quarta-feira, fevereiro 25, 2015

LYOTARD, RIKU ONDA, SARAH HALE & O AMOR

 


Quem ama persegue o alcandor

E segue adiante o alvo da paixão

Vai mais distante seja pra onde a flor

Desabrocha o amor no seu coração

 

Mantem a luta do que alcançou

A desfrutar para sempre o seu quinhão

Maior a dívida do seu penhor

Porque o amor

É mútua condecoração

 

É o amor

Quem manda agora

Todo carisma

Como num prisma

Rolasse a hora

Do amor

 

O AMOR - Os olhos dela nos meus: uma fisgada de pegar na beca – preste atenção! -, desarrumando vinco, colarinhos, certezas, tudo em desalinho, a captura do amor na hora certa. E um beijo seu, primário do nada, profundo de todo, insensato de loucura prévia, me invade a remover todos os meus muros e minhas mortes, assaltando as quatro paredes da minha solidão, a me devolver a vida no que me resta de ser. E me envolve e afeta meu coração a bater descontrolado por saber da soberania do seu reinado que me toma o céu para reinar com seu reluzente jeito, descartando lembranças e sarando meus ferimentos para remissão de todas as perdas. E colhe com carinho as flores murchas dos meus jardins tristonhos para a semeadura da sua magnifica presença a me salvar dos perigos com a manhã luminosa do seu beijar que não contém seus ímpetos e nem perdeu a ocasião de me fazer feliz. E me ronda e espreita para dar-me a paz com o afago da sua amanhecida carícia e a me enfeitiçar nas horas dos meus sonhos com o deslumbrante emanar do hálito morno do seu sopro vivente. E me abraça para me defender do perecível e me socorrer da vida miserável do meu isolamento, e me encoraja para que eu não fraqueje na ruína da memória a permitir que floresça em mim um ânimo por demais afortunado. E assim eu sou em suas mãos ternas já entardecidas nas minhas. E ela as mantém entrelaçadas em sua alma aconchegante para que eu não seja errante na brisa leve que vem do leste do seu afago. E me traz a fragrância do seu perfume na dança dos meus desejos que germinam ao toque de carícia dos seus dedos por minhas faces perdidas. E sinto o seu sorriso amoroso com meus beijos e escuto o suspiro dos seus segredos mais escondidos e acendo em sua boca ardente os sussurros do seu coração. E toda a sua majestade se manifesta para me contemplar a alma com as riquezas de sua entrega. E posso escolher entre as suas faces para proclamá-la deusa minha com seu manto transparente de visível beleza estival no triunfo da formosura, e eu com vivas a me embebedar com o místico aroma do incensório que emana de seu ser. Tomo-a em meus braços e sinto em meu peito o pulsar do prazer de seu corpo trêmulo para o meu extravio no seu rosado entardecer e ela inteira amadurece nas minhas mãos para que eu recolha a colheita de seus prados enquanto sacode o quadril na travessura dos seus lábios que juram safras exitosas. E escuta meu coração atenta e envolta ao meu pescoço a se descobrir presa fácil na troca do meu coração com o seu, se derramando impaciente a sacudir a cabeça para se erguer altiva e idolatrada nas minhas libações profundas do meu arado em suas plantações. E se precipita celebrada como quem cumpre a quem merece com empenho e devoção, como quem esculpe uma obra de arte no meu corpo e me ensina a voar sobre as águas enquanto passeia o seu deslumbrante emanar no meu riso. Eu voo e na sua viagem sem pressa lugar algum será longe no seio de suas numerosas noites, como nenhum prazer jamais será fugaz no esplendor de sua gloria. Ela ascende máxima e exalta com seus preciosos aromas deleitosos e completamente destemida na paixão, faz-se roçar com seu ímpeto lascivo o meu corpo de eleito da sua beleza revelada e a me ofertar o reservado quinhão que me cabe de sua magnífica presença no centro da sua noite iluminada. E adivinha com o véu das nuvens de seu abraço a transbordar apressada com a urgência dos meus mais exaltados sentimentos, quando o eco dos seus desejos perpassa minha carne no voo dos seus penhascos e se me revelam o ancoradouro no qual meu nome e o seu está inscrito e apenas o querer nos separa de tudo que nos falta e me faz atado pelo elo da paixão desesperada. E assim tenho o prêmio do ardor de todo o seu prazer vivo nas suas luzes extremadas que me dão a perícia suprema de que seus passos farão as trilhas do meu caminho lado a lado até enlanguescer na caminhada para repousar o meu prazer na sua fonte profusa que jorrar o nosso prazer. Veja mais aqui, aqui & aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Mesmo que uma pessoa experimente picos invejáveis ​​de felicidade, uma vida plena, toda felicidade ainda carrega consigo a solidão inerente ao ser humano... Pensamento da escritora japonesa Riku Onda, que no seu livro The Aosawa Murders (Bitter Lemon Press, 2005), ela expressou: [...] Se minha vida fosse um livro, a parte mais grossa, a que tem mais páginas com orelhas de cachorro, seria a que fala daquele caso. A lombada estaria torta de tanto ser aberta naquelas páginas. E o livro sempre cairia aberto naquele lugar. É assim que eu vejo. [...] Foi assim que escolhi lidar com isso. Senti que não tinha outra escolha. [...]. Veja mais aqui.

