É PRA ELA – Esta minha canção foi inserida no meu show
Crônica de amor por ela (2010): É pra ela que eu dedico a poesia / Da luz
de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida brilha tanto / E eu faço o
meu canto pra lhe dar / Eis que ela altaneira, fez-se tal porto seguro / Deu de
si a vida inteira com o seu ventre maduro / Para a vida premiar / / É de dia a
companheira, na sua missão mulher / Quando é noite é verdadeira, ser pro que
der e vier / E tudo compartilhar / Seu perfil é doação na magia do esplendor / No
seio a concepção da ternura e do amor / Aonde quer que eu vá, vem seu
resplendor frequente / Ela é luz resiliente para tudo superar / É pra ela que
eu dedico a poesia / Da luz de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida
brilha tanto / E eu faço o meu canto pra lhe dar / / Ela é meu dia / Ela é meu
chão / Ela é alegria / No meu coração / Ela
é folia / Ela é devoção / Ela é poesia / Na minha canção /É pra ela que eu
dedico a poesia / Da luz de todo dia e o meu cantar / É pra ela que a vida
brilha tanto / E eu faço o meu canto pra lhe dar. Veja mais
aqui e aqui.
Imagem do pintor e escultor britânico Edwin Landseer (1802-1873)
Ouvindo Lo Schiavo, do compositor brasileiro Carlos Gomes (1836-1896), com a soprano Silviane Bellato no Teatro Amazonas.
QUANDO MANDAVAM AS MULHERES (LENDA MUNDURUCU) - Em tempos que vão longe, as mulheres habitavam a casa-dos-homens, e os
homens estavam alojados em vasta casa coletiva. Os homens tinham de fazer todo
o trabalho para as mulheres: caçar, ir buscar lenha, desenterra mandioca,
espremer e fornear a farinha. Essas eram suas tarefas. E, como se isso não
bastasse, também iam buscar água no rio. Foi nessas priscas eras que três
mulheres – Ianiubêri, cacique dos Mundurucu, Taimbiru e Parauarê, acharam três
flautas chamadas caduque. Encontraram-nas num riacho e três peixinhos as
tiraram da água. As mulheres as experimentaram. – Que som bonito! – disseram
elas. Então passaram a tocá-las na mata, todos os dias. E para isso saiam de
casa às escondidas. Os homens começaram a desconfiar. – Aonde irão sempre as
mulheres? Acabaram por esconder-se a fim de melhor espreita-las. E as
encontraram tocando as suas flautas. – Que devemos fazer? – perguntaram. Mas os
irmãos mais novos de Ianiubêri, que se chamavam Marimarebê e Mariburubê,
propuseram: - Tiremos-lhes as flautas! Elas nem sequer vão à caça e nós temos
de fazer todos os seus serviços! Aceita a proposta, furtaram-lhes as flautas. E
também as experimentaram. – Que som bonito! – disseram eles. E passaram a tocá-las.
As mulheres ficaram muito tristes porque já não dispunham das suas flautas.
Soluçando, entraram na grande casa. Assim, os homens se apossaram da casa
coletiva, que ficou sendo a casa-dos-homens. (Recolhido de Couto de
Magalhães, O selvagem. Companhia Editora Nacional, 1940). Veja mais aqui.
MULHER – A escritora, jornalista e atriz de teatro, cinema e
televisão, Neila Tavares, já
colaborou para diversos veículos de comunicação, entre eles o jornal Folha de
São Paulo e TVE Brasil. É dela a letra da belíssima canção composta por
Geraldinho Azevedo, Mulher: Eu sou a mãe da Praça de Mayo Sou alma
dilacerada Sou Zuzu Angel, sou Sharon Tate O espectro da mulher assassinada Em
nome do amor Sou a mulher abandonada Pelo homem que inventou Outra mais menina
Sou Cecília, Adélia, Cora Coralina Sou Leila e Angela Diniz Eu sou Elis Eu sou
assim Sou o grito que reclama a paz Eu sou a chama da transformação Sorriso
meu, meus ais Grande emoção Que privilégio poder trazer No ventre a luz capaz
de eternizar Em nós sonho de criança Tua herança Eu sou a moça violentada Sou
Mônica, sou a Cláudia Eu sou Marilyn, Aída sou A dona de casa enjaulada Sem
poder sair Sou Janis Joplin drogada Eu sou Rita Lee Sou a mulher da rua Sou a
que posa na revista nua Sou Simone de Beauvoir Eu sou Dadá Eu sou assim...
Ainda sou a operária Doméstica, humilhada Eu sou a fiel e safada Aquela que vê
a novela A que disse não Sou a que sonha com artista De televisão A que faz a
feira Sou o feitiço, sou a feiticeira Sou a que cedeu ao patrão Sou a solidão
Eu sou assim
. Veja mais
aqui e aqui.
MULHER OBJETO DE CAMA E MESA – O livro Mulher objeto de cama e mesa (Vozes, 1974), da escritora,
teatróloga e jornalista Heloneida
Studart (1932-2007), uma das mais expressivas defensoras dos direitos da
mulher, é uma das mais relevantes publicações do movimento feminino brasileiro.
