A VIDA É MUITO
MAIS - Imagem: arte da pintora
inglesa Lucinda Lyons. - A vida é plena e o sonho é grande além dos sentidos. Para
quem sabe a miudeza dos que se arvoram donos do saber e nada sentem nem vivem,
valho-me do discernimento, vou entre Esfinges, Pinóquios e Franksteins com seus
narizes fálicos assombrados com seus monstros e maravilhas traduzidas e
explicadsa por seus próprios erros e julgamentos. Deles me chega algaravias dos
vultos forjados na discórdia dos que mandam e saltam das páginas dos livretros
para ganharem vidas prórpias e fazem de tudo para todos o que querem e em nome
de seus interesses vendem ilusões e mentem, enganam, traem o propósito real e
original que não sabem, para se sentarem ao lado dos que ignoram as máscaras do
embuste da ignorância atávica, ocultando atrás das portas as intenções além das
abstrações inalcançáveis. A mim chegam engalanados e mimosos, e os revelo da
boca para o ouvido e logo se extinguem entre as muitas dimensões ao meu redor,
porque sei do incompreensível e paradoxal, e cuido da minha vida e não
interfiro no alheio. O Verbo sou galáxias inteiras e muitas pela espiral
ascendente dos muitos níveis da evolução com o Fogo Purificador e a legislação
moral do Livro da Revelação, e persigo pelos cento e vinte e cinco degraus que
levam ao Criador, a me dar a capacidade infinita de ser outras tantas e muitas
formas e os muitos níveis de compreensão, porque me mantenho entre os doze
iniciados da Kabash, e o Zohar e a Hermética, os seiscentos e treze manifestos
da Torá, as trinta e duas vias da sabedoria no Livro da Formação, os vinte e
dois livros do Explendor para a Sabedoria da Verdade, o Livro da Iluminação,
das Emanações, as dez propriedades divinas e suas vinte e duas letras, quando
sou semente única em comunhão com todas as outras, a seguir a luz no alto a
desfazer mistérios. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais
aqui.
RÁDIO TATARITARITATÁ:
Hoje na Rádio Tataritaritatá especial com o violoncelista Antônio Meneses
no Concert Chello Elga & a violinista russa Alina
Ibragimova interpretando o Concert
to the memorian on the Angel Berg & Violin Bach. Para conferir é só
ligar o som e curtir. Veja mais aqui.
PENSAMENTO DO DIA – [...] No político distingo dois momentos, o do presente e
do futuro. Principiando pelo segundo, desejo o desaparecimento do Estado, da
Economia, da Educação, da Sociedade e da Metafísica; quero que cada indivíduo
se governe por si próprio, sendo sempre o melhor do que é, que tudo seja de
todos, repousando toda a produção, por uma lado, no , por outro lado, na
fábrica automática; que a criança cresça naturalmente segundo as suas
apetências, sem as várias formas de cópia e do ditado que têm sido nas escolas,
publicas e de casa; que o social com as suas regras, entraves e objectivos dê
lugar ao grupo humano que tenha por meta fundamental viver na liberdade, e que
todos em vez de terem metafísica, religiosa ou não, sejam metafísica. Tudo
virá, porém, gradualmente, já que toda a revolução não é mais do que um
precipitar de fases que não tiveram tempo de ser. Por agora, para o geral,
democracia directa, economia comunitarista, educação pela experiência da
liberdade criativa, sociedade de cooperação e respeito pelo diferente,
metafísica que não discrimine quaisquer outras, mesmo as que pareçam
antimetafísicas. Mas, fora do geral, para qualquer indivíduo, o viver, posto
que no presente, já quanto possível no futuro; eliminando o supérfluo,
cooperando, aceitando o que lhe não é idêntico – e muito crítico quanto a este
-, não querendo educar, mas apenas proporcionando ambiente e estímulo, e
procurando tão largo pensamento que todos os outros nele caibam. Se o futuro é
a vida, vivamo-la já, que o tempo é pouco; que a Morte nos colha e não, como é
hábito, já meio mortos, aliás, suicidados. [...]. Trecho da obra Textos e ensaios filosóficos (Âncora, 2000),
do filósofo, poeta e ensaísta português Agostinho da
Silva (1906-1994). Veja mais aqui.
