
OUTROS DITOS
Eu sei que na vida
haverá doenças, devastação, decepções, sofrimentos — é um dado adquirido. O que
não é garantido é a maneira como você escolhe superar tudo isso. Se você
procurar com atenção, sempre encontrará o lado bom...
Pensamento da atriz,
cantora, escritora e modelo estadunidense Rashida Jones. Veja
mais aqui.
AS CONTRADIÇÕES
& FIM DO CAPITALISMO
[...] O capital carrega em si uma definição dissecante não
apenas da imensa diversidade do mundo natural, mas também do enorme potencial
da natureza humana para desenvolver livremente suas próprias capacidades e
poderes. A relação do capital com a natureza e com a natureza humana é
alienante ao extremo. [...] Qualquer
estratégia dita "radical" que busque empoderar os desfavorecidos no
âmbito da reprodução social, abrindo-o à monetização e às forças de mercado,
está indo exatamente na direção errada. Oferecer aulas de educação financeira
para a população em geral simplesmente exporá as práticas predatórias dessa
população, que busca administrar seus próprios portfólios de investimentos como
peixinhos nadando em um mar de tubarões. Oferecer microcrédito e microfinanças
incentiva as pessoas a participarem da economia de mercado, mas o faz de forma
a maximizar a energia que elas têm para gastar, minimizando seus retornos. Fornecer
título legal para a propriedade da terra na esperança de que isso traga
estabilidade econômica e social às vidas dos marginalizados quase certamente
levará, a longo prazo, à sua desapropriação e despejo daquele espaço e lugar
que já detêm por meio de direitos de uso consuetudinário. [...] Os capitalistas também, como observou o romancista
Charles Dickens, gostavam de pensar em seus trabalhadores apenas como
"mãos", preferindo esquecer que tinham estômago e cérebro. Mas,
diziam os críticos mais perspicazes do século XIX, se é assim que as pessoas
vivem suas vidas no trabalho, como podem pensar de forma diferente quando
chegam em casa à noite? Como seria possível construir um senso de comunidade
moral ou de solidariedade social, de modos coletivos e significativos de
pertencimento e de vida que não sejam contaminados pela brutalidade, ignorância
e estupidez que envolvem os trabalhadores no trabalho? Como, acima de tudo, os
trabalhadores podem desenvolver algum senso de domínio sobre seus próprios
destinos e fortunas quando dependem tão profundamente de uma multidão de
pessoas distantes, desconhecidas e, em muitos aspectos, incognoscíveis, que
colocam o café da manhã em sua mesa todos os dias? [...].
Trechos extraídos da obra Seventeen Contradictions and the End
of Capitalism (Oxford University Press, 2015), do professor e
geógrafo britânico David Harvey, autor das obras Rebel Cities: From
the Right to the City to the Urban Revolution (2012), The Enigma of
Capital and the Crises of Capitalism (2010), A Companion to Marx's
Capital (2010), A Brief History of Neoliberalism (2005), The
Condition of Postmodernity: An Enquiry into the Origins of Cultural Change
(1989) e The Limits to Capital (1982), entre outras. As suas crônicas anticapitalistas formam
verdadeiro guia para a luta de classes no século XXI, mencionando que: O capital se
tornou muito sofisticado em absorver o tempo livre das pessoas porque ele não
quer que você tenha tempo livre, porque você pode PENSAR... Veja mais
aqui & aqui.
MEU ORGASMO É
CURA
Quando a
explosão \ Toma conta \ E aquece o estado \ Líquido... \ Toda dor \ Que esse
mundo criou \ Para me levar \ A exaustão de banzo \ Evapora... \ Meu corpo \ Transcende
\ Como brisa leve \ Beleza africana \ Consagração \ De um espírito livre \ Quilombola
\ De quem goza \ Por rebeldia e pirraça \ Pois o meu prazer \ Você racista \ Não
mata.
Poema extraído
da obra Estado de libido:
ou poesias de prazer e cura
(Oralituras, 2020), da poeta, editora, educadora, gestora e ativista Carmen
Faustino (Carmen Lucia Faustino). Veja mais abaixo & mais aqui
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CRÔNICA DE AMOR
POR ELA
É nela que sou vivo: ela nua é linda...
Literótica
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