O CRAVO E A ROSA – Quando escrevi a historinha O Cravo e a Rosa, eu estava selecionando
o material resultante do Prêmio Nascente
de Arte Infanto-Juvenil – 2ª Edição, para elaboração da antologia Brincarte. Os trabalhos da garotada recolhido
das escolas me inspirou. E resolvi transformar a conhecida música infantil em
Literatura de Cordel. Publiquei em 1999 iniciando assim: Não seria a última / muito menos a primeira / por qualquer besteira /
arengavam o cravo e a rosa. / Se por razões tolas / ou por motivos fúteis /
pelas coisas mais inúteis / brigavam o cravo e a rosa. / Pelo ferrolho da
janela / por munganga ou zombaria / entravam da noite pelo dia / se estranhavam
o cravo e a rosa. / Era muxoxo pelos cantos / era careta pelas costas / era
retrucando resposta / que se entendiam o cravo e a rosa. RECADINHO PRAS CRIANÇAS DE TODAS AS
IDADES: Nesta quarta haverá reprise do Programa Brincarte do Nitolino
nos horários das 10 às 11hs, e das 15 às 16 hs, no Projeto MCLAM. Para conferir
ao vivo e online é só conferir aqui ou aqui. E veja mais também aqui & aqui.
PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui. – Logo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa. E com as seguintes atrações na programação: Elis Regina, Quarteto em Cy & MPB 4, Jair Oliveira, Sônia Mello, Ricardo Machado, Jarbas Barros, Mazinho, Elisete Retter, Júlia Crystal, Ozi dos Palmares, Edino Krieger, Patrício Teixeira, John Sebastian, Katri Helena, Stephen Gately, Nat King Cole, Paul Kantner, Francisca Valenzuela, Perla, Chiko Queiroga & Ana Vitória, Monsyerrá, Carlinho Motta, César Weber, Irah Caldeira, Cambada Mineira, Célio Matos & muito mais! Veja mais aqui.
SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 17 de março, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM - blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa
Imagem: Diane au bain (Diana Bathing), do pintor francês Antoine-Jean Gros (1771-1835)
Ouvindo o sexto álbum ao vivo Transversal do Tempo (Phonogram, 1978) da cantora Elis Regina. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.
Imagem: Clitemnestra (1817), do pintor
neoclássico francês Pierre-Narcisse Guérin (1774-1833).
CLITEMNESTRA: ORÉSTIA, A
TRILOGIA DE ORESTES – Na
mitologia grega, a bela rainha Clitemnestra ou Clitenestra era a esposa de
Agamemnon, o líder dos exércitos gregos em Troinha. Ela era irmã gêmea
não-idêntica de Helena. Ele ao desejá-la, assassinou seu marido Tântalo II para
desposá-la. A revolta levou os irmãos dela a guerrear contra ele, foram
convencidos por Tíndaro para conciliação. Ela, porém, revoltou-se com a atitude
do marido de sacrificar Ártêmis, de sua filha Ifigência, vingou-se do esposo
unindo-se ao primo dele Egisto para assassiná-lo e reinar sobre o povo de
Micenas. Por conta disso, rejeitos seus dois filhos, Electra e Orestes. Ela se
arrepende por rejeitar os filhos, alegando que sempre os amou ao mostrar os
seios que os amamentaram. Inexoráveis, os filhos matam a mãe e Egisto. A
história é contada na obra intitulada Oréstia, uma trilogia de peças teatrais
do dramaturgo grego Ésquilo, composta pelas tragédias Agamemnon, Coéforas e
Euménides, tratando a respeito da maldição recaiu sobre a família de Atreu após
a guerra de Troia. Veja mais aqui e aqui.
MULHER DOS OUTROS DE MENINO
GRANDE – Ouvindo o cd Menino Grande – Antônio Maria (2013), da
cantoramiga Clara Redig, reunindo
canções do poeta, radialista e compositor pernambucano Antônio Maria (1921-1964), lembrei que estava numa das minhas
estantes o seu ótimo livro Benditas sejam
as moças: as crônicas de Antônio Maria (Civilização Brasileira, 2002), do
qual destaco Mulher dos outros:
Dia claro. Primeiras horas do dia claro.
