sábado, dezembro 16, 2017

FAULKNER, MILLÔR, ANACREONTE, ORLANDO BASTOS, EIJA-LIISA AHTILA, GILBERTO PAIM, ARTE POP, LITERÓTICA, DJAVAN & LAUREN HILL, AGRESTINA & EDUCAÇÃO

A arte da artista visual e cineasta finlandesa Eija-Liisa Ahtila

LITERÓTICA: CANTIGAEsta canção vem de longe, muito longe lá onde amanhece o leste carregado da missão de Verne e do espetáculo de Wakeman. Esta canção vem de longe para ser sua mulher que se insinua e que me refugia nua e me mata com essa graça que tem no clarão do riso de formosa princesa, a mais linda entre as lindas, com o fogo do beijo de divina beldade musa de todas as minhas canções. Esta canção, falo em você pelo tobogã da vala eqüidistante entre Natal e Porto Alegre na atlântica ondulação maravilhosa do prazer: a vértebra que serpenteia como a luz para a noite e o sol para o dia. Esta canção é toda festa no prólogo inflamado de segunda pra terça quando chego pidão que pede porque carece jogado pela lombada do Oiapoque ao Chuí do seu jeito de engatinhar nua ao meu redor. Esta canção é só armadilha de terça pra quarta quando meu relho é pontaria exata no lombo de tigela boa da cauda do cometa onde vou desenhar a poesia do eterno coito presente em todas as ânsias, marcante em todas as expectativas. Esta canção é só captura de quarta pra quinta quando o meu anzol fisga sua carne fresca e vou fundo sem cessar fogo para me lavar com nossa lama, escorrendo pela formosura do seu agoniado colo erguido quebrando tudo no peito com chamegos safados no incomparável remanso da sua inevitável sedução. Esta canção é só luta corporal de quinta pra sexta quando na sua esfíngica tentação de devoradora devorada, se estraçalha com minha língua no seu fogareiro de divino manjar, jóia da mais alta valia entre as pernas, retrato falado do milagre e da maravilha. Esta canção é só tempestade voluptuosa de sexta pra sábado do nosso devaneio hípico e eu alazão fogoso devasso comendo no centro incapaz de escapar e à maneira insensata principia e brilha maior reluzência porque é impossível poupar do veneno que inebria e eu sou todo embalado pelo cheiro e sabor do seu sexo. Esta canção é só recomeço puxando prima e bordão de sábado pra domingo até que chegue nas nuvens capitulando às minhas investidas de segunda pra terça e chegando na quarta se fazendo manha porque quinta se abre em flor que me cabe inteiro na sexta e eu carrego no sábado de novo e peço bis no domingo, e pedimos bis um ao outro no dia seguinte, toda minha e todo seu até presentear todos os dias com os acordes finais pirotécnicos fatais do último movimento sinfônico do nosso dilúvio de prazer. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja mais aqui.


DITOS & DESDITOSUm escritor é alguém congenitamente incapaz de dizer a verdade. Por isso, o que ele escreve chama-se ficção. Pensamento do escritor estadunidense e ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1949, William Faulkner (1897-1962). Veja mais aqui e aqui.

ALGUÉM FALOU: Temos que começar por baixo. Como os Estados Unidos, por exemplo: eles começaram com um país só. Pensamento do escritor, dramaturgo, tradutor, desenhista, humorista e jornalista Millôr Fernandes (1923-2012), Veja mais aqui.

OS AMANTES –[...] Ouvia o ruido dos seus próprios passos, via seu rosto desvairado, as mãos crispadas tentando vingança. Pois iriam juntos para o lado de lá, e nunca mais se apartariam. Pôs o candelabro sobre o criado-mudo. Abriu a gaveta, tirou a garrucha. Com mão firme albejou o peito de Carolina e puxou o gatilho. Um tiro estrugiu. E outro, em seguida. Àquela tarde houve motivo para o povo se alarmar. Foram dois tiros, em vez de um, que atroaram no sobradinho. Era esquisito! Muito esquisito! E estando Carolina morre-não-morre, o Emílio, por mais amalucado que fosse, não iria cometer tamanho desatino. [...]. Trechos do conto do escritor Orlando Bastos.

POEMANão te vás de mim fugindo / de meu gesto descontente, / por ver que já estão luzindo / alvas cãs na minha frente. / Inda que tens a cor grata / dessa viçosa estação, / nem por isso, ó ninfa ingrata, / enjeites minha atenção. / Numa grinalda formosa / vê tu bem com quanta graça, / coa bela pupurea rosa / o branco lirio se enlaça. Poema do poeta grego Anacreonte (563-578aC). Veja mais aqui.

ENTRE A FÁBRICA DE SONHOS E A DOCUMENTAÇÃO
Nos filmes e nas instalações de video, o meu objetivo é lançar luz sobre o tempo e a narração com auxilio de personagens numa familia. Na história, nunca fica claro quem é quem e quais são as relações entre os atores no filme.
A arte da artista visual e cineasta finlandesa Eija-Liisa Ahtila.


ARTE POP – A palavra pop, como abreviatura de cultura popular ou arte popular, foi levada em consideração na obra Arte pop com 62 ilustrações a cor (Labor do Brasil, 1974), do historiador da arte britânico Simon Wilson, traz um histórico acerca do desenvolvimento desta modalidade artistica, seus principais autores, cronologia e bibliografia complementar, devidamente ilustrado com as principais obras do movimento.

A BELEZA SOB SUSPEITA – A obra A beleza sob suspeita: o ornamento em Ruskin, Lloyd Wright, Loos, Le Corbisier e outros (Zahar, 2000), do ceramista, pesquisador e curador independente, Gilberto Paim, trata sobre o ornamento revolucionário e como diferenciação, os lugares apropriados, ética do consumo, a pura visualidade, a atuação do impulso ornamental, abstração e natureza, decoração ou horror vacui, desafio ornamental da pintura moderna, a exuigerancia do ornamento organico, formas e funções, o exilio da decoração, o ornamento como submissão, olhos de pedra, a prisão da arte, o desvio ornamental, elegancia e beleza, o laboratório da indiferença, a emancipação minimalista, desperdício ornamental, expressionismo oposto ao luxo, a matéria da criação, a elegancia antiornamental da máquina, objetos-tipo e objetos-vida, austeridade ostentatória, as artes vergonhosas, rigor artesanal, os limites da razão, a beleza shibui, entre outros.


Hoje na Rádio Tataritaritatá especiais com Djavan & Lauryn Hill. Para conferir é só ligar o som e curtir.

TODO DIA É DIA DA MULHER
Leitora Tataritaritatá!
&
Apresentação da palestra Aprender & Saber, para os professores da Rede Pública Municial de Ensino de Agrestina – PE. Veja mais aqui & aqui

NADYA TOLOKONNIKOVA, ANNA KATHARINE GREEN, EMMA GONZALEZ & THALYTA MONTEIRO

    Imagem: Acervo ArtLAM . Ao som dos álbuns Terra adentro (A Casa Produções, 2011) e Luares (2023), da violonista, compositora, produt...