 

ALGUÉM FALOU: As democracias foram, e os governos são chamados, livres; mas o espírito de independência e a consciência de direitos inalienáveis ​​nunca foram antes transfundidos nas mentes de um povo inteiro... O sentimento de igualdade que eles orgulhosamente acalentam não procede da ignorância de sua posição, mas do conhecimento de seus direitos; e é esse conhecimento que tornará tão extremamente difícil para qualquer tirano triunfar sobre as liberdades de nosso país... São necessários apenas alguns fios de esperança para que o coração hábil no segredo teça uma teia de felicidade... Nesta era de inovação, talvez nenhum experimento tenha uma influência mais importante no caráter e na felicidade da nossa sociedade do que conceder às mulheres as vantagens de uma educação sistemática e completa... Pensamento da ativista poeta estadunidense Sarah Hale (1788-1879). Veja mais aqui e aqui.

 

PEREGRINAÇÕES: LEI, FORMA & EVENTO - [...] O sentimento sublime não é mero prazer como o gosto é – é uma mistura de prazer e dor... Confrontada com objetos que são muito grandes de acordo com sua magnitude ou muito violentos de acordo com seu poder, a mente experimenta suas próprias limitações. [...]. Trecho extraído da obra Peregrinations: Law, Form, Event (Wellek Library Lectures (Columbia University Press, 1, 1990), do filósofo francês Jean-François Lyotard (1924-1998), que no seu livro Driftworks (MIT Press, 1984), expressou: [...] O desejo confunde o conhecimento e o poder. [...]. A sua filosofia pós-moderna defende que: Simplificando ao extremo, defino pós-moderno como incredulidade em relação às metanarrativas. O conhecimento é e será produzido para ser vendido, é e será consumido para ser valorizado numa nova produção: em ambos os casos, o objetivo é a troca. Nosso trabalho não é fornecer realidade, mas inventar alusões ao concebível que não pode ser apresentado. Os séculos XIX e XX nos deram tanto terror quanto podemos suportar. Pagamos um preço alto o suficiente pela nostalgia do todo e do um, pela reconciliação do conceito e do sensível, da experiência transparente e comunicável. Sob a demanda geral por afrouxamento e apaziguamento, podemos ouvir os murmúrios do desejo por um retorno do terror, pela realização da fantasia para tomar a realidade. A resposta é: vamos travar uma guerra contra a totalidade; vamos ser testemunhas do inapresentável; vamos ativar as diferenças. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui & aqui.

 

O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA – No livro O mistério da consciência (Companhia das Letras, 2000), do médico neurologista e neurocientista português, António Damásio,aborda acerca da consciência humana, apresentando a sua revolucionária teoria do enigma da consciência, como sendo o maior desafio da filosofia e das ciências da vida ao descrever como a consciência abriu caminho para o surgimento de realizações humanas como a arte, a ciência, a tecnologia, a religião, a organização social, por meio de uma pesquisa sobre o cérebro e da complexidade de todo ser humano, sua adaptação ao ambiente, sua sobrevivência e os conflitos consigo mesmo que se realiza com um sistema complexo que articula imaginação, criatividade e planejamento que fazem surgir a consciência. Nessa obra ele se expressa assim: [...] se a criatividade for dirigida com sucesso, mesmo modestamente, permitiremos à consciência, mais uma vez, cumprir seu papel de regulador homeostático da existência. Conhecer contribuirá para ser. Tenho até alguma esperança de que compreender a biologia da natureza humana contribuirá com seu quinhão nas escolhas a serem feitas. Seja como for, melhorar as condições da existência é precisamente a finalidade da civilização, a principal consequência da consciência; e, por no mínimo 3 mil anos, com recompensas maiores ou menores, melhorar é o que a civilização vem buscando. A boa notícia, portanto, é que já começamos.Veja mais aquiaqui, aqui, aqui e aqui.