Havíamos bebido e procurávamos um café aberto, para uma média, com pão-canoa.
Quase todos estavam fechados ou não tinham ainda leite ou pão. Fomos parar em
Ipanema, num cafezinho, cujo dono era um português e nos conhecia de nome de
notícia. Propôs-nos, em vez de café, um vinho maduro, que recebera de sua
terra, "uma terrinha (como disse) ao pé de Braga". Não se recusa um
vinho maduro, sejam quais forem as circunstâncias. Aceitamo-lo. Nossa grata
homenagem a José Manuel Pereira, que nos deu seu vinho. Nesse café, além de
nós, havia um casal, aos beijos. As garrafas vazias (de cerveja) eram quatro
sobre a mesa e seis sob. Beijavam-se, bebiam sua cervejinha e voltavam a beijar-se.
Não olhavam para nós e pouco estavam ligando para o resto do mundo. Em dado
momento, entraram dois rapazes e pediram aguardente no balcão. Ambos disseram
palavrões, em voz alta. O casal dos beijos e da cerveja parou com as duas
coisas. Outros palavrões e o cabeça do casal protestou: — Pára com isso, que
tem senhora aqui! Um dos rapazes dos
palavrões: — Não chateia! — Não chateia o quê? Pára com isso agora! Um dos
rapazes do palavrão: — E essa mulher é tua mulher? — Não é, mas é mulher de um
amigo meu! A briga não foi adiante. Todos rimos. O dono da casa, os rapazes dos
palavrões, o casal. Está provado que: quem sai aos beijos com mulher de amigo
não tem direito a reclamar coisa alguma. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e
aqui.
UM TÁXI PARA VIENA
D´ÁUSTRIA – A excelente
obra Um táxi para Viena d´Áustria
(Companhia das Letras, 1991), do premiadíssimo escritor, jornalista e ocupante
da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, Antônio Torres, conta a
história de um publicitário desempregado que atravessa uma fase das vacas
magérrimas, culminando com a narrativa sobre um crime. Na coletânea Rio Literário: um guia apaixonado da cidade
do Rio de Janeiro (Casa da Palavra, 2005), encontro esse trecho do autor: Desceu na praça General Osório, pensando:
Ipanema é mais azul do que Copacabana. Os seus prédios são mais baixos. Aqui
ainda dá para se ver o céu. Só restava saber se isso o faria mais longe ou mais
perto de Deus. E, se Deus existisse mesmo, iria mandar prendê-lo, por vadiagem?
Andar sem pressa enquanto todos correm — eis um pecado mortal. E ele ainda ia
ter que andar um bocado até o endereço do seu amigo. O que significava: que
ainda dispunha de tempo — para pensar. Por que pensava tanto? Porque os
japoneses... Andando e pensando: o caminho se faz ao andar. E lembrando do
tempo em que aquela praça era muito mais agradável, sem os tapumes das obras do
metrô entravando os transeuntes e enfeando o pedaço. Pensando nas tramoias por
trás dos tabiques, e no golpe publicitário das obras, que só serviram para
molhar as mãos dos construtores que deram grana para a campanha eleitoral do
governador e agora estão aí, paradas, enfeando a praça. Pensando: e ninguém
chia. Ipanema, o metro quadrado de terreno mais caro do que o de um castelo na
Inglaterra, só protesta contra os camelôs que favelizam suas ruas e contra a
presença de negros em sua praia. Para o resto parece nem estar aí. — Por
favor... Assustou-se com a voz repentina que o interrompia, fazendo-o deter o
passo. E o pensamento. — A senhora falou comigo? — Sim, meu filho. Sentiu a
pele dos braços estremecer. “Meu filho.” Há quantos anos ninguém lhe chamava
assim? — Pois não? — Como é que eu faço para ir à Confeitaria Colombo? — Fica
em Copacabana. — Eu sei. — A senhora vai ter que pegar um ônibus. Venha comigo
que lhe deixo no ponto, ali na Visconde de Pirajá. — Mas eu queria ir a pé. — É
um bocado longe. — Não faz mal. Quero andar um pouco. Ver as ruas. Passo o
tempo todo ali, olhe (apontou para um prédio), trancada. Minha filha não me
deixa sair. Diz que não estou mais em idade de andar pelas ruas, que são
perigosas, é o que ela acha. Mas dei uma fugidinha. Não vou passar o resto da
minha vida presa num apartamento. — A senhora quer ir pela praia ou por dentro?
