DIÁRIO DO GENOCÍDIO NO FECAMEPA – UMA: IMORALIDADE
DE SECTÁRIO - De nada adianta a tentativa de dialogar
racionalmente com intolerante ou seus êmulos, contendores com suas convicções inarredáveis,
indiferentes terraplanistas & negacionistas etc&tal, a exemplo de
coisonários & simpatizantes que não estão nem aí para os que estão sendo dizimados
por sua própria pandemia nefasta. Quando não são suas causas estúrdias, se valem
do criacionismo absoluto para uma lei de proveito próprio, uma goiabeira ali,
outra boiada passando acolá, fé de cifrões & decrépitas doutrinações bizarras,
avalie. Já sabia de Feuerbach: Sempre que a moralidade baseia-se na
teologia, sempre que o correto torna-se dependente da autoridade divina, as
coisas mais imorais, injustas e infames podem ser justificadas e impostas. Prefiro
ser um demônio aliado à verdade, do que ser um anjo aliado à mentira. Pois
é, cada estúpido com sua fanática hediondez. Ah, desse jeito vão deixar o
Brasil bem quadradão!
DUAS: A MALFEITURA DOS ALIENADOS – O que há de necedade umbigocentrista,
Deus me salve! Gente! A coisa está não só feia como totalmente desfigurada: era
uma vez uma Nação. O dislate pinota no Planalto Central, um festival de
asneirada só configurada no Fecamepa!
Agora que me liguei naquela do Cassirer:
Há coisas que, em virtude de sua sutileza
e sua infinita variedade, desafiam toda tentativa de análise lógica. E, se
existe no mundo qualquer coisa que devamos tratar da segunda maneira, é a mente
do homem. O que caracteriza o homem é a riqueza e a sutileza, a variedade e a
versatilidade de sua natureza. Ou a sua loucura, também, né? Bem, pelo
menos da pinoia só se tira a piada ou de humor negro ou do mais baixíssimo mau
gosto.
TRÊS: QUARENTENA VOLUNTÁRIA – Voo como Ashberry: Apenas andando por
aí. Mesmo sem ser diga-se lá quase e nem tão bom no métier, valho-me da
arte, o que para mim é o buraco do coelho de Alice, na trilha de Duchamp:
A arte é a única forma de atividade por
meio da qual o homem se manifesta como verdadeiro indivíduo. A arte tem o belo
costume de fazer tábula rasa de todas as teorias artísticas. Como renasço a
cada dia, ah, sou Fênix: cinzas do crepúsculo, labaredas da manhã. Até. © Luiz Alberto Machado. Direitos reservados. Veja
mais abaixo e aqui.
DITOS & DESDITOS: No passado, tentei
alertar os brancos antes da minha identidade racial. Infelizmente, isso
invariavelmente os levou a reagir contra mim como se eu fosse agressiva,
manipuladora ou socialmente inadequada. Portanto, minha posição é assumir que
os brancos não fazem essas observações, mesmo quando acreditam que não há
negros presentes, e distribuir esse cartão quando o fazem. Lamento todo o
desconforto que minha presença possa lhe causar, da mesma maneira que tenho
certeza de que você se arrepende do desconforto causado por seu racismo. Expressão da filósofa,
professora e premiada artista conceitual afro-estadunidense Adrian Margaret Smith Piper, cujo trabalho
trata de ostracismo, alteridade, transferência racial e racismo. Ela frequentou
a School of Visual Arts, na Universidade de Nova York, e a Universidade de
Harvard, onde se tornou doutorou em 1981, e se tornou a primeira a receber um
tenure acadêmico do governo de seu país.
AS
IMAGENS DE HITO
STEYERL
Longe de
serem opostos em um abismo intransponível, imagem e mundo são, em muitos casos,
apenas versões um do outro. A invisibilidade é uma tela que às vezes funciona
de ambos os lados – mas nem sempre. Ela funciona em favor de quem quer que
esteja controlando a tela. A tirania da lente fotográfica, amaldiçoada pela
promessa de sua relação indicial com a realidade, deu lugar a representações
hiper-reais – não do espaço como ele é, mas do espaço como podemos fazê-lo –
para melhor ou pior. Não há necessidade de renderings caros; uma simples colagem
em chroma-key produz perspectivas cubistas impossíveis e concatenações
implausíveis de tempos e espaços. Imagens não são representações, mas formas de
armas biológicas que devem ser desenvolvidas e implantadas com base em um
conhecimento da ecologia global da informação. Mas se as imagens começam a
vazar através das telas e a invadir a matéria de sujeitos e objetos, a
principal consequência, bastante negligenciada, é que a realidade agora é
amplamente composta de imagens; ou melhor, de coisas, constelações e processos
antes evidentes como imagens.
HITO STEYERL - A arte da cineasta alemã Hito Steyerl, que é uma artista de imagens em movimento, escritora
e inovadora do documentário. Seus principais tópicos de interesse são mídia,
tecnologia e circulação global de imagens. Ela é PhD em Filosofia pela Academia
de Belas Artes de Viena e desenvolveu as exposições How Not to be Seen. A Fucking Didactic Educational (Mov File, 2013) e In Free Fall: A Thought Experiment on Vertical Perspective (2011),
entre outras. Veja mais aqui.
A ARTE DE WALTÉRCIO CALDAS
Procuro o fluxo produzido por uma quantidade finita de significados.
Considero a arte um fluxo, um rio que cada artista faz movimentar um pouco. Qualquer
artista nascido no século XX sabe que a arte é uma possibilidade, apesar dos
"ismos", que se atualizam. Creio que os artistas se desvencilham dos
novos "ismos" com bom humor. Costumo dizer que o último
"ismo" do século foi o "curadorismo". Apenas evoluímos para
uma maior velocidade dos problemas. Não mais rupturas, mas mudanças mais
velozes.
WALTÉRCIO CALDAS - A arte
do premiado escultor, desenhista, artista gráfico e cenógrafo Waltércio Caldas que lecionou no
Instituto Villa-Lobos, no Rio de Janeiro e é co-editor da revista Malasartes que
integra a comissão de Planejamento Cultural do MAM/RJ, além de participar da
publicação A Parte do Fogo. É autor da obra O Livro Velázquez, da mostra
individual Anotações 1969/1996, entre outras obras e exposições no país e no
exterior. Veja mais aqui.
PERNAMBUCULTURARTES
A arte
da escultora e artista plástica contemporânea, Thina Cunha.
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A poesia de Eliseu Pereira de Melo aqui.
O testamento do doutor Zé Gulu aqui.
Domingo com Poesia aqui.
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