TONS, VERSOS & CANÇÕES – A reunião das minhas músicas inseridas nos
shows Tataritaritatá (2010) e Crônica de Amor por Ela (2011),
ganharam mais vida, quando a querida poeta e radialista Meimei Corrêa teve a ideia de transformá-las em videoclipes. Com
certeza sou um premiado da vida, confesso. Lindas imagens e a dedicação dela em
transformar minhas simplíssimas obras musicais em algo que as tornaram dignas
de visualização e, a mim em particular, muita satisfação, prazer e gosto de
ver, que não sei mesmo nem o que dizer nem como agradecer, tamanho o débito que
me vejo de tão inadimplente e já totalmente insolvente com ela. Manifestando
minha irrestrita gratidão, veja mais detalhes aqui, aqui e aqui.
Imagem: Die Vision der Sintflut, do pintor e entomólogo suíço Johann Kaspar Füssli (1743-1786)
Ouvindo: The art of the improvises (Atlantic Records, 1970), do instrumentista e compositor estadunidense, Ornette Coleman.
EU TE DOU MINHA ALMA NUA – Da Obra
Completa (Acervo del Estado, 1992), que compreende cinco volumes
organizados por Jorge de Arbeleche, com os trabalhos da poeta uruguaia Juana de Ibarbourou (1892-1979),
destaco o seu belíssimo poema Eu te dou
minha alma nua que eu traduzi: Eu te dou a minha alma nua, /como uma estátua sem escudos
/ Nua com a falta de vergonha pura / como uma fruta, uma estrela ou uma flor;/ todas
essas coisas que são infinitas / Serei Eva antes de ser amaldiçoada. / De todas
essas coisas, / frutas, estrelas e rosas, / sem ter vergonha do sexo nem do
gozo / e ninguém se atreva a fabricar-me vestes / sem véu, como o corpo de uma
deusa serena / a minha brancura intenso de lírio!/ nua e tudo bem abertos / só
pela ânsia de amor! Veja mais aqui e aqui.
HISTÓRIA DA LITERATURA OCIDENTAL – A primeira obra que eu
li do crítico literário e jornalista austríaco naturalizado brasileiro Otto Maria Carpeaux (1900-1978), foi Presenças (MEC-INL, 1958). Cursava eu à
época Letras e a sua leitura tornou-se indispensável. Tanto que depois de
estudar outros dos seus livros, adquiri a coleção História da literatura ocidental (Alhambra, 1978), na qual pude
ampliar meus conhecimentos acerca dos mais diversos autores e movimentos literários
ocidentais. Indispensável. Veja mais aqui, aqui e aqui.
A TRINCA DOS TRAÍDOS – O livro Trinca dos traídos (Funalfa, 2003), do escritor Iacyr Anderson Freitas, reúne seus
contos em três partes: Oito de Copas, Oito de Ouros e Oito de Espadas, em que
poesia e prosa são misturadas e domadas com a habilidade de quem sabe o que
está fazendo. Simplesmente ótimo. Apenas para ter uma ideia, da obra destaco Tamanhos rigores, da parte Oito de
Espadas: Conseguira. Poderia agora
respirar sem sobressalto. A fronteira sumira no horizonte e o rio estava calmo.
Tão calmo naquele trecho, assim, tão detido e compassado, que o banco parecia
flutuar, um palmo acima da linha d´água. Havia pouco percebera, dos
companheiros destacados para acompanha-lo, as noticias dos últimos três meses
em que estivera fugindo. Na mais absoluta clandestinidade. Três meses de uma
viagem alucinada, sem esperança de sucesso. E só então, naquele momento, as terríveis
notícias. Seria uma outra prova, talvez ainda mais dura, talvez insuportável,
estar vivo para sabê-las. Um comboio de crimes contra seu corpo. Mas ele
conseguira. Esse misto de premio e de castigo era seu, custasse o que custasse.
Três longos meses sob fome e frio, vagando a esmo, sendo caçado como um animal qualquer,
desde que os inimigos tomaram sua cidade. Nela deixara seus pais e irmãos,
abatidos no auge dos combates, segundo lhe disseram os companheiros de
embarcação [...]. Veja mais aqui.
CAMILLE CLAUDEL – A vida e a obra da escultora francesa Camille
Athanaïse Cécil Cerveaux Prosper, ou simplesmente Camille Claudel (1864-1943), se misturam desde que ela resolveu ser
artista e começou a ser aluna de Auguste Rodin e criou suas obras La Vieille Hélène e Paul à treize ans, as quais impressionou seu mestre, passando a
colaborar já envolvida de paixão por ele, na execução de Les Portes de l´Enfer e Les
Bourgeois de Calais, deixando-se confundir sua arte com a dele. Inevitavelmente
envolvidos pelo amor ardente, sucedem-se os mais tempestuosos momentos de sua
vida, a ponto de deixá-la triste e depressiva. Afasta-se do amor da sua vida
embaixo da acusação de imitadora, para produzir suas obras até dá-se o
rompimento definitivo com ele, para compor a sua L´Age Mur. Desorientada e ferida por amor-ódio por Rodin, ela vai à
paranoia e à loucura, não conseguindo superar a sua paixão, tornando-se cada vez
mais obsessiva e estranha, até a esquizofrenia. Toda sua vida foi transportada
para as telas no elogiadíssimo filme Camille
Claudel do Festival de Berlim 2013, com direção de Bruno Dummont e a atriz francesa
Juliette Binoche no papel principal. E como hoje é aniversário dessa lindíssima
atriz, nada mais justo que comemorá-lo reiterando que todo dia é dia da mulher. Veja mais aqui, aqui, aqui , aqui & aqui.
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de Panchatantra, Freud & Ida Bauer, Maurice de Vlaminck & Muddy Waters aqui.
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distantes, Rafael
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& Joaquín Sabina aqui.
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