A arte do artista plástico, chargista,
letreirista, cartazista e muralista Bajado
(Euclides
Francisco Amâncio – 1912-1996). Veja mais aqui.
SE NÃO HOUVESSE ESSA TERIA DE INVENTAR OUTRA – UMA:
DA TURMA DO ACHISMO – Tem gente que acha de tudo! Tem gente que acha que a
Terra é plana, o mundo é uma droga, a vida é uma porqueira, que o certo está
errado e vice-versa, tem até quem ache carteira endinheirada, ora! (E quem
devolva com tudo dentro, também, e o que é uma exceção digna de cadeia
nacional, pois no Brasil o que deveria ser uma regra, já viu, né?). Tem também
os que nasceram com o cu pra Lua! Haja sorte, cagado! Só eu que não acho nada,
como naquela do Noel Rosa: Quem acha vive
se perdendo. E eu, perdido e meio. Por isso vou
cantarolando a Filosofia dele: Quanto a você, da aristocracia, que tem
dinheiro, mas não compra alegria, há de viver eternamente sendo escrava dessa
gente que cultiva hipocrisia. E vamos nessa! DUAS: SERÁ MESMO?– Aprendi com Aristóteles
que: O homem é um animal
político. O objeto principal da política é criar a amizade entre membros da
cidade. Não era isso, desde menino, que eu via na prática: era um
desancando o outro, verdadeira malhação do Judas e o povo em polvorosa:
apoiado! Tive que aprofundar e o filósofo grego me esclareceu: A politica não deveria ser a arte de dominar,
mas sim a arte de fazer justiça. Ah, tá, deveria. Mas nem na faculdade de
Direito a gente sai sabendo o que é direito ou justiça, só o menor prejuízo.
Foi aí que Thoreau mandou ver: Os homens
hão-de aprender que a política não é a moral e que se ocupa apenas do que é
oportuno. Nada
é tão útil ao homem como a resolução de não ter pressa. Nunca é tarde para abrirmos mão dos nossos
preconceitos. Ah, sim, sábias palavras. TRÊS: VOU ENTRE OS PERDIDOS MESMO – Vou entre os que nunca
entenderam certas coisas, avalie. Não é porque não acerto uma e me arrebento em
tudo que determino empenho e resolução, que não vou sair por aí matando
cachorro a grito, esculhambando a mãe do guarda, nem dando nó em pingo d’água,
que nem habilidade para isso eu tenho. Só sei dar mesmo murro em ponta de faca,
ao que parece. Mas arriado ao desconsolo, guardo aquela do Tchaikovsky: O que preciso é acreditar em mim novamente - pois minha
fé foi grandemente comprometida; parece-me que meu papel
acabou. Nada. Também sou filho de
Deus, né? Mesmo pau que nasceu torto, anjo de asa quebrada, vou tentando dar um
jeito de aprumar na vida! Vamos nessa. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados.
DITOS & DESDITOS - Cada ser humano é uma pequena sociedade. Nunca nos
compreendemos completamente, mas podemos e poderemos fazer muito melhor do que
compreendermo-nos. Só há um templo no mundo e é o corpo humano. Nada é mais
sagrado que esta forma sublime. Inclinar-se diante de um homem é fazer
homenagem a esta revelação na carne. Toca-se o céu quando se toca um corpo
humano. Somos sozinhos com tudo o que amamos. O amor é a meta infinita da história
do mundo. Para onde vamos? Sempre para casa. Um herói é aquele que sabe como se
aguentar um minuto mais. A poesia cura as feridas infligidas pela razão. O pensamento do poeta alemão Novalis (1772-1801). Veja mais aqui.
ALGUÉM FALOU: O absoluto é o ponto indiferente de todos os pólos, além
da existência e da não existência, além do real e do irreal. Filosofar
significa tentar responder através de meios prematuros a perguntas que
preocupam as crianças. Pensamento do poeta,
dramaturgo e filósofo romeno Lucian
Blaga (1895-1961), prêmio Nobel de 1956.
EFEITO MATILDA & A ÁGUA – A pioneira química alemã Agnes Pockels (1862-1935), desenvolveu
ao longo de sua trajetória científica um conjunto de observações sobre tensão
superficial da água. Ela enviou suas anotações para o colega inglês, Lorde
Rayleigh, que desenvolveu a teoria sobre este tema e publicou individualmente o
primeiro artigo, apesar de ter lido o trabalho de Agnes antes. Mesmo assim, o
trabalho dela foi fundamental para estabelecer a
disciplina moderna conhecida como ciência da superfície, que descreve as
propriedades de superfícies líquidas e sólidas, descobrindo a influência das
impurezas na tensão superficial dos líquidos, sem nunca ter recebido uma
nomeação formal. Veja mais aqui, aqui e aqui.
