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DESTAQUE: A CAÇADA, DE JOSÉ JOAQUIM DA SILVA
[...] Os
índios iam e viam pelo caminho, alguns embriagados, levantando o punho para o
mote,. O Taita Imbatura, que os havia traído. As mulheres fundiam lentamente o
mate nas vasilhas de chicha e repartiam a bebeida, chorando. Era o rosto da
indianada que se apegava aos casarios da lagoa. Iam tirar-lhes as terras. Iram tirar-lhes
as terras. O pensamento se repetia no cérebro, como os golpes isócronos do
tambor longínquo. Não havia dúvida: iam tirar-lhes as terras. A ideia fixa
perseguiu-os desde que os brancos amanheceram perambulando pelos campos, entre
as sementeiras, armados de seus diabólicos instrumentos que vão até o fundo da
terra e medem-na com compridas fitas, tal como se faz com o cadáver antes de
escolher o alaúde. Mas os runas caíram sobre eles de surpresa. Os brancos
acabaram abandonando aqueles aparelhos de bruxo. Salvos! Em seu poder,
finalmente, o motivo de suas desgraças, a arma maléfica que torna os inimigos
invencíveis. Até que lhes esgotou a paciência e começaram a levantar o braço, a
gritar, a levar os punhos perto dos olhos. Os caciques ouviam, sem responder. Afastaram-se
uns minutos, deliberaram. E retornaram imperturbáveis. Rodearam os
instrumentos, como se fossem prisioneiros e os foram destruindo pausadamente,
como os corpos humanos que é preciso desarticular, furar, rasgar, reduzir a pó
e a cinza. Com que prazer empastelaram sobretudo esse pequeno monstro parado em
três pés, cujo olhinho d’água, inquieto burlão, movia-se de um lugar para outro
e brilhava perversamente no sol! Sem a pupila brilhante, o branco já não
poderia ver até o fundo da terra. Depois, papaizinho, depois apareceram os
soldados com suas armas de relâmpagos e trovão. Taita Imbatura não os havia
protegido. Era um monte traidor. Na margem da lagoa os pinhos ameaçavam [...].
Trecho do conto A caçada (Cultrix, 1968), do escritor e jornalista equatoriano José Joaquim da Silva.
CRÔNICA DE AMOR POR ELA
A arte da pintora, desenhista e ilustradora
dinamarquesa Gerda Wegener (1886-1940).
DEDICATÓRIA: ANGEL POPOVITZ
Preciso do perfume / da sua libido / para trazê-lo
comigo. / Fazer de ti meu abrigo, / meu desejo
escondido. / Te cantar abertamente / às cores do amanhecer / que o sol
presenteia. / Sonho com cada toque, / que chego a sentir / a macia aspereza de
sua barba / roçando o macio / do interno de minhas coxas, / - amanheço desejo -
/ onde o céu que vejo / é apenas uma explosão de luzes. / Essa distância /
ainda me levará / ao dia em que minhas mãos / sempre despidas, / e sem pudores,
/ irão ensinar-te / que o grito mais alto e profundo / é uma declaração
incontrolável / de amor à Vida. / E enfim, não teremos línguas para comentar...
/ estarão mesmo cansadas, / ainda assim entrelaçadas / como nossos corpos / no
leito deleitoso / em um misto de suores, salivas e gozos. / E na manhã o
cansaço nos adormecerá, / e o tempo saciado esquecerá de nós. (Plenitude).
A edição
de hoje é dedicada à poeta Angel Popovitz.
CANTARAU: VAMOS APRUMAR A CONVERSA
Paz na
Terra: Havia aqui uma árvore, agora só uma placa.
Recital
Musical Tataritaritatá - Fanpage.