me deste: ele festeja tudo sobre a terra e não se apega a nada”.
Veja mais aqui.
DO APRENDIZADO DO AR – O poeta, critico literário e letrista
carioca Tanussi Cardoso já foi
destacado Poeta do Mês no meu Guia de
Poesia, ocasião que me concedeu uma entrevista quando do lançamento da
antologia Rios. Entre os seus muitos
poemas, destaco Do aprendizado do ar:
imaginemos o ar solto na atmosfera / o ar
inexistente à luz dos olhos / imaginemos o ar sem senti-lo / sem o sufocante
cheiro de abelhas e zinabre / o ar sem cortes e fronteiras / o ar sem o céu / o
ar de esquecimentos / imaginemos fotografá-lo / fantasma sem textura / moldura
inerte / quadro de sugestões e aparências / imaginemos o ar / paisagem branca
sem o poema / vácuo impregnado de Deus / o ar que só os cegos vêem / o ar
silêncio de Bach / imaginemos o amor / assim como o ar. Veja mais dele aqui.
JAZZ – O livro Jazz
(Companhia das Letras, 2009), da escritora estadunidense e ganhadora do Prêmio
Nobel de Literatura de 1993, Toni
Morrison narra uma história instigante. Para se ter ideia, ela começa o
livro assim: Xi, eu conheço essa mulher. Ela morava com um bando de pássaros na
avenida Lenox. Conheço o marido dela também. Ele ficou caído por uma garota de
dezoito anos, um daqueles amores de espantar, lá do fundo, que fez ele ficar
tão triste e feliz que matou a moça para o sentimento continuar. Quando a
mulher, o nome dela é Violet, foi ao velório para ver a moça e cortar a cara
dela, foi jogada no chão e para fora da igreja. Ela correu, então, no meio de toda
aquela neve, e quando voltou para o apartamento tirou todos os passarinhos de
dentro das gaiolas e botou na janela para eles congelarem ou voarem para longe,
inclusive o papagaio que dizia “eu te amo”. Vale a pena ler. Confira mais
aqui.
SOMBRAS DE GOYA – Dos maravilhosos filmes que assisti do
premiadíssimo cineasta tcheco Milos Forman, entre eles Um estranho no Ninho (1975), Hair
(1979), Amadeus (1984), entre outros
tantos, um deles me chamou mais ainda a atenção: Goya´s Ghost (Sombras de Goya,
2006), no qual destaco a atuação da belíssima atriz Natalie Portman, já destacada aqui pela sua sempre marcante atuação
em diversos filmes. Veja detalhes desse filme aqui.
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mal-educados, o
cenário escolar, Friedrich Nietzsche, Gilles Deleuze & Félix Guattari,
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