A arte do do fotógrafo australiano Max Dupain (1911-1992).

DITOS &
DESDITOS - O mais admirável no fantástico é que o fantástico não
existe; tudo é real. Pensamento do
escritor francês André Breton (1886-1966). Veja mais aqui.
A INVENÇÃO DO
NORDESTE – [...] O Nordeste, assim
como o Brasil, não são recortes naturais, políticos ou econômicos apenas, mas,
principalmente, construções imagético-discursivas, constelações de sentido. [...] O
Nordeste, na verdade, está em toda parte desta região, do país, e em lugar
nenhum, porque ele é uma cristalização de estereótipos que são subjetivados
como característicos do ser nordestino e do Nordeste. [...] Trecho extraído
da obra A invenção do Nordeste e outras
artes (Massangana/Cortez, 2009), do historiador Durval Muniz de Albuquerque Jr.
O ROMANCE DO
NOVECENTO - [...] O
homem já não sabe (ou não sabe ainda, não reaprendeu a entender) quem é. Não
sabe porque a trégua entre ele e a sociedade, entre ele e o mundo, partiu-se.
[...] Além disso, o homem não está mais de acordo com o mundo, entendido como
essência, tanto é verdade que até a física está alterando todas as suas
hipóteses sobre a estrutura da matéria e sobre a evolução dos fenômenos
[...].
Trecho extraído da obra Il romanzo del novecento (Garzanti, 1987), do jornalista e critico literário Giacomo Debenedetti (1901-1967).
UM POEMA - Beatriz tem três anos / No alto da escada / Peço-lhe a
mão. Sim. / Dá-me a mão. / Escondo-a até ao pulso / Com a minha palma, / Um
pequeno volume consolador. / Tomamos todo o tempo / Para descer a íngreme / escada
alcatifada / Desejando eu em silêncio / Que a escada não tenha fim. Poema do poeta e
novelista britânico Adrian Mitchell
(1932-2008).
A arte do do fotógrafo australiano Max Dupain (1911-1992).
COISAS DE MACEIÓ – COAGRO
Estava eu doidinho da silva precisando de um produto inseticida para aplacar o pandemônio dumas baratinhas sacais que reinavam nos meus livros.
Um vizinho solidário com minha agonia, indicou-se uma série de empresas que poderiam me atender. Liguei uma a uma, até me indicar a Coagro.
Quando me falou da empresa, empunhamos a lista telefônica e descobrimos o número da loja da Avenida Durval de Gois Monteiro, uns 20 ou 30 quilômetros de onde eu estava. Aí liguei.
- Alô? -, disse eu.
- Dois minutos -, disse o sujeito que atendeu.
Nisso passou uns 5 minutos. Desliguei e tornei a ligar. Atenderam.
- Alô? -, disse eu, de novo.
- Dois minutos -, disse-me de novo quem atendeu.
Aí apelei!
- Porra, cara, tô ligando e vocês não atendem? -, disse isso e fui logo jogando reclamação braba.
Daí uns minutos o cara com voz embrulhada disse que a moça que atendia o telefone não estava e que eu aguardasse mais.
Aí minha paciência foi a zero.
O pior: o colocou o telefone no gancho.
Liguei de novo. Chamou, chamou e nada. Insisti. Quando já desistiu, uma moça atendeu.
- Minha filha, por favor, tem Maxforce IC? -, solicitei meio cordial.
- Tem -, respondeu-me de pronto.
- Quanto é?
- R$ 31,77.
- Vocês entregam em domicilio?
- Não.
- Onde vocês ficam?
- Na Avenida Durval de Gois Monteiro....
- Tá, vou pegar um táxi e chego já aí.
Fui, liguei para empresa de táxi, 15 minutos depois chegou. Me aboletei no banco de trás e mandei o endereço. Fomos. Logo pegamos um engarrafamento da porra na Avenida Fernandes Lima. Coisa duns 40 minutos empancado. Mas 1 hora de depois estava eu entrando na Coagro. Dirijo-me até o balcão e solicito do vendedor.
- Estou precisando de Maxforce IC.
- É pra já -, respondeu-me o vendedor.
Dirigimo-nos até a gôndola quando um certo cidadão instou do vendedor e começaram a conversar. Tive paciência. Mas quando falaram da cachaça de mais tarde, aí cheguei junto e puxei o vendedor que se lembrou que eu existia. Foi, então, que ele começou a passar o dedo sobre os produtos.
- Tem o Maxforce comum.
- Eu quero o IC.
- Esse não tem.
- Como?
- Não tem, ora.
- Mas eu liguei praqui há 1 hora atrás, falei com uma moça e ela me disse que tinha e que custava R$ 31,77.
O vendedor então olhou direitinho e encontrou a tabuleta dizendo: Maxiforce IC, R$ 31,77. Aí ele olhou para mim com uma cara zombeteira e disse:
- Tá aqui na plaqueta: Maxforce IC, R$ 31,77, mas não tem o produto, tá em falta.
- Mas rapaz, eu liguei, perguntei se tinha, me disseram que tinha e quanto custava, ainda me disseram que tinham para pronta entrega, peguei um táxi, vou gastar R$ 40 nessa travessia toda que vim da Mangabeiras e você me diz com a cara mais cínica que não tem?
- Não tem, ora. Quer que eu fabrique? -, disse-me desafiador.
Aí, perdi a esportiva e ?!¨$#$&*&*%&$?!!!!!$%#@!@*%$##@!@!#$#@!!##@@!%&*+%$#!@!, tudo isso comigo mesmo enquanto encarava a lata do sujeitinho sarcástico.
Aí contei até 10 e considerei: em Maceió onde a qualidade? Respondem: O que é isso? Ah, lembrei, ainda nem chegou. Pra gente já foi pro beleléu.
“Ó, Maceió, é três mulé prum homi só....” larilarilará.
Vamos aprumar a conversa & tataritaritatá!!!!
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