
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com a cantora e compositora Bárbara Eugenia: Frou frou &
Jornal Bad; com o músico, compositor
e andarilho urbano Tatá Aeroplano: Step Psicodélico;
e da dupla Vida ventureira. Para conferir é só ligar o
som e curtir.
PENSAMENTO DO DIA – A voz do morto: Estava com Penélope, conheci Elsa, reencontrei Helena,
abandonei Penélope, deixei Helena. E sinto saudade de Esmé. Respeito todas,
valorizo todas, todas foram importantes para mim. Será por isso que dizem que
não presto? Será? Se os mortos cantassem eu entoaria: “Eu não presto, mas eu te
amo, eu não presto mas eu te amo”. Sim. E daí? O amor, ah, o amor! Amor. Quem o
merece? [...]. Trecho extraído da obra O
silêncio do delator (A Girafa, 2004), do jornalista e escritor José Nêumane
Pinto.
LEI DOS TRÊS PRINCÍPIOS OU TRÊS FORÇAS – [...] todo fenômeno, em qualquer escala e em qualquer mundo que ocorra, do
plano molecular ao plano cósmico, é o resultado da combinação ou encontro de
três forças dirferentes ou opostas. O pensamento contemporâneo reconhece a
existência de duas forças e a necessidade dessas duas forças para a produção de
um fenômeno: força e resistência, magnetismo positivo e negativo, eletricidade
positiva e negativa, células masculina e feminina e assim por diante. Ainda
assim, não constata sempre nem em toda parte a exist~encia dessas duas forças.
Quanto á terceira força, jamais se preocupou com ela ou, se lhe aconteceu um
dia levantar tal questão, ninguém disso se apercebeu. [...]. Trechos da
obra Fragmentos de um ensinamento
desconhecido: em busca do milagroso (Pensamento, 1982), do
filósofo e psicólogo russo Piotr
Demianovitch Ouspensky (1878-1947). Veja mais aqui.
O BELO VERÃO - Naquele
tempo tudo era festa. Bastava que saissemn de casa e atravessassem a rua para
ficarem como loucas, e tudo era tão bonito, princpalmenet à noite, que, mesmo
chegando mortas de cansaço, esperavam que alguma coisa acontecesse, que
rebentasse um incêndio, que em casa nascesse uma criança, ou que de repente
rompesse o dia e todo mundo saísse às ruas, e se pudesse continuar andando
andanto até chegar aos campos, até chegar além das colinas. – Têm saúde, são
jovens – diziam -, são moças, não têm preocupação, a gente entende. No entanto,
uma delas, Tina, que saíra do hospital manca e que em casa não tinha o que
comer, também ria por nada e, uma noite, correndo atas dos outros, parara e
comçara a crhorar porque era uma besteira dormir, era como roubar tempo à
alegria. [...]. Trechos da obra O
belo verão (Brasiliense, 1987), do escritor italiano Cesare Pavese (1908-1950). Veja mais
aqui.
QUATRO POEMAS DO GUARDAR – Logrador: Você habita o próprio centro / de um
coração que já foi meu. / Por dentro torço por que dentro / em pouco lá só more
eu. / Livre de todos os negócos / e vícios que advém de amar / lá seja o centro
de alguns ócios / que escolheirei por cultivar. / Para que os sócios vis do
amor, / rancor, dor, ódio, solidão, / não mais consumam meu vigor, / amado e
amor banir-se-ão / do centro rumo a um logrador / subúrbio desse coração. Simbiose:
Sou seu poeta só / só em você descubro a poesia / que era minha já / mas eu não
via. / Só eu sou seu poeta / só eu revelo a poesia sua / e à noite indiscreta /
você de lua. Maresia: O meu amor me deixou / levou minha identidade / não sei mais bem onde
estou / nem onde há realidade / Ah, se eu fosse marinheiro / era eu quem tinha
partido / mas meu coração ligeiro / não se teria partido/ ou se partisse colava
/ com cola de maresia /eu amava e desamava / sem peso e com poesia / Ah, se eu
fosse marinheiro / seria doce meu lar / não só o Rio de Janeiro / a imensidão e
o mar / leste oeste norte sul / onde um homem se situa / quando o sol sobre o
azul / ou quando no mar a lua / não buscaria conforto / nem juntaria dinheiro /
um amor em cada porto / Ahhhhhh se eu fosse marinheiro.../ não pensaria em
dinheiro / um amor em cada porto... / Ahhhhhh se eu fosse marinheiro... O país das maravilhas: Não se entra no país das maravilhas / pois ele fica do
lado de fora, / não do lado de dentro. Se há saídas/ que dão nele, estão
certamente à orla/ iridescente do meu pensamento,/ jamais no centro vago do meu
eu./ E se me entrego às imagens do espelho/ ou da água, tendo no fundo o céu,/ não
pensem que me apaixonei por mim./ Não: bom é ver-se no espaço diáfano/ do
mundo, coisa entre coisas que há/ no lume do espelho, fora de si:/ peixe entre
peixes, pássaro entre pássaros,/ um dia passo inteiro para lá. Poemas
extraídos de Guardar (Record, 1997), do
poeta, compositor, critico literário e filósofo Antônio Cícero. Veja mais aqui.
A ARTE DE GIL COHEN
A arte do desenhista, ilustrador, professor e pintor Gil Cohen.
Veja mais:
A arte de Fulvio Pennacchi aqui.
Vygotsky, o teatro e a criança aqui.
Brincar para aprender aqui.
&
A ARTE DE ALESSANDRA
FAVETTO
A arte da fotógrafa,
artista plástica e visual italiana Alessandra
Favetto.