CANSADO DO REPOUSO AMARGO
& SEM TÍTULO – O
livro Mallarmé (Perspectiva, 1974),
organizado, traduzido e com estudos críticos de Augusto de Campos, Décio
Pignatari e Haroldo de Campos, reúne poemas do poeta e crítico literário
francês Stéphane Mallarmé
(1842-1898), com Mallarmagem de Augusto de Campos, Tridução de Décio Pignatari,
Um relance de dados de Haroldo de Campos, entre outros textos. Na obra destaco Cansado do repouso amargo (fragmento
final): Uma linha de azul fina e pálida
traça / um largo, sob o céu de porcelana rara, / um crescente caído atrás da
nuvem clara / molha no vidro da água um dos cornos aduncos, / junto a três
grandes cílios de esmeralda, juntos. E também este sem título: Uma negra que algum duende mau desperta / Quer
dar a uma criança triste acres sabores / E criminosos sob a veste descoberta, /
A glutona se apresta a ardilosos labores: / A seu ventre compara alacre duas
tetas / E, bem alto, onde a mão não se pode trazer, / Atira o choque obscuro
das botinas pretas / Assim como uma língua inábil ao prazer. / Contra aquela
nudez tímida de gazela / Que treme, sobre o dorso qual louco elefante / Recostada
ela espera e a si mesma zela, / Rindo com dentes inocentes à infante. / E em
suas pernas onde a vítima se aninha, / Erguendo sob a crina a pele negra
aberta, Insinua o céu torvo dessa boca experta, Pálida e rosa como uma concha
marinha. Veja mais aqui.
Imagem: Themoonsrapture, do ilustrador estadunidense de ficção científica e fantasia Frank Frazetta (1928-2010)
Ouvindo: A retirada da Laguna (1997), do compositor brasileiro de música erudita César Guerra-Peixe (1914-1993), com a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC.
PROGRAMA BRINCARTE DO NITOLINO – Tudo começou a publicação do meu oito livro infantil, Nitolino no Reino Encantado de Todas as Coisas (Nascente, 2010), resultado de recreações, adaptações teatrais e contações de histórias que iniciei no início dos anos 1980, quando da criação das Edições Bagaço, em Pernambuco. Isso foi intensificado a partir de 2008 com a criação do livro mencionado, transformando-o em peça teatral, que está em cartaz desde a publicação do livro. Com as veiculações no blog de temas voltados para a música, o teatro, a literatura, a psicologia e a educação infantis, ocorreu a ideia do programa Brincarte do Nitolino, produzido por mim e pela querida Meimei Corrêa, com apresentação da garotinha Isis Corrêa Naves, consolidando o Projeto MCLAM. Desde então todos os domingos a partir das 10hs dá-se a veiculação do programa, agora com reprise todas as quartas, nos horários alternativos das 10 às 11hs, e das 15 às 16hs. Para conferir online o programa é só clicar aqui ou aqui.
JOGOS TEATRAIS – O livro Jogos teatrais (Perspectiva, 1984), da escritora, tradutora e
professora universitária Ingrid Koudela,
aborda temas como o teatro e a educação, a função simbólica – o símbolo da arte
e a evolução do símbolo na criança -, o jogo teatral, a evolução e a regra do
jogo, o gesto espontâneo, improvisação em cena, o projeto experimental com
crianças e adolescentes, o processo e a experiência, lista de jogos realizados,
teatro para crianças – teatro infantil na década de setenta e a oficina de
dramaturgi -, Genoveva Visita a escola ou a galinha assada, a apresentação e
caminhos do faz-de-conta. Ela é uma das figuras centrais no estudo da didática
do teatro, desenvolvendo o pensamento de Viola Spolin, dos pressupostos de
construção do conhecimento de Jean Piaget e especialista das obras de Bertolt
Brecht. Veja mais aqui e aqui.
COELHO CORRE – A obra Coelho corre (Record, 1984) é o primeiro volume das novelas Rabbit, iniciada em 1960 pelo escritor e
critico literário estadunidense John
Updike (1932-2009), pela qual ganhou duas vezes o Prêmio Pullitzer,
tornando-se famoso e mundialmente reconhecido, contando a vida do jogador de
basquetebol Harry Rabbit Angstrom. O livro é um ambicioso panorama da vida
norte-americana nas últimas três turbulentas décadas, contando a vida do jovem
Coelho, casado há poucos anos e prestes a ser pai pela segunda vez, ao se
confrontar com uma vida que lhe parece mesquinha e sufocante, despedindo-se de
suas ilusões juvenis, sem abandonar a inquietação existencial que o torna um
dos personagens mais interessantes da literatura contemporânea. Da obra destaco
o trecho: [...] Coelho chega o meio-fio,
mas em vez de virar à direita para continuar a dar a volta no quarteirão ele
pisa no asfalto, com uma sensação enorme, como se aquela ruazinha fosse um rio
largo, e atravessa a rua. Quer viajar até a próxima mancha de neve. Embora este
quarteirão de prédios de tijolo e três andares seja igualzinho ao anterior, algo
nele o faz sentir-se feliz. As escadas nas entradas dos prédios, os parapeitos
das janelas parecem piscar e mover-se no canto de sua visita, vivos. Esta
ilusão o impele. Suas mãos levantam-se, por si só, e ele sente o vento nos
ouvidos tal como antes, no inicio os calcanhares batendo na calçada com força,
mas aos poucos, sem esforço, movidos por uma espécie de pânico delicioso, ficam
mais livres, mais rápidos, mais silenciosos, ele corre. Ah: corre. Corre.
Veja mais aqui.