Imagem: Nu barbotant, do pintor impressionista francês Pierre-Auguste Renoir (1841-1919). Veja mais aquiaqui.

Ouvindo George Harrison Live in Japan (1992), do músico, compositor e ex-integrante dos Beatles, George Harrison (1943-2001). Veja mais aqui.

A ESTÉTICA DA PERSONALIDADE EMPÍRICA E POÉTICA - A concepção estética do filósofo, historiador e escritor italiano Benedetto Croce (1866-1952), parte do exame da obra de arte como sentimento que se reelabora na pureza da forme. Ele se baseia na necessidade de distinguir o que chama de personalidade empírica – biografia, características pessoas do autor -, estabelecendo a diferença entre esta e a personalidade poética. Assim como a primeira se acha unida, integrada no corpo e na natureza, o objeto da crítica literária seria fundamentalmente o de unificar a segunda, já que abriga a poesia e a não-poesia, a intuição lírica e seus acessórios ideológicos, históricos e filosóficos. Por outro lado, de acordo com sua concepção da história, Croce considera a crítica literária como único método capaz de destacar, na obra de arte, a expressão individual colocada acima de seu período histórico e dos movimentos ou influencias de orientação estética e literária em se originou. Outro elemento importante para a crítica de Croce vem a ser sua identificação do espirito com o universo: a obra poética traz em si o universo em totalidade, exprimindo a harmonia de seus contrastes. Veja mais aquiaqui.

PRIMA JULIETA – No livro A idade do serrote (Sabiá, 1968), o poeta e prosador do Surrealismo brasileiro, Murilo Mendes (1901-1975), encontrei o delicioso conto Prima Julieta, no qual ele faz a seguinte narrativa: Prima Julieta, jovem viúva, aparecia de vez em quando na casa de meus pais ou na de minhas tias. O marido, que deixara uma fortuna substancial, pertencia ao ramo rico da família Monteiro de Barros. Nós éramos do ramo pobre. Prima Julieta possuía uma casa no Rio e outra em Juiz de Fora. Morava em companhia de uma filha adotiva. E já fora três vezes à Europa. Prima Julieta irradiava um fascínio singular. Era a feminilidade em pessoa. Quando a conheci, sendo ainda garoto e já sensibilíssimo ao charme feminino, teria ela uns trinta ou trinta e dois anos de idade. Apenas pelo seu andar percebia-se que era uma deusa, diz Virgilio de outra mulher. Prima Julieta caminhava em ritmo lento, agitando a cabeça para trás, remando os belos braços brancos. A cabeleira loura incluía reflexos metálicos. Ancas poderosas. Os olhos de um verde azulado borboleteavam. A voz rouca e ácida, em dois planos; voz de pessoa da alta sociedade. Uma vez descobri admirado sua nuca, que naquele tempo chamavam de cangote, nome expressivo: pressupõe jugo e domínio. No caso somos nós, homens, a sofrer a canga. Descobri por intuição a beleza do cangote e do pescoço feminino, não querendo com isto dizer que subestimava outras regiões do universo. Veja mais aqui, aquiaqui.


