PESQUISA & CIA – Resultado de estudos realizados na
área de Educação, Psicologia e Direito, bem como do curso presencial e online, Faça Seu TCC sem Traumas, o blog Pesquisa & Cia foi criado com o
objetivo de divulgar livros, resenhas, artigos, resumos, estudos acadêmicos
oriundos de teses de doutorado e dissertações de mestrado, informações e dicas
das mais diversas áreas do conhecimento. Confira aqui.
JUNO/HERA - Imagem: Juno, do pintor, arquiteto e escultor espanhol Alonso Cano (1601-1667)- Juno, na mitologia romana, é a rainha dos deuses e esposa de Júpiter. Corresponde na mitologia grega a Hera - rainha dos deuses e esposa e irmã de Zeus-, a deusa do casamento, da maternidade e das mulheres. Juno, representada pelo pavão, possuía muitas rivais por causa das investidas de seu marido com as belas Calisto e Io, ambas vítimas da fúria dela, bem como Hércules, filho do seu marido com Alcmena, razão pela qual ele é submetido aos doze trabalhos. Hera é retratada majestosa e solene, coroada com polos e uma romã na mão – símbolo da fertilidade – e representada pelo pavão. Possuía sete templos na Grécia e também fora agressiva e ciumenta por causa das relações extraconjugais do seu marido Zeus. Veja mais aqui.
Ouvindo Light my fire (Universal, 2012), da pianista e cantora Eliane Elias.
A DANÇA DO UNIVERSO – O livro A dança do universo: dos mitos de criação ao Big Bang (Companhia
das Letras, 1997), do físico, astrônomo e escritor brasileiro Marcelo Gleiser, aborda tema como as
origens, mitos de criação, os gregos, o despertar, a igreja e a nova
astronomia, o herético religioso, o triunfo da razão, a era clássica, o mundo é
uma máquina complicada, tempos modernos, o muito muito veloz e muito pequeno,
modelando o universo, inventando universos e o epílogo dançando com o universo.
Da obra destaco o seguinte trecho: Dos cantos de
rituais ancestrais até as equações matemáticas que descrevem flutuações
energéticas primordiais, a humanidade sempre procurou modos de expressar seu
fascínio pelo mistério da Criação. De fato, todas as culturas de que temos
registro, passadas e presentes, tentaram de alguma forma entender não só nossas
origens, mas também a origem do mundo onde vivemos. Dos mitos de criação do
mundo de culturas pré-científicas às teorias cosmológicas modernas, a questão
de por que existe algo ao invés de nada, ou, em outras palavras, “por que o
mundo?”, inspirou e inspira tanto o religioso como o ateu. [...] A
Natureza jamais vai deixar de nos surpreender. As teorias de hoje, das quais
somos justamente orgulhosos, serão consideradas brincadeira de criança por
futuras gerações de cientistas. Nossos modelos de hoje certamente serão pobres
aproximações para os modelos do futuro. No entanto, o trabalho dos cientistas
do futuro seria impossível sem o nosso, assim como o nosso teria sido
impossível sem o trabalho de Kepler, Galileu ou Newton. Teorias científicas
jamais serão a verdade final: elas irão sempre evoluir e mudar, tornando-se
progressivamente mais corretas e eficientes, sem chegar nunca a um estado final
de perfeição. Novos fenômenos estranhos, inesperados e imprevisíveis irão
sempre desafiar nossa imaginação. Assim como nossos antepassados, estaremos
sempre buscando compreender o novo. E, a cada passo dessa busca sem fim, compreenderemos
um pouco mais sobre nós mesmos e sobre o mundo a nossa volta. Em graus
diferentes, todos fazemos parte dessa aventura, todos podemos compartilhar o
êxtase que surge a cada nova descoberta; se não por intermédio de nossas
próprias atividades de pesquisa, ao menos ao estudarmos as ideias daqueles que
expandiram e expandem as fronteiras do conhecimento com sua criatividade e
coragem intelectual. Nesse sentido, você, eu, Heráclito, Copérnico e Einstein
somos todos parceiros da mesma dança, todos dançamos com o Universo. É a persistência
do mistério que nos inspira a criar.
Veja mais aqui.
QUE LÍNGUA, A NOSSA! – No livro As melhores crônicas, do escritor e jornalista mineiro Fernando Sabino (1923-2004), encontrei
essa maravilhosa crônica Que língua, a
nossa! que assim se desenvolve: Já
faz algum tempo, dei com um texto de um sociólogo brasileiro muito prestigiado
na época, que começava assim: “Os problemas que obstaculam o desenvolvimento do
Brasil..”. Consultei o dicionário: o verbo obstacular simplesmente não existia.
Em compensação, descobri que existia obstaculizar, no sentido de criar
obstáculos, impedir, dificultar. Por que não falar nos problemas que impedem,
dificultam o desenvolvimento do Brasil? Mania de complicar as coisas.