TRÊS POEMAS – RESUMO: O riacho rega o
prado com suas águas / calmo e transparente / Crianças estudiosas
aprendem suas lições / Soldado ferido por estilhaços / Os
prisioneiros / aluguel trocado pelos dois exércitos / Pierre
recebeu um livro magnífico de seu padrinho / - A casa está sendo
construída. - Tudo esclarece. CAPÍTULO:
Diga-me qual livro você está lendo = / Que livro você está lendo?
Diga-me. / Os jardineiros cultivam flores, / podar
árvores e manter os caminhos do parque / Eu fiz um livro; Eu fiz uma mesa; Eu fiz um projeto / -
pergunto se / você fala seriamente e por que veio? -
/ Diga-me se é verdade que você a segura contra mim. - / eu
poderia saber / se você viria? - Eu não sei para
onde você está indo / - Mesmo se você (by- / tiro) eu ficaria.
- Mesmo se você (sair), eu vou ficar. EPÍLOGO: o céu é azul; a / semana;
o céu é azul; um mês: o céu é azul; um ano / inteiro: / Ele olhou para o céu e
o céu estava azul. Poemas do escritor,
dramaturgo e tradutor francês Olivier Cadiot.
ZÉ DA LUZ - Zé da Luz, poeta, das terras nordestinas, nasceu em 29 de março de 1904 em Itabaiana, região agreste da Paraíba e faleceu no Rio de Janeiro em 12 de fevereiro de 1965. Veio ao mundo como Severino de Andrade Silva e recebeu a alcunha de Zé da Luz. Nome de guerra e poesia, nome dado pela terra aos que nascem Josés e, também, aos Severinos, que se não for Biu é seu Zé.
Sua poesia é dita nas feiras, nas porteiras, na beirada das estradas, nas ruas e manguezais. Perdeu-se do seu autor pois em livro não se encontra. Se encontra na boca do povo, de quem tomou emprestado a voz, para dividi-la em forma de rima e verso.
Seus poemas têm a cor do nordeste, o cheiro do nordeste, o sabor do nordeste. Às vezes trágico, às vezes humorado, às vezes safado. Quase sempre telúrico como a luz do sol do agreste. (os editores do Blog)
Sua poesia é ímpar. Algumas pérolas:
AS FLÔ DE PUXINANÃ
(Paródia de As "Flô de Gerematáia" de Napoleão Menezes)
Três muié ou três irmã,
três cachôrra da mulesta,
eu vi num dia de festa,
no lugar Puxinanã.
A mais véia, a mais ribusta
era mermo uma tentação!
mimosa flô do sertão
que o povo chamava Ogusta.
A segunda, a Guléimina,
tinha uns ói qui ô! mardição!
Matava quarqué critão
os oiá déssa minina.
Os ói dela paricia
duas istrêla tremendo,
se apagando e se acendendo
em noite de ventania.
A tercêra, era Maroca.
Cum um cóipo muito má feito.
Mas porém, tinha nos peito
dois cuscús de mandioca.
Dois cuscús, qui, prú capricho,
quando ela passou pru eu,
minhas venta se acendeu
cum o chêro vindo dos bicho.
Eu inté, me atrapaiava,
sem sabê das três irmã
qui ei vi im Puxinanã,
qual era a qui mi agradava.
Inscuiendo a minha cruz
prá sair desse imbaraço,
desejei, morrê nos braços,
da dona dos dois cuscús!
Um dia falaram para o escritor Zé da Luz que os textos dele, tinham muitos problemas técnicos verbais, ortográficos, enfim...
Diante desse comentário ridículo ele escreveu "Ai! se sêsse1..." poesia musicada pela banda Cordel do Fogo Encantado:
Ai! Se sêsse!...
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse
Sua poesia às vezes é triste, forte, trágica e interminável...
Confissão de Cabôco
Seu duotô, sou criminoso.
Sou criminoso de morte.
Tou aqui pra mim intregá.
Voimicê fique sabendo:
– Quando a muié traz a sorte
De atraiçoá o isposo
Só presta para se matá.
Nunca pensei, seu doutô
Qui a mão nêga do distino,
Merguiasse as minhas mão
No sangue dos assarcino!
Vô li pidí um favô
Ante de vossamercê
Mim butá daqui pra fora:
– É a licença do doutô
Pr’eu li contá minha histora.
Sinhô dotô delegado,
Digo a vossa sinhuria
Qui inté onte fui casado
Cum a muié qui im vida
Se chamô ROSA MARIA.
Faz dez mês qui se gostemo,
Faz oito qui fumo noivo
Faz sete qui nós casêmo.
