
Imagem: a arte do
pintor e ilustrador alemão George Grosz
(1893-1959). Veja mais aqui.
YANOMAMI
E NÓS: PACTO DE VIDA
Ter de
resisti à dor, à dor. Sem comprender por que à dor, à dor.
Ter de
suportar viver à dor, à dor. E sem merecer à dor, à dor.
Se é
esse o meu destino, quem é o algoz que o traçou.
Quem me
contaminou. Quem me doou a dor.
Homem
não existe para ser só animal.
A sua
história é mais que corporal.
Abre o
sentido para ter, a liberdade.
Com todo
mundo que é seu igual, e solidário. Pensará...
Amará...
Sonhará... Saberá...
Que a
felicidade da cidade não tem que o mato matar.
Ai a dor
vai nos unir, o fim da dor começa é assim,
É o
filho que não para de crescer, a fruta que vai madurar,
Aquela
mão, aquela paz, morena, é aquele olhar
Que é
sempre, verde verdejá
É aquele
gesto humano, é aquela voz humana,
É aquele
amor humano, que chega e diz que vai ficar.
PESQUISA:
[...] como tomei parte na guerra contra os romanos
e fui testemunha dos feitos que lá se realizaram, conheço vários episódios
dela, senti-me obrigado e quase forçado a escrever-lhe a história, para dar a
conhecer a má-fé daqueles que, tendo-a escrito antes de mim, obscureceram a
verdade [...].
Extraído
da coleção História dos Hebreus
(Américas, 1956), do históriador e apologista judaico-romano Flavio Josefo (37-100), contando a
história do povo judeu e com relatos sobre personagens dos evangelhos de atos
dos apóstolos.
LEITURA
Não há
mais lugar no mundo. / Não há mais lugar. / Aranhas do medo / fiam ciladas no
escuro / Nos longes, pesam tormentas. / Rolam soturnos ribombos. / Súbito, / precipita-se
nos desfiladeiros / a vida em pânico.
Pânico, poema extraído do livro Sempre
Poesia Antologia Poetica (Imã, 1994), da poeta Helena Kolody (1912-2004).
PENSAMENTO DO DIA:
[...] porque nossas máquinas nos dão o poder de
esvoaçar pelo universo, nossas comunidades crescem em fragilidade, volatilidade
e efemeridade na medida mesma em que nossas conexões se multiplicam.
Trecho
extraído da obra The metaphysics of
virtual reality (Oxford, 1993), do educador e filósofo do ciberespaço MA
Ph.D, Michael R. Heim.
IMAGEM DO DIA:
A arte
do artista plástico Fernando Rosa.
Veja mais sobre Alter ego, Carl Gustav Jung, Aldous Huxley,
Cassiano Ricardo, Bernand Shaw, Gilson Peranzetta & Mauro Senise, Anthony
Burgess, Stanley Kubrik, Jean Baptiste
Camille Corot, Demócrito Borges & Rachel Lucena aqui.
DESTAQUE:
Caminho sem me reportar a lugar nenhum... Só o sonho, o desejo, o
fascínio e a sedução levantam meus pés das areias e remetem meus olhos às
estrelas... Caminho em direção ao castelo de
cristal a procura do nada de mim mesma... Um nada que nem sei se existe porque
não sei o que é sólido, o que é concreto, o que é real... Habito o castelo
construído de sonhos e recheado de emoções... A paixão me fascina no orgasmo
sedutor da glória de sentir... Se emocionar sempre até as mais íngremes
consequências... Sempre adiante sem saber aonde, apenas o mergulho simbiótico
da relação de mim... Um ser humano... No seu verbo presente e intransitivo...
Agora, já, neste instante... Um ser humano não de ações, mas de emoções... Mais
do que isso, de paixões até o dilaceramento do que vem de fora e que sangra o
de dentro... Procuro intensamente e mergulho na lama mais pérfida do objeto
ser... De braços abertos no corpo e na alma... Um ser humano marcado pela
existência do próprio existir, do próprio tempo, com o remorso da não
realização, da não vida... De olhos fechados, de braços abertos, numa entrega
infinita e eterna que mergulha paulatinamente no abissos do que sou e na
sedução que me seduz de ser o verbo agora do ser, sem as verdades absolutas que
a realidade prega, mas a verdade da minha arte, da minha obra de arte, que é a
minha própria existência...
Estilhaços
da catarse, da escritora e jornalista
Carla Torrini, autora do livro de
poemas Os heterônimos da dor (Oliver,
201.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte
do fotógrafo André Brito.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
A arte
do ator e artista plástico Rollandry
Silvério.
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.