Resultado: o nosso sociólogo acabou cassado. Estávamos ainda nos primórdios do
tecnolês. Hoje em dia a coisa chegou a tal ponto que deixou para trás aquela
pessimista observação de George Orwell sobre a linguagem técnica do nosso
tempo. O escritor inglês ousou imaginar como seria escrito atualmente um trecho
bíblico – e tomou como exemplo esta passagem do Eclesiastes: “ Voltei-me para outra
coisa, e que debaixo do sol não é o prêmio para os que melhor correm, nem a
guerra para os que são mais fortes, nem o pão para os que são mais sábios, nem
as riquezas para os que são mais hábeis, nem o crédito para os melhores
artistas – mas que depende do tempo e das circunstâncias” (IX-11). Agora a
mesma coisa, na linguagem do nosso tempo: “Uma objetiva consideração dos
fenômenos contemporâneos leva-nos à conclusão de que o sucesso ou o fracasso
nas atividades competitivas não encerra a possibilidade de ser comensurável
pela capacidade inata, senão que um considerável elemento do imprevisível deve
invariavelmente ser levado em conta”. Pois muito bem: de lá para cá as coisas
pioraram muito. George Orwell, se ainda fosse vivo, poderia imaginar hoje a mesma
ideia expressa mais ou menos assim: “Ao equacionarmos o posicionamento das
formulações de sua unidade comunitária, inseridas no contexto de suas propostas
de relacionamento social, somos levados, pela conotação irreversível de sua
sistemática, a concluir que a operacionalização das atividades individuais, uma
vez deflagrada, gera um remanejamento pouco gratificante de suas virtualidades
intrínsecas, pois a adequação de suas fantasias à realidade circunstante não
corresponde à experiência inicialmente enfatizada, senão na medida de sua
reciclagem em face de fatores não-comensuráveis”. Só mesmo repetindo aquela
exclamação de Jânio Quadros, depois de uma frase em que me dizia “a
inteligência, Deus no-la deu...” – subitamente interrompida, jamais terminada:
No-la deu. Que língua, a nossa! Veja mais aqui.
A MULHER E O SEU
ENGAJAMENTO – A
escritora, dramaturga, jornalista, ativista e feminista finlandesa Minna Canth (1844-1897), é autora de
grande influencia social com seus questionamentos destemidos, tornando-se
embaixadora da igualdade e precursora da educação finlandesa, promovendo o
estatuto das mulheres por meio do acesso à educação. Contribuiu diretamente
para desenvolvimento no século XX do cinema finlandês que fez uso de suas
obras, tais como Sylvi e Työmiehen
vaimo (A mulher do trabalhador,
1885), ambas adaptadas por seu posicionamento naturalista acerca dos direitos
da mulher, dos trabalhadores e dos pobres. Além dessas obras ela escreveu os
dramas Anna Liisa e Papin perhe (A família do pastor), além dos romances Hanna e Köyhää kansaa (Gente pobre). Por suas obras ela é
considerada a primeira escritora moderna de seu país, pioneira da literatura
realista. Veja mais aqui.
AS IDADES DE LULU – O filme As idades de Lulu (Las edades de Lulú, 1990), do cineasta espanhol Bigas Luna (1946-2013), com roteiro do
diretor e de Almudena Grandes e musica de Carlos Segarra, conta a história de
uma garota de quinze anos que sucumbe às atrações de um amigo da família e,
após essa experiência maravilhosa começa a ruir num inferno quando ela completa
trinta anos com seus desejos proibidos. A película é recheada de grandes atores
e atrizes, destaque para a atriz italiana Francesca
Neri que arrasa na telona. Veja mais aqui e aqui.
Veja mais sobre:
Pablo Neruda, Modigliani, Björk, Teixeira
Coelho, Zinaida Evgenievna Serebriakova, Elsa Zylberstein, Rubens da Cunha
& Uma mulher por cem cabeças de gado aqui.
E mais:
Com quantos desaforos se faz uma eleição, Howard Chandler & Luciah Lopez aqui.
A poesia de Valéria Tarelho aqui.
Primeira Reunião, Patativa do Assaré, Heitor Villa-Lobos
& Turíbio Santos, Cicero Dias, Rosa Luxemburg, Pier Paolo Pasolini, Bárbara
Sukowa, Rubem Braga & José Geraldo Batista aqui.
Lev Vygotsky, Gabriel García Marquez,
Flora Purim, Elizabeth Barrett Browning, Cyrano de Bergerac, Andrzej Wajda,
Michelangelo & Anna Mucha aqui.
É pra ela – Crônica de amor por ela, Carlos Gomes & Silviane Bellato,
Neila Tavares, Heloneida Studart, Giuseppe Tornatore, Piet Mondrian, Edwin
Landseer, Maria Esther Maciel, Monica Bellucci & A lenda Mundurucu Quando
mandavam as mulheres aqui.
Crônica de amor por ela, Sylvia Plath, Safo, Helena Blavatsky,
Maria Bonita, Eurípedes, Carole Bayer Sager, Andrômaca & As troianas,
Antonio Maria Esquivel, Mulheres no Mundo & O espelho em que os rostos se
dividem aqui.
Crônica de amor por ela – poemas &
canções, Juana de
Ibarbourou, Camille Claudel, A Literatura Ocidental de Otto Maria Carpeaux,
Ornette Coleman, Juliette Binoche, Johann Kaspar Füssli & Iacyr Anderson
Freitas aqui.
Mil sonhos na cabeça e o amanhã nas mãos, João Cabral de Melo Neto, Omar Ortiz, Sean Seal& Gary Jackson aqui.
A vida em risco e o veneno à mesa, Amartya Kumar Sem, Roberto Fernandez
Balbuena & Kadee Glass aqui.
Aos quatro cantos e ventos minha vida, Jacob Boehme, Esther Scliar, Tamara de Lempicka, Jo Ansell,
Jonathan Charles & Dene Ramos aqui.
Solilóquio na viagem noturna do sol, Educação no Brasil, Maria Esther Pallares,
Paula Águas, Sêneca, Terry Miura & Amenaide Lima aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.