quinta-feira, março 19, 2015

ELIANE ELIAS, GLEISER, SABINO, MINNA CANTH, BIGAS LUNA & CANO.


PESQUISA & CIA – Resultado de estudos realizados na área de Educação, Psicologia e Direito, bem como do curso presencial e online, Faça Seu TCC sem Traumas, o blog Pesquisa & Cia foi criado com o objetivo de divulgar livros, resenhas, artigos, resumos, estudos acadêmicos oriundos de teses de doutorado e dissertações de mestrado, informações e dicas das mais diversas áreas do conhecimento. Confira aqui.


JUNO/HERA - Imagem: Juno, do pintor, arquiteto e escultor espanhol Alonso Cano (1601-1667)- Juno, na mitologia romana, é a rainha dos deuses e esposa de Júpiter. Corresponde na mitologia grega a Hera - rainha dos deuses e esposa e irmã de Zeus-, a deusa do casamento, da maternidade e das mulheres. Juno, representada pelo pavão, possuía muitas rivais por causa das investidas de seu marido com as belas Calisto e Io, ambas vítimas da fúria dela, bem como Hércules, filho do seu marido com Alcmena, razão pela qual ele é submetido aos doze trabalhos. Hera é retratada majestosa e solene, coroada com polos e uma romã na mão – símbolo da fertilidade – e representada pelo pavão. Possuía sete templos na Grécia e também fora agressiva e ciumenta por causa das relações extraconjugais do seu marido Zeus. Veja mais aqui.

Ouvindo Light my fire (Universal, 2012), da pianista e cantora Eliane Elias.

A DANÇA DO UNIVERSO – O livro A dança do universo: dos mitos de criação ao Big Bang (Companhia das Letras, 1997), do físico, astrônomo e escritor brasileiro Marcelo Gleiser, aborda tema como as origens, mitos de criação, os gregos, o despertar, a igreja e a nova astronomia, o herético religioso, o triunfo da razão, a era clássica, o mundo é uma máquina complicada, tempos modernos, o muito muito veloz e muito pequeno, modelando o universo, inventando universos e o epílogo dançando com o universo. Da obra destaco o seguinte trecho: Dos cantos de rituais ancestrais até as equações matemáticas que descrevem flutuações energéticas primordiais, a humanidade sempre procurou modos de expressar seu fascínio pelo mistério da Criação. De fato, todas as culturas de que temos registro, passadas e presentes, tentaram de alguma forma entender não só nossas origens, mas também a origem do mundo onde vivemos. Dos mitos de criação do mundo de culturas pré-científicas às teorias cosmológicas modernas, a questão de por que existe algo ao invés de nada, ou, em outras palavras, “por que o mundo?”, inspirou e inspira tanto o religioso como o ateu. [...] A Natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias de hoje, das quais somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje certamente serão pobres aproximações para os modelos do futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final de perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão sempre desafiar nossa imaginação. Assim como nossos antepassados, estaremos sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta. Em graus diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas próprias atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua criatividade e coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a persistência do mistério que nos inspira a criar. Veja mais aqui.

