terça-feira, março 17, 2015

ELIS REGINA, BERTOLUCCI, ANTÔNIO MARIA, CLITEMNESTRA, ANTÔNIO TORRES, GROS, O CRAVO E A ROSA & MUITO MAIS NO PROGRAMA TATARITARITATÁ!!!


O CRAVO E A ROSA – Quando escrevi a historinha O Cravo e a Rosa, eu estava selecionando o material resultante do Prêmio Nascente de Arte Infanto-Juvenil – 2ª Edição, para elaboração da antologia Brincarte. Os trabalhos da garotada recolhido das escolas me inspirou. E resolvi transformar a conhecida música infantil em Literatura de Cordel. Publiquei em 1999 iniciando assim: Não seria a última / muito menos a primeira / por qualquer besteira / arengavam o cravo e a rosa. / Se por razões tolas / ou por motivos fúteis / pelas coisas mais inúteis / brigavam o cravo e a rosa. / Pelo ferrolho da janela / por munganga ou zombaria / entravam da noite pelo dia / se estranhavam o cravo e a rosa. / Era muxoxo pelos cantos / era careta pelas costas / era retrucando resposta / que se entendiam o cravo e a rosa. RECADINHO PRAS CRIANÇAS DE TODAS AS IDADES: Nesta quarta haverá reprise do Programa Brincarte do Nitolino nos horários das 10 às 11hs, e das 15 às 16 hs, no Projeto MCLAM. Para conferir ao vivo e online é só conferir aqui ou aqui.

PROGRAMA TATARITARITATÁ – O programa Tataritaritatá que vai ao ar todas terças, a partir das 21 (horário de Brasilia), é comandado pela poeta e radialista Meimei Corrêa na Rádio Cidade, em Minas Gerais. Confira a programação desta terça aqui– Logo mais, a partir das 21hs, acontecerá mais uma edição do programa Tataritaritatá, com muita festa e a apresentação da querida Meimei Corrêa. E com as seguintes atrações na programação: Elis Regina, Quarteto em Cy & MPB 4, Jair Oliveira, Sônia Mello, Ricardo Machado, Jarbas Barros, Mazinho, Elisete Retter, Júlia Crystal, Ozi dos Palmares, Edino Krieger, Patrício Teixeira, John Sebastian, Katri Helena, Stephen Gately, Nat King Cole, Paul Kantner, Francisca Valenzuela, Perla, Chiko Queiroga & Ana Vitória, Monsyerrá, Carlinho Motta, César Weber, Irah Caldeira, Cambada Mineira, Célio Matos & muito mais! Veja mais aqui.

SERVIÇO:
O que? Programa Tataritaritatá
Quando? Hoje, terça, 17 de março, a partir das 21hs
Onde? No MCLAM - blog do Programa Domingo Romântico
Apresentação: Meimei Corrêa

Imagem: Diane au bain (Diana Bathing), do pintor francês Antoine-Jean Gros (1771-1835)

Ouvindo o sexto álbum ao vivo Transversal do Tempo (Phonogram, 1978) da cantora Elis Regina.

Imagem: Clitemnestra (1817), do pintor neoclássico francês Pierre-Narcisse Guérin (1774-1833).

CLITEMNESTRA: ORÉSTIA, A TRILOGIA DE ORESTES – Na mitologia grega, a bela rainha Clitemnestra ou Clitenestra era a esposa de Agamemnon, o líder dos exércitos gregos em Troinha. Ela era irmã gêmea não-idêntica de Helena. Ele ao desejá-la, assassinou seu marido Tântalo II para desposá-la. A revolta levou os irmãos dela a guerrear contra ele, foram convencidos por Tíndaro para conciliação. Ela, porém, revoltou-se com a atitude do marido de sacrificar Ártêmis, de sua filha Ifigência, vingou-se do esposo unindo-se ao primo dele Egisto para assassiná-lo e reinar sobre o povo de Micenas. Por conta disso, rejeitos seus dois filhos, Electra e Orestes. Ela se arrepende por rejeitar os filhos, alegando que sempre os amou ao mostrar os seios que os amamentaram. Inexoráveis, os filhos matam a mãe e Egisto. A história é contada na obra intitulada Oréstia, uma trilogia de peças teatrais do dramaturgo grego Ésquilo, composta pelas tragédias Agamemnon, Coéforas e Euménides, tratando a respeito da maldição recaiu sobre a família de Atreu após a guerra de Troia. Veja mais aqui e aqui.