PESQUEIRA – O município de Pesqueira
compreende administrativamente os distritos sede, Cimbres, Mimoso, Mutuca,
Papagaio e Salobro, e os povoados Ipanema, Cajueiro, Beira Mar, Capim de
Planta, Papagaio de Cima, Marimbas, Pacheco e Cacimbão. Está inserido na
unidade geoambiental das encostas ocidentais do Planalto da Borborema,
destacando-se as serras do Mimoso e do Ororubá. Na Serra do Ororubá vivem os
índios Xukuru, em 24 aldeias, consolidando o município como o maior reduto
indígena do Nordeste. A terra indígena, homologada em 2001, ocupa uma área de
27,5 mil hectares, onde os índios desenvolvem atividades agrícolas e bordados
tipo renascença. Além disto, no núcleo urbano habitam aproximadamente 200
famílias indígenas, sobretudo no bairro Xukurus. A tribo dos Paratiós foi
extinta e dela quase não há registros. A sua história começa em fins dos anos 1659/1660
com a fundação de uma missão da Congregação do Oratório, fundada junto à tribo
cariri de nome Xujuru, que habitava a serra. O local foi batizado de Monte
Alegre, depois se tornou Cimbres e fora elevada à categoria de vila em 3 de
abril de 1762. Antes disso, segundo carta de sesmaria datada de 24 de janeiro
de 1691, o lugar já era sede da Capitania de Ararobá. Ao que parece, a dita
capitania foi transferida para os Campos dos Garanhuns por volta de 1727. A
capitania voltaria para Monte Alegre em 1762, com a elevação da povoação à
categoria de vila e sede de município. A partir de 1800, uma fazenda começou a
ser instalada, de nome de "Poço Pesqueiro" (ou "da
Pesqueira", como também se encontra nos registros mais antigos) e começou
a progredir com rapidez. Tanto que a 13 de maio de 1836, Poço Pesqueiro já era
uma povoação vistosa e fora elevada a vila com o simplório nome de
"Pesqueira". Junto com a elevação a vila, Pesqueira recebeu a sede do
Município de Cimbres (que no alto da serra, já não era tão viável para assuntos
políticos e o comércio). Em 1880 a vila foi elevada a cidade com o nome de
"Santa Águeda de Pesqueira", que não vingou e recebeu o nome de
"Pesqueira". A vila de Cimbres foi a ela anexada e, juntas, Cimbres e
Pesqueira formaram o município de Cimbres até 1913, quando
"Pesqueira" passou definitivamente a ser o nome do Município,
passando a antiga sede a mero distrito. O município encontra-se inserido nos
domínios das bacias hidrográficas dos rios Ipanema e Ipojuca, e seus principais
tributários são: o Rio Ipojuca, além dos riachos: dos Pebas, Cana-Brava, do
Boi, Santana, Gravatá, Ceguinha, da Atravessada, do Guerra, Quebra-Roça, do
Bálsamo, Baraúnas, Liberal, Papagaio, do Belo e Salobro. Veja mais aqui.
NEOFUNDAMENTALISMO & CRENÇA ÚTIL– [...] o neofundamentalista cultua a mais bruta
ignorância, a que despreza o conhecimento. Se lembrarmos de Walter Benjamin
definindo o capitalismo como religião, o neofundamentalismo analogamente
corresponderia à ignorância como religião. [...] A ignorância é, assim, o próprio fundamento [...] é sempre desonesta. Não importa se ele
acredita ou não no que diz. Ele está em busca de efeitos e causando efeitos
para ter resultados traduzíveis em lucros: dinheiro, audiência, votos. Em
última instância: poder. Daí que seja fácil fundar igrejas ou shoppings em um
mundo em que Deus – que ocuparia o lugar da verdade nas religiões – se confunde
com mercadorias, em um mundo em que a Indústria Cultural da religião embota
toda a relação com a transcendência. Diferente do simples crente para quem a
verdade é o cerne de uma crença capaz de orientar pensamento e atos, o
fundamentalista usa sua crença, na qual, a propósito, não pode ter certeza de
que ele realmente creia. Ao usar a crença, o fundamentalista desrespeta não
apenas a crença alheia, mas a própria crença em nome da qual age. [...] Ele odeia a verdade que finge amar, assim no
campo religioso, odeia um deus que ele não possa explicar. [...] Como um desesperado, sem um Deus em quem possa
confiar, ele se autodenuncia em sua descrença. O fundamentalista é a prova de
que Deus, mesmo que possa existir, não existe. Trechos do artigo Neofundamentalismo: culto da ignorância e
crença útil (Cult, outubro 2014), da filósofa, escritora, professora
universitária e artista plástica gaúcha Marcia
Tiburi. Veja mais aqui e aqui.