— Por onde tiver mais gente. Quero ver gente. Movimento. — Então venha comigo.
Depois eu digo como a senhora deve seguir. — Obrigada, meu filho. — De quê? — É
tão raro encontrar alguém que tenha boa vontade para dar uma informação! — A
senhora acha isso? — Acho, não. Tenho certeza. Sabe quantos anos eu tenho? —
Uns setenta, talvez. Ela riu. — Pois já tenho oitenta anos. — Não parece. A
senhora está ótima. — Obrigada. A boa senhora seguiu com ele, falando pelos
cotovelos. Devia ter passado muito tempo mesmo enclausurada. Por que a filha a
mantinha presa? Será que a velhinha era louca? Se era, não tinha cara disso.
Parecia uma pessoa perfeitamente normal. Falava com naturalidade. E estava
longe de ser uma chata. Muito pelo contrário. Era uma excelente companhia. E,
decididamente, ela não tinha o menor receio ou vergonha de conversar com um
desconhecido, mas sempre com uma desinibição natural, calma, nada afetada: —
Não sou daqui, da Zona Sul. Passei toda a minha vida na Zona Norte. Mesmo
depois que meu marido com ela. Relutei muito, sempre pensando que boa romaria
faz quem em sua casa está em paz. Um dia acabei cedendo. Ela é uma boa filha,
sabe? Só que vive tão apavorada, coitada. Morre de medo de tudo. Do trânsito,
de assalto, da violência. É por isso que ela nunca me deixa sair sozinha. Hoje
vai ter um chilique, quando souber que dei uma fugida. Bobagem ela se preocupar
tanto. A gente só morre quando chega a hora. E já estou na idade de me
divertir, você não acha? Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.
ULTIMO TANGO EM PARIS – O controvertido drama erótico
franco-italiano Último tango em Paris
(Le Dernier Tango à Paris, 1972), do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, com
roteiro de Franco Arcalli e Agnés Varda, e trilha sonora jazzística do
compositor e arranjador argentino Gato Barbieri. O filme é recheado de
polêmicas desde as fantasias eróticas do diretor, a declaração dele de que a
atriz francesa Maria Schneider (1952-2011),
havia se fixado de forma edipiana por Marlon Brando, ela declarou a humilhação
sexual durante as filmagens de se sentir estuprada por Brando e Bertolucci,
este último para ela um cafetão e gangster, afora ter ela dito que o filme
arruinou sua carreira e que se tornara o seu único arrependimento na vida.
Brando também fez declarações semelhantes, alegando ter sido humilhado e
violado. De outra parte, o filme alcançou a condição de ter-se tornado uma
obra-prima cinematográfica, sucesso de bilheteria mundial, além da controvérsia
criada pelo caos emocional e violência sexual que lhe causaram censura em todo
mundo. O filme conta a história de um forasteiro americano de meia idade em
Paris, enlutado pela morte da mulher, alugando um apartamento no qual encontra
uma jovem parisiense de espírito livre, ambos interessados em aluga-lo. Sem se
conhecerem passaram a ter relações sexuais no local, desenvolvendo-se a partir
dali uma trama que finda numa tragédia. A atriz que até então era desconhecida,
adotara o nome da mãe porque só foi reconhecida pelo pai quando já era
adolescente, tornando-se uma celebridade. Veja mais aqui, aqui, aqui e aqui.
Veja mais sobre:
Uma ou outra coisa que eu sei de mim, Rio Una, Fernando Pessoa, Robert Delaunay & Anikeev Sergey aqui.