MULHER DOS OUTROS DE MENINO GRANDE – Ouvindo o cd Menino Grande – Antônio Maria (2013), da cantoramiga Clara Redig, reunindo canções do poeta, radialista e compositor pernambucano Antônio Maria (1921-1964), lembrei que estava numa das minhas estantes o seu ótimo livro Benditas sejam as moças: as crônicas de Antônio Maria (Civilização Brasileira, 2002), do qual destaco Mulher dos outros: Dia claro. Primeiras horas do dia claro. Havíamos bebido e procurávamos um café aberto, para uma média, com pão-canoa. Quase todos estavam fechados ou não tinham ainda leite ou pão. Fomos parar em Ipanema, num cafezinho, cujo dono era um português e nos conhecia de nome de notícia. Propôs-nos, em vez de café, um vinho maduro, que recebera de sua terra, "uma terrinha (como disse) ao pé de Braga". Não se recusa um vinho maduro, sejam quais forem as circunstâncias. Aceitamo-lo. Nossa grata homenagem a José Manuel Pereira, que nos deu seu vinho. Nesse café, além de nós, havia um casal, aos beijos. As garrafas vazias (de cerveja) eram quatro sobre a mesa e seis sob. Beijavam-se, bebiam sua cervejinha e voltavam a beijar-se. Não olhavam para nós e pouco estavam ligando para o resto do mundo. Em dado momento, entraram dois rapazes e pediram aguardente no balcão. Ambos disseram palavrões, em voz alta. O casal dos beijos e da cerveja parou com as duas coisas. Outros palavrões e o cabeça do casal protestou: — Pára com isso, que tem senhora aqui!  Um dos rapazes dos palavrões: — Não chateia! — Não chateia o quê? Pára com isso agora! Um dos rapazes do palavrão: — E essa mulher é tua mulher? — Não é, mas é mulher de um amigo meu! A briga não foi adiante. Todos rimos. O dono da casa, os rapazes dos palavrões, o casal. Está provado que: quem sai aos beijos com mulher de amigo não tem direito a reclamar coisa alguma. Veja mais aqui, aqui e aqui.