RESILIÊNCIA – [...] O grau de resiliência pode ser alterado pela
educação e é assim possível injetar confiabilidade, segurança e esquemas de
organização mesmo em pessoas ou comunidades aparentemente apáticas. A pessoa ou
organização resiliente necessita ser ágil, apresentar facilidade em acolher a
diversidade, contextualizar o conhecimento e sua cíclica transtormação, revelar
poder sistêmico e criar solidariedade, sabendo dar a volta por cima,
reajustar-se rapidamente após perturbações, choques ou frustrações e,
sobretudo, achar saídas. Saber explicar-se, possuir autoconfiança, sentido da
efemeridade e da importyancia da biodiversidade, e construindo-se
permanentemente realizam julgamentos éticos. O grau de resiliência de uma
pessoa pode até ilustrar seu potencial de inteligência, considerando que a
inteleigencia é a capacidade de resolver problemas e criar produtos de valor
social. [...]. Trecho extraído da obra A
construção de uma nova pedagogia para uma escola pública de qualidade
(Vozes, 2009), do educador Celso Antunes.
Veja mais aqui.
APÓLOGO BRASILEIRO SEM VÉU DE ALEGORIA – [...]
Belém vibrou com a história. Os jornais
afixaram cartazes. Era assim o título de um: Os passageiros no trem de Maguari
amotinaram-se jogando os assentos ao leito da estrada. Mas foi substituído
porque se prestava a interpretações que feriam de frente o decoro das famílias.
Diante do Teatro da Paz houve um conflito sangrento entre populares. Dada a queixa
à polícia foi iniciado o inquérito par aapurar as responsabilidades. Perante
grande número de advogados, representantes da imprensa, curiosos e pessoas
gradas, o delehado ouviu vários passageiros. Todos se mantiveram na negativa,
menos um que se declarou protestante e trazia um exemplar da Biblia no bolso. O
delegado perguntou: - Qual da causa do motim? O homem respondeu: - A causa
verdadeira do motim foi a falta de luz nos vagões. O delegado olhou firme nos
olhos do passageiro e continuou: - Quem encabeçou o movimento. Em meio da
ansiosa expectativa dos presentes, o homem revelou: - Quem encabeçou o
movimento foi um cego! Quis jurar sobre a Bíblia mas foi imediatamente
recolhido ao xadrez porque com autoridade não se brinca. Trecho do conto
extraído da obra Novelas paulistanas
(José Olympio, 1961), do escritor Alcântara
Machado (1901-1937). Veja mais aqui & aqui.
ONDAS NA LUA CHEIA (POEMA SOB INFLUÊNCIA) – A lua
que tudo assiste / agora incide / O mar / — sob efeito — / ergue-se / crispado
de ondas espumantes / Sua língua de sal / lambe e provoca / as escrituras da
areia firme / Ondas deslizantes / redesenham / onde outras ondas ainda /
desredesenharão, / fluindo / no fluxo / da influência / Sob efeito lunar / o
mar muda / e a lua, / antes toda, / agora, mínima / e quem com ela muda?). Poema extraído da obra Ladrão de fogo (Medusa, 1999), do poeta,
tradutor, editor e performer Ricardo
Corona.
ARTE & PERFORMANCE
Corpo
Política – performance Almoço sobre a relva, de Natasha de Albuquerque & Conceito contra conceito, de Maria Eugência Matricardi. .Fotos: Pamela Guimarães.
Veja mais:
&
A ARTE LUCINDA
LYONS
A arte da pintora inglesa Lucinda Lyons.