
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial a voz da cantora Gal Costa & show ao vivo do cantor, compositor e
milti-instrumentista Beto Guedes. Para conferir é só ligar o som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – Por
ti mesmo, não te violentes e respeita em ti as oscilações do sentimento, de acordo
com a tua vida e a tua natureza. Alguém, mais sábio do que tu, as fez assim.
Pensamento do filósofo, poeta e crítico suíço Henri-Frédric Amiel (1821-1881).
PERSPECTIVISMO AMERÍNDIO - [...] a concepção, comum a muitos povos do
continente, segundo a qual o mundo é habitado por diferentes espécies de
sujeitos ou pessoas, humanas e não-humanas, que o apreendem segundo pontos de
vista distintos. [...] eles se
dispõem, a bem dizer, de modo exatamente ortogonal à oposição entre relativismo
e universalismo. Tal resistência do perspectivismo ameríndio aos termos de
nossos debates epistemológicos põe sob suspeita a robustez e a
transportabilidade das partições ontológicas que os alimentam. Em particular,
como muitos antropólogos já concluíram (embora por outros motivos), a distinção
clássica entre Natureza e Cultura não pode ser utilizada para descrever
dimensões ou domínios internos a cosmologias não-ocidentais sem passar antes
por uma crítica etnológica rigorosa. [...] não
devemos esquecer que, se as pontas do compasso estão separadas, as hastes se
articulam no vértice: a distinção entre Natureza e Cultura gira em torno de um
ponto onde ela ainda não existe. [...] Trechos extrapidos da obra A inconstância da alma selvagem (Cosac
& Naify, 2002), do antropólogo e professor Viveiros de Castro, também autor da obra O perspectivismo ameríndio não é uma cosmologia, mas “um corolário
(etno)epistemológico do animismo (Mana, 1996), no qual o autor derruba o senso comum de que os povos indígenas são marcados pelo atraso em
relação ao mundo ocidental, uma vez que essas sociedades sempre foram descritas
como “primitivas” por carecerem de instituições modernas – como o Estado e a
ciência.
CAETÉS – O município de Caetés surgiu de um povoado que se chamava São
Caetano, até 1918. O topônimo mudou para Caetés por influência do jornalista,
historiador e publicista da língua tupi, Mário Melo, alegando ser caetés uma
corruptela de caá-etê, significando "mato real ou verdadeiro, mata
virgem". Emancipou-se como município em 13 de dezembro de 1963,
desmembrando-se do município de Garanhuns. Está incluído na área geográfica de
abrangência do semiárido brasileiro, definida em 2005. É formado pelo distrito
sede e pelos povoados de Ponto Alegre, Atoleiro, Barriguda, Bastiões, Vila
Araçá, Várzea Comprida, Várzea Suja e Queimada Grande. Hoje tem se tornado um pólo na
geração de energia eólica no país. Veja mais aqui.
UMA SOMBRA NA PAREDE - [...] Dou por mim andando por estas ruas estreitas, entre alas de velhas
casas que o tempo preservou, e sinto que me reencontro, muitos anos depois de
ter partido daqui para longes terras. De mim, para mim, repito o poeta que
viveu emoção análoga à que estou vivendo agora, nesta volta ao chão natal: Pois
do que por fora vi, / a mais querer minha terra / e a minha gente aprendi.
Tenho novamente vinte anos, as mesmas namoradas, os velhos amigos, os mesmos
sonhos, e este gosto de recriar a vida com minhas histórias, meus personagens e
minhas emoções. [...] Nunca o vi tão
feliz nem tão realizado. Ambos eufóricos, como desinteressados do tempo e da
idade, cada qual com o seu mistério mal guardado, e sempre sobre as bênçãos do
bom Deus, que continua a proteger-nos como seus filhos, até mesmo quando dá a
impressão de que nos esquece, ou que estende até nós a piedade de sua
indiferença. Trechos do romance do escritor, jornalista,
professor e teatrólogo Josué Montello
(1917-2006). Veja mais aqui.
O BICHO - Vi
ontem um bicho / na imundície do pátio / catando comigo entre os detritos. /
Quando achava alguma coisa, / não examinava nem cheirava: / engolia com
voracidade. / O bicho não era um cão, / não era um gato, / não era um rato. / O
bicho, meu Deus, era um homem. Poema do poeta,
tradutor, critico literário e de arte, Manuel Bandeira (1886-1968). Veja
mais aqui e aqui.
IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE
CULTURA DE PERNAMBUCO
Participando da IV Conferência
Estadual de Cultura de Pernambuco, no auditório da Faculdade de Pesquisas
Aplicadas, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), na última terça feira,
12 de dezembro, com o poeta e multiartista Fábio de Carvalho & do poeta e compositor Zé Ripe.
Veja mais:
&
A ARTE DE MINAMI
KEIZI
A arte do quadrinista, jornalista e desenhista nipo-brasileiro Minami
Keizi (1945-2009).