E mais:
Educação para além do capital de István
Mészarós, A origem das espécies de Charles Darwin, O ateneu de Raul Pompeia, A
música de Antonio Salieri & Montserrat Caballé, O batizado da vaca de Chico
Anysio, a escultura de Pierre Le Gros, a pintura de Robert Delaunay,
Hipermnestra & Liceu, Pedro Almodóvar & Infância, imagem e literatura:
uma experiência psicossocial aqui.
Mandonismo da paixão & a pintura de Carolyn Weltman aqui.
Educação, afetividade, transversalidade
& homossexualidade aqui.
Código de Defesa do Consumidor, Casa
Grande & Senzala de Gilberto Freyre, Ensinar aprendendo de Içami Tiba,
Papisa Joana & Johanna Wokalek, a música de Oswaldo Montenegro, a pintura
de Giovanni Battista Tiepolo & James Gillray aqui.
Fecamepa: salve Dioniso, evoé Baco, a
poesia de César Vallejo, a música de Franz Haydn & Teresa Berganza, o
teatro de Augusto Boal, a pintura de Rosa Bonheur & William-Adolphe
Bouguereau, Sabina Spielrein & Keira Knightley aqui.
Para fazer do Brasil um páis melhor tem
que começar tudo em casa, A
gaia ciência de Friedrich Nietzsche, Incidentes em Antares de Érico Veríssimo,
Cidade do amanhã de Peter Hall, O desenvolvimento das cidades de Nelson Werneck
Sodré, Geração 70 de Álvaro Manuel Machado, a música de Louis Moreau Gottschalk
& Ivan Lins, a escultura de Alberto Santos & Candidato faz tudo cara de
pau na maior responsa aqui.
É preciso respeitar as diferenças, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a
História do Brasil de Angela de Castro Gomes, o pensamento de Bernard Stiegler,
a cidade de Marshal McLuhan, a música de Jards Macalé, a literatura de
Monica Ali, o cinema de Wong Kar-Wai & Maggie Cheung, a arte de Artur
Barrio, a fotografia de Luiz Filho & Annie Leibovitz, . A gravura de
DiMagalhães, Teatro na Rua, o cartun de Harvey Kurtzman & Canto paródia de
mim aqui.
Depois da tempestade nem sempre uma
bonança, A gaia
ciência de Friedrich Nietzsche, A poética do romance de Autran
Dourado, A ciência pós-moderna de Boaventura de Sousa Santos, o
pensamento de Gilbert Simondon, a coreografia de Hisako Horikawa, o cinema de
Júlio Bressane, a pintura de Nancy Bossert, a arte visual de Patti Smith &
Mônica Nador, o grafite de Alex Vallauri, a fotografia de Alfred Noyer, Pombas
Urbanas, a arte multimídia de Hudinilson Urbano Junior & Pra vida ofereço a
outra face aqui.
A educação por água abaixo pra farra dos
mal-educados, A ilusão jurídica de István Mészarós, A
metáfora do rizoma de Gilles Deleuze & Félix Guattari, A gaia ciência de
Friedrich Nietzsche, Serviço Social na Escola, a fotografia de Henri
Cartier-Bresson, a arte de George Segal & Eulalia Valldosera, A morte sem
nome de Santiago Nazarian, a música de Jussara Silveira, Teatro P com P, o
grafite de Crânio, o desenho de Roger de La Fresnaye & Quando Ciuço Pacaru
embarcou no maior revestrés aqui.
Judicialização do SUS: pra que saúde se
não tem nem onde cair morto,
Os objetivos da educação de Alain Touraine, A gaia ciência de Friedrich
Nietzsche, Contos de Genji de Murasaki Shibuku, A educação escolar, a música de
Hans-Joachim Koellreuter & Sérgio Villafranca, a pintura de Carlos Scliar,
a charge de Latuff, As Meninas do Conto, a escultura de João Sotero, o cinema
de Frances François Ozon, a fotografia de Eduardo Ramirez & Juan Esteves aqui.
As
proezas do Biritoaldo aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.