UM TÁXI PARA VIENA D´ÁUSTRIA – A excelente obra Um táxi para Viena d´Áustria (Companhia das Letras, 1991), do premiadíssimo escritor, jornalista e ocupante da cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, Antônio Torres, conta a história de um publicitário desempregado que atravessa uma fase das vacas magérrimas, culminando com a narrativa sobre um crime. Na coletânea Rio Literário: um guia apaixonado da cidade do Rio de Janeiro (Casa da Palavra, 2005), encontro esse trecho do autor: Desceu na praça General Osório, pensando: Ipanema é mais azul do que Copacabana. Os seus prédios são mais baixos. Aqui ainda dá para se ver o céu. Só restava saber se isso o faria mais longe ou mais perto de Deus. E, se Deus existisse mesmo, iria mandar prendê-lo, por vadiagem? Andar sem pressa enquanto todos correm — eis um pecado mortal. E ele ainda ia ter que andar um bocado até o endereço do seu amigo. O que significava: que ainda dispunha de tempo — para pensar. Por que pensava tanto? Porque os japoneses... Andando e pensando: o caminho se faz ao andar. E lembrando do tempo em que aquela praça era muito mais agradável, sem os tapumes das obras do metrô entravando os transeuntes e enfeando o pedaço. Pensando nas tramoias por trás dos tabiques, e no golpe publicitário das obras, que só serviram para molhar as mãos dos construtores que deram grana para a campanha eleitoral do governador e agora estão aí, paradas, enfeando a praça. Pensando: e ninguém chia. Ipanema, o metro quadrado de terreno mais caro do que o de um castelo na Inglaterra, só protesta contra os camelôs que favelizam suas ruas e contra a presença de negros em sua praia. Para o resto parece nem estar aí. — Por favor... Assustou-se com a voz repentina que o interrompia, fazendo-o deter o passo. E o pensamento. — A senhora falou comigo? — Sim, meu filho. Sentiu a pele dos braços estremecer. “Meu filho.” Há quantos anos ninguém lhe chamava assim? — Pois não? — Como é que eu faço para ir à Confeitaria Colombo? — Fica em Copacabana. — Eu sei. — A senhora vai ter que pegar um ônibus. Venha comigo que lhe deixo no ponto, ali na Visconde de Pirajá. — Mas eu queria ir a pé. — É um bocado longe. — Não faz mal. Quero andar um pouco. Ver as ruas. Passo o tempo todo ali, olhe (apontou para um prédio), trancada. Minha filha não me deixa sair. Diz que não estou mais em idade de andar pelas ruas, que são perigosas, é o que ela acha. Mas dei uma fugidinha. Não vou passar o resto da minha vida presa num apartamento. — A senhora quer ir pela praia ou por dentro? — Por onde tiver mais gente. Quero ver gente. Movimento. — Então venha comigo. Depois eu digo como a senhora deve seguir. — Obrigada, meu filho. — De quê? — É tão raro encontrar alguém que tenha boa vontade para dar uma informação! — A senhora acha isso? — Acho, não. Tenho certeza. Sabe quantos anos eu tenho? — Uns setenta, talvez. Ela riu. — Pois já tenho oitenta anos. — Não parece. A senhora está ótima. — Obrigada. A boa senhora seguiu com ele, falando pelos cotovelos. Devia ter passado muito tempo mesmo enclausurada. Por que a filha a mantinha presa? Será que a velhinha era louca? Se era, não tinha cara disso. Parecia uma pessoa perfeitamente normal. Falava com naturalidade. E estava longe de ser uma chata. Muito pelo contrário. Era uma excelente companhia. E, decididamente, ela não tinha o menor receio ou vergonha de conversar com um desconhecido, mas sempre com uma desinibição natural, calma, nada afetada: — Não sou daqui, da Zona Sul. Passei toda a minha vida na Zona Norte. Mesmo depois que meu marido com ela. Relutei muito, sempre pensando que boa romaria faz quem em sua casa está em paz. Um dia acabei cedendo. Ela é uma boa filha, sabe? Só que vive tão apavorada, coitada. Morre de medo de tudo. Do trânsito, de assalto, da violência. É por isso que ela nunca me deixa sair sozinha. Hoje vai ter um chilique, quando souber que dei uma fugida. Bobagem ela se preocupar tanto. A gente só morre quando chega a hora. E já estou na idade de me divertir, você não acha? Veja mais aqui.

ULTIMO TANGO EM PARIS – O controvertido drama erótico franco-italiano Último tango em Paris (Le Dernier Tango à Paris, 1972), do cineasta italiano Bernardo Bertolucci, com roteiro de Franco Arcalli e Agnés Varda, e trilha sonora jazzística do compositor e arranjador argentino Gato Barbieri. O filme é recheado de polêmicas desde as fantasias eróticas do diretor, a declaração dele de que a atriz francesa Maria Schneider (1952-2011), havia se fixado de forma edipiana por Marlon Brando, ela declarou a humilhação sexual durante as filmagens de se sentir estuprada por Brando e Bertolucci, este último para ela um cafetão e gangster, afora ter ela dito que o filme arruinou sua carreira e que se tornara o seu único arrependimento na vida. Brando também fez declarações semelhantes, alegando ter sido humilhado e violado. De outra parte, o filme alcançou a condição de ter-se tornado uma obra-prima cinematográfica, sucesso de bilheteria mundial, além da controvérsia criada pelo caos emocional e violência sexual que lhe causaram censura em todo mundo. O filme conta a história de um forasteiro americano de meia idade em Paris, enlutado pela morte da mulher, alugando um apartamento no qual encontra uma jovem parisiense de espírito livre, ambos interessados em aluga-lo. Sem se conhecerem passaram a ter relações sexuais no local, desenvolvendo-se a partir dali uma trama que finda numa tragédia. A atriz que até então era desconhecida, adotara o nome da mãe porque só foi reconhecida pelo pai quando já era adolescente, tornando-se uma celebridade. Veja mais aqui.
 