QUE LÍNGUA, A NOSSA! – No livro As melhores crônicas, do escritor e jornalista mineiro Fernando Sabino (1923-2004), encontrei essa maravilhosa crônica Que língua, a nossa! que assim se desenvolve: Já faz algum tempo, dei com um texto de um sociólogo brasileiro muito prestigiado na época, que começava assim: “Os problemas que obstaculam o desenvolvimento do Brasil..”. Consultei o dicionário: o verbo obstacular simplesmente não existia. Em compensação, descobri que existia obstaculizar, no sentido de criar obstáculos, impedir, dificultar. Por que não falar nos problemas que impedem, dificultam o desenvolvimento do Brasil? Mania de complicar as coisas. Resultado: o nosso sociólogo acabou cassado. Estávamos ainda nos primórdios do tecnolês. Hoje em dia a coisa chegou a tal ponto que deixou para trás aquela pessimista observação de George Orwell sobre a linguagem técnica do nosso tempo. O escritor inglês ousou imaginar como seria escrito atualmente um trecho bíblico – e tomou como exemplo esta passagem do Eclesiastes: “ Voltei-me para outra coisa, e que debaixo do sol não é o prêmio para os que melhor correm, nem a guerra para os que são mais fortes, nem o pão para os que são mais sábios, nem as riquezas para os que são mais hábeis, nem o crédito para os melhores artistas – mas que depende do tempo e das circunstâncias” (IX-11). Agora a mesma coisa, na linguagem do nosso tempo: “Uma objetiva consideração dos fenômenos contemporâneos leva-nos à conclusão de que o sucesso ou o fracasso nas atividades competitivas não encerra a possibilidade de ser comensurável pela capacidade inata, senão que um considerável elemento do imprevisível deve invariavelmente ser levado em conta”. Pois muito bem: de lá para cá as coisas pioraram muito. George Orwell, se ainda fosse vivo, poderia imaginar hoje a mesma ideia expressa mais ou menos assim: “Ao equacionarmos o posicionamento das formulações de sua unidade comunitária, inseridas no contexto de suas propostas de relacionamento social, somos levados, pela conotação irreversível de sua sistemática, a concluir que a operacionalização das atividades individuais, uma vez deflagrada, gera um remanejamento pouco gratificante de suas virtualidades intrínsecas, pois a adequação de suas fantasias à realidade circunstante não corresponde à experiência inicialmente enfatizada, senão na medida de sua reciclagem em face de fatores não-comensuráveis”. Só mesmo repetindo aquela exclamação de Jânio Quadros, depois de uma frase em que me dizia “a inteligência, Deus no-la deu...” – subitamente interrompida, jamais terminada: No-la deu. Que língua, a nossa! Veja mais aqui.

A MULHER E O SEU ENGAJAMENTO – A escritora, dramaturga, jornalista, ativista e feminista finlandesa Minna Canth (1844-1897), é autora de grande influencia social com seus questionamentos destemidos, tornando-se embaixadora da igualdade e precursora da educação finlandesa, promovendo o estatuto das mulheres por meio do acesso à educação. Contribuiu diretamente para desenvolvimento no século XX do cinema finlandês que fez uso de suas obras, tais como Sylvi e Työmiehen vaimo (A mulher do trabalhador, 1885), ambas adaptadas por seu posicionamento naturalista acerca dos direitos da mulher, dos trabalhadores e dos pobres. Além dessas obras ela escreveu os dramas Anna Liisa e Papin perhe (A família do pastor), além dos romances Hanna e Köyhää kansaa (Gente pobre). Por suas obras ela é considerada a primeira escritora moderna de seu país, pioneira da literatura realista. Veja mais aqui

AS IDADES DE LULU – O filme As idades de Lulu (Las edades de Lulú, 1990), do cineasta espanhol Bigas Luna (1946-2013), com roteiro do diretor e de Almudena Grandes e musica de Carlos Segarra, conta a história de uma garota de quinze anos que sucumbe às atrações de um amigo da família e, após essa experiência maravilhosa começa a ruir num inferno quando ela completa trinta anos com seus desejos proibidos. A película é recheada de grandes atores e atrizes, destaque para a atriz italiana Francesca Neri que arrasa na telona. Veja mais aqui e aqui.
 


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É pra ela – Crônica de amor por ela, Carlos Gomes & Silviane Bellato, Neila Tavares, Heloneida Studart, Giuseppe Tornatore, Piet Mondrian, Edwin Landseer, Maria Esther Maciel, Monica Bellucci & A lenda Mundurucu Quando mandavam as mulheres aqui.
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Crônica de amor por ela – poemas & canções, Juana de Ibarbourou, Camille Claudel, A Literatura Ocidental de Otto Maria Carpeaux, Ornette Coleman, Juliette Binoche, Johann Kaspar Füssli & Iacyr Anderson Freitas aqui.
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A vida em risco e o veneno à mesa, Amartya Kumar Sem, Roberto Fernandez Balbuena & Kadee Glass aqui.
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    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Triphase (2008), Empreintes (2010), Yôkaï (2012), Circles (2016), Fables of Shwedagon (2018)...