QUANDO ELA DANÇA TANGARÁ NO CÉU AZUL DO AMOR – Imagem:
arte da poeta, artista visual e
blogueira Luciah
Lopez - Não seria eu apenas premiado com o que
de mais grato sou à vida por ter o regalo na candura de sua extrema ternura em
me realizar ser vivo singular no que de mais etério se fizesse, não fosse ela
senão o riso de Sol pleno a inundar todo meu ser com a plenitude de viver. Não seria
eu capaz de amar não fosse, pé ante pé, um viajante na paisagem da pletora floresta
das terras de Guaraqueçaba, a distinguir de tudo ao vê-la nua inteira qual
estrela fugidia que baniu do céu para me ofertar todas as dádivas da imensidão
infinita. Não seria a vida uma canção de amor nascida de um idílio entre
beijos, abraços, afagos ferventes, sexo mormaçado, entregas de céu e de mar, além
do inefável que advém das lonjuras mais perdidas que o ontem, não fosse ela a
algazarra dos estridulados uniformes saltitando aos chilreios e trinados que
sobressaem acima dos ombros e me gratificam com o seu olhar carregado de luz sobre
a crista vermelha de sua aura azulada de todos os tangarás – os filhos
dançarinos de Chico Santos -, a me embalar no que sou de tão feliz, a saber-me
seu refém, Freyaravi, como se tudo fosse o que é de seu e eu, mais que usufrutuário,
ser-me de seu do que sou no seu relicário. © Luiz Alberto Machado. Direitos
reservados. Veja mais aqui e aqui.
Imagem: a arte da série Babuszka Pop, do artista plástico Eloir Junior.
Curtindo o álbum Carmen-Fantasie (Deutshe Grammophon, 1993), da violinista alemã Anna-Sophia Mutter, com a Wiener Philharmoniker & o maestro James Levine. Veja
mais aqui e aqui.
PESQUISA:
[...] A questão não
é mais de conhecer o que é adversário (a natureza), mas saber qual jogo ele
joga. [...] A ciência pós moderna
sugere um modelo de legitimação que não é aquele da melhor performance, mas
aquele da diferença compreendida como paralogia. [...].
Trecho extraído da obra A condição pós-moderna (José Olympio, 2000), do filósofo francês Jean-François Lyotard
(1924-1998), expondo os pressupostos que anunciavam a transformação
radical na maneira como o saber é produzido, distribuído e legitimado nas áreas
mais avançadas do capitalismo contemporâneo, tornando-se um livro seminal,
escrito por um dos mais furiosos críticos da pós-modernidade no campo das
questões estéticas. Veja mais aqui e aqui.
LEITURA
o poeta faz acrobacias nos trapézios de arqueológicos alfabetos / coloca
emoções ideias palavras afetos conceitos / no alambique do coração / constrói
um atanor de versos na cabeça / reinventa rimas / estuda fórmulas antigas da
alquimia / mergulha na subjetividade para escrever e para sobreviver / todos os
poetas / (admirados – portentosos – ignorados ou desprezados) / todos os
poetas fazem parte de uma espécie de seres muito estranhos / poetas sãos seres
mutilados / pois para realizar a Magna Obra / não é suficiente poetizar oceanos
/ nem perseguir os voos dos urubus / nem misturar o sal o mercúrio e o enxofre
/ nem dançar entre as plantas de bambu / é necessário devastar o próprio
coração desamparado / com o poder do veneno da cobra real / reerguer-se das
sombras do mundo astral / e nutrir-se do coração do nada / o poeta precisa
socavar o próprio coração / (mantendo o oceano do amor inalterado) / para
realizar a Obra Magna.
Poema Magnum Opus, da escritora e educadora Isabel Furini, autora de diversos
livros, palestrante e oficineira, que edita os blogs Literatura, Contos &Crônicas e Poetizar o Mundo, e reúne seu trabalho no Recanto das Letras.
PENSAMENTO DO DIA:
[...] mais o saber cresce e mais o desconhecido
aumenta ou, melhor dizendo, mais se precipita a informação-número, mais nós
somos normalmente conscientes de sua essência incompleta fragmentária.
[...].
Trecho da
obra Estética da Desaparição (Contraponto, ) do filosoro, arquiteto, urbanista,
pesquisador e polemista francês Paul
Virilio, apresentando radicalmente e de forma pioneira as transformações
provocadas pela velocidade e a técnica, sobretudo nas últimas décadas do século
XX e no início do XXI.
IMAGEM DO DIA:
Revista Carlos Zemek Arte & Cultura
e as obras O mundo Astral e A planície proibida extraídas do blog ArteMística, do curador
e artista plástico, Carlos Zemek.
Veja mais sobre Brincarte do Nitolino, Florestan Fernandes, Fernando Morais, Bertolt Brecht, Ziraldo, Adriana Calcanhoto,
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Silvério aqui.
DESTAQUE
(!) era vermelha a luz
sobre a tua nudez
e o grito das minhas entranhas
me percorria a pele
ardendo a tua solidão
dentro de mim...
...para sempre dentro de mim
Delírio, poema/imagens: arte da poeta, artista visual e blogueira Luciah Lopez.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do pintor espanhol Alex
Alemany.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Peace On Earth, by David Peterson.
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.