Nós casêmo e nós vivia
Cuma pobre, é verdade,
Mas a gente se sentia
Rico de filicidade!
Pras banda qui nós morava,
No lugá Chã da Cutia,
Morava tombém um cabra
Chamado Chico Faria.
Esse cabra, antigamente,
Tinha gostado de Rosa,
Chegaro, inté a sê noivo,
Mas num fizero a “introza”
Do casamento, prumode
Mané Uréia de bode,
Qui era padrim de Maria
Tê dismanchado essa prosa.
Entoce, o Chico Faria,
Adispois qui nós casêmo,
In cunversa, as vez dizia,
Qui ainda mi dava fim
Pra se casá cum Maria.
Dessa coisa eu sabia,
Mas nunca dei importança.
Tinha toda cunfiança
Na muié qui eu tanto amava,
Ou mais mió, adorava...
Cum toda a minha sustança!
Dispois disso, o meu custume
Era vivê trabaiando
Sem da muié tê ciume.
A muié pru sua vez
Nunca me deu cabimento
Deu pensá qui ela fizesse
Um dia um farcejamento.
Mas, seu doutô, tome tento
No resto da minha histora,
Qui o ruim chegô agora:
Se não me farta a mimora,
Já faz assim uns três mêis,
Qui o cabra, Chico Faria,
Todo prosa, todo ancho,
Quage sempre, mais das vêz,
Avistava o meu rancho.
Puralí, discunfiado
Como quem qué e não qué,
Eu fui vendo qui o marvado
Tentava a minha muié.
Ou tentação ou engano,
Eu fui vendo a coisa feia!
Pru derradêro eu já tava
C’a mosca detrás da uréia.
Os tempo foi se passando
E o meu arriceiamento
Cada vez ia omentano.
Seu dotô, vá iscutano:
Onte, já de tardezinha
O meu cumpade, Quinca Arruda,
Mi chamô pra nós dança
Num samba – lá na Varginha,
Na casa do mestre Duda.
Mestre Duda é um cabôco,
Um tocado de premêra.
É o imboladô de côco
Mió daquela rebêra.
Entonce Rosa Maria,
Sempre gostou de samba,
Mas, porém, de tardezinha
Me disse discunfiada,
Qui pru samba ela não ia,
Qui tava munto infadada,
Percisava se deita...
Eu fiquei discunfiado
Cum a preposta da muié!
Dispois qui tomei café,
Cuage puro sem mistura,
Cum a faca na cintura
Fui pru samba, fui sambá.
Cheguei no samba, dotô.
Repare agora, o sinhô,
Quem era qui tava lá?
O cabra Chico Faria.
Qui quano foi me avistando,
Foi logo mi preguntando:
– Cadê siá dona Maria,
Num veio não, pra dançá?
– Não sinhô. Ficô im casa.
Pru cabôco arrispondí.
Senti, entonce uma brasa
Queimano meu coração,
Nunca mais pude tirá
As palavra desse cabra
Da minha maginação.
Perdí o gosto da festa
E dançá num pude não.
O cabra, pru sua vez
Num dançava, seu doutô.
De vez im quando me oiva
Cum um oiá de traidô.
Meia noite, mais ou meno,
Se dispidino do povo
Disse: – Adeus, qui eu já vô.
Quando ele se arritirô,
Eu tombem me arritirei
Atraiz dele, sim sinhô.
Ele na frente, eu atrais.
Se o cabra andava ligêro,
Eu andava munto mais!
Noite iscura qui nem breu!
Nem eu avistava o cabra,
Nem o cabra via eu!
Sempre andando, sempre andando.
Ele na frente, eu atrais.
Já nem se iscutava mais
A voz do fole tocando
Na casa do mestre Duda!
A noite tava mais preta
Qui a cunciênça de Judá!
Sempre andando, sempre andando.
Eu fui vendo, seu doutô,
Qui o marvado ia tumando
Direção da minha casa!
Minha casa!... Sim sinhô!
Já pertinho, no terrero
Eu mim iscundí pru detraiz
De um pé de trapiazêro.
Abaixadim, iscundido,
Prendi a suspiração,
Abri os óio, os ouvido,
Pra mió vê e ouvi
Qua era a sua intenção.
Seu doutô, repare bem:
O cabra oiando pra traiz,
Do mermo jeito, qui faiz
Um ladrão pra vê arguém,
Num tendo visto ninguém,
Na minha porta bateu!
De lá de dentro uma voiz
Bem baixim arrispondeu...
Ele entonce, cá de fora:
– Quem ta bateno sou eu!
De repente abriu-se a porta!
Aí seu doutô, nessa hora
A isperança tava morta,
Tava morto o meu amô...