O CÃO CHUPANDO MANGA – Por ocasião do lançamento do seu livro O cão chupando manga, a escritora Joyce Cavalccante concedeu uma entrevista exclusiva pro meu Guia de Poesia. Antes, porém, confira um fragmento desse ótimo livro: Ninguém deixa de chegar ao pra onde se está indo. Guardando essa crença no coração Zezito desceu do ônibus para esticar as canelas que, ou curtas ou não, há dezoito anos o levavam aonde cismava de ir O motorista suado trocava um pneu murcho em silêncio e os passageiros esticavam o pescoço pra fora das janelas, tentando ver que arrumação era aquela. O sol já estava indo embora, o que significava que chegariam no escuro e ele ainda teria de arranjar um lugar pra dormir. Dava até vontade de perguntar a alguém, pedir um palpite sobre um canto pra passar a noite, porém não ia fazer aquilo não. Falar, quanto menos melhor. Sorriu. Em boca fechada não entra mosca, era como dizia sempre o Compadre. Ele sim, sabia das coisas. Sorriu outra vez se lembrando do Compadre, e voltou para seu lugar. Esperou pensando, pensando, fazendo seus planos. O motorista entrou e deu a partida enquanto ele continuou matutando, decidindo o que fazer de si naquela sua primeira noite da vida em São Paulo. A medida em que a claridade das luzes ia aumentando, ia aumentando também seu entusiasmo. Curioso, olhava tentando enxergar o que podia. Era muita gente. Era muito frio. Era muito tudo. - Ô cidade pai d'égua - pensou. O colorido do teto de acrílico da estação rodoviária era de fascinar. Se viu quase tonto, achando tudo de uma boniteza só. Se dependesse dele ficaria ali olhando pra cima a noite inteira, ou então, olhando o vai e vem daquele povaréu. A cidade era grande. Todo mundo tinha avisado. Mas não imaginava que fosse tão grande desse jeito. Agarrou sua sacola e foi andando a pé, a procura de um paradeiro. Preferia pernoitar por ali perto mesmo. Entrou em vários hotéis perguntando o preço, mas cada qual que fosse mais caro do que o outro. Povo ladrão, concluiu. Andou, andou, andou e voltou para a rodoviária outra vez. Atraído, decidiu dormir ali mesmo sentado num dos bancos. Mas quando escolheu um banco viu um guarda passando. Amedrontou-se. Os homens da lei não eram seu forte. Não que estivesse devendo alguma coisa, mas é que eles sempre acham um motivo pra fazer um sujeito pobre como ele se entender com a dona Justa. Saiu andando outra vez e descobriu um alojamento esquisito. Era mais um hotel aquilo ali bem ao lado da rodoviária, o qual não tinha notado antes porque nem placa tinha. Indagou o preço e achou satisfatório, pois era bem mais barato do que os outros. Não fez muitas perguntas pagando adiantado, cumprindo uma exigência da casa. Seguiu o moço da portaria. O tal moço, usando uma calça brilhando de sebo e fedendo a suor azedo, acendeu a lanterna que carregava pendurada no pescoço, abriu uma porta larga e fez sinal para que ele não fizesse barulho. Ao olhar para dentro do quarto, Zezito recuou perguntando: - Que marmota é essa? O moço fez um sinal exagerado para que ele ficasse em silêncio e deu de sussurrar em seu ouvido com voz de bem-me-quer: - Aqui é o hotel da corda, nunca ouviu falar? - Inda não - respondeu Zezito, espantado com o que via. - O negócio aqui, meu bem, é sentar, segurar na corda e se entregar. Ao sono, claro - explicou o empregado cheio de requebros. Mesmo estando escuro, Zezito olhou para seu interlocutor com modo atravessado, achando: - Esse daí é baitola. Morto de cansado, entrou e sentou no lugar indicado pelo facho de luz da lanterna. Ficou tentando entender onde estava. Quando se acostumou à escuridão, percebeu que estava num quarto enorme que mais se parecia um galpão. Ao longo das quatro paredes tinha um banco feito como se fosse uma prateleira, onde sentadas, dormiam e roncavam criaturas agarradas a uma corda para manter o equilíbrio. Era o famoso Hotel da Corda, a respeito do qual muita gente nunca ouviu falar [...]. Veja a entrevista aqui e mais aqui e aqui.


A TETA E A LUA – Um dos mais impressionantes filmes que já assisti, La teta e la luna (A teta e a lua, 1994), do cineasta e roteirista espanhol Bigas Luna(1946-2013), com música de Nicola Piovani, roteiro do próprio Bigas e Cuca Canals, sem dúvida é um dos que mais aprecio rever. Principalmente pela inesquecível atuação da atriz francesa Mathilda May em cenas inesquecíveis, meritória de ser homenageada na campanha Todo dia é dia da mulher. Veja mais aqui, aquiaqui.