Veja mais sobre:
Uma ou outra coisa que eu sei de mim, Rio Una, Fernando Pessoa, Robert Delaunay & Anikeev Sergey aqui.

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Mandonismo da paixão & a pintura de Carolyn Weltman aqui.
Educação, afetividade, transversalidade & homossexualidade aqui.
Código de Defesa do Consumidor, Casa Grande & Senzala de Gilberto Freyre, Ensinar aprendendo de Içami Tiba, Papisa Joana & Johanna Wokalek, a música de Oswaldo Montenegro, a pintura de Giovanni Battista Tiepolo & James Gillray aqui.
Fecamepa: salve Dioniso, evoé Baco, a poesia de César Vallejo, a música de Franz Haydn & Teresa Berganza, o teatro de Augusto Boal, a pintura de Rosa Bonheur & William-Adolphe Bouguereau, Sabina Spielrein & Keira Knightley aqui.
Para fazer do Brasil um páis melhor tem que começar tudo em casa, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, Incidentes em Antares de Érico Veríssimo, Cidade do amanhã de Peter Hall, O desenvolvimento das cidades de Nelson Werneck Sodré, Geração 70 de Álvaro Manuel Machado, a música de Louis Moreau Gottschalk & Ivan Lins, a escultura de Alberto Santos & Candidato faz tudo cara de pau na maior responsa aqui.
É preciso respeitar as diferenças, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, a História do Brasil de Angela de Castro Gomes, o pensamento de Bernard Stiegler,  a cidade de Marshal McLuhan, a música de Jards Macalé, a literatura de Monica Ali, o cinema de Wong Kar-Wai & Maggie Cheung, a arte de Artur Barrio, a fotografia de Luiz Filho & Annie Leibovitz, . A gravura de DiMagalhães, Teatro na Rua, o cartun de Harvey Kurtzman & Canto paródia de mim aqui.
Depois da tempestade nem sempre uma bonança, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, A poética do romance de Autran Dourado, A ciência pós-moderna de Boaventura de Sousa Santos, o pensamento de Gilbert Simondon, a coreografia de Hisako Horikawa, o cinema de Júlio Bressane, a pintura de Nancy Bossert, a arte visual de Patti Smith & Mônica Nador, o grafite de Alex Vallauri, a fotografia de Alfred Noyer, Pombas Urbanas, a arte multimídia de Hudinilson Urbano Junior & Pra vida ofereço a outra face aqui.
A educação por água abaixo pra farra dos mal-educados, A ilusão jurídica de István Mészarós, A metáfora do rizoma de Gilles Deleuze & Félix Guattari, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, Serviço Social na Escola, a fotografia de Henri Cartier-Bresson, a arte de George Segal & Eulalia Valldosera, A morte sem nome de Santiago Nazarian, a música de Jussara Silveira, Teatro P com P, o grafite de Crânio, o desenho de Roger de La Fresnaye & Quando Ciuço Pacaru embarcou no maior revestrés aqui.
Judicialização do SUS: pra que saúde se não tem nem onde cair morto, Os objetivos da educação de Alain Touraine, A gaia ciência de Friedrich Nietzsche, Contos de Genji de Murasaki Shibuku, A educação escolar, a música de Hans-Joachim Koellreuter & Sérgio Villafranca, a pintura de Carlos Scliar, a charge de Latuff, As Meninas do Conto, a escultura de João Sotero, o cinema de Frances François Ozon, a fotografia de Eduardo Ramirez & Juan Esteves aqui.
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