No iscuro uma voiz falô:
– Taqui, seu Chico, essa carta,
Qui a tempo tinha iscrivido
Pra mandá pra voismicê.
Pru favô num leia agora,
Vá simbora, vá simbora,
Qui quando chegá im casa
Tem munto tempo pra lê.
Quando minhas oiça ouviu,
As palavra qui Maria
Dizia pru disgraçado,
Eu fiquei amalucado,
Fiquei quage cuma loco,
Ou mio, cumo um cabôco
Quando ta chêi de isprito!
Dum sarto, cumo um cabrito,
Eu tava nos pés do cabra
E sem querer dei um grito:
– Miserave! E arrastei
Minha faca da cintura.
Naquela hora dotô,
Eu vi o Chico Faria,
Na bêra da sipurtura!
Mas o cabra têve sorte.
Sempre nessas circunstança
Os home foge da morte.
Correu o cabra, dotô
Tão vexado, qui dêxou
A carta caí no chão!
Dei de garra do papé,
O portadô da traição!
Machuquei nas minha mão,
A honra, douto, a honra
Daquela farsa muié!
Dispois oiando pra carta
Tive pena, pode crer,
De num tê prindido a lê.
Nas letra alí iscrivida
O qui dizia Maria
Pru marvado traidô.
Tive pena, sim sinhô.
Mas, qui haverá de fazê
Se eu nunca prindí a lê?
Maria mi atraiçuô!
Essa muié qui um dia,
Juêiada nos pé do artá
Jurou im nome de Deus
Qui inquanto tivesse vida,
Haverá de mim honrá
E mim amá cum todo amo.
Cum perdão do seu doutô.
Quando eu vi a miserave
Na iscurideza da noite
Dos meu oio se iscondê
Sem dêxá nem sombra inté
Entrei pra dentro de casa
Pra mi vingá da muié.
Douto, qui hora minguada!
Maria tava ajuêiada,
Chorando, cum as mão posta
Cumo quem faz oração.
Oiando pra eu pedia,
Pelo cali, pela osta,
Pru Jesus crucificado,
Pelo amo qui eu li amava
Qui num fizesse isso não.
Eu tava, doutô, eu tava
Cego de raiva e paixão.
Sem dizê uma palavra,
Agarrei nas suas mão,
Levantei ela pra riba
E interrei inté o cabo,
O ferro da parnaíba
Pru riba do coração!
Sarvei a honra, doutô,
Sarvei a honra, apois não!
Dispois qui vi a Maria
Caí sem vida no chão,
Vim fala cum vosmicê,
Vim cunfessá o meu crime
E mim intregá as prisão.
Se o sinhô num acredita
Se eu sô criminoso ou não,
Tá aqui a faca assarcina
E o sangue nas minhas mão.
Cumo prova da traição,
Tá aqui a carta, doutô.
Li peço um grande favô:
Ante de vossa-sinhuria
Mi mandá lá para prisão
Me lêia aqui essa carta
Pr’eu sabê cumo Maria
Perparava essa trição!
A CARTA
“Seu Chico:
Chã da Cutia.
Digo a vossa senhoria
Que só lhe escrevo essa carta
Pru senhor ficar sabendo
Que eu não sou a mulher
Que o senhor tá entendendo.
Se o senhor continuar
Com os seus disbiques atrevidos
O jeito que tem é contar
Tudo, tudo a meu marido.
O senhor fique sabendo
Que com seu discaramento,
Não faz nunca eu quebrar
O sagrado juramento
Que eu jurei nos pés do altar,
No dia do casamento.
Se o senhor é inxirido,
Encontrou u’a mulher forte,
O nome do meu marido
Eu honro até minha morte!
Sou de vossa senhoria,
Sua criada.
MARIA.”
– Doutô! Doutô mi arresponda
O qui é qui eu tô ouvindo?
Vosmicê leu a carta,
Ou num leu, ta mi inludindo?
– Doutô! Meu Deus! Seu doutô,
Maria tava inucente?
Me arresponda pru favo!
Inocente! Sim, senhor!
Matei Maria inucente!
Pru que, seu doutô, pru que?
Matei Maria somente
Pruque num aprendi a lê!
Infiliz de quem num leu
Uma carta de ABC.
Magine agora o doutô,
Quanto é grande o meu sofrê!
Sou duas veiz criminoso,
Qui castigo, seu doutô!
Qui mizera! Qui horrô!
Qui crime num sabê lê!
Pesquisa: Gonzaga Andrade. Fontes pesquisadas: O Porteiro do Portal, Interpoética, Revista Agulha, Escafandro.Org e Gernando Dannemann. Ccolaboração da Ana Cristina Cavalcanti Tinôco. Veja mais Zé da Luz aqui e aqui.
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