sábado, julho 02, 2016

JOHN CAGE, HABERMAS, SALLY SELTMANN, GÉRICAULT, MOISÉS FINALÉ, MARNI KOTAK, KURJANOWICZ, LUCIAH LOPEZ & LITERATURA BRASILEIRA



LUALMALUZ – Imagem: arte da escritora, artista visual e blogueira Luciah Lopez - A partir deste sábado, dia 02 – mesmo tendo iniciado desde ontem e anteontem, ah, anos atrás -, até o próximo dia 11, comemoraremos a Semana Luciah Lopez: Lualmaluz – Luciah Alma&Luz, trazendo aqui, como de costume, o talento literário e a arte visual dessa extraordinária artista que é Luciah Lopez. É muito pouco perto da sua potencialidade artística, mas é o que nos cabe e o que se encontra dentro da minha possibilidade na homenagem que pretendo fazer aqui nesse modesto espaço. Criatura desse quilate, evidentemente, que mereceria homenagem mais robusta e de peso, admito. Muito maior seria se mais tivesse. Todavia, a gente faz o que pode. E como sou fã do tipo tiete do trabalho dela há anos, nada melhor que corroborar o que já se sabe e todo mundo está careca de saber: trata-se de uma criatura para lá de maravilhosa, poeta de verve multifacetada – escreve crônicas, contos, poesias, infantis – e, ainda por cima, transborda seu talento pelas artes plásticas, coisa, inclusive, que ela diz cometer desde criancinha. Claro, sua arte vem desde o berço. E como ela merece mais do que isso, um post ou dois, semanal, seria muito pouco. Então, resolvi dar uma semana inteira para que, a cada dia, possa trazer um pouco de sua arte. E vamos aprumar a conversa & tataritaritatá! © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais a respeito aqui e aqui.

 Imagem: a arte do artista plástico cubano Moisés Finalé.


Curtindo o álbum Heart That's Pounding (Arts & Crafts, 2010), da cantora, compositora, produtora e multi-instrumentista australiana Sally Seltmann.

PESQUISA
[...] A aceitação de que a lei determinante do desenvolvimento histórico está na base econômica, seu princípio diretivo, e que, do ponto de vista desta conexão, a ideologia e, nela, a arte e a literatura, seja condicionada pela situação material, não representa uma espécie de chave universal que abre por si toda as portas do entendimento, lança a clareza sobre todos os quadros. [...] A realidade, entretanto, é muito diferente. A conceituação referida poderia ser verdadeira se a realidade fosse estática. Mas esta permanece em constante movimento, é dinâmica, não assuma jamais a mesma fisionomia porque os fatores que nela intervêm não se conservam sempre no mesmo sentido e direção e com a mesma intensidade. [...].
Trecho da obra História da literatura brasileira: seus fundamentos econômicos (Civilização Brasileira, 1976), do historiador Nelson Werneck Sodré (1911-1999). Veja mais aqui e aqui.

LEITURA
Virá o dia em que vamos morrer. Há sempre menos o que fazer? As circunstâncias o fazem por nós. A Terra. As velhas razões para fazer as coisas já não existem. (Durma sempre que puder. Seu trabalho continua sendo feito. Você e ele não têm mais modo de separar-se). Nós tivemos a chance de fazê-lo individualmente. Agora, temos de fazê-lo juntos: globalmente. A guerra não será conflito de grupo: será assassinato, puro e simples, concebido individualmente. Curiosidade, consciência. Eles voltaram ao fato de que todos nós precisamos comer, para explicar sua devoção pelo dinheiro, mais do que pela música. Quando eu falei da equação, trabalho igual a dinheiro igual a virtude, eles me interromperam (não me deixaram dizer que hoje em dia não há equação), dizendo: “Como é que você pode falar de dinheiro e virtude ao mesmo tempo?”.
O livro De segunda a um ano: novas conferências e escritos (Hucitec, 1985), do compositor, escritor e teórico musical estadunidense John Cage (1912-1992). Veja mais aqui.

PENSAMENTO DO DIA:
Tornou-se insuportável a essa sensibilidade a exclusão das questões práticas do domínio público despolitizado. Só será possível surgir daí uma força política, se aquela sensibilização for afetada por uma questão relativa ao sistema, que seja insolúvel. Prevejo para o futuro um problema dessa espécie. A escala de riqueza social, produzida por um capitalismo industrialmente desenvolvido, e as condições tanto técnicas como organizatórias, nas quais essa riqueza é gerada, fazem com que seja cada vez mais difícil ligar a atribuição de status aos mecanismos de avaliação do desempenho individual de uma maneira pelo menos subjetivamente convincente. Por conseguinte, o protesto dos estudantes universitários e secundaristas poderia, a longo prazo, destruir definitivamente essa enfraquecida ideologia de legitimação e, com isso, fazer desmoronar a base, aliás frágil, de legitimação do capitalismo em fase tardia, protegida apenas pela despolitização.
Trecho do livro Técnica e ciência enquanto ideologia (Edições 70, 1968), do filósofo e sociólogo alemão Jürgen Habermas. Veja mais aqui.

IMAGEM DO DIA 
Raising Baby X – O nascimento do bebê X, da artista estadunidense Marni Kotak, durante performance/exposição em que ela deu à luz seu filho (aka bebê Ajax) como uma performance ao vivo no Microscope Gallery, no Brooklyn, NY, USA, em 2011.

REGISTRO: A BALSA DA MEDUSA
Imagem: Le radeau de la Méduse, de Théodore Géricault.
No dia 2 de julho de 1816, um acontecimento trágico na história da humanidade foi registrado, quando a fragata Medusa, a mais moderna e mais rápida embarcação de então, comandada por Hugues Chaumareys, um protegido do rei francês Luis XVIII, naufragou na costa oeste da África, nas proximidades do Marrocos. Veja detalhes e consequências desse trágico acidente aqui.

Veja mais sobre Hermann Hesse, Wislawa Szymborska, Christoph Willibald Gluck, Xenófanes de Colofão, Richard Geiger, Sylvia McNair, Phil Karlson, Osvaldo Jalil, Philippe de Rougemont, Marilyn Monroe & Bia Sion aqui.

LUALMALUZ – SEMANA LUCIAH LOPEZ 
a sensação do momento é um breve estremecimento da primavera sabor Sunday cereja rubra que cobre os meus pés despidos do teu olhar de lobo (( "MAL"))
Vermelho, poema/imagem/foto da escritora, artista visual e blogueira Luciah Lopez. Veja mais aqui.

CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Dakota mahogany granite, do escultor polonês George Kurjanowicz
Veja aqui e aqui.

CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Peace on Earth
Recital Musical Tataritaritatá - Fanpage.
Veja aqui e aqui.

MARIA RAKHMANINOVA, ELENA DE ROO, TATIANA LEVY, ABELARDO DA HORA & ABYA YALA

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...