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CRÔNICA DE AMOR POR ELA
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CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
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terça-feira, fevereiro 24, 2015

RITA JOE, ELIF SHAFAK, KAKÁ WERÁ & CATHERINE DENEUVE

 


NELA, O TRÂMITE: O QUE É DA VIDA SENÃO AMOR... - Não tenho asas e nem sei onde estou. Ela Boadicea me sorria para que não me sentisse recusado Manet no Le Havre et Guadaloupe, nem levado pelos mares tenebrosos de Conrad. Seu abraço de Ninfa surpresa juntou meus pedaços e vivi em suas feições marcantes o apaziguamento da minha perdição: era o afeto mais real que vinha de sua contumaz transparência, como quem caísse do telhado nua de céu. Jogava-me suas cartas como Aura de Fuentes e dos seus olhos escuros quão tardia indômita Melodia de Backer. Era Morisot elegantemente refinada entre violetas, com sua boca de véspera e eu mais que assíduo no seu jeito entreaberto. Insinuava-se tal gata de Nise no fio de Bastet: um olhar faminto na boca sedenta. Deu-me o sistro com a mão direta e, com a outra, a efígie com cabeça de leoa coroada pelo disco solar e serpente uraues: era a filha de Rá desvelando os segredos piramidais. E me fez Anúbis amante na assimetria das horas em plena madrugada, com sua nudez iluminada e o surpreendente nascia do quase impossível. Tudo nela onírica Dama do Lago de Cocaigne, no reino de Anaitis. E nela adormecia e sonhava tantas noites de outras vezes: a salvação era ela inopinada cheia de luz, fogos de artifícios nas minhas veias, trovões no meu coração. Desse no meio da solidão seria outro dia e mesmo que não tivesse para onde ir era nela: o amor valia a vida. Veja mais aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui e aqui.

 


DITOS & DESDITOS - Pare de correr atrás das ondas. Deixe o mar vir até você... Todo amor e amizade verdadeiros são uma história de transformação inesperada. Se somos a mesma pessoa antes e depois de amar, isso significa que não amamos o suficiente... Pensamento da escritora turca Elif Shafak, que no seu livro The Forty Rules of Love: The magical tale of love and self-discovery from the bestselling author of The Island of Missing Trees (Penguin, 2009), expressa que: […] Aconteça o que acontecer em sua vida, não importa o quão preocupantes as coisas possam parecer, não entre na vizinhança do desespero. Mesmo quando todas as portas permanecerem fechadas, Deus abrirá um novo caminho somente para você. Seja grato! [...] Se somos a mesma pessoa antes e depois de amar, isso significa que não amamos o suficiente. [...] Não vá com o fluxo. Seja o fluxo [...] Como o amor pode ser digno de seu nome se alguém seleciona somente as coisas bonitas e deixa de fora as dificuldades? É fácil aproveitar o bom e não gostar do ruim. Qualquer um pode fazer isso. O verdadeiro desafio é amar o bom e o ruim juntos, não porque você precisa aceitar o áspero com o suave, mas porque você precisa ir além dessas descrições e aceitar o amor em sua totalidade. [...] Paciência não significa suportar passivamente. Significa ser clarividente o suficiente para confiar no resultado final de um processo. O que paciência significa? Significa olhar para o espinho e ver a rosa, olhar para a noite e ver o amanhecer. Impaciência significa ser tão míope a ponto de não conseguir ver o resultado. Os amantes de Deus nunca perdem a paciência, pois sabem que é preciso tempo para que a lua crescente fique cheia. [...] Como vemos Deus é um reflexo direto de como nos vemos. Se Deus traz à mente principalmente medo e culpa, significa que há muito medo e culpa acumulados dentro de nós. Se vemos Deus como cheio de amor e compaixão, nós também somos. [...].

 

ALGUÉM FALOU: É preciso ter liberdade e confiança absolutas para se expressar verdadeiramente. Eu me esforço para ser autêntica e fiel a mim mesmo, em vez de me conformar com as expectativas da sociedade. Eu encontro consolo e alegria na solidão. Ela me permite conectar com meu eu interior. Eu sei quem eu sou, como eu era. Eu não quero saber como eu serei porque ninguém sabe disso... É melhor não se preparar, porque o que você preparar sempre estará errado... Fortaleça sua mente em qualquer lugar e a qualquer hora. Acredito no poder do silêncio. Às vezes, as palavras podem diluir a essência de um momento. Gentileza e empatia são as verdadeiras medidas de caráter. Pensamento da atriz francesa Catherine Deneuve. Veja mais aqui, aqui, aqui & aqui.