Na obra destaco: Só existe quem faz: a
mulher à beira do século XXI, tem a sua oportunidade de começar a fazer
civilização. Em caso contrário, corre o risco de acabar no museu, como um
espécie obsoleta. Com um título embaixo: mulher, fêmea do homem até meados da
Era Tecnológica. Usada para procriar descendentes, antes dos bancos de espermas
e dos bebês de proveta. Extinta por inútil. Veja mais aqui.
PRESENÇA – A escritora e professora de Teoria da
Literatura e Literatura Comparada da UFMG, Maria
Esther Maciel, doutora em Literatura Comparada e pós-doutorada em cinema
pela Universidade de Londres, é autora autora do livro Dos haveres do corpo (1985), do qual destaco o seu poema Presença: Não
vim para ficar: / não sou senão minha possibilidade de volta / minha indizível
presença / que se resvala / no espanto de ser / Vim / provisoriamente /
desafiar o século / anistiar meu susto / traduzir no tempo / este absurdo de
nós / Não cheguei tarde / porque tarde é para os incrédulos / e os fantasmas
que não se vingaram em vida / E porque nem tudo está falado: / o mundo ainda é
uma esfinge / que devora os mudos / e os simplesmente chegados. Veja
mais dela aqui e aqui.
MALENA – O filme Malena
(2000), escrito e dirigido pelo cineasta italiano Giuseppe Tornatore, apresenta
a atriz e modelo italiana Monica
Bellucci no papel da belíssima Malena Scordia, casada com um soldado que é
considerado morto na guerra. Com a morte trágica do seu pai, ela fica
desamparada, tendo de vender seu corpo, angariando antipatia das mulheres da
cidade, resultando no seu espancamento em praça pública. Eis que seu marido
ressurge, não encontra a mulher na cidade e um garoto que era apaixonado por
ela, dá-lhe uma carta dando conta do seu paradeiro. Veja mais aqui.
TODO DIA É DIA DA MULHER
Dia da mulher não é só 08 de março (Internacional) nem 30 de abril
(Nacional), é todo dia.
Imagem; Evolution, do pintor neerlandês Piet Mondrian (1872-1944)
Veja
mais aqui.
Veja mais sobre:
Todo dia, a primeira vez, Gilvan Samico & Paul Mathiopoulos aqui.
E mais:
Afrodite & O julgamento de Páris, Lya
Luft, Marcia Tiburi, Cacilda Becker, Diana Krall, José Celso Martinez Corrêa,
Krzysztof Kieslowski, Jeanne Hébuterne, Débora Arango, Julie Delpys & Enrique Simone aqui.
Reflexões de metido em camisa de onze
varas e cheio de nó pelas costas,
Viviane Mosé, Ralph Waldo Emerson, Isaac Newton, o Método Perigoso de Carl
Gustav Jung & Sabina Spielrein, A Síndrome de Klüver-Bucy, Auguste Comte
& Cloltilde de Vaux aqui.
Slavoj Zizek, Victor
Hugo, Pier Paulo Pasolini, Agildo Ribeiro, Silvana Mangano, Honoré Daumier,
Altay Veloso & Maria Creuza aqui.
Li Tai Po, Paul Ricoeur, Millôr
Fernandes, Carlos Saura, Ralph Gibson, Salomé & Aída
Gomez, Ronaldo Urgel Nogueira & Mônica
Salmaso aqui.
O morto e a lua, Ferreira Gullar, Oscar
Wilde, Louis Malle, Montaigne, Lisztomania, Juliette Binoche, Virginia Lane,
Luhan Dias & Neurofilosofia e Neurociência Cognitiva aqui.
A desgraça de um é a risada de outro, Gonzaguinha, Rosie Scribblah, Milton
Dacosta, Jean-Michel Basquiat, Nitolino & Literatura Infantil aqui.
Dos gostos e desgostos da vida, Claude Monet, Ewald Mataré, Chris Maher, Marlina Vera
& Quanto mais a gente vive, mais se enrola nas voltas do tempo aqui.
A República no reino do Fecamepa – lições
de ontem e de hoje pro que não é: Platão, Cícero, Maquiavel,
Montesquieu, Rousseau, Georg Lukács, Norbert Elias, Zygmunt Bauman & Florestan Fernandes aqui.
Abram alas pra revolta passar que os
invísiveis apareceram, Debora
Klempous, Amadeo de Souza-Cardoso, Neurofilosofia & Neurociência Cognitiva aqui.
As escolhas entre erros e acertos, Armand Pierre Fernandez, Alexandra Nechita,
Raceanu Adrian & Laura
Canabrava aqui.
Das vésperas & crástinos na festa do
amor, Peter
Greenaway, Dalu Zhao, Luciah Lopez, A Notícia & Jamilton Barbosa Correia aqui.
Água morro acima, fogo queda abaixo, isto
é Brasil, Noêmia
de Sousa, Juarez Machado, Tetê Espíndola, Glauco Villas Boas, Geraldo de Arruda
Castro & Giselda Camilo Pereira aqui.
Todo dia o primeiro passo, José Orlando Alves, Gilberto Mendonça
Teles, Belle Chere & David Ngo, Lia Rodrigues Companhia de Danças &
Maria Núbia Vítor de Souza aqui.
Pelos caminhos da vida, A lenda Tembé do
incêndio universal e o dilúvio, Benedicto
Lacerda, Ferdinand Hodler, Clodomiro Amazonas, Alessandro
Biffignandi, Diane Arbus & Ligia Scholze Borges Tormachio aqui.
&
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.