LUCY – O filme de ação franco-americano Lucy
(2014), do cineasta e escritor francês Luc Besson. Lucy é uma jovem estudante
de vinte e cinco anos interpretada pela atriz, cantora e modelo estadunidense
de ascendência dinamarquesa e polonesa, Scarlett
Johansson, que se vê obrigada a trabalhar como mula de drogas da máfia
coreana, transportando uma droga sintética CPH4. Seu namorado envolvido com a
máfia é assassinado e ela capturada, tendo sido implantado no seu abdômen a
droga juntamente com três outras mulas que transportarão para Europa. Numa
tentativa de estupro que ela se recusa, um de seus raptores dá-lhe socos e
chuta seu estômago, acarretando que o saco da droga se rasgue e libere grande
quantidade no seu corpo. Ela adquire poderes antes não existentes, com
habilidades superiores com a capacidade de matar de matar seus raptores e
fugir. Dá-se inicio a uma ação de crescentes poderes que, ao cabo de um tempo,
começa a desestabilizá-la, chegando a se metamorfosear até atingir 100% de sua
capacidade cerebral, desaparecendo dentro de um continuum espaço-tempo: eu
estou em toda parte. A vida nos foi dada um bilhão de anos atrás. Agora você
sabe o que fazer com ela. Veja mais aqui.
Veja mais sobre:
Alguma coisa assim..., a música de Ken
Burns, a pintura de Jules Joseph Lefebvre, O cinema de Esmir Filho &
poemiudinho aqui.
E mais:
A divina encrenca de Juó Bananére, a
Personologia de Murray, O sexo na história de Reay Tannahill, o teatrod e Borná
de Xepa, a música de Zeca Baleiro, a pintura de Adélaide Labille-Guiard, Brenda
Starr de Dale Messick, Brooke Shields & a poesia de Marcia Lailin aqui.
Gestão Tributária aqui.
Ensino Público no Brasil, Dificuldades de
aprendizagem, Teoria e técnica em Arte-Terapia, O capital intelectual, a
fotografia de Joe Wehner & a poesia de Chagas Lourenço aqui.
Falange, falanginha, falangeta, a literatura de Lou Andres-Salomé, O voto
da mulher na Nova Zelândia & Kate Wilson Sheppard, a música de Arthur
Honegger, Dafne & Chloe & a pintura de Louis Hersent, Olivia Wilde, as
crônicas de Luiz Eduardo Caminha & o Programa Tataritaritatá aqui.
Fecamepa, a literatura de Georges
Bataille, a poesia de Torquato Tasso & Viviane Mosé, a música de Ástor
Piazzolla, o cinema de Bernardo Bertolucci, & Dominique Sanda, a arte de
Wanda Gág & Mary Louise Brooks aqui.
Crença, a canção, a poesia de Gabrielle D´Annunzio, a
literatura de Jack Kerouac, a música de Al Jarreau, A princesa que amava
insetos, o desenho de Benício, Kristen Stewart, a pintura de José Antônio da
Silva & Edgar Rice Burroughs aqui.
Big Shit Bôbras, a psicanálise de Carl
Gustav Jung, a poesia de Giórgos Seféris & Cacaso, a música de Fito Páez,
Anne Rice & Dana Delany, a pintura de Alexej von Jawlensky, Antônio
Conselheiro & Canudos aqui.
Aventureiros do Una, Maurice
Merleau-Ponty, Castro Alves & Eugênia Câmara, a literatura de Carlos Heitor
Cony,a música de Sergei Rachmaninoff & Yara Bernette, a pintura de Jules
Joseph Lefebvre & a arte deDiane Kruger aqui.
O brinde do amor, Paulo Freire, A música de Vanessa da
Mata, Luciah Lopez & Havia mais que desejo na paixão feita do amor aqui.
Sexta postura, a poesia de Manuel Bandeira, a música de Al Di Meola, a
escultura de Ambrogio Borghi, a arte de Juli Cady Ryan & Quando amor premia
o sábado aqui.
Desencontros de ontem, reencontros amanhã, a música de Gonzaguinha, a poesia de
William Blake & Gleidstone Antunes, a pintura de Duarte Vitória & Alô,
Congresso Nacional, ouça quem o elegeu aqui.
O que é ser brasileiro, Hannah Arendt, a
pintura de Alex Grey, a música de Carol Saboya & Quem faz e não sabe
o que fez é o mesmo que melar na entrada e na saída e nem se lembrou de limpar,
que meladeiro aqui.
Pra quem nunca foi à luta, está na hora
de ir, a música do
Duo Graffiti, a escultura de Phillip Piperides, a
pintura de Tracey Moffatt & a arte de Tanise Carrali aqui.
A lição de cada amanhecer, a música de Anne Schneider, a lenda da
origem do Solimões, a pintura de Alice Soares, a escultura de Lorenzo Quinn, O
Lobisomem Zonzo & Edla Fonseca aqui.
O cordão dos a favor & os do contra, a música de Jorge Ben Jor, a arte de
Hélio Oiticica, Vampirella & Forrest J. Ackerman, a poesia de Eliane
Queiroz Auer & Lia Kosta aqui.
O certo & o errado no reino das
ideologias, a
poesia de Hélio Pellegrino, a música de Nobuo Uematsu, a pintura de Raoul Dufy,
a arte de Mat Collishaw & Danicleci Matias Souza aqui.
Versos à flor da pele na prosa de um
poema, o cinema
de Jean-Luc Godard, a escultura de Bertel Thorvaldsen, a música de Sharon Corr,
a poesia de Elke Lubitz & a arte de Luciah Lopez aqui.
Vivo & a vida com tudo e todos, Helena Antipoff, a música de
Dominguinhos, a pintura de Angel Otero, a escultura
de Gutzon Borglum, a fotografia de Roman Pyatkovka & Nayana
Andrade aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
Leitora Tataritaritatá!
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.