 

PERDI MINHA FALA - Perdi minha fala \ A fala que você levou embora. \ Quando eu era uma garotinha \ Na escola Shubenacadie. \ Você a arrebatou: \ Eu falo como você \ Eu penso como você \ Eu crio como você \ A balada embaralhada, sobre meu mundo. \ Duas maneiras de falar \ Ambos os caminhos eu digo, \ Seu jeito é mais poderoso. \ Então gentilmente ofereço minha mão e peço, \ Deixe-me encontrar minha fala \ Para que eu possa lhe ensinar sobre mim. Poema da escritora indígena canadense Rita Joe (1932-2007), membro da tribo Mi’kmaq, tendo aos 10 anos tornado-se órfã e aos 12 anos, entrado para uma escola indígena, onde as críticas destrutivas quanto à sua cultura de origem constantemente a incentivaram a começar a escrever como forma de resistência. O poema escrito em 1989, I Lost My Talk, foi destacado em uma entrevista que ela concedeu mencionando: Meu maior desejo é que haja mais escrita do meu povo, e que os nossos filhos a leiam. Eu já disse repetidas vezes que a nossa história seria diferente se tivesse sido expressa por nós mesmos...

 

A TERRA DOS MIL POVOS – [...] A palavra tem espírito [...] E nesse contar eu sou o espírito de cada folha, cada planta, cada brisa pronunciada. Eu sou cada pedra no caminho e cada vento, cada dia de sol e cada dia noite de lua e cada brisa; e cada brilho de cada estrela. Nesse contar eu sou o fluxo límpido da cachoeira e do rio, e de toda água que preenche o grande mar [...]. Trechos extraídos da obra A terra dos mil povos: história do Brasil contada por um índio (Peirópolis, 1998), do escritor, ambientalista e conferencista indígena tapuia, Kaká Werá Jecupé (Carlos Alberto dos Santos), que no livro Oré awé roiru’a ma - Todas as vezes que dissemos adeus (TRIOM, 2002), Kaká expressa:[...] É entre o sul e o norte que Mãe Terra expira as almas. Por estes quatro cantos flui a grande vida. Por estes quatro cantos os nomes descem à Terra. Por estes Quatro cantos as palavras encarnam, tornando-se gente. Apontava-me o Leste, o Norte, o Sul, o Oeste. - Por esta respiração sagrada o ‘espírito-nomeado’ contempla seu último desdobrar, indobrando-se na terra virando semente, depois é que a pequena mãe terrena concebe o corpo do nome na barriga. Quando Pai e Mãe abraçam o abraço de criar. Quando dois viram um. No abraço do ‘fogo-amor’, recomeça a magia do desdobrar da semente: vira música, vira dança, vira voo e passa a caminhar pelo chão da vida terrena. [...]. Já no livro Tupã Tenondé: a criação do Universo, da Terra e do Homem segundo a tradição oral Guarani (Peirópolis, 2001), Kaká traz esse belíssimo momento poético: Os fundamentos do ser foram concebidos \ Na origem da futura linguagem humana,\ Tecida da sabedoria contida em sua própria divindade\ E em virtude de sua sabedoria criadora\ Concebeu como primeiro fundamento o Amor.\ Antes de existir a terra,\ Em meio à Noite Primeira\ E antes de ter-se conhecimento das coisas,\ O amor era [...] O ser humano é percebido como “alma-palavra” – é o que se expressa mediante a linguagem e por meio do pensamento. Ser e som têm o mesmo sentido. Para essa percepção é necessário ampliar o nosso conceito de som para além da vibração sonora, percebê-lo como corpo-vida, princípio dinâmico da luz cuja forma denominamos “consciência” [...] uma tonalidade da Grande Música Divina colocada em pé, encarnada, dentro de um assento chamado corpo-carne, para entoar a criação no mundo terreno, para ser na Terra o que sua essência sagrada é no céu – escultor, tecelão, cantor e transformador da vida [...].  O grande movimento da vida é qualificado como Amor incondicional e Sabedoria. É com base na qualidade do amor e na sabedoria que o universo torna-se supraconsciente, consciente e subconsciente de si mesmo. Equilibra os mundos, sustenta as dimensões, gera o Cosmos. O Grande Espírito torna-se Música Celeste, ritmo e movimento. Desdobra-se em Espíritos Co-Criadores, chamados também de Seres-Trovões. Sonha e manifesta a morada terrena. Os Seres-Trovões estabelecem moradas espirituais nas quatro direções e agora recebem a responsabilidade de gerarem palavras-almas, tonalidades de suas essências, para encarnarem na Terra [...].

 

O MISTÉRIO DA CONSCIÊNCIA – No livro Psicologia Social crítica como prática de libertação (EdiPucRS, 2009), o filósofo, sociólogo, professor e doutor em Psicologia Social, Pedrinho Guareschi, aborda no segundo capítulo a questão acerca do Mistério da consciência, expressando que: Somos seres limitados, em processo, não apenas imortais, mas eternos, em busca do infinito. O mistério é sempre invisível, intocável, inefável [...] Chega-se a ele através da contemplação, da meditação profunda, onde nossos olhos se fecham, nossos ouvidos se cerram, nossas mãos descansam, onde não necessitamos pronunciar palavras. Quem experimentou, sabe. [...] a consciência é a resposta que conseguimos dar às perguntas: quem sou eu: que são as coisas que me rodeiam? A consciência seria o quanto de resposta conseguimos dar a essas perguntas. Quando mais resposta, mais consciência. A consciência é, portanto, um processo infinito, de busca e de construção de respostas. Vamos crescendo em consciência na medida em que conseguimos respostas. [...] É a consciência que leva à liberdade. Isto é, que só é livre quem tem consciência. Através do processo de descoberta, investigação, reflexão meditação, contemplação, vamos identificando a r5azão de nós sermos o que somos e de por que as coisas que nos rodeiam são do modo que são. Esse seria o caminha para a liberdade, processo também infinito. [...] só é livre quem tem consciência; a consciência é um pressuposto indispensável para que alguém possa ser considerado livre. E a responsabilidade? [...] passa pelo caminho da consciência e da liberdade. Poderíamos então afirmar: a consciência conduz à liberdade; e a consciência e a liberdade conduzem à responsabilidade. O especifico do conceito de responsabilidade é que ele implica uma ação de resposta, um incentivo à ação: responsabilidade vem de resposta [...]. Veja mais aqui e aqui.

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui Logo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa, com as seguintes atrações na programação: Egberto Gismonti, Duofel, Nando Lauria, Gal Costa & Caetano Veloso, Djavan, Geraldo Azevedo, Chico Buarque, Chico César, Sônia Mello, Roberto Toledo, Mazinho, Julia Crystal & Monica Brandão, Elisete Retter & Edward Brown, Irina Costa & Mácleim, Ricardo Machado, Ely Camargo & Reisado de Alagoas, Frederico Amitrano, Zé Linaldo & Ramanir, Zé Ripe & Paulo Profeta, Tirso Florence de Biasi & Banda Tres, Sóstenes Lima, Jan Cláudio & Eduardo Proffa, Ju Mota, Rusty Young, David Sylvian, Pedro Abrunhosa, Wilson Simonal, Daniel & muito mais! Veja mais aqui.

SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 24 de fevereiro, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM - blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa

Imagem do pintor norueguês Johan Christian Dahl (1788-1857)

Ouvindo Pablo Milanés ao vivo no Brasil (Philips, 1984) do cantor cubano Pablo Milanés. Veja mais aqui.

SE EU FOSSE PINTOR... – No livro Ilusões do mundo (Nova Aguilar, 1976), a escritora, pintora, professora e jornalista Cecília Meireles (1901-1964) traz a crônica Se eu fosse pintor, na qual ela se expressa assim: Se eu fosse pintor começaria a delinear este primeiro plano de trepadeiras entrelaçadas, com pequenos jasmins e grandes campânulas roxas, por onde flutua uma borboleta cor de marfim, com um pouco de ouro nas pontas das asas. Mas logo depois, entre o primeiro plano e a casa fechada, há pombos de cintilante alvura, e pássaros azuis tão rápidos e certeiros que seria impossível deixar de fixa-los, para dar alegria aos olhos dos que jamais os viram ou verão. Mas o quintal da casa abandonada ostenta uma delicada mangueira, ainda com moles folhas cor de bronze sobre a cerrada fronde sombria, uma delicada mangueira repleta de pequenos frutos, de um verde tenro, que se destacam do verde-escuro como se estivessem ali apenas para tornar a árvore um ornamento vivo, entre outros brancos, os pios vermelhos, o jogo das escadas e dos telhados em redor. E que faria eu, pintor, dos inúmeros pardais que pousam nesses muros e nesse telhados, e aí conversam, namoram-se, amam-se, e dizem adeus, cada um com seu destino, entre floresta e os jardins, o vento e a névoa? Mas por detrás estão as velhas casas, pequenas e tortas, pintadas de cores vivas, como desenhos infantis, com seus varais carregados de toalhas de mesa, saias floridas, panos vermelhos e amarelos, combinados harmoniosamente pela lavadeira que ali os colocou. Se eu fosse pintor, como poderia perder esse arranjo, tão simples e natural, e ao mesmo tempo de tão admirável efeito? Mas depois disso, aparecerem várias fachadas, que se vão sobrepondo umas às outras, dispostas entre palmeiras e arbustos vários, pela encosta do morro. Aparecem mesmo dois ou três castelos, azuis e brancos, e um deles tem até, na ponta da torre, um galo de metal verde. Eu, pintor, como deixaria de pintar tão graciosos motivos? Sinto, porém, que tudo isso por onde vão meus olhos, ao subirem do vale à montanha, possui uma riqueza invisível, que a distância abafa e desfaz: por detrás dessas paredes, desses muros, dentro dessas casas pobres e desses castelinhos de brinquedo, há criaturas que falam, discutem, entendem-se e não se entendem, amam, odeiam, desejam, acordam todos os dias com mil perguntas e não sei se chegam à noite com alguma resposta. Se eu fosse pintor, gostaria de pintar esse último plano, esse último recesso da paisagem. Mas houve jamais algum pintor que pudesse fixar esse móvel oceano, inquieto, incerto, constantemente variável que é o pensamento humano? Veja mais aqui, aquiaqui.


O PERU DA FESTA COM AS HISTÓRIAS QUE AS NOSSAS BABÁS NÃO CONTAVAM - Entre os humoristas brasileiros que mais apreciei, um deles foi o memorável humorista e ator Lírio Mário da Costa (1923-1995), mais conhecido como Costinha. Tive a oportunidade de adquirir quatro dos sete elepês que ele lançou com o título O Peru da Festa, como tive acesso as duas edições das Proibidas do Costinha, ler os livros As melhores do Costinha e O Humor de Costinha, bem como de assistir uma penca de filmes com participação dele na década de 1970, principalmente o Histórias que as nossas babás não contavam e o impagável Costinha, o Rei das Selvas, entre outros. Uma coisa posso dizer: morria de rir só com a cara dele. Uma maravilha! Daí a minha homenagem. Veja mais aqui.

CONQUISTA DO VOTO FEMININO NO BRASIL – O voto feminino no Brasil passou a ser garantido a partir da edição do Decreto nº 21.076, de 24 de fevereiro de 1932. Entretanto, o primeiro direito foi garantido cinco anos antes, quando a professora potiguar Celina Guimarães Viana adquiriu na Comarca de Mossoró (RN), o direito do registro para votar, tornando-a primeira mulher eleitora do país. O movimento tomou corpo por iniciativa da bióloga e ativista Bertha Maria Julia Lutz (1894-1976) que acompanhou os movimentos feministas na Europa e nos Estados Unidos, participando no Brasil da criação da Liga para Emancipação Intelectual da Mulher e representar a Liga das Mulheres Eleitoras, criando a Federação Brasileira Pelo Progresso Feminino, instituindo o movimento sufragista que conseguiu o grande êxito em 1932. Veja mais aqui


JE VOUS SALUE MARIE – Um dos inesquecíveis filmes que assisti foi indubitavelmente o polêmico filme Je vous salue, Marie (1985), do não menos polêmico e provocador cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard que tem um elenco de peso, notadamente a participação das atrizes Juliette Binoche e Myriem Roussel nas duas estórias paralelas narradas na película, a primeira que conta a história de uma estudante Maria que trabalha num posto de gasolina do pai, e de um jovem taxista José que descobre que sua namorada está grávida e ele a acusa de traição exigindo a separação, recendo aconselhamento e convencimento do anjo Gabriel a aceitar os planos divinos dela. Na segunda, envolve um professor de história que se envolve com uma das suas alunas. Ambas histórias mostram a difícil convivência entre o espírito e o corpo. Veja mais aqui, aquiaqui

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Pode até ser, mas se não for, nunca será, Lina Cavalieri, Chris Maher & Eloir Amaro Júnior aqui.
A desmedida correria para perder o bom da vida, Heitor Villa Lobos, Francis Bacon & Fúlvio Pennnacchi aqui.
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Adolfo Bécquer, Paulo Moura, Pedro Onofre, Antônio Miranda & Gárgula – Revista de Literatura, Marcos Rey & Marta Moyano, Mihaly von Zick, Associação de Blogs Literários do Nordeste (ABLNE), Virna Teixeira & Programa Tataritaritatá aqui.
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