ESTUDANTE SOU, ETERNO APRENDIZ NA VIDA – Tenho sempre em mim um
coração de estudante. Desde menino sempre me dediquei aos estudos: o que
aprendi ou foi por iniciativa própria noites a fio queimando a pestana em
páginas e volumes de livros, ou com as experiências da vida. Raramente ou quase
nunca os conteúdos ministrados em sala de aula foram relevantes: serviram quando
muito para nada - do jeito que vieram, muitos, senão todos, se desfizeram na
inutilidade. O que mais adoro da sala de aula até hoje é poder interagir, afora
isso é um verdadeiro reino da chatura. E o pior é que os livros não valem nada,
o que vale é decorar cada frase das apostilas dos docentes, para responder uma
prova escrita de múltipla escolha, com seis respostas análogas, cada qual com
um ou outro sinal gráfico, conjunção ou preposição por diferenciação. Vá entender.
Apesar disso, sou estudante. Há quem diga: se eu soubesse quem inventou escola
ou estudo, eu mandava matar! Esses são muitos, muitos mesmo! Tem até quem não
sabe o que é escola, nem para quê ela serve. Educar, para a imensa maioria, é
tomar conta, disciplinar e dar jeito nos filhos; ou, melhor dizendo,
endireitar. Tem muito professor que está e não é, como aluno que vai só por
obrigação: tudo entra por um ouvido e sai pelo outro – papai que paga, ora. Também
tem secretários nos gabinetes municipais ou estaduais que só sabem fazer meleca
de politicalha, afora seus interesses pessoais mais escusos. Mais ainda: ministros
e gabinetólogos de bunda quadrada que só fazem usar o cargo em proveito próprio
ou com projetos que desconhecem o que é educação e as características
regionais, querem fazer dos muitos Brasis um só – e para inglês ver! Por conta
disso, como sempre digo: a tragédia é a mesma, tanto na rede pública, como nos
negócios educacionais propostos pela rede privada – esta só serve para ser
lucrativa ou manutenção da fé religiosa. Além do mais, as escolas aqui parecem
mais presídios: deformam, corrompem e desumanizam. Pudera, para um país que
vive de golpe em golpe, ser discente é arejar as possibilidades de vida
arruinadas pelos interesses e ideologias. Enquanto isso, estudo, eterno
aprendiz e não posso esperar que a escola brasileira chegue a bom termo, por
isso sou estudante na minha heutagógica pesquisa eterna. E se há uma coisa por
creditar nessa bagunçada vida do país, uma delas é não se ter o mínimo de
respeito com a formação e o desenvolvimento humano. Por isso e muito mais, o
brasileiro finda só mesmo é virando Fabo para sair deixando rastro no eterno
Fecamepa. © Luiz Alberto Machado.
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Educação no Brasil aqui.
E mais:
A
educação por água abaixo pra farra dos mal-educados, o
cenário escolar, Friedrich Nietzsche, Gilles
Deleuze & Félix Guattari, Santiago
Nazarian, Pierre Salvadori, Henri Cartier-Bresson, George Segal, P com P de
Teatro, Eulalia Valldosera, Roger de La Fresnaye, Jussara Silveira, Crânio
& Quando ciuço pacaru embarcou no maior revestrés aqui.
Educação & formação do professor, Psicologia
Ambiental & a arte na educação e direitos das comunidades, Probidade
Administrativa & outras coisitas mais aqui.
O umbigo
no cultuo da avareza, Denise Levertov, Johan Huizinga, Philippe
Ariés, Camargo Guarnieri, Lauri Blank, Emil Nolde & Kim Thomson aqui.
O sonho
de Orungan, James Joyce, Ayn Rand, Lenine, Elisa Lucinda, Enrique
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A obra de Darcy Ribeiro aqui.
Maceió, uma elegia para os que ousam sonhar, Luis da Câmara Cascudo & a burrinha de padre, Máximo
Gorki, Mario Vargas Llosa, Autran Dourado, Sarah Vaughan, Suzana Amaral,Carl Barks & Dianne Wiest aqui.
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Lempicka, Jonathan Charles & Dene Ramos aqui.
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J. Ackerman, Eliane Queiroz Auer & Lia Kosta aqui.
O certo & o errado no reino das
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Uematsu, Hélio Pellegrino, Mat Collishaw, Raoul Dufy & Danicleci Matias
Souza aqui.
Direito de Família, Psicologia Escolar & Compromisso
Social, Pedofilia, Psicose Puerperal & A liderança na
organização contemporânea aqui.
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humanos, Ambiente de trabalho & doenças ocupacionais aqui.
&
A arte do fotógrafo francês
Jean Louis Marie Eugène Durieu
(1800-1874).
DESTAQUE: JOSÉ SARAMAGO
[...] é
dado ter nas mãos sóbrias a felicidade, em um momento dá-la ou retirá-la, como
se acredita que Deus a vida. [...] não
que a generosidade nos canse, mas uma vez, não são vezes, e ostentação é
insulto aos pobres. [...] é o caso
que as classes subalternas não ficam a dever nada em agudeza e perspicácia às
pessoas que fizeram estudos e ficaram cultas. [...] um fazedor de versos que deixou a sua parte de loucura no mundo, é essa
a grande diferença que há entre os poetas e os doidos, o destino da loucura que
os tomou. [...] e aí temos o
resultado, quem nos viu e quem nos vê, se melhor ou pior, depende de estar vivo
e ter viva a esperança. [...] E as
pessoas nem sonham que quem acaba uma coisa nunca é aquele que a começou, mesmo
que ambos tenham um nome igual, que isso só é que se mantém constante, nada
mais. [...] as pedras têm uma vida
longa, não assistimos ao nascimento delas, não assistiremos à morte, tantos
anos sobre esta passaram, tantos hão-de passar [...].
Trechos do romance O ano da morte de Ricardo
Reis (1984), do escritor, teatrólogo, jornalista e
dramaturgo português José Saramago
(1922-2010) – Prêmio Nobel de Literatura de 1998. Veja mais aqui, aqui, aqui e
aqui.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte do
artista neerlandês Maurits Cornelis
Escher (1898-1972)
DEDICATÓRIA:
A edição de hoje é dedicada à amiga professora
& pedagoga Dorys Teles.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra: The impossible world, do